segunda-feira, 25 de março de 2013

O Amor Não É Para Anormais!

Tenho dúvidas de que goste assim tanto desse cliché de pacotilha em que se tornou a “teoria das pequenas coisas”, das “coisas simples” ou, como se diz por aí, dos “pequenos nadas”. Primeiro: como aferir, na realidade, a pequenez ou grandeza das coisas e, consequentemente, dar-lhes um grau de importância relativa? Melhor: como afirmar, com tanta certeza, que seremos felizes mais depressa se aprendermos a dar maior importância àquilo que, em teoria, é menorizado? Quando necessário, coçar o nariz é bom e isso é, sem dúvida alguma, uma coisa simples. Porém, quando comparado com o acto de cortar as unhas, este último, que também é uma coisa simples, não deixa de ser algo infinitamente mais complexo porque, em última instância, nos pode custar a cabeça de um dedo.    

Confuso? Imagino que a esta altura já estejam todos a deitar fumo pelas orelhas e com vontade de me espancar. Não se esqueçam é que os fantasmas não existem e, por isso, a vossa capacidade de voltarem a ter um batimento cardíaco saudável será tanto maior quanto mais rápida for a aplicação da vossa própria teoria. Ou seja: isto é apenas um texto, fruto da imaginação de quem nada mais interessante tem para fazer e que para chegar a um fim tem de começar por algum lado. Custe o que custar. É isso e a “teoria do borboto”. O quê, não conhecem? Não acredito. Quem conhece e pratica a teoria dos pequenos nadas tem de conhecer a teoria do borboto. Sim, esses, das camisolas. Mais feliz é aquele que não liga patavina ao borboto nas camisolas. Ligar ao borboto é perder anos de vida e horas de lazer. Bem vistas as coisas, a sua importância é igual a zero na felicidade dos humanos. Ainda que haja quem olhe para as camisolas com borboto como se fosse peste negra.
 
No fundo, talvez a teoria das coisas simples seja um complemento à teoria do borboto, sei lá. Talvez o segredo esteja aí, desdramatizar a existência do borboto conferindo-lhe a simplicidade que ele intrinsecamente possui. É um borboto e pronto, que se lixe, sejamos felizes com ele. E se alguém pensar que a nossa camisola está com sarampo que se dane. Para isso também já há cura. Uma doença simples. Um quase nada no cardápio das doenças letais. Se preferirem façam uma comparação ligeira com o desejo incontido do Tony Carreira de criar uma dinastia mais longa que a de Ramsés. Algo que me põe a pensar que se algum dia eu próprio chegar a tetravô, terei muito que explicar o porquê de nunca ninguém se ter lembrado de aplicar o "método de resolução de problemas Romanov". O mais recente ídolo da dinastia atira-se ao brilho dos holofotes com apenas catorze anos de idade. Um borboto adolescente. Um pequeno nada.

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