Surih
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Surih - Lucas Eduardo Santos
CAPÍTULO 1
Em uma cidade de clima ameno, campos dourados e morros íngremes. Com habitantes peculiares, onde o mais pobre cozinha o seu cão para manter seus filhos vivos e os poderosos, se esbanjam no deleitar de porcos grandes e suculentos, frutas de toda sorte, bebidas e festas, e mesmo assim cobiçam o poder mais e mais. Em uma terra de cantigas, onde fabulam criaturas que brincavam e dançavam com os filhos dos homens. Uma terra, onde guerras e sangue, são a marca da instabilidade e do possível caos, onde o poder que parece estar firme em suas mãos, mas escapando-lhes pelos dedos. Uma cidade antiga e bela com suas muitas diferenças. Surih se encontra entre os verdes campos de Katana e o mar negro. Possui torres altas que arranham os céus, catedrais com suas paredes em azul
céu, repleta de vitrais que contam a história do surgimento do mundo, como o grande Alshiva em sua magnitude, repartiu-se em suas três filhas. Pelas cidades, moradores pedintes e la-drões astutos, que revoltam-se e rugem contra os seus monarcas, que esbanjam-se e des-denham da plebe que tanto lhes fez, todos escondidos por detrás de um punho serrado. Esta cidade tem sua deusa patrono o que nomeia a mesma, assim como Katara e Rôna, elas sãos as três irmãs que juntas criaram o mundo e os seres mágicos outrora abundantes no continente, hoje frutos de contos e lendas, visagem de caçadores e histórias de pescadores. No palácio de Surih, em seus jardins de água, o príncipe Edmmont Awstrommy caminha pela estradinha de tijolos cinza, acompanhado de sua noiva Laysa. Na varanda do castelo Lisa, irmã de Edmmont observa os dois caminha-rem, rirem e conversarem.
-Não acha injusto os homens serem fa-vorecidos apenas por terem um pau no meio das pernas? - Disse Lisa, filha mais nova do rei Awstin Awstrommy, o rei punho de ferro, soberano de Surih.
-Acredito que manchar seu vocabulário não seja a melhor forma de contestar princesa...
Falou Ellen Awstrommy, prima de Lisa.
Carrancuda como sempre, Lisa caminha pelos corredores quase que seguindo os passos do casal, é notório a inveja e ciúmes. Ellen luta para acompanhá-la. – Lisa, devíamos ir para a sala de canto, Lady Karen ficará furiosa. – Falou Ellen tão baixo quanto um gemido.
- Lady Karen pode explodir sua garganta como um passarinho, temos coisas mais divertidas para fazer..
Lisa sorri pegando na mão de sua prima.
A princesa do reino, como Lisa era conhecida, sempre era vista acompanhada de sua prima, desde sempre mimada pela mãe, era difícil haver alguém que contestara a jovem princesa.
Nos corredores do Castelo, por onde as duas caminhavam sorrateiramente como um gato que caça a sua presa, as armaduras negras dos antigos heróis abaixo das imagens dos grandes reis de Surih as observavam. Ellen suspira, não havia costume de viver rebelde-mente - Acho que deveríamos voltar Lisa...aqui está além do nosso limite...- Diz Ellen logo re-trucada por Lisa:
-Do que adianta viver em um palácio e não poder explorar fora dos limites das salas de canto, costura, prenda e leitura?
O estralo de uma porta se abrindo faz com que as duas pulem de susto, e quase que de automático, a corajosa Lisa se esconde por
detrás da assustada Ellen. Robert Cooper, o copeiro real, aparece com suas clássicas roupas amarronzadas e apagadas.
-Princesas? O que fazem aqui? – Diz Cooper olhando para os lados, como copeiro do rei, sua presença prediz a chegada de sua majestade.
-Ah!. .é o Cooper.. – Falou Lisa com um suspiro de alívio.
- O rei está vindo princesa, e não está nos seus dias de bom humor!
- Me admiraria se estivesse, não se preocupe Robert, eu sei lidar com o meu pai quando ele está bravo. – Dizia Lisa de um modo convencido saindo de detrás da jovem Ellen, logo o som de uma voz alterada se ouve vindo da direção em que Cooper havia saído.
-Pensando bem. .Lady Karen está nos aguardando... – Lisa e Ellen que permaneceu
calada toda a prosa, saem sorrateiramente, não dos corredores, mas dá vista de Cooper e do Rei, ficando por detrás de uma coluna. A sombra imponente do rei Awstin Awstrommy passa por entre as frestas entre as colunas, lá estava ele, o rei punho de ferro, com suas roupas negras quase brilhosas, com detalhes vermelhos, um rosto vermelho bravo, bom. .mais do que o normal diga-se de passagem. Acompanhado do rei, o seu conselheiro o acompanha indo para a sala do conselho, Cooper os segue, pela discursão era algo extremamente sério.
