Books by Mariana Rei
A promoção de fábricas criativas constitui-se como um reflexo das estratégias usadas para enfrent... more A promoção de fábricas criativas constitui-se como um reflexo das estratégias usadas para enfrentar o desafio das recentes transformações produtivas vividas a ocidente. No norte do país, uma antiga fábrica têxtil fortemente enraizada na memória coletiva local experimentou estas mudanças, no âmbito do desenvolvimento das designadas indústrias criativas e das lógicas de patrimonialização, integradas em programas de financiamento europeu. Partindo da recolha de histórias de vida laborais de antigos trabalhadores, bem como de designers e gestores ligados à segunda vida da fábrica, este livro propõe uma etnografia do processo de desindustrialização em Portugal.
Viagem à história do dinheiro
História que retrata a evolução do dinheiro, desde as trocas diretas até ao surgimento de moedas,... more História que retrata a evolução do dinheiro, desde as trocas diretas até ao surgimento de moedas, notas e formas de pagamento modernas. A exploração deste recurso permite a discussão de questões relacionadas com a origem do dinheiro e a sua utilidade. (http://pmate4.ua.pt/hexeris/noticias/186-viagem-a-historia-do-dinheiro)
Book chapters by Mariana Rei
Esta comunicação tem como ponto de partida o meu projeto de investigação final de mestrado, no âm... more Esta comunicação tem como ponto de partida o meu projeto de investigação final de mestrado, no âmbito do qual me propus olhar para as transformações no mundo do trabalho a partir da requalificação de antigas fábricas em espaços de indústrias criativas, com foco no caso de uma emblemática fábrica têxtil do Vale do Ave. Este constitui-se como um de vários casos desenvolvidos a partir de cima (top-bottom) que têm proliferado a norte do país, por iniciativa municipal e recurso a financiamentos europeus. O estudo destas fábricas criativas revelou uma desarticulação múltipla entre estes projetos e os vários agentes nos quais assentam, designadamente autarquias, população local, tecido produtivo e criativos.
Diante destas fragilidades, importa questionar a sustentabilidade de tais empreendimentos olhando para modelos de gestão alternativos. Para além daquele já enunciado, de gestão autárquica, contam-se por exemplo modelos de gestão integrada, com a concessão de espaços municipais a privados; a gestão totalmente privada, ligada a projetos imobiliários; ou a autogestão, numa apropriação de base popular. Em Portugal surgem, paralelamente a estas fábricas criativas, casos tão diferentes quanto a Fábrica de Alternativas (Algés, Lisboa), um espaço autogerido pela Assembleia Popular de Algés; o antigo espaço da Cooperativa dos Pedreiros (Porto), a ser trabalhado no âmbito do programa Technical Unconscious – Inconsciente Técnico da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto; ou a Fábrica de Braço de Prata (Lisboa), um centro cultural dedicado ao pensamento e às artes instalado numa antiga fábrica de material de guerra. Aqui debruçar-me-ei sobre os usos de espaços industriais a partir de baixo (bottom-up) por comparação com as fábricas criativas, tendo em vista o aprofundamento do debate em torno da sustentabilidade destes novos usos do património industrial, sobretudo do seu interesse para o bem comum, ao nível do impacto social e do potencial multiplicador e transformador neles contido.
Conference proceedings by Mariana Rei
Livro de Resumos da II Bienal da Aprendizagem da Matemática, Língua Portuguesa e Tecnologias (Universidade de Cabo Verde, Cidade da Praia, Cabo Verde, Setembro 24 a 26 de Setembro de 2009)
“A ciência, por sua própria natureza, tem de ser aberta, tem de ser comunicada. Ciência oculta nã... more “A ciência, por sua própria natureza, tem de ser aberta, tem de ser comunicada. Ciência oculta não é ciência, mas pseudo-ciência. E a ciência tem de ser comunicada não apenas na comunidade científica, mas também e de forma diferente na sociedade em geral, a começar pela escola. Sem escola a ciência não poderia prosseguir porque não apareceriam novos cientistas e, mais importante do que isso, não haveria a percepção pública do papel essencial da ciência na sociedade. É necessário um ensino formal da ciência, que deve ocorrer na escola, mas também um ensino informal, a tal divulgação da ciência, que pode ter lugar na escola ou noutros lados.” [1].
