Antonio Jose Batel Anjo
Desde 2021
ISCTE -UTL - Estudos Africanos (Pós-Graduação) - Portugal
Processo de conclusão da Tese “Politicas Públicas de Educação e Ciência em Moçambique”, Doutoramento em Estudos Africanos
Desde 2014 -
Fundador e Director Executivo da OSUWELA - Associação moçambicana sem fins lucrativos para a promoção do desenvolvimento através da formação em Ciência.
De Janeiro 2015 – Novembro 2022
Professor Associado do ISCTEM, Maputo
Director de Desenvolvimento Institucional
Director da Escola de Pós-Graduação e Director do Centro de Investigação em Saúde, Ciências e Tecnologias
Membro do Conselho Directivo.
De Março 2013 – 2020
Fundador e Administrador da UPI, Lda
Consultoria para diversas para entidades públicas e privadas, incluindo organizações internacionais e multilaterais e programas de cooperação.
2012 – 2015
Assessor – Ministro da Educação de Moçambique
2014 – 2021 Professor Auxiliar – Universidade de Aveiro
Fundador e director executivo do PmatE – Projecto Matemática Ensino durante
Membro da Comissão Científica da Fábrica de Ciência Viva – Centro de Ciência Viva de Aveio – www.ua.pt/fabrica/
Presidente do Conselho Directivo do Departamento de Matemática
Vice-Presidente da APDIO – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Investigação Operacional.
Director Projecto Pensas – Plataforma de Ensino Assistido, financiado pela Cooperação Portuguesa, Ministério da Educação de Moçambique e Universidade de Aveiro
ORCID Member: /0000-0002-0075-131X
Supervisors: Maria Asensio, ISCTE - UTL (Estudos Africanos) and Rosália Rodrigues, Departamento de Matemática, Universidade de Coimbra (Matemática)
Address: Maputo - Mozambique
ISCTE -UTL - Estudos Africanos (Pós-Graduação) - Portugal
Processo de conclusão da Tese “Politicas Públicas de Educação e Ciência em Moçambique”, Doutoramento em Estudos Africanos
Desde 2014 -
Fundador e Director Executivo da OSUWELA - Associação moçambicana sem fins lucrativos para a promoção do desenvolvimento através da formação em Ciência.
De Janeiro 2015 – Novembro 2022
Professor Associado do ISCTEM, Maputo
Director de Desenvolvimento Institucional
Director da Escola de Pós-Graduação e Director do Centro de Investigação em Saúde, Ciências e Tecnologias
Membro do Conselho Directivo.
De Março 2013 – 2020
Fundador e Administrador da UPI, Lda
Consultoria para diversas para entidades públicas e privadas, incluindo organizações internacionais e multilaterais e programas de cooperação.
2012 – 2015
Assessor – Ministro da Educação de Moçambique
2014 – 2021 Professor Auxiliar – Universidade de Aveiro
Fundador e director executivo do PmatE – Projecto Matemática Ensino durante
Membro da Comissão Científica da Fábrica de Ciência Viva – Centro de Ciência Viva de Aveio – www.ua.pt/fabrica/
Presidente do Conselho Directivo do Departamento de Matemática
Vice-Presidente da APDIO – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Investigação Operacional.
Director Projecto Pensas – Plataforma de Ensino Assistido, financiado pela Cooperação Portuguesa, Ministério da Educação de Moçambique e Universidade de Aveiro
ORCID Member: /0000-0002-0075-131X
Supervisors: Maria Asensio, ISCTE - UTL (Estudos Africanos) and Rosália Rodrigues, Departamento de Matemática, Universidade de Coimbra (Matemática)
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Papers by Antonio Jose Batel Anjo
Essa seria a resposta mais óbvia, mas na verdade o mel é apenas um dos contributos das abelhas para a nossa vida.
Mas no mundo natural as plantas e os animais há muito que entram neste ritmo de Carnaval no sambódromo da Natureza. Perceberam antes de nós as vantagens de usar mascaras para parecer aquilo que não são.
Cox deixou cair uma bola de bowling e algumas penas de uma grande altura dentro daquela que é a maior câmara de vácuo do planeta – Space Simulation Chamber da NASA nos Estados Unidos da América – e observou o resultado.
Muito embora todos os cientistas já soubessem qual seria o resultado, reagiram com surpresa e entusiasmo quando verificaram que a bola e as penas atingiram o alvo ao mesmo tempo.
Fantástico! Este é o verdadeiro desafio – experimentar!
A origem dos vinhos pode ser conhecida recorrendo a técnicas analíticas para a determinação da concentração de elementos químicos. Neste trabalho foram analisados 42 elementos (Li, Be, B, Mg, Al, K, Ca, V, Cr, Mn, Fe, Co, Ni, Cu, Zn, Ga, As, Mo, Ru, Rh, Cd, Sn, Te, Ba, La, Ce, Pr, Nd, Sm, Eu, Gd, Dy, Ho, Er, Tm, Yb, Lu, W, Tl, Pb, Th e U) de 18 vinhos portugueses oriundos das cincos regiões DOC com maior quota de mercado (Alentejo, Bairrada, Dão, Douro e Verde) com espectrómetro de massa com fonte indutiva de plasma (ICP-MS). O método foi validado com recurso a adição de padrão (spikes), diluições e material de referência.
