Usando o Arena em simulação
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Usando o Arena em simulação - Darci Prado
Ficha catalográfica
P896u
Prado, Darci Santos do.
Usando o ARENA em simulação / Dora Santos do Prado. — 6ª ed. — Nova Lima: Falconi Editora, 2019. — (Séne Pesquisa Operacional, vol. 3)
ISBN: 978-85-5556-026-2
1. Arena (Programa de computador). 2. Simulação (Computadores). 3. Pesquisa operacional. I. Título.
Capa: África São Paulo Publicidade Ltda.
Editoração eletrônica: Jeferson Teixeira Soares
Revisão do texto: Dila Bragança de Mendonça
Produção do epub: Schaffer Editorial
ARENA é marca registrada da Rockwell Software – USA
Copyright © 1998-2019 by DARCI SANTOS DO PRADO
Direitos comerciais desta edição: FALCONI Editora
Para Rosana Freire Costa
Sumário
Apresentação
Prefácio
1 Simulação
1.1 Modelagem de sistemas
1.2 Aspectos históricos
1.2.1 Teoria das filas
1.2.2 Simulação
1.3 Aplicações de simulação
1.3.1 Linhas de produção
1.3.2 Logística
1.3.3 Comunicações
1.3.4 Bancos, supermercados, escritórios, etc.
1.3.5 Confiabilidade
1.3.6 Processamento de dados
1.3.7 Call Center
1.4 Uso do computador em simulação
1.5 Características de um software para simulação
2 Usando o ARENA em simulação
2.1 A visão do mundo do ARENA
2.2 Variáveis de um sistema
2.2.1 Relações básicas
2.2.2 Taxa de utilização dos atendentes
2.3 Fornecendo dados ao ARENA
2.3.1 O processo de chegada
2.3.2 O processo de atendimento
2.3.3 O deslocamento entre estações
2.4 A programação visual
2.5 A execução do modelo
3 Modelos de demonstração
3.1 Acionando o ARENA
3.2 O modelo da agência bancária
3.3 O modelo da mineração
3.4 O modelo do porto
3.5 O modelo do depósito
3.6 O modelo da sala de testes
3.7 Outros exemplos
4 Conhecendo o ambiente de trabalho do ARENA
4.1 Os espaços do ARENA
4.2 O conceito de ativação
4.3 Executando um modelo
5 Criando um modelo simples
5.1 Os módulos do ARENA
5.2 Criando o fluxograma
5.3 Fornecendo os dados
5.4 Validando, executando e salvando o modelo
5.5 Visualizando a animação junto com a lógica
5.6 Uso do mouse e do alfabeto
6 Relatórios do ARENA
6.1 Relatórios do ARENA
6.2 Relatório sobre filas (Queues)
6.3 Relatório sobre recursos (Resources)
6.4 Encerrando a visualização dos relatórios
7 Efetuando alterações no modelo
7.1 Alterando a duração da simulação
7.2 Alterando a capacidade de atendimento
7.3 A escolha da correta distribuição de frequência
Referências
7.4 Exercícios
8 Introduzindo a estação de trabalho
8.1 A estação de trabalho
8.2 O conjunto Station + Process + Leave
8.3 Exercícios
9 O módulo Decide
9.1 Codificando o modelo
9.2 Analisando os resultados
9.3 O tamanho da amostra: replicação
9.4 Exercícios
10 Animação de cenários
10.1 Etapas para criar um modelo com o ARENA
10.2 Criação da lógica (fluxograma)
10.3 Criação da animação de cenário
10.4 Executando o modelo: camadas de visibilidade
10.5 Velocidade de execução da animação
10.6 Inserindo desenhos do AutoCad® e Visio®
10.7 Exercícios
11 Animação de estatísticas
11.1 Adição de um relógio
11.2 Adição de data
11.3 Adição de indicador de nível
11.4 Adição de gráfico de linha
11.5 Adição de variável
11.6 Variáveis do ARENA
11.7 Exercícios
12 Os módulos Assign e Variables
12.1 O módulo Assign
12.2 Edit via Dialog
12.3 O módulo Variables
12.4 Efetuando operações com matrizes
12.5 O bloco Decide
12.6 Exercícios
13 Trabalhando com atributos
13.1 Criando um novo atributo: calculando o tempo de trânsito
13.2 Atributos pré-definidos
13.3 Alterando a figura de uma entidade
13.4 Exercícios
14 Desvios e escolhas
14.1 O bloco Decide
14.2 Escolha entre estações de trabalho: o módulo PickStation
14.3 Exercícios
15 Navegação
15.1 Navegação
15.2 Submodelos (Submodels)
15.3 Exercício
16 Transportadores
16.1 Exemplo de uso de transportador
16.2 Os módulos do ARENA para transporte
16.3 A visualização do modelo ARENA
