Adeus

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Novas Leituras 8 | Guia do Professor

TESTE N. 10

ESCOLA:

TESTE FORMATIVO DE LNGUA PORTUGUESA


Ano: 8. | Turma: Data:
Antes de responderes s questes propostas, l com ateno o enunciado.

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GRUPO I 1. Depois de ouvires atentamente a reportagem sobre a Fundao Eugnio de Andrade, escolhe a alnea que completa corretamente cada item, de acordo com o sentido do texto.

1.1. A Fundao Eugnio de Andrade foi inaugurada: a) em 2005, pouco tempo aps a morte do poeta. b) em 1995, ainda o poeta era vivo. 1.2. A criao da Fundao teve como objetivo: a) reunir e preservar a obra potica de Eugnio de Andrade. b) fazer uma ltima homenagem a Eugnio de Andrade. 1.3. Inicialmente, a Fundao recebia subsdios da Cmara Municipal do Porto e: a) do Ministrio da Cultura. b) do Ministrio da Educao. 1.4. A partir de certa altura, a Fundao deixou de ser subsidiada e passou a viver de: a) doaes dos herdeiros e de amigos de Eugnio de Andrade. b) uma mnima parte de direitos de autor de poesia. 1.5. A proposta de extino da Fundao deve-se, sobretudo, a: a) desentendimentos entre os herdeiros. b) problemas de ordem financeira. 1.6. O esplio potico de Eugnio de Andrade corre o risco de se perder, porque: a) os herdeiros se recusam a assinar autorizaes e contratos. b) a humidade do edifcio tem vindo a deteriorar alguns manuscritos.

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GRUPO II

Adeus
J gastmos as palavras pela rua, meu amor, e o que nos cou no chega para afastar o frio de quatro paredes. Gastmos tudo menos o silncio. Gastmos os olhos com o sal das lgrimas, gastmos as mos fora de as apertarmos, gastmos o relgio e as pedras das esquinas em esperas inteis. Meto as mos nas algibeiras e no encontro nada. Antigamente tnhamos tanto para dar um ao outro; era como se todas as coisas fossem minhas: quanto mais te dava mais tinha para te dar. s vezes tu dizias: os teus olhos so peixes verdes. E eu acreditava. Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possveis. Mas isso era no tempo dos segredos, era no tempo em que o teu corpo era um aqurio, era no tempo em que os meus olhos eram realmente peixes verdes. Hoje so apenas os meus olhos. pouco, mas verdade, uns olhos como todos os outros. J gastmos as palavras. Quando agora digo: meu amor, j no se passa absolutamente nada. E no entanto, antes das palavras gastas, tenho a certeza de que todas as coisas estremeciam s de murmurar o teu nome no silncio do meu corao. No temos j nada para dar. Dentro de ti no h nada que me pea gua. O passado intil como um trapo. E j te disse: as palavras esto gastas. Adeus.
In Os Amantes sem Dinheiro, Eugnio de Andrade, Quasi Edies, 2006

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1. H uma forma verbal que se repete ao longo do poema. 1.1. Indica-a, esclarecendo o valor expressivo dessa repetio.

2. O sujeito potico ora se refere ao passado ora ao momento presente. 2.1. Comprova, com elementos textuais, a veracidade da afirmao anterior.

3. A quarta estrofe comea com a conjuno Mas. (verso 18) 3.1. Indica a relao que esta conjuno estabelece entre o que ficou dito nas estrofes anteriores e o que se diz nas seguintes.

4.

Explica o sentido da comparao O passado intil como um trapo. (verso 36)

5.

Relaciona o ttulo do poema com o seu contedo temtico, evidenciando o facto de a ltima estrofe coincidir com o ttulo.

6.

Classifica cada uma das estrofes quanto ao nmero de versos que as constituem.

GRUPO III 1. E j te disse: as palavras esto gastas. (verso 37) 1.1. Passa para o discurso indireto o verso transcrito.

2. Hoje so apenas os meus olhos. (verso 22) 2.1. Indica a classe e a subclasse qual pertencem as palavras sublinhadas no verso.

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2.2. Regista, ao lado de cada expresso, o nmero que corresponde respetiva funo sinttica.

a) Na verdade b) o Crispim c) sempre d) argumentos vlidos

1. sujeito 2. predicado 3. complemento direto 4. complemento indireto

5. predicativo do sujeito 6. modificador do grupo verbal 7. modificador de frase

3. 3.1.

Preenche os espaos em branco com as palavras ah, h ou . muito tempo que a relao do sujeito potico terminou. amada o quanto lamentava mago-la. Todavia, nada mais se ele pudesse dizer a dizer!

GRUPO IV

Quando agora digo: meu amor, j no se passa absolutamente nada.


Adeus, Eugnio de Andrade

Tomando como fonte de inspirao o poema de Eugnio de Andrade, e assumindo a perspetiva do sujeito potico, escreve uma carta de amor, na qual apresentes os motivos da separao. Antes de comeares a escrever, toma ateno s instrues que se seguem: escreve um mnimo de 140 e um mximo de 240 palavras; procura organizar as ideias de forma coerente e exprimi-las corretamente; conferir se h erros do foro gramatical; rev o texto com cuidado e corrige-o se necessrio.

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