Pela análise multivariada dos resultados verifica-se, de um modo geral, a formação de dois grandes grupos: Alentejo, Dão e Douro vs Bairrada e Verde. O primeiro grupo está fortemente associado ao teor em K enquanto os vinhos Verdes, que são tradicionalmente ácidos, estão associados principalmente ao Pb. Por sua vez os vinhos da Bairrada aproximam-se destes pela presença da casta baga, que lhes confere acidez, e pelo teor em Fe.
Verifica-se que 100% dos vinhos foram classificados correctamente de acordo com a sua origem geográfica.
(Trabalho que vence o prémio “Jovem Enólogo 2007", uma iniciativa da Associação Portuguesa de Enologia, que
pretende incentivar a elaboração e promover a divulgação de trabalhos nas áreas de
Viticultura e Enologia, que primem pelo rigor técnico-científico, inovação e aplicabilidade
prática.)
aplicações de eLearning - uma componente lúdica capaz de atrair os estudantes ao estudo.
O trabalho desenvolvido neste domínio teve início em 1990/91, mas a plataforma tecnológica necessitou de uma profunda reestruturação no sentido de acompanhar os recentes
desenvolvimentos nas novas tecnologias da informação e da comunicação. Esta tarefa foi iniciada em 2002. Este texto, pretende apresentar o trabalho desenvolvido no estudo e
reformulação da nova plataforma base das aplicações do PmatE.
The present work intends to present a Science Diffusion as a wager of the International Cooperation for the Development providing an improvement of the Education in semi-developed Countries, namely, in Mozambique. In the ambit of this situation is studied the concept of Science also as hisimpact in society. Explicitly that the scientific knowledge is an indicator more capable to determine the level of modernization, development of a country. Posteriorly, it is done a detailed analyse of the process of the nowadaysinternational cooperation as if the evolution which this suffered through all time. The Education Mathematic Project appears as the national main project ofother two international cooperation projects with Mozambique: thePensas@moz (Education Platform supported by computer in Mozambique) andthe OUTclass (Cooperation to the Acquaintance). The Pensas@moz is analysed as a case of evident success of the Portuguese cooperation in theambit of the Educational Process and in the dominion of the InternationalCooperation Process. The OUTclass is presented still in an experimentalphase, however showing positives results. Every these projects can be considered as web communities. To sum up, where it is evincible a relevance of knowledge share in the way ofwalking to a globalization of Knowledge, aiming the global development.
The main goal of this work is to present the development of a strategy of using a platform of assisted teaching. The experiment was on a well explored theme on the early years of some degrees of Sciences and Engineering, the Primitives, where an approach of the existing models is proposed in order to produce Evaluation and Learning reliable to the process teaching-learning and to the relation Professor-Knowledge-Student. Here the model is understood as a question generator with very precise pedagogic objectives. The main idea of this work is the junction of the models of the treated unity with a new strategy of evaluation and learning.
In this thesis is presented a set of informatic tools, denominated PmateStat, for the production of statistics in real time. The PmateStat is integrated in the PmatE Assisted Learning Platform, from the University of Aveiro Mathematics Department and allows the search of students evolution patterns, in the “Sistema de Avaliação e Aprendizagem Assistido por Computador” (SA3C). The application of statistical methods in tools for Internet, in an automatic way and based on user selections is not very common, although its use is very useful for the users. Having access to statistics in real time, the platform actors can take decisions about all the models to be used. It is also made a study of other statistical methods, having in view the PmateStat expansion and some possible applications are pointed out.
As múltiplas formas de fazer e comunicar a cultura matemática em língua portuguesa
Coimbra, Portugal, 28 a 31 de outubro de 2015
A I Conferência Internacional do Espaço Matemático em Língua Portuguesa – I CIEMeLP realizar-se-á no Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra e no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, de 28 a 31 de outubro de 2015.
O Espaço Matemático em Língua Portuguesa – EMeLP ´e uma organização internacional, filiada `a International Commission on Mathematical Instruction – ICMI, que congrega os pa´ıses e comunidades de língua portuguesa, e visa ao intercãmbio de projetos, ações e iniciativas em ensino de matemática, matemática interdisciplinar, divulgação da matemática e manifestações culturais matemáticas. A I CIEMeLP contará com diversas atividades, incluindo: homenagens especiais, palestras plenárias, grupos de trabalho, palestras paralelas, comunicações científicas, apresentações de posters.
