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terça-feira, novembro 20, 2018

QUESTÃO DE BOM SENSO

Ontem assisti a uma discussão entre dois amigos sobre o caso duma rapariga australiana que terá sido proibida de entrar no Louvre por causa da roupa que levava vestida. Terá sido tomada a decisão mais correcta?

Nós vivemos em sociedade e como tal obedecemos a códigos de conduta, não só os escritos mas também os que nos são ditados pelo respeito pelos outros e o bom senso.

Nos dias que correm as fronteiras entre o bom senso e a a falta dele, são demasiado ténues. Todos os dias vemos gente a entrar em igrejas com chapéus na cabeça, e não é raro receberem mal quem lhes pede para se descobrirem. Há quem se descalce nos museus e depois coloque o calçado nas cadeiras, e onde calha para tirar umas selfies.

No caso da rapariga australiana, creio que ela se enganou no destino que pretendia, que certamente não seria o Louvre, e como lhe barraram a entrada, lá veio a crítica relativa ao segurança que a contrariou. Quem gosta de ser contrariado?

Outra coisa comum nestas situações de chamada de atenção, ou proibição, é tentar recorrer a códigos ou regulamentos escritos onde conste exactamente tal proibição. As pessoas que o fazem sabem bem que o seu comportamento não foi adequado, mas o que verdadeiramente as irrita é que as tenham contrariado.


Neste caso não terá sido por uma questão de gosto, que alguém barrou a entrada da moça no museu, mas sim de bom senso. 


segunda-feira, novembro 28, 2016

FIDEL



São poucos os políticos que conseguem ser amados por uns e odiados por outros, mas que conseguem ser coerentes durante muitas décadas, até à sua morte.

Fidel conseguiu tudo isso, mas conseguiu também sobreviver ao ódio de dirigentes da maior superpotência mundial, que repetidamente o tentaram assassinar, como é público.

Podemos concordar ou discordar das opções políticas ou do modo como dirigiu Cuba, mas Fidel foi sempre fiel a si próprio e ao seu discurso, coisa de que poucos políticos mundiais se podem orgulhar.

Por estes dias vemos figuras cinzentas da nossa política a criticar Fidel Castro, contudo nunca ficarão na História por algo relevante, ao contrário de Fidel, que apesar de tudo até foi respeitado por boa parte do seu povo, independentemente das condições de vida a que foram sujeitos, e até por muitos dos seus opositores.



terça-feira, julho 07, 2015

E AGORA EUROPA?



Li algures uma crónica dum político português do CDS onde ele perguntava "e agora Grécia?". Percebe-se bem que alguém tão à direita e conhecedor da burocracia europeia apresente este tipo de questão, exactamente porque tem uma visão de Democracia diferente da que os gregos e eu temos.

Nuno Melo e os nossos governantes nunca se questionaram sobre se os portugueses deviam ter sido ouvidos quando Portugal entrou para o euro, nem se interrogaram se tinham um mandato para fazer o contrário do que prometeram antes de ser eleitos, ou sobre se deviam ir ainda mais longe do que a troika, na imposição de tanta austeridade.

A estranheza do senhor também deve abranger a actuação da Europa, que também devia ter em conta o sentir dos gregos, povo já muito castigado pela austeridade e que já tem muito pouco a perder, pelo menos na sua grande maioria. Também me apetece deixar uma pergunta para Nuno Melo: onde para a Europa solidária que nos "venderam"?



segunda-feira, maio 18, 2015

VIOLÊNCIA E RESPEITO



Há uma coisa que me vem preocupando nestes últimos tempos, que é o aumento sensível da violência física e verbal, que afecta não só jovens, mas também adultos e até agentes da autoridade.

Já ouvi dizer que a violência nos jovens deriva da falta de atenção dos país e é também efeito resultante de famílias desestruturadas, nos adultos a violência doméstica é por causa do factor rejeição e de problemas financeiros, e as autoridades por vezes abusam da sua condição porque estão desmotivados e com problemas económicos.

Admito que muitas das razões evocadas possam ter algum efeito no comportamento das pessoas, o que não justifica nunca o recurso à violência contra os mais fracos, mas então porque é que não se actua sobre os factores que potenciam a violência gratuita?

Vamos todos lutar para que a violência diminua e vamos exigir mais respeito pelas pessoas, começando bem lá por cima, pelos governantes, pelos restantes poderes, pelas empresas, e também pela família. Uma sociedade mais justa é sempre menos violenta...



domingo, abril 26, 2015

A FALTA DE RESPEITO PELAS LEIS



Nós até temos muitas leis, algumas delas bem avançadas, mas, talvez pelo seu excesso, acabam por ser dribladas ou simplesmente desrespeitadas por quem tenha dinheiro para manter a litigância.

Acabou de ser conhecido um conjunto de regras para reforçar a defesa da privacidade dos trabalhadores, tornando expressamente proibidos os acessos aos emails dos trabalhadores. Ficou proibido também que as empresas questionem os trabalhadores sobre o conteúdo das mensagens publicadas nas redes sociais, ou que estas possam ser usadas na admissão ou no despedimento por justa causa.

Todos sabemos como têm sido devassadas as contas de correio electrónico de muitos trabalhadores, e como têm sido usadas como motivo para despedimento mensagens deixadas nas redes sociais. Não é inédito que nas entrevistas para candidatos a emprego, lhes seja solicitado que divulguem a sua actividade nas redes sociais, e que depois que lhes seja solicitado que adiram aos serviços das redes sociais nos sítios da própria empresa.

Muitas vezes não são as leis que fazem falta, mas sim a punição pronta de quem abusa da sua posição para intimidar outrem. Note-se que os mais poderosos estão muito preocupados com a sua intimidade e privacidade, mas quem é mais desrespeitado são precisamente os mais desfavorecidos.



terça-feira, outubro 01, 2013

SABER PEDIR DESCULPA



Existe uma grande diferença entre políticos a sério e políticos de aviário nascidos nas juventudes partidárias e sem qualquer experiência da vida real.

Não sou um apoiante incondicional de ninguém, muito menos de Obama, mas tenho que reconhecer que entre ele e Passos Coelho ou Cavaco Silva vai um oceano de diferenças.

Por causa dos problemas orçamentais dos EUA, os serviços públicos não essenciais fecharam hoje, sendo mandados para casa muitos funcionários públicos, mas B. Obama não se eximiu de dizer que os funcionários públicos americanos são muitas vezes tratados como «sacos de pancada», não se eximindo de os elogiar, deitando o ónus desta situação para cima dos políticos.

Duvido que Passos Coelho ou Cavaco Silva ainda possam aprender qualquer coisa, mas que podiam aprender a respeitar quem cumpre as suas tarefas sob as ordens, quantas vezes erradas, dos políticos de quem dependem em absoluto, isso podiam e deviam.


COLORIR DIAS CINZENTOS 

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CELEBRANDO A MÚSICA