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quinta-feira, março 08, 2012

QUE RICO NEGÓCIO

O primeiro-ministro deu no Parlamento informações erradas sobre as portagens da ponte 25 de Abril no mês de Agosto de 2011. Passos Coelho confrontado pela oposição com a possibilidade de a Lusoponte ter recebido as portagens e a compensação pela ausência de portagens em Agosto, mostrou estar mal informado.

De acordo com a secretaria de Estado dos Transportes, a empresa concessionária das duas pontes sobre o Tejo recebeu a compensação acordada no contrato de concessão, no valor de 4,4 milhões de euros, e também o pagamento dos utilizadores durante o mês de Agosto.

A argumentação para esta bizarria, de que a única forma do governo não pagar essa compensação será através da alteração do contrato de concessão da Lusoponte, é simplesmente ridícula e incompreensível.

O governo quando decidiu pela cobrança de portagens no mês de Agosto devia ter acautelado o interesse público, e parece que nada fez, porque não fez nenhuma alteração ao contrato de concessão como se percebe. A situação de facto é que os utilizadores pagaram pela utilização da ponte, e todos os portugueses pagaram para uma indemnização que não tem qualquer razão de existir.

Não haverá quem seja acusado de gestão danosa de dinheiros públicos e de negligência grosseira?



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sábado, julho 09, 2011

COMPENSAÇÕES À LUSOPONTE

Devo manifestar a minha ignorância sobre a necessidade de compensar a Lusoponte, concessionária das pontes sobre o Tejo, já que a ponte velha está mais do que paga e pela ponte nova estão a pagar todos os que atravessam qualquer delas.

O contrato com a Lusoponte parece-me ruinoso para o Estado, uma vez que a portagem das duas não chega para pagar à concessionária. Se de facto as portagens são insuficientes algo está muito errado e deve ser imediatamente rectificado, e não será com o agravamento das portagens, neste caso com o pagamento no mês de Agosto na ponte velha.

Por último, mas igualmente importante, devia questionar-se se o aumento do consumo de combustíveis originado pela cobrança em pleno mês de Agosto, não será mais gravoso para o país do que o não pagamento neste período.


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domingo, julho 18, 2010

GESTÃO E AUSTERIDADE

Em 2008 foi criada a Base de dados de ADN, com pompa e circunstância, anunciando-se que seria um instrumento para diminuir os crimes por resolver em Portugal. Por ser mais uma base de dados sobre os cidadãos deste país, e por constar de elementos sensíveis, foi acolhida com muitas reservas e não conseguiu reunir consensos.

Polémicas à parte, resultantes mais do temor de possível má utilização do que qualquer outra coisa, o que interessa saber é exactamente em que ponto estamos passados dois anos. É aqui que a porca torce o rabo.

Sabe-se agora que o sistema tem exactamente 10 perfis de ADN e uma lista de 70 pedidos à espera. A estrutura existente para esta tarefa depende do Instituto Nacional de Medicina Legal e tem 30 funcionários apetrechados com 2 sequenciadores de um milhão de euros, para além do sistema informático CODIS.

Não sei se está tudo bem, porque lembro-me de dizerem que se previam recolher cerca de seis mil amostras por ano., mas um responsável veio a público dizer que “está a funcionar normalmente”. Não me soou nada bem o “não temos pressa…” e muito menos a afirmação de que o sistema “não é economicamente rentável”, e que a solução passaria por “perder o medo e liberalizar a inclusão na base, tornando-a universal e assegurando, desta forma, o princípio da igualdade”.

O senhor Corte-Real, que não sei quem é, não está numa corrida como bem diz, mas tem provas a dar aos cidadãos que pagam tudo isto, e dispensam bem a solução que ele alvitra, exactamente porque essa não é a sua função. Bem que podia ser mais comedido nas afirmações e mais esclarecedor quanto aos planos para o futuro próximo do organismo.



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By Palaciano

By Palaciano

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O estado da nação por Rodrigo

Esquerda-direita por Arash-Divanpour

sexta-feira, dezembro 05, 2008

CRISE DOS RICOS

Recebi um amável mail de um economista, que se debruçou sobre os meus textos e procurou rebater algumas das minhas ideias. Eu não sou economista de formação, nem tenho qualquer pretensão nessa área, mas como qualquer outro cidadão, governo a minha casa e tenho o direito de exprimir opiniões.

Não desprezo a importância das instituições bancárias, e antes desta crise só me lembro de criticar a nossa banca pelo grande diferencial entre os juros pagos aos depositantes e os juros cobrados pelos empréstimos, e isso era um facto bem comprovado, bastando ir aqui ao país vizinho para o poder constatar.

A minha discordância absoluta com o leitor em causa, é precisamente sobre o caso BPP, e deve-se à natureza do seu negócio principal, que não é o que se tipifica como de banco comercial. A gestão de carteiras e de fortunas enquadra-se numa actividade de maior risco, e baseia-se sobretudo naquilo que é corrente chamar-se o jogo da bolsa.

Como a razão maior aduzida pelo senhor economista, era a do risco sistémico e a imagem do país, devo dizer que nem o BPP tinha dimensão relevante para ser um problema, nem a sua falência afectaria a imagem de Portugal. Começando pela imagem de Portugal, então afirmo com toda a certeza e fundamento, que as falhas do regulador são mais danosas para o país do que a dita falência.

Para além desta discordância de fundo, que traduzida em números é uma relação de 3.000 clientes para um aval do Estado no valor de 450 milhões de euros, temos ainda um facto que tem passado ao largo de todas as análises, que é o aumento do défice externo, que todos evitam abordar por algum obscuro motivo.



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Dark Miss

Олег В

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CARTOON ECONÓMICO