Pelo mundo fora encontramos muitas escolas e universidades que são tidas como modelos de um ensino de qualidade sendo que, na verdade, tal não acontece. Temos isso sim, meritoriamente e em alguns cursos, escolas e universidades com áreas de excelência. Mas o conjunto das instituições de ensino está muito distante do conceito de educação de qualidade.
Sendo um dos maiores empreendimentos científicos da história da humanidade, o SKA convoca os mais conceituados cientistas e engenheiros, assim como os políticos, de modo a materializar todo o projecto em tempo útil. O SKA irá recorrer a centenas de milhares de radiotelescópios, dispostos em três configurações diferentes, que vão permitir aos astrónomos monitorizar o céu com um nível de detalhe nunca antes alcançado. Vamos ter a capacidade de rastrear o céu milhares de vezes mais rapidamente do que se recorressem a qualquer outro sistema actual. As antenas irão ocupar áreas estratégicas em África e na Austrália. No deserto Karoo, na África do Sul, serão colocadas antenas de média e de alta frequência. Na região de Murchison, na Austrália, irão ser dispostas antenas de baixa frequência bem como o sistema de rastreio celeste. Estas antenas e este sistema de rastreio vão proporcionar uma oportunidade para observações únicas, ultrapassando a qualidade da resolução de imagem do Telescópio Espacial Hubble em cerca de 50 vezes. Irá ser possível fazer a análise de enormes áreas do céu em paralelo, um feito que nenhum outro telescópio conseguiu atingir em tamanha escala e com tanta sensibilidade.
A escolha dos locais para a colocação das antenas não é de todo aleatória. Estes locais foram apontados cientificamente e tecnicamente e pelo facto de serem zonas desérticas ou muito pouco povoadas. Esta decisão teve em conta as condições atmosféricas sobre os desertos, savanas, até à ausência de transmissões rádio. Por outro lado, o céu visto do Hemisfério Sul é muito mais rico em objectos cósmicos que o céu do Hemisfério Norte, por isso os grandes observatórios mundiais têm registado uma grande apetência para se instalaram do lado de cá do Equador. Esta é a maior infraestrutura científica do mundo, capaz de produzir 100 vezes mais informação que toda a Internet hoje em dia e usando duas vezes o diâmetro da Terra em fibra óptica. Estará assim criada uma grandiosa estrutura científica à escala planetária.
Existe a possibilidade de colocar em Moçambique várias antenas na Província de Manica e em Tete, sendo que esta colocação de antenas representa uma oportunidade ímpar para Moçambique desenvolver as suas empresas de construção civil, de telecomunicações e obviamente as Universidades, em todos os domínios do saber. Nas Universidades esta pode ser uma alavanca para a Investigação a vários níveis, como exemplo ambiente. Moçambique fica assim com uma plataforma de formação avançada, internacional que promove sinergias entre as várias Engenharias com as Ciências.
Na verdade tudo isto representa uma oportunidade que deve ser aproveita. A face da Investigação e da Ciência em Moçambique pode mudar se soubermos olhar o céu com olhos de ver! A Osuwela a recém-criada Associação para a Promoção do Desenvolvimento em Moçambique pretende ser o motor deste desenvolvimento projecto em Moçambique.
Nesta apresentação será apresentada a Osuwela, os seus princípios e a sua actuação em Moçambique.
Moçambique precisa de um corpo de cientistas de craveira internacional centrados na sua profissão em Institutos e Universidades com capacidade para os acolher e lhes proporcionar condições para o desenvolvimento do seu trabalho. No entanto, a falta de condições par que se proporcione este desenvolvimento de conhecimento é gritante. A ausência desta capacidade de promoção em investigação e pesquisa resulta também num sério entrave Ao sector privado, em particular ás empresas com grandes necessidades técnicas em áreas directamente relacionadas com a ciência (como a indústria extractiva entre outras). As empresas surgem então como potencial beneficiário de potenciais alianças com as Instituições de Ensino Superiores com o intuito de promover esta capacidade técnica e o desenvolvimento de competências e conhecimento local.
A aprendizagem e o envolvimento activo nos problemas que a sociedade enfrenta só podem ser feitas com um grande domínio das áreas de CTEM, para que Moçambique possa passar de importador de ciência, com enfoque em técnicos especializados e mão-de-obra qualificada, a exportador após a satisfação do mercado local. Só assim teremos cidadãos informados e engajados no desenvolvimento colectivo num futuro próximo e teremos capacidade de resposta sustentável ao investimento privado.
A política do sector educativo moçambicano continua, pois, a reflectir uma aposta muito firme no aumento sustentado das capacidades do país, nomeadamente no que respeita à qualificação dos recursos humanos e, nesse sentido, tem sido considerado prioritário para o Sector da Educação a assumpção de condições que permitam o desenvolvimento de capacidades de concepção, de inovação, de investigação científica, de análise crítica e de decisão em diferentes áreas do conhecimento que, por sua vez, possibilitem o desenvolvimento científico, tecnológico e cultural dos recursos humanos e, consequentemente, o desenvolvimento económico e social do país.