16.4 Executando e analisando resultados
16.5 Contando o número de viagens
16.6 Trajetória em rede
16.7 Exercícios
17 Correias transportadoras
17.1 Exemplo de uso de correia
17.2 Os módulos do ARENA para correias
17.3 A visualização do modelo ARENA
17.4 Executando o modelo
17.5 Exercícios
18 Rotas de sequências
18.1 Um exemplo: a linha de montagem
18.2 Definindo a tabela de sequências
18.3 Ativando a rota
18.4 Rotas de sequência com valores diferentes
18.5 Exercícios
19 Interrupções no serviço
19.1 Um exemplo
19.2 O processo de chegada: módulo Create
19.3 O módulo de dados Schedule
19.4 Paradas nas máquinas
19.5 Regras para as paradas
19.6 Relatórios
19.7 Exercícios
20 Prioridades
20.1 Utilizando prioridades
20.2 Alterando prioridades
20.3 Exercícios
21 Junção e desmembramento
21.1 O módulo Batch
21.2 Módulo Batch com critério de junção
21.3 Exercícios
22 Análise de dados de entrada
22.1 Analisando os dados de chegada
22.2 Analisando os dados de atendimento
22.3 Rápidos comentários sobre as distribuições
22.4 Exercícios
23 Análise de resultados
23.1 O tamanho da amostra
23.2 Solicitando gravação de estatísticas
23.3 Usando o Process Analyser
23.4 Conclusões
23.5 Exercícios
24 Conjuntos e programação literal
24.1 Trabalhando com conjuntos
24.2 Programação literal
24.3 Exercícios
25 Expressões
25.1 Trabalhando com expressões
25.2 Exercício
26 Sincronismo
26.1 Efetuando sincronização de operações
26.2 Programação literal
26.3 Exercícios
27 Lógica de controle
27.1 Controlando a quantidade de atendentes
27.2 Alterando dinamicamente o ritmo de chegada
27.3 Controle de movimentação
27.4 Variáveis globais
27.5 Debug na lógica de controle
27.6 Exercícios
28 Acesso a arquivos
28.1 Lendo dados do teclado e escrevendo na tela
28.2 Lendo dados de um arquivo
28.3 Gravando em um arquivo: o relatório personalizado
28.4 A duração de uma corrida
28.5 Exercícios
29 Valores financeiros
29.1 Variáveis criadas pelo usuário
29.2 Variáveis internas do ARENA
29.3 Exercícios
30 Estocagem intermediária
30.1 Exemplo: a linha de produção
30.2 Animação e execução
30.3 Outras opções de modelagem
30.4 Exercício
31 Ferramentas úteis
31.1 Preparo da execução: Setup
31.2 Controle da execução: Run Control
31.3 Debug
31.3.1 Controle da execução: Run Control
31.3.2 Acompanhamento da entidade: Display
31.3.3 Acompanhamento da entidade: Animate Connect
31.3.4 Localizando nomes
31.4 Executando modelos complexos na versão Training
31.5 Exemplos Smart
31.6 Visual Basic for Applications (VBA)
32 Algumas sugestões para a modelagem
32.1 O que é um projeto de simulação?
32.2 Etapas de um projeto de simulação
32.3 A equipe
Bibliografia
Apêndice A: Variáveis do ARENA
Apêndice B: Material disponível na internet
Apêndice C: Diretórios úteis
Apêndice D: Solução dos exercícios
Apêndice E: Trabalhos práticos
Apêndice F: Instalação do ARENA
Apêndice G: Índice remissivo
Apresentação
Simulação é uma palavra que recebe várias definições, mas é de conhecimento geral que, quando alguém simula
algo, está reproduzindo ou imitando alguma coisa. Essa noção básica se mantém intacta na técnica denominada simulação de eventos discretos
, que é parte da pesquisa operacional.
Esse tipo de simulação reproduz o comportamento dinâmico de sistemas como células produtivas, transporte e armazenagem, siderurgia, centrais de atendimento telefônico, entre outros, permitindo medir seu desempenho e testar novas situações.
Desde que a Paragon começou a trabalhar com simulação em 1992, muitas coisas mudaram. Quando começamos, não era comum encontrar nas empresas alguém que conhecesse essa técnica e, mais raro ainda, quem a usasse. Naquela época, havia um ou dois computadores nas companhias, e nossos treinamentos eram mais longos, pois os alunos precisavam antes aprender a usar uma peça tecnológica
exótica – o mouse – para poderem trabalhar com o ARENA.
