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sexta-feira, outubro 12, 2018

SINAIS DOS TEMPOS

Nos dias que correm são cada vez mais as pessoas que visitam os museus e outros monumentos, não para se enriquecerem a nível intelectual, ou para desfrutarem da sua beleza, mas sim para partilharem com os amigos a sua passagem por esses espaços como se fosse um qualquer troféu.

Entre selfies e fotos tiradas por amigos ou conhecidos, pouco mais fica destas visitas... infelizmente.  


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Não está fácil a vida para os homens, porque quase tudo hoje pode ser considerado discriminatório, e atentatório de outrem, mesmo que seja um simples piropo ou mau uso de palavras. À boleia de abusos reais, e de comportamentos absolutamente censuráveis, surgem acusações ou sugerem-se comportamentos discriminatórios, sem qualquer fundamento, e perfeitamente injustificados.


segunda-feira, setembro 23, 2013

PLATAFORMA DA SAÚDE DEFUNTA



Foi em tempos criada uma plataforma chamada Portal da Saúde, onde se podia marcar uma consulta em qualquer Centro de Saúde utilizando apenas o Cartão do Cidadão ou o Cartão do Utente. As consultas de rotina eram facilmente marcadas usando-se um computador, pois podiam-se escolher datas em que o utente tinha disponibilidade, em função das datas livres no calendário do médico de família.

Em finais de 2012 o serviço já mostrava debilidades gritantes, mas em 2013 tornou-se uma inutilidade absoluta, porque apesar de dizer que aceitava os pedidos de marcação de consulta, no ecrã do computador, no mesmo minuto o telefone desmentia a mensagem dizendo “lamentamos, mas não foi possível agendar a sua consulta para o período indicado”.

Muitas tentativas depois e escolhendo dias diferentes cheguei sempre ao mesmo resultado, sendo que fui sempre levado a contactar o prestador de saúde para obter “mais informações”.

Não sei se o problema é de falta de verbas, se é um problema de falta de assistência técnica, ou se o ministério prefere que os utentes entupam os telefones dos Centros de Saúde, atrasando o atendimento aos doentes com mais urgência no atendimento, mas lá que é ridículo manter o Portal em funcionamento apenas para gerar respostas automática (alguém as paga) dizendo que o esforço foi inútil, e que se o utente quiser terá de tentar telefonar (a pagantes), ou então terá de deslocar-se ao Centro de Saúde duas vezes, uma para marcar e outra para a consulta, com todos os inconvenientes pessoais de ter de faltar ao serviço para conseguir uma simples consulta de rotina.


sábado, agosto 25, 2012

IMPORTA-SE DE REPETIR?


A privatização da RTP era uma verdadeira obsessão do ministro Miguel Relvas e também de Passos Coelho, mas afinal as coisas evoluíram de um modo absolutamente diverso, e a vontade dos dois mudou, e muito.

O anúncio da solução ”muito atraente” foi feito por António Borges, um assessor contratado pelo governo para o processo das privatizações e não por qualquer membro do executivo como seria natural.

O país ficou a saber que a RTP1 será concessionada a um privado, mantendo as “obrigações de serviço público” e recebendo um apoio estatal no valor de 140 milhões de euros anuais. A RTP2 será fechada muito simplesmente, e se o concessionário achar que tem trabalhadores a mais, pode despedir.

O contribuinte continua a pagar a taxa do audiovisual para sustentar um canal com gestão privada, que muito provavelmente continuará a ter publicidade, o que não será “muito atraente” para os contribuintes, o que a somar ao custo destes consultores governamentais é um disparate tremendo.

Ninguém percebe esta “privatização”, mas percebe-se que há uma intenção clara de desmantelar todas as instituições públicas, e este é apenas mais um episódio. 
  


terça-feira, outubro 04, 2011

DESCONTAR PARA QUÊ?

Nos últimos anos temos vindo a constatar que vão aumentando os custos da educação, da saúde, da justiça e dos transportes públicos, enquanto os salários reais se vão deteriorando e os impostos e outras taxas vão subindo.

Os cidadãos vão ficando mais pobres (a grande maioria) e os governos vão-nos sobrecarregando cada vez mais. Querem fazer-nos crer que os serviços também vão melhorando, mas a verdade é que com os cortes que estão a sofrer isso não acontece, por muito que queiram bater nessa tecla.

O que começa a estar em causa é exactamente a razão porque pagamos impostos. Era suposto utilizar o dinheiro dos impostos para satisfazer aquilo para que foram criados, mas isso não é exactamente verdade, pois não?

Porque é que o dinheiro dos nossos impostos não vai para onde deve ir e é encaminhado para cobrir erros dos políticos e para cobrir buracos causados por má gestão de muita gente que por isso não é responsabilizada?