Sem prejuízo de se reconhecerem desequilíbrios estruturais entre as necessidades de educação/formação de nível superior e pós-graduação e os recursos existentes e, mesmo considerando que persistem alguns constrangimentos estruturais do sistema educativo, é inequívoco que existe a necessidade de reforçar o objectivo estratégico de consolidação, expansão e melhoria do sistema de formação dos professores e licenciados moçambicanos, contribuindo assim para a sua qualificação científica e para o consequente aumento da qualidade das instituições de ensino.
Assim, este projecto enquadra-se no contexto de uma estratégia nacional e releva o objectivo de proporcionar à nação os recursos humanos qualificados que respondam às necessidades do ensino de Português em Moçambique.
Sob responsabilidade da Universidade de Aveiro e do Ministério da Educação e Cultura de Moçambique e com a colaboração de prestigiados professores de Moçambique, pretende-se desenvolver um projecto de formação descentralizada, em regime de b-learning, designado “ForLíngua@moz - Formação em Rede para o Desenvolvimento da Língua Portuguesa em Moçambique”.
O facto de ter nascido no Departamento de Matemática deu-lhe o nome e o seu objectivo inicial – aumentar o gosto e o sucesso em Matemática. De âmbito apenas regional, rapidamente se tornou num projecto de âmbito nacional e até internacional, acompanhando ao longo destes 21 anos a evolução tecnológica. Da disquete e CD passou a estar unicamente na Internet. Da Matemática estendeu-se a novas áreas do saber como o Português, a Biologia e a Física, e mais recentemente, à Literacia Financeira e à Geologia.
O seu cerne é a produção de objectos de aprendizagem, Modelos Geradores de Questões e Conteúdos Digitais Multimédia, disponibilizados numa Plataforma de Ensino Assistido por computador, que integra as tecnologias de forma criativa e multidisciplinar. Trata-se de uma ferramenta de apoio à avaliação, à aprendizagem e ao ensino e um instrumento de gestão, hoje fortemente implementado a nível nacional.
A criação de uma estrutura digital para a representação de conteúdos a que deu o nome de Modelos Geradores de Questões (MGQ) tornou-o pioneiro na forma de representar a Matemática. Elaborados por professores da disciplina, os modelos são a peça fundamental do software que o PmatE produz, quer do ponto de vista científico e didáctico, quer informático. Altamente parametrizados, os MGQ prevêem a saída de proposições com formulações diversas, embora com os mesmos objectivos, permitindo que dois computadores lado a lado trabalhando sobre o mesmo objectivo tenham concretizações diferentes.
Esta sua filosofia única no país tornou-o num projecto singular, cuja longevidade atesta bem a sua relevância ao longo dos anos na promoção do gosto e do sucesso em Matemática, bem como em outras áreas do saber, nomeadamente Biologia, Física, Geologia e Língua Portuguesa.
Actualmente, o PmatE tem três eixos de actuação: a comunicação e divulgação de ciência, a intervenção escolar e a cooperação com países de língua oficial portuguesa.
As Ciências Naturais, a Engenharia e Tecnologia não têm tido a procura desejada, mas mais preocupante, a qualidade dos alunos não é satisfatória, e isto traduz-se numa escassez de profissionais nos sectores produtivos que dependem destes profissionais e são sentidos um pouco em todo o país, afectando de forma severa a economia e o desenvolvimento.
A educação atravessa uma crise a todos os níveis e as conquistas de aprendizagem são muito poucas, os indicadores do SACMEQ – Consórcio para o Monitoramento da Qualidade Educação – sugerem que a qualidade da educação não melhorou entre 2000 e 2007. Depois disso, Moçambique foi o único país que mostrou uma deterioração substancial na leitura e matemática entre 2007 e 2011. Este declínio nos padrões está provavelmente ligado a rápidas mudanças estruturais na educação durante este período, o que resultou em um aumento massivo no acesso, mas não proporcionou aumentos correspondentes em recursos humanos capacitados, nas condições de trabalho e em materiais didácticos. Um trabalho realizado pelo Banco Mundial em 2014 sobre um grupo de professores de dez países africanos (Senegal, Mali, Níger, Togo, Nigéria, República Democrática do Congo, Uganda, Quênia, Tanzânia e Moçambique) constatou que o conhecimento geral dos professores moçambicanos é fraco. A má qualidade dos professores, obviamente, afecta a qualidade de seus alunos.
Em 2000, Moçambique ficou em quarto lugar entre nos países da SADC, dos cinco países abrangidos pelo programa SACMEQ, e em 2007, as médias para a avaliação dos alunos do 6º ano em Língua e Matemática estavam abaixo da média global dos países membros do SACMEQ.
A qualidade da educação em Moçambique, em geral, pode ser descrita como estando em crise. O relatório da UNESCO (2007), sugere que a educação em África enfrenta muitos obstáculos: grandes taxas de cidadãos sem acesso à escola, falta de equidade, baixo desempenho dos sistemas de educação, baixa qualidade da educação e a falta de relevância da aprendizagem escolar, que se transforma todo o sistema numa inutilidade difícil de explicar aos alunos e às suas familias.