Hoje o computador é praticamente um eletrodoméstico e está na mesa de qualquer profissional. Usar o mouse é quase tão natural quanto respirar. A simulação é ensinada nas melhores faculdades de engenharia, e a maioria delas usa o ARENA. O mercado está cheio de profissionais que conhecem essa técnica e também a ferramenta, e já sabem que não precisam ficar no escuro na hora de tomar decisões difíceis, arriscadas, com grandes investimentos envolvidos. Basta usar simulação e testar as alternativas antes de escolher qual delas vai ser usada.
Nesse cenário, o livro do Professor Darci Prado é uma importante contribuição e fonte de conhecimento. É uma publicação que já conta com algumas gerações de alunos que aprenderam e continuam aprendendo com ela. O ARENA evoluiu muito nos últimos anos, mas manteve intacta a maneira como se constrói o modelo e as estruturas usadas. Sua linguagem simples e intuitiva é aqui apresentada de forma bastante didática e abrangente.
São Paulo, junho de 2012
Marcelo Moretti Fioroni, Prof. Dr. Engº
Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento
Paragon Tecnologia – <www.paragon.com.br>
Prefácio
Simulação é uma técnica de planejamento largamente difundida no mundo atual, principalmente nos EUA, no Japão e na Europa. No Brasil essa técnica tem sido utilizada, principalmente no ambiente das grandes empresas desde a década de 1970. Entre os programas atualmente existentes, o ARENA é um dos mais utilizados em todo o mundo tanto por empresas quanto por universidades. No Brasil ele é, sem sombra de dúvidas, o mais popular. Lançado pela Systems Modeling (USA) em 1992, ele sucedeu a SIMAN e CINEMA, produtos que também tiveram muito sucesso. A versão atual é produzida pela Rockwell Software.
Este livro é o resultado de uma longa vivência com o assunto (desde 1972) como professor na Escola de Engenharia da UFMG e como consultor ou analista de sistemas na IBM, DPI, FDG e Falconi Consultores S.A. Neste livro apresentamos o software ARENA e esperamos que, ao final do seu estudo, o leitor esteja apto a modelar sistemas reais de média complexidade. É importante lembrar que o ARENA é um software muito poderoso e, obviamente, é impossível esgotar seus recursos em um livro desse porte. Assim, os manuais do fabricante são necessários aos que desejam mais aprofundamento.
Agradecemos à preciosa ajuda de Luiz Augusto Francese, da Paragon (representante para a América Latina da Rockwell System, USA) pela cessão da cópia do ARENA que é distribuída neste livro. Ao Dr. Luiz Cláudio M. Montenegro, da UFMG, pelas sugestões e auxílio na solução de exercícios. Ao Victor Viana pelo apoio na criação do material disponível na internet.
Darci Prado
Belo Horizonte (MG)
1ª edição – setembro 1999
6ª edição – outubro 2019
Capítulo 1
Simulação
1 Simulação
Ao efetuar certos tipos de estudos de planejamento, é comum depararmos com problemas de dimensionamento, desempenho ou fluxo cuja solução é aparentemente complexa. O cenário pode ser a linha de produção de uma fábrica, o trânsito de uma cidade, o fluxo de documentos em um escritório, o movimento de navios e cargas em um porto, o movimento de veículos, equipamentos e minério em uma mineração, etc. Estes estudos podem ser efetuados para obter modificações de layout, ampliações de fábricas, troca de equipamentos, reengenharia, automatização, dimensionamento de uma nova fábrica, etc. Geralmente estamos interessados em dimensionar:
◆ A quantidade correta de equipamentos (sejam eles máquinas, veículos, etc.) e de pessoas;
◆ O desempenho de processos, equipamentos e pessoas;
◆ O melhor layout e o melhor fluxo dentro do sistema que está sendo analisado.
Ou seja, desejamos que o sistema tenha um funcionamento eficiente. Algumas vezes procuramos uma solução otimizada e, em outras, apenas a mais adequada. Por otimizado queremos dizer que teremos um custo adequado e que teremos usuários satisfeitos com o ambiente ou com o serviço oferecido. Dizemos também que um sistema ou processo adequadamente dimensionado está balanceado. Chamamos tais estudos de modelagem de sistemas.