A comunicação no interior da comunidade científica, faz-se desde sempre e é condição sine qua non para a validação e certificação dos resultados obtidos em investigação. Ocorre entre pares com maior facilidade, apesar de que, devido à especialização crescente das áreas de investigação, também aqui se podem gerar barreiras de comunicação.
Os cientistas e investigadores dão cada vez mais importância à comunicação do seu trabalho junto da comunidade em geral, uma vez que é necessário convencer políticos e empresários da importância deste processo para o desenvolvimento global e desse modo obter o financiamento necessário para prosseguir com a investigação. É igualmente necessário atrair as camadas mais novas da população estudantil para as escolas e as universidades combatendo desta forma o abandono e insucesso que marca de forma preocupante os nossos dias.
A linguagem usada para comunicar ciência tem de ser adaptada consoante os interlocutores: políticos ou a sociedade. É necessário explicar os projectos de investigação numa linguagem técnica e rigorosa, mas compreensível para quem, não sendo cientista, pretende perceber a importância e oportunidade do projecto para o avanço do conhecimento e avaliar as áreas de investigação em que é mais importante apostar. Os políticos estão cada vez mais conscientes da necessidade de investir em ciência e tecnologia, isto é, na produção de conhecimento e na sua aplicação sabendo que é uma importante via para a promoção, o desenvolvimento e a competitividade entre as nações.
No caso da comunicação com a sociedade, a adaptação da linguagem, torna-se muito mais complicada de levar a cabo por profissionais de ciência e tecnologia. É difícil conseguir a distância que permita reconhecer as dificuldades dos outros em compreenderem temas que parecem básicos para quem tem conhecimentos mais avançados. Com o intuito de captar alunos, as universidades realizam acções de promoção que visam dar a conhecer aos jovens estudantes o tipo e natureza da investigação que nelas se praticam, bem como os laboratórios e outros equipamentos que as distinguem.
Em geral não são os cientistas a comunicarem directamente com os interlocutores mencionados, políticos, órgãos de comunicação social e público, existem outros cientistas – divulgadores de ciência – que passaram a dedicar-se a esta tarefa. Esta é uma realidade recente, ainda não generalizada em Portugal e são eles, munidos de mecanismos próprios de comunicação a encetar este complicado processo.
O que propomos nesta apresentação é mostrar o processo de comunicação iniciado em 2008 pelo Projecto Matemática Ensino recorrendo a técnicas de banda de desenhada. Com o objectivo claro de criar nos jovens o gosto pelas ciências este processo de comunicação levou- nos a reflectir sobre o que se produz nesta área. Pretendemos através de tiras de BD, com algum sentido de humor, levar os alunos a questionarem-se sobre diversos assuntos que estão a estudar nas escolas ou que já estudaram, mas que agora podem revisitar e quem sabe desta forma sentir a curiosidade de aprender mais sobre os assuntos tratados.
“Em Portugal, o ensino das ciências não está bem, mas a divulgação das ciência está a ‘atacar’ esse problema. É preciso entrosar melhor o ensino com a divulgação. O espírito de curiosidade e a atitude de crítica que a melhor divulgação científica transmite deviam também ser veiculados pelo ensino!”.
Journal articles by Mariana Rei
Conference Presentations by Mariana Rei
aldeia raiana de fronteira entre dois países. Fronteira que enquanto limite, onde tudo está em mo... more aldeia raiana de fronteira entre dois países. Fronteira que enquanto limite, onde tudo está em movimento, projecta a condição contemporânea da transitoriedade intrínseca a um mundo globalizado. Local de passagens -mais ou menos clandestinas -, de chegadas e de partidas, de emigração, e agora também de retorno dos que um dia partiram, ou de chegada dos que ali nunca pertenceram.