Esta inutilidade da aprendizagem escolar é sentida de forma transversal nas escolas moçambicanas. Embora algumas disciplinas do ensino secundário tenham sido introduzidas, disciplinas vocacionais como Noções de Empreendedorismo e Agricultura, os alunos que concluem o 10º ou 12º anos do ensino secundário estão longe de estabelecer uma relação entre o conhecimento teórico e a prática. Na prática, a inclusão destas disciplinas agravou ainda a “obesidade” programática e curricular, encurtando os tempos lectivos das disciplinas básicas e não deixando tempo para amadurecer os conteúdos dos programas e criando mesmo uma quase impossibilidade de leccionar estes programas.
O sucesso do Ensino Secundário é decisivo para a progressão dos estudos no Ensino Superior e para a qualidade dos futuros licenciados, em particular nas ciências e engenharia. É no Ensino Secundário que os alunos decidem, de certa forma, as suas opções na escolha de seus futuros cursos, e este facto está ligado ao sucesso da aprendizagem e à qualidade destes. Outro facto preocupante é que cada vez mais estudantes escolhem as ciências sociais e não as ciências naturais, simplesmente porque não atingem os conhecimentos mínimos requeridos nas disciplinas básicas do ensino secundário, como Matemática, Física, Química e Biologia. Este facto, aliado aos custos destes cursos, vem reduzindo a oferta formativa de cursos de Ciência e Engenharia nas diversas universidades do país, dificultando cada vez mais a criação de áreas do saber novas e transversais no ensino superior.
O ensino secundário, enfrenta um grande número de problemas, desde a falta de espaço para alunos provenientes da escola primária até a qualidade da educação devido principalmente ao grande número de disciplinas e programas inadequados tanto no conteúdo quanto no tempo semanal alocado para cada disciplina. Além disso, a qualidade e adequação do ensino nos cursos de formação inicial para professores nas universidades nem sempre é o desejado.
A formação em serviço é um dos aspectos muito importantes a ser considerados. Nos últimos anos, pouca atenção foi dada a esse tipo de formação e os investimentos são praticamente inexistentes. No entanto, formar os professores que estão a leccionar é um dos aspectos com maior impacto na qualidade do ensino secundário – actuando ainda noutro factor muito importante: a própria motivação do professor.
Although it is important for the Government to approve the inflow of foreign labour to the country to meet immediate needs, the Government is highly concerned about the lack of availability of Mozambicans to sustain these projects in the long term.
The progressive increase in the activities of exploration and processing of mineral resources in Mozambique calls for a corresponding increase in qualified and seasoned technical professionals.
The country is facing a general shortage of skilled labour especially in the mining, energy and chemicals industries, resulting in a very high dependency on foreign labour. To mitigate the shortage of in-country technical professionals, it is important to have a holistic view of the current scenario in order to address the perceived skills’ gaps and, at the same time, respond to sector needs from a projects and operations perspective.
A União Internacional de Telecomunicações estima que aproximadamente 3 biliões de pessoas (40\% da população da Terra) têm acesso à Internet. Sendo que os homens usam duas vezes mais a Internet do que as mulheres, como se confirma no relatório da Intel: ``em média, em todo o mundo, cerca de 25\% menos mulheres têm acesso à Internet quando comparadas com os homens, e estas disparidades de género sobem para aproximadamente 45\% na África sub-saariana.''
O Continente Africano tem assistido a um rápido crescimento do acesso à Internet no entanto as mulheres são muito longe de alcançar a igualdade em números e mais longe ainda na equidade no acesso a meios tecnológicos. A ascensão de locais onde se pode aceder à Internet acabou por beneficiar mais os homens porque estes tem mais têm mais liberdade de movimento e mais liberdade na forma como gastam o dinheiro. Esta dificuldade agrava-se mais devido às restrições culturais e, em alguns locais, ao nível inferior que ocupam na sociedade.
O MatLab desenvolveu-se para além dessas livrarias, sendo hoje uma ferramenta poderosa de visualização e programação. O MatLab é constituído por um núcleo central e diversos pacotes de rotinas especializadas.
O objectivo do MatLab é oferecer aos seus utilizadores técnicas de resolução de problemas baseadas em técnicas matriciais, sem que estes tenham de escrever extensos programas em linguagens clássicas, como o C ou Fortran. Entre muitas outras vantagens, destacam-se a simplicidade dos seus comandos, muito idênticos à forma como são escritas as expressões algébricas em matemática, a sua velocidade de cálculo e a grande precisão numérica.
É um programa em constante evolução. Novas capacidades têm sido adicionadas, em particular no que diz respeito à construção e manipulação de gráficos. Não tendo sido construído para Computação Simbólica, consegue minimizar esta fraqueza estabelecendo uma ligação directa com o Maple.