-Parece que nossa majestade está mais bravo do que o comum, repensou no meu pedido de voltar para a sala de canto?
-Onde estão essas duas meninas indis-ciplinadas! – berrava a velha Karen.
-Ops.. acho que isso não é mais uma opção! – Disse Lisa olhando para Ellen após ouvir
os gritos furiosos da velha Karen, curiosa, Lisa dá um passo para a direção da sala do conselho. Ellen pega em sua mão dizendo:
-Ei, pra onde pensa que vai?
-Saber do que se trata essa reunião urgente. .
-Lisa!
-Você tem duas escolhas Ellen, ficar mi-ando as custas da velha língua de serpente ou vir comigo e descobrir do que se trata a dor de cabeça de meu pai!
Falou Lisa seriamente olhando sua prima. Engolindo em seco elas se levantam e se aproximam da porta. As portas do palácio são incrivelmente grossas, de modo que ruídos quase não pudessem ser ouvidos, porém as técnicas altamente avançadas de fofocagem de Lady Karen proporcionou a Lisa e Ellen ouvir tudo o que se era dito.
-Vinte anos que sou rei, e esses ingratos de merda ainda ousam de se manifestarem e requerem seus desejos em meu reino, a crescente opinião desses Plebeus começam a se tornar um problema. – Dizia o rei Awstin.
O conselheiro, Peter Bishop, um homem baixo e franzino de origem misteriosa, caminha lentamente quase que por puro suspense, enquanto o jovem Cooper os observava ao lado de uma urna de vinho. Bichop se põe a frente do rei e se pronuncia:
-Majestade, sua família governa Surih desde o rei Keron, o Fundador. De fato o povo sente fome, e isso os deixam mais.. selvagens, porém, o senhor é o Rei, as cores de sua casa demonstram poder, dominância, não deveria se importar pela opinião de plebeus.
-Não se incomodar é. .você fala das cores e do brasão da minha família como se elas
fossem suas, deveria se portar mais com o selo de sua casa meu lorde!
Dizia o rei, Bishop se recolhia e abaixava a cabeça. De uma porta diferente de onde Lisa e Ellen escutavam a conversa, o irmão mais novo do rei entra.
-Não deixe que a cara feia e carrancuda de meu irmão o deixe acuado meu senhor, de fato ele muito ladra e pouco morde, aprecia ri-camente os seus conselhos.. – O irmão do rei se assenta a frente do rei pondo seus pés sobre a mesa em total desrespeito. Esse era Arnold Awstrommy, senhor da fortaleza do sol poente, um homem de porte médio com seu manto azul celeste e detalhes dourados em sua roupa negra como o breu.
-Seu sangue corre nas minhas veias, mas saiba irmão, que isso não diminui a Auto-ridade que eu próprio tenho sobre você! – Cria-
se uma atmosfera densa dentro da sala do conselho.
No clímax desta trama Lady Karen D'Hah, responsável por educar as jovens da corte e por maioria das fofocas do reino, encontra as duas garotas xeretando.
-O que vocês duas pensam que estão fazendo ouvindo a conversa de sua majestade!
- Dizia a velha Karen agarrando as duas pelos seus braços finos e delicados. Lady Karen era uma velha Lady, antigamente residente de Vi-lanovella, conhecida como a Divina. Porém hoje, conhecida como Karen D’Hah, a língua de serpente, uma mulher gorda, com um rosto debochado e língua afiada.
-E o que a senhora pensa em fazer aqui minha senhora? Buscar fofocas quentes para se servir no chá da tarde junto com as velhas da corte?
-Mas que calúnia!
Nesse exato momento do confronte de Lady D'Hah e Lisa com Ellen como sua espectadora silenciosa, surge a rainha Vainnela Rosty Awstrommy, mãe de Lisa, com seu vestido extravagante com as cores da casa de seu marido, um vermelho sangue com fios de ouro, e o brasão de sua família estampado em suas costas. Ela viria com seu leque se abanando enquanto se entrepôs entre Lady Karen e sua filha e Sobrinha.
-O que é isso que está acontecendo na frente da sala do conselho?
-Essas duas estavam espionando as conversas de nossa majestade, sem contar que fugiram de suas instruções de canto!
-Eu garanto Lady Karen, que cuidarei de disciplinar minha filha e Sobrinha...
As duas se encaram em um silêncio de nada mais que alguns segundos. Logo Lady Karen sai de volta aos seus recantos bufando e praguejando!
-O-Obrigada, Tia. .quer dizer. .Majestade..
-Não precisa dessas formalidades Minha querida. Lisa, procure ser mais discreta!