2 POSTERS. POSTER (en français) : Labex Driihm 2016. OHMI Estarreja. POSTER (em português) : 2018... more 2 POSTERS. POSTER (en français) : Labex Driihm 2016. OHMI Estarreja. POSTER (em português) : 2018 - X Congresso Ibérico de Gestão e Planeamento da Água, 20 anos de continuidade de uma nova cultura da água, Fluxos de água, fluxos de vida, Universidade de Coimbra, 6-8 setembro 2018, AT4-P3, ISBN: 978-84-944788-5-7, http://congresoiberico.org
Papers by Mariana Rei
Eu uso termotebe e o meu pai também, 2018
Palavras-chave: trabalho, indústrias criativas, ciberespaço.
Contextualização: segundas vidas sta comunicação tem como ponto de partida o meu projeto final de... more Contextualização: segundas vidas sta comunicação tem como ponto de partida o meu projeto final de Mestrado em Antropologia (Rei, 2016), no âmbito do qual me propus olhar para as transformações atuais no mundo do trabalho à luz da figura do artista, recorrendo às fábricas criativas-isto é, à requalificação de antigas fábricas em espaços de indústrias criativas-como dispositivo epistemológico. Têm sido vários os casos desenvolvidos a partir de cima que têm proliferado a norte do país, por iniciativa municipal e recurso a financiamentos europeus. Estes espaços enquadram-se num processo mais alargado de regeneração urbana de base cultural (as designadas culture-led urban regeneration strategies) que se reflete no
In this communication we propose to put into dialogue two case studies of ethnographic nature tha... more In this communication we propose to put into dialogue two case studies of ethnographic nature that have drawn on the installation of creative industries incubators, of municipal initiative, in former industrial spaces: Oliva Creative Factory (S. João da Madeira, Aveiro) and Fábrica de Santo Thyrso (Santo Tirso, Porto). Here we want to question how these new public uses of heritage dialogue with the industrial spaces where they are installed, discussing to what extent the discourses of creativity articulated with the heritage and urban regeneration practices reinforce the dynamics of value around a paradigm shift at the labour and economic development levels.
A promoção de fábricas criativas constitui-se como um reflexo das estratégias usadas para enfrent... more A promoção de fábricas criativas constitui-se como um reflexo das estratégias usadas para enfrentar o desafio das recentes transformações produtivas vividas a ocidente. No norte do país, uma antiga fábrica têxtil fortemente enraizada na memória coletiva local experimentou estas mudanças, no âmbito do desenvolvimento das designadas indústrias criativas e das lógicas de patrimonialização, integradas em programas de financiamento europeu. Partindo da recolha de histórias de vida laborais de antigos trabalhadores, bem como de designers e gestores ligados à segunda vida da fábrica, este livro propõe uma etnografia do processo de desindustrialização em Portugal.
Contextualização: segundas vidas sta comunicação tem como ponto de partida o meu projeto final de... more Contextualização: segundas vidas sta comunicação tem como ponto de partida o meu projeto final de Mestrado em Antropologia (Rei, 2016), no âmbito do qual me propus olhar para as transformações atuais no mundo do trabalho à luz da figura do artista, recorrendo às fábricas criativas-isto é, à requalificação de antigas fábricas em espaços de indústrias criativas-como dispositivo epistemológico. Têm sido vários os casos desenvolvidos a partir de cima que têm proliferado a norte do país, por iniciativa municipal e recurso a financiamentos europeus. Estes espaços enquadram-se num processo mais alargado de regeneração urbana de base cultural (as designadas culture-led urban regeneration strategies) que se reflete no
Palavras-chave: trabalho, indústrias criativas, ciberespaço.