Trata-se de um programa excelente para o ensino de diversas disciplinas, como por exemplo, a Análise Numérica, Métodos Numéricos, Álgebra Linear e Geometria Analítica, Controlo, Simulação e Processamento Digital de Sinal. Numa visita rápida pela Internet, percebe-se que é um programa que está disseminado pela grande maioria das Universidades de todo o mundo. Esta característica permite uma grande troca de experiências e a partilha de um grande número de rotinas elaboradas pelos diversos utilizadores.
O manual que agora se apresenta encontra-se dividido em cinco partes distintas. No primeiro capítulo, são explicados os comandos mais simples do MatLab, aqueles que podem ser usados dire\-cta\-men\-te sobre o ambiente de trabalho. O segundo capítulo trata dos comandos necessários para manipular gráficos. Por serem um dos aspectos importantes deste programa são aqui apresentados de uma forma exaustiva e ilustrada com bastantes exemplos. O capítulo seguinte aborda as questões essenciais de programação com o \mbox{MatLab}. É a transição perfeita para o capítulo seguinte -- as aplicações. As aplicações aqui apresentadas são na sua grande maioria dirigidas à Numérica. Aqui se pode encontrar o código de muitos métodos conhecidos de todos os quantos estudam ou trabalham com Análise Numérica. Por fim, os leitores encontram um extenso glossário de comandos.
Esperam os autores que este manual vos seja útil no vosso trabalho. Não é uma obra completa, aliás porque não existem, é sim um livro de referência escrito em Português para todos aqueles que trabalham com o MatLab.
A revista Pensas pretende ser mais um instrumento de ligação entre o Projecto Pensas e a comunidade envolvente e dará a conhecer as actividades que se vão desenvolvendo ao mesmo tempo que se apresentam os Centros Pensas e os diversos protagonistas deste projecto. Ao longo das próximas 24 páginas daremos a conhecer um pouco do trabalho desenvolvido pelo Projecto Pensas nos últimos cinco anos. A reunião de centros, decorrida em Maio deste ano, o projecto Outclass, o Ensino Experimental das Ciências, o projecto de Simulação Empresarial ou a iniciativa Formação em Acção, são alguns dos temas que estarão em destaque nesta primeira edição da revista Pensas.
É também um espaço de partilha de opinião que aceita a colaboração de todos que queiram contribuir para enriquecer a revista Pensas.
António Batel Anjo, Coordenador do Projecto Pensas
Atente-se por instante - e numa primeira abordagem - numa análise etimológica destas duas palavras: cooperação e desenvolvimento, as quais se assumem, na sua íntegra, como a base da definição do processo de atuação deste projeto.
A palavra cooperação é formada pelo prefixo -co - que indica companhia ou contiguidade- e pela palavra primitiva: operar. O resultado desta associação implica assim uma ação de trabalho em conjunto; uma equitatividade de forças que entram em parceria em detrimento da imposição de uma força sobre outra.
Por sua vez, a palavra desenvolvimento é composta por dois prefixos: -des e -en acrescidos à palavra primitiva de étimo latino volver, que por sua vez significa: dar voltas; mexer repetidamente.
Sendo que o prefixo -en implica um movimento para dentro e que o prefixo -des, uma ação contrária ou um afastamento, facilmente se pode concluir que desenvolvimento significa um ato de movimentação para fora; isto é, para que seja possível a existência de progresso é necessária uma confluência com o exterior. Nenhuma entidade se desenvolve assumindo uma atitude fechada; “introdinâmica”, sem a criação de contactos ou laços de interferência.
O Projeto Pensas, como projeto de cooperação e educação para o desenvolvimento cumpre assim, fidedignamente, os desígnios quer de uma quer de outra palavra.
É um projeto de cooperação porque aposta, em todas as suas ações e intentos, no trabalho colaborativo e de equipa, ligando e aproximando dois países distintos como Portugal e Moçambique e outros que partilham a Língua Portuguesa como língua oficial, sem, em momento algum, assumir uma atitude impositiva. É um projeto cujo trabalho visa o desenvolvimento porque crente num progresso fundamentado na partilha de saberes e de experiências.
Com o seu campo de trabalho delimitado de Norte a Sul de Moçambique, com a aposta na criação de um Centro Pensas em cada centro de província - alia uma equipada rede informática e ligação à Internet a credenciadas sessões de formação de professores nas disciplinas fulcrais de Língua Portuguesa e de Matemática.
Os princípios orientadores da sua existência e atuação assentam, assim, na crença na evolução de um país pelo investimento máximo e plurifacetado na educação: é este o pilar precípuo desta construção.
No início da década de 90, o PmatE concebe uma estrutura digital para a representação de conteúdos que viria a torna-se a sua imagem de marca. A originalidade dessa estrutura aliada ao desenvolvimento da PEA, uma plataforma de ensino assistido por computador, fez dele um projeto pioneiro e singular, estatuto que mantém até hoje e que o catapultou de forma transnacional para novas áreas de atuação expressas nos seus três eixos de intervenção atuais: a comunicação e divulgação de ciência, a intervenção escolar e a cooperação.
