Ontem assisti a uma discussão
entre dois amigos sobre o caso duma rapariga australiana que terá sido proibida
de entrar no Louvre por causa da roupa que levava vestida. Terá sido tomada a
decisão mais correcta?
Nós vivemos em sociedade e como
tal obedecemos a códigos de conduta, não só os escritos mas também os que nos
são ditados pelo respeito pelos outros e o bom senso.
Nos dias que correm as fronteiras
entre o bom senso e a a falta dele, são demasiado ténues. Todos os dias vemos
gente a entrar em igrejas com chapéus na cabeça, e não é raro receberem mal
quem lhes pede para se descobrirem. Há quem se descalce nos museus e depois
coloque o calçado nas cadeiras, e onde calha para tirar umas selfies.
No caso da rapariga australiana,
creio que ela se enganou no destino que pretendia, que certamente não seria o
Louvre, e como lhe barraram a entrada, lá veio a crítica relativa ao segurança
que a contrariou. Quem gosta de ser contrariado?
Outra coisa comum nestas
situações de chamada de atenção, ou proibição, é tentar recorrer a códigos ou
regulamentos escritos onde conste exactamente tal proibição. As pessoas que o
fazem sabem bem que o seu comportamento não foi adequado, mas o que
verdadeiramente as irrita é que as tenham contrariado.
Neste caso não terá sido por uma
questão de gosto, que alguém barrou a entrada da moça no museu, mas sim de bom
senso.