Lisa revira os seus olhos, a porta se abre, e o conselheiro, o rei e o seu irmão saem da sala, Ellen e Vainnela fazem reverência. Arnold, pai de Ellen a lança um olhar frio, o que faz a pobre garota se tremer dos pés à cabeça.
Após eles passarem, a rainha olha para sua filha seriamente.
-O que gostaria que eu fizesse? Me sentasse e apenas ouvisse as bobagens ditas por aquelas velhas? – Resmungou Lisa.
-Sua imaturidade é fruto da juven-tude. .deveria começar a ouvir sobre tais bobagens com mais atenção. – Repreendeu a rainha.
-A claro...histórias como as de Vainnela a rebelde. .
-Como falei, a imaturidade é fruto da ju-ventude. .e você não segue tão diferente de mim. Agora vão se lavar, logo chegará a hora do jantar, espero ter uma calma refeição em família para variar, não aguento mais suas artes que fazem Lady Karen impregnar meu ouvido com aquela sua voz fina e irritante.
A rainha segue para a cozinha, inspeci-onar o jantar, se abanando como de costume.
Curioso como em uma cidade de clima agradável, a rainha Vainnela suava como se estivesse nas praias do pleno verão. No fim daquela tarde novamente Lisa e Ellen estavam na varanda do castelo.
-Eu avisei que deveríamos ter voltado antes.. – Comentou Ellen.
-Cala boca Ellen.
-Você que insiste nessas coisas.
-Se eu não insistir, talvez a oportunidade desapareça!
-Mas oportunidade de que, Lisa!
As duas ficam pensativas olhando para os jardins de água, onde antes estava o casal, agora está Laysa Hountoqq, acariciando o tecido verde das águas.
-Você jura que não sabe?
-E você acha mesmo que agir como uma rebelde irá fazer crescer um pau no meio das suas pernas...-ao dizer tais coisas Ellen fica vermelha e envergonhada.
-Você manchando seu vocabulário? –
Lisa sorri e um sorriso tímido sai dos lábios de Ellen.
-O que as duas beldades do reino estão tramando?
Aparece Elisa Sunndawn, a fios de ouro da campina, uma das, se não a mais bela donzela da corte. Ela se põe entre Lisa e Ellen.
-A. .isso. .
Na presença de Elisa, Ellen acabava se contraindo mais, mesmo a amizade de ambas sendo de certa forma antiga.
-Me pergunto o que aconteceria se fosse eu no lugar de meu irmão.
-Não importa se lamentar, se assim Surih quis, assim será. Os adoradores do deus vazio dizem que, se há a oportunidade de preencher o local de outro que está vazio, faça.
-Pena que Hountoqq preencheu o seu lugar antes de você!
Lisa e Elisa se encaram, sorrisos cíni-cos são trocados entre as duas.
-Ellen, acredito que minha mãe nos espera na cozinha...
Lisa entrelaça seus braços com Ellen saindo da varanda enquanto Elisa Sunndawn fica agora na posição de espectadora.
-Bom. .se meu lugar foi preenchido, basta tomar o que é meu por direito!
CAPÍTULO 2
Próximo da hora do lobo, Elisa Sunndawn observa Laysa Hountoqq da varanda do castelo, em seus olhos é exprimido todo o seu desafeto. Alguns anos atrás, em um dos bailes proporcionados pela rainha Vainnela em pró de pretendentes para seu filho o príncipe Edmmont, Elisa estava deslumbrante com seu vestido laranja com bordados de ouro e pedras de safira. Ao findar a recepção, antes do início das danças de cortejo, Laysa Hountoqq passa pelos guardas reais com seu vestido esfumaçado arrastando no chão, uma presilha em formato de crânio de dragão amar-rando seus cabelos cinzas com uma mecha vermelha escorrendo por sua bochecha.
Quando seus olhos de pupilas castanho avermelhados como cerejas encontraram com os olhos do príncipe as chances de cativa-lo por
parte de Elisa foram-se mais rápido que a resposta de Edmmont, esta é a escolhida!
. Desde então essas se aborrecem
pelos corredores sempre que possível.
-Não vem para o jantar Elisa? Emagre-cer não trará Edmmont de volta! – provocou a princesa do reino.
-Acredito fortemente que ao envelhecer você será tão terrível quanto a Lady Karen!
-Não me amaldiçoe dessa forma. – Diz Lisa de um modo sarcástico. – A mesa está posta!
Após uma criada chamar Laysa Hountoqq para entrar e se juntar a mesa, não havia mais nada para Elisa ali.
-Vamos.. só irei para o Lavabo, logo estarei a mesa. – após dizer isso, Elisa parte para a direção contrária.
Após lavar suas