Ao longo de mais de 20 anos de atividades regulares ao serviço da Educação, o PmatE passa por várias mudanças tecnológicas: primeiro a disquete, depois o CD, mantendo-se a partir de 2002 definitivamente na Web. Começa por criar recursos educativos digitais, primeiro em matemática, mas anos mais tarde abre-se a novos departamentos e com eles a novas áreas científicas. Os formatos diversificam-se. Novos suportes tecnológicos emergem. E o PmatE torna-se um caso de estudo e um exemplo de boas práticas europeias.
A PEA, criada com o intuito de servir de ferramenta de apoio à avaliação, à aprendizagem e ao ensino,
ganha, com o tempo, novas potencialidades e passa de repositório de recursos educativos a contemplar também um sistema integrado de gestão que permite gerir, on-line, todo o processo educativo.
As parcerias consolidam-se. A adesão de muitas entidades externas permitem-lhe alargar objetivos e âmbitos de intervenção. Do impacto inicialmente local passa ao todo nacional, ditando novas formas de popularização da ciência e criando variados projetos de intervenção escolar, hoje com provas dadas no terreno. Daí até à sua internacionalização em países da CPLP foi um passo: marca, desde 2007, uma forte presença em Moçambique, com um dos maiores e mais emblemáticos projetos da cooperação portuguesa – o Pensas@Moz (www.pensas.ac.mz), e estabelece relações comerciais com o Brasil.
Por questões de sustentabilidade dá, em 2010, um passo em frente e cria a Edubox (www.edubox.pt), uma spin-off da UA, com a qual passa a partilhar know-how e equipas de trabalho. Através da Edubox, representante oficial do PmatE, passa a conseguir fazer chegar ao tecido empresarial o conhecimento gerado internamente, demonstrando o potencial de mercado dessa investigação.
A irreverência a que o PmatE acostumou os seus utilizadores mantém-se até hoje, tal como a vontade de continuar a criar soluções educativas de qualidade, tendo por base a inovação.
São desafios que se colocam a toda a Sociedade e ao qual os investigadores têm que dar resposta. O aproveitamento do gás pela industria nacional é um dos factores de desenvolvimento de largo espectro permitindo alavancar outras industrias – agrícolas e industriais – mas também, fixar a riqueza e aumentar as exportações, criando empregos qualificados. Seria desejável que o resultado de todo este investimento, sectores como a Educação e a Investigação cientifica fossem as áreas beneficiadas, pois estes são os potenciadores do bem-estar de toda uma nação.
(Alunos do 4° ano de Geologia e Minas, supervisão Natália Camba)
A comunicação no interior da comunidade científica, faz-se desde sempre e é condição sine qua non para a validação e certificação dos resultados obtidos em investigação. Ocorre entre pares com maior facilidade, apesar de que, devido à especialização crescente das áreas de investigação, também aqui se podem gerar barreiras de comunicação.
Os cientistas e investigadores dão cada vez mais importância à comunicação do seu trabalho junto da comunidade em geral, uma vez que é necessário convencer políticos e empresários da importância deste processo para o desenvolvimento global e desse modo obter o financiamento necessário para prosseguir com a investigação. É igualmente necessário atrair as camadas mais novas da população estudantil para as escolas e as universidades combatendo desta forma o abandono e insucesso que marca de forma preocupante os nossos dias.
A linguagem usada para comunicar ciência tem de ser adaptada consoante os interlocutores: políticos ou a sociedade. É necessário explicar os projectos de investigação numa linguagem técnica e rigorosa, mas compreensível para quem, não sendo cientista, pretende perceber a importância e oportunidade do projecto para o avanço do conhecimento e avaliar as áreas de investigação em que é mais importante apostar. Os políticos estão cada vez mais conscientes da necessidade de investir em ciência e tecnologia, isto é, na produção de conhecimento e na sua aplicação sabendo que é uma importante via para a promoção, o desenvolvimento e a competitividade entre as nações.
No caso da comunicação com a sociedade, a adaptação da linguagem, torna-se muito mais complicada de levar a cabo por profissionais de ciência e tecnologia. É difícil conseguir a distância que permita reconhecer as dificuldades dos outros em compreenderem temas que parecem básicos para quem tem conhecimentos mais avançados. Com o intuito de captar alunos, as universidades realizam acções de promoção que visam dar a conhecer aos jovens estudantes o tipo e natureza da investigação que nelas se praticam, bem como os laboratórios e outros equipamentos que as distinguem.
Em geral não são os cientistas a comunicarem directamente com os interlocutores mencionados, políticos, órgãos de comunicação social e público, existem outros cientistas – divulgadores de ciência – que passaram a dedicar-se a esta tarefa. Esta é uma realidade recente, ainda não generalizada em Portugal e são eles, munidos de mecanismos próprios de comunicação a encetar este complicado processo.