1.1 Modelagem de sistemas
Estudos de modelagem de sistemas podem envolver modificações de layout, ampliações de fábricas, troca de equipamentos, reengenharia, automatização, dimensionamento de uma nova fábrica, melhorias nos processos existentes, etc. Assim, dado um objetivo de produção ou de qualidade de atendimento, o estudo vai procurar definir a quantidade de atendentes (equipamentos, ferramentas, veículos, etc.) e pessoas que devem ser colocados em cada estação de trabalho, assim como o melhor layout e o melhor fluxo. Ou também vai procurar identificar novas e melhores formas de executar os processos existentes. Para dimensionar adequadamente um sistema, devemos dedicar especial atenção aos gargalos, ou seja, pontos onde ocorrem filas.
Dentre as técnicas disponíveis para a modelagem de sistemas temos a teoria das filas e a simulação, que é a mais utilizada. A teoria das filas é um método analítico que aborda o assunto por meio de fórmulas matemáticas. Já a simulação é uma técnica que, usando o computador digital, procura montar um modelo que melhor represente o sistema em estudo. Simulação, como o próprio nome indica, é uma técnica que permite imitar o funcionamento de um sistema real. Os modernos programas de computador permitem construir modelos nos quais é possível visualizar na tela o funcionamento do sistema em estudo, tal como em um filme. Podemos visualizar o funcionamento de um banco, uma fábrica, um pedágio, um porto, um escritório, etc., tal como se estivéssemos em uma posição privilegiada em cada um desses cenários. Antes de efetuar alterações em uma fábrica real, podemos interagir com uma fábrica virtual. A junção da tradicional teoria da simulação com as técnicas modernas de computação e jogos (tais como videogames) tem possibilitado esses avanços.
1.2 Aspectos históricos
1.2.1 Teoria das filas
A abordagem matemática de filas se iniciou no princípio do século XX (1908), em Copenhague, Dinamarca, com A. K. Erlang, considerado o pai da teoria das filas, quando trabalhava em uma companhia telefônica estudando o problema de redimensionamento de centrais telefônicas. Foi somente a partir da Segunda Guerra Mundial que a teoria foi aplicada a outros problemas de filas. Apesar do enorme progresso alcançado pela teoria, inúmeros problemas não são adequadamente resolvidos em decorrência de complexidades matemáticas.
1.2.2 Simulação
Com o surgimento do computador na década de 1950, a modelagem de filas pôde ser analisada pelo ângulo da simulação, em que não mais se usam fórmulas matemáticas, mas apenas se tenta imitar o funcionamento do sistema real. As linguagens de simulação apareceram na década de 1960 e hoje, graças aos microcomputadores, podem ser facilmente usadas. A técnica de simulação visual, cujo uso se iniciou na década de 1980, teve uma aceitação surpreendente por causa da sua maior capacidade de comunicação. Além disso, por ter um menor nível de complexidade, seu uso também cresceu enormemente. O ensino dessa técnica ainda se concentra em escolas de graduação, mas já tem havido iniciativas em ensino de segundo grau (cursos técnicos). Algumas linguagens são mundialmente conhecidas, como GPSS, GASP, SIMSCRIPT, SIMAN, ARENA, PROMODEL, AUTOMOD, TAYLOR, etc.
1.3 Aplicações de simulação
A simulação tem inúmeras aplicações no mundo atual, nas áreas mais diversas, que vão desde produção em uma manufatura até o movimento de papéis em um escritório. Costuma-se dizer que tudo que pode ser descrito pode ser simulado
. Vejamos algumas dessas aplicações.
1.3.1 Linhas de produção
Esta é a área que tem apresentado a maior quantidade de aplicações de modelagem. Inúmeros cenários se encaixam nesse item, desde empresas manufatureiras até minerações. Os seguintes casos podem ser analisados:
a) Modificações em sistemas existentes, tais como as produzidas pela expansão da atual produção, pela troca de equipamentos ou pela adição de novos produtos, que vão afetar a dinâmica do atual processo. Pode se antecipar onde serão formados os gargalos oriundos de modificações no sistema existente. Pela introdução de modificações apropriadas (tais como modificações no fluxo, alterações na programação das atividades ou pela adição de novos recursos), após algumas tentativas pode-se chegar ao melhor modelo que incorpore as modificações requeridas.
b) Um setor de produção totalmente novo pode ser planejado, obtendo-se o melhor fluxo dentro dele.
c) A melhor política de estoques pode ser obtida por meio de simulação. O modelo deve incluir a função solicitação de material
e a função atendimento pelos fornecedores
. Como resultado se obtém o ponto de pedido
e a quantidade do pedido
.
d) O efeito de alterações nas características das variáveis do processo tais como a redução da variabilidade ou deslocamento da média. Por exemplo, se uma etapa do processo existir oportunidades em