Porque é que temos que pagar a saúde nos impostos e voltamos a pagar em cada acto médico? Porque pagamos impostos sobre os combustíveis e de circulação e temos que pagar as portagens? Porque pagamos cada vez mais impostos e temos cada vez mais, direito a menos?



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quarta-feira, setembro 22, 2010

OS SORVEDOUROS DE DINHEIRO

Enquanto vemos, ouvimos e lemos políticos e economistas a malhar na Função Pública, classificando-a de sorvedouro da riqueza nacional, vamos tomando conhecimento de poços sem fundo onde se despeja dinheiro sem verdadeiro controlo.

O despesismo atribuído ao Estado tem inúmeras vertentes e grandes montantes desse dinheiro nada tem a ver com despesas com o funcionalismo, mas sim com milhares de instituições que vivem à sombra do Orçamento de Estado.

O DN citando o economista José Cantiga Esteves vem revelar que existem cerca de 14 mil instituições que estão sob o chapéu do orçamento de todos nós. Serão todos necessários e úteis?

A estas revelações, que aliás são mais do que evidentes, podemos acrescentar serviços que são contratualizados a empresas privadas em quase todas as áreas, desde a educação, a saúde, a segurança e outras acessórias que também fazem parte da tal despesa rígida de que falam. Juntem-se os encargos da dívida pública e a incompetência na gestão do nosso dinheiro e temos um retrato muito simples do buraco em que estamos.

O senhor Murteira Nabo podia olhar para tudo isto antes de falar no corte do 13º mês, mas isso é incómodo para a sua classe, a dos economistas, e a dos políticos, que são os contratadores desses mesmos economistas.



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By Falco

By Falco

domingo, janeiro 10, 2010

RAPIDINHAS

Futebol – Quem não se lembra da euforia que durou até 2004, em que os responsáveis nacionais tudo fizeram para nos convencer da necessidade de construção de muitos recintos desportivos. Pois bem, eles aí estão, o sucesso do Euro 2004 também aconteceu, mas a factura está por pagar em diversos casos, e pelo menos seis câmaras municipais estão a braços com os encargos da dívida, e o dinheiro terá de sair dos munícipes contribuintes. Alguém conhece os responsáveis? Eles admitem ser responsáveis pelos prejuízos decorrentes das decisões tomadas?

Contabilidades – Todos sabem que há regras contabilísticas que se exigem a cada sector e a cada empresa. Planos de contabilidade existem e são obrigatórios, mas há sempre quem não cumpra e incorra em infracções. Parece que o Ministério da Justiça, sim esse mesmo, tem umas irregularidades nas suas contas, e que não podem ser consideradas meros amendoins, nem se pode dizer que sejam na realidade novidade absoluta, porque o anterior titular da pasta já tinha sido informado. Vamos ver quais são as explicações que aí vêm e quem é que assume os erros.

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про Машу и Тигру

дедушка сказал - Тиграми не рождаются...
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sexta-feira, dezembro 05, 2008

CRISE DOS RICOS

Recebi um amável mail de um economista, que se debruçou sobre os meus textos e procurou rebater algumas das minhas ideias. Eu não sou economista de formação, nem tenho qualquer pretensão nessa área, mas como qualquer outro cidadão, governo a minha casa e tenho o direito de exprimir opiniões.

Não desprezo a importância das instituições bancárias, e antes desta crise só me lembro de criticar a nossa banca pelo grande diferencial entre os juros pagos aos depositantes e os juros cobrados pelos empréstimos, e isso era um facto bem comprovado, bastando ir aqui ao país vizinho para o poder constatar.

A minha discordância absoluta com o leitor em causa, é precisamente sobre o caso BPP, e deve-se à natureza do seu negócio principal, que não é o que se tipifica como de banco comercial. A gestão de carteiras e de fortunas enquadra-se numa actividade de maior risco, e baseia-se sobretudo naquilo que é corrente chamar-se o jogo da bolsa.

Como a razão maior aduzida pelo senhor economista, era a do risco sistémico e a imagem do país, devo dizer que nem o BPP tinha dimensão relevante para ser um problema, nem a sua falência afectaria a imagem de Portugal. Começando pela imagem de Portugal, então afirmo com toda a certeza e fundamento, que as falhas do regulador são mais danosas para o país do que a dita falência.

Para além desta discordância de fundo, que traduzida em números é uma relação de 3.000 clientes para um aval do Estado no valor de 450 milhões de euros, temos ainda um facto que tem passado ao largo de todas as análises, que é o aumento do défice externo, que todos evitam abordar por algum obscuro motivo.



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Dark Miss

Олег В

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CARTOON ECONÓMICO