O que propomos nesta apresentação é mostrar o processo de comunicação iniciado em 2008 pelo Projecto Matemática Ensino recorrendo a técnicas de banda de desenhada. Com o objectivo claro de criar nos jovens o gosto pelas ciências este processo de comunicação levou- nos a reflectir sobre o que se produz nesta área. Pretendemos através de tiras de BD, com algum sentido de humor, levar os alunos a questionarem-se sobre diversos assuntos que estão a estudar nas escolas ou que já estudaram, mas que agora podem revisitar e quem sabe desta forma sentir a curiosidade de aprender mais sobre os assuntos tratados.
“Em Portugal, o ensino das ciências não está bem, mas a divulgação das ciência está a ‘atacar’ esse problema. É preciso entrosar melhor o ensino com a divulgação. O espírito de curiosidade e a atitude de crítica que a melhor divulgação científica transmite deviam também ser veiculados pelo ensino!”.
Este texto representa um contributo para a reflexão e uma oportunidade para debater o Ensino Experimental das Ciências e o seu papel na Educação do Séc. XXI.
Cada ser humano consome directa ou indirectamente quatro litros de água por dia sendo o volume de água necessário para produzir os nossos alimentos diários de, pelo menos, 2 mil litros. Ou seja aproximadamente 70% da água consumida no Mundo vão para a irrigação de campos agrícolas e os restantes 20% são usados na indústria e 10% nas nossas casas.
Segundo a ONU, cerca de um terço da população mundial vai sofrer os efeitos da escassez hídrica nos próximos anos. A análise do ciclo completo de uso e reutilização da água aponta para o desaparecimento das reservas de água como poços, lagos e rios. Destaca, ainda, a pouca atenção que está a ser dada à diminuição das reservas subterrâneas.
Moçambique conta com recursos hídricos em abundância, apesar de muitos Moçambicanos consumirem água imprópria e viverem em zonas de secas sazonais e extremas o que os leva a percorrer distâncias enormes em busca de água para beber e para os seus animais. Além de que muitos cursos de água estão poluídos por esgotos domésticos, industriais e agrícolas. A título de exemplo o garimpo descontrolado a norte de moçambique levou à poluição de cursos de água e em alguns casos ao desaparecimento de rios.
Não existe dúvida que o uso sustentável dos recursos hídricos depende do conhecimento da comunidade sobre a água de sua região e de uma participação efectiva na sua gestão. Mas para que tal aconteça é preciso mapear e conhecer a rede hídrica e usar a investigação como suporte de toda a gestão da água.
provincial centres (Centros Pensas) except Maputo, the capital city of Mozambique, one of Africa’s poorest countries.
pensas@MOZ also stands for its own proprietary Internet based platform (named Plataforma de Ensino Assistido or PEA), which integrates Information Technologies (IT) in a creative and multidisciplinary way, being the basis of various Assisted Learning and Teaching (ALT) activities. Suppressing time-space constraints, PEA fosters collaboration and exchange of resources and experiences among all education intervenients (teachers, students, parents and administrative officials), contributing to the development of new learning and teaching strategies and processes. As a repository, it houses multiple interactive digital contents including learning objects (LO’s), digital multimedia contents (DMC’s) and question generating models (QGM’s), based on Trees of Objectives (TO’s). These contents are compliant with other educational technologies (interactive boards, online
polls, etc.) and have been used in individual and group practice, diagnosis, evaluation and competition settings, providing immediate in-depth customized post-activity results.
Engaged in promoting technological and science culture in Maths, Biology, Physics and Portuguese language, the project’s intervention covers a wide range of activities: national web-based Maths and Physics annual competitions (EQUAmat@MOZ), supported by Mozambique’s government and Portuguese governmental cooperation program (Instituto Português do Apoio ao Desenvolvimento);educational and vocational programs for teachers and technical professionals (FORmat@MOZ),
namely in the development of the experimental teaching of sciences and the integration technology in daily activities; weekly collaborative activities (OUTclass) for mixed international primary school teams (a coalition between Escola Básica de Á-dos-Ferreiros, Junta de Freguesia do Préstimo and Externato
de Vila Meã in Portugal and Colégio Académico da Beira, in Mozambique) aiming at structured thinking and written expression improvement, using synchronous communication tools (SCT’s) and
promoting intercultural exchange; and international scientific and cultural events (biannual Math, Portuguese and Technology conference, accountancy and audit seminars, etc.).
This paper showcases pensas@MOZ’s activities and results, drawing from enquiries made to various stakeholders. Moreover, it documents a sustainable and social responsible strategy operation,
stemming from local competence development, in order to overcome the challenges derived from IT exclusion and globalization adaptation. Results account for a widespread support on a multi-leveled basis (international, national, regional and local), which are giving rise to further initiatives/projects.
distância percorrida seja mínima.