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Books by Mariana Rei
Book chapters by Mariana Rei
Diante destas fragilidades, importa questionar a sustentabilidade de tais empreendimentos olhando para modelos de gestão alternativos. Para além daquele já enunciado, de gestão autárquica, contam-se por exemplo modelos de gestão integrada, com a concessão de espaços municipais a privados; a gestão totalmente privada, ligada a projetos imobiliários; ou a autogestão, numa apropriação de base popular. Em Portugal surgem, paralelamente a estas fábricas criativas, casos tão diferentes quanto a Fábrica de Alternativas (Algés, Lisboa), um espaço autogerido pela Assembleia Popular de Algés; o antigo espaço da Cooperativa dos Pedreiros (Porto), a ser trabalhado no âmbito do programa Technical Unconscious – Inconsciente Técnico da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto; ou a Fábrica de Braço de Prata (Lisboa), um centro cultural dedicado ao pensamento e às artes instalado numa antiga fábrica de material de guerra. Aqui debruçar-me-ei sobre os usos de espaços industriais a partir de baixo (bottom-up) por comparação com as fábricas criativas, tendo em vista o aprofundamento do debate em torno da sustentabilidade destes novos usos do património industrial, sobretudo do seu interesse para o bem comum, ao nível do impacto social e do potencial multiplicador e transformador neles contido.
Conference proceedings by Mariana Rei
A comunicação no interior da comunidade científica, faz-se desde sempre e é condição sine qua non para a validação e certificação dos resultados obtidos em investigação. Ocorre entre pares com maior facilidade, apesar de que, devido à especialização crescente das áreas de investigação, também aqui se podem gerar barreiras de comunicação.
Os cientistas e investigadores dão cada vez mais importância à comunicação do seu trabalho junto da comunidade em geral, uma vez que é necessário convencer políticos e empresários da importância deste processo para o desenvolvimento global e desse modo obter o financiamento necessário para prosseguir com a investigação. É igualmente necessário atrair as camadas mais novas da população estudantil para as escolas e as universidades combatendo desta forma o abandono e insucesso que marca de forma preocupante os nossos dias.
A linguagem usada para comunicar ciência tem de ser adaptada consoante os interlocutores: políticos ou a sociedade. É necessário explicar os projectos de investigação numa linguagem técnica e rigorosa, mas compreensível para quem, não sendo cientista, pretende perceber a importância e oportunidade do projecto para o avanço do conhecimento e avaliar as áreas de investigação em que é mais importante apostar. Os políticos estão cada vez mais conscientes da necessidade de investir em ciência e tecnologia, isto é, na produção de conhecimento e na sua aplicação sabendo que é uma importante via para a promoção, o desenvolvimento e a competitividade entre as nações.
No caso da comunicação com a sociedade, a adaptação da linguagem, torna-se muito mais complicada de levar a cabo por profissionais de ciência e tecnologia. É difícil conseguir a distância que permita reconhecer as dificuldades dos outros em compreenderem temas que parecem básicos para quem tem conhecimentos mais avançados. Com o intuito de captar alunos, as universidades realizam acções de promoção que visam dar a conhecer aos jovens estudantes o tipo e natureza da investigação que nelas se praticam, bem como os laboratórios e outros equipamentos que as distinguem.
Em geral não são os cientistas a comunicarem directamente com os interlocutores mencionados, políticos, órgãos de comunicação social e público, existem outros cientistas – divulgadores de ciência – que passaram a dedicar-se a esta tarefa. Esta é uma realidade recente, ainda não generalizada em Portugal e são eles, munidos de mecanismos próprios de comunicação a encetar este complicado processo.
O que propomos nesta apresentação é mostrar o processo de comunicação iniciado em 2008 pelo Projecto Matemática Ensino recorrendo a técnicas de banda de desenhada. Com o objectivo claro de criar nos jovens o gosto pelas ciências este processo de comunicação levou- nos a reflectir sobre o que se produz nesta área. Pretendemos através de tiras de BD, com algum sentido de humor, levar os alunos a questionarem-se sobre diversos assuntos que estão a estudar nas escolas ou que já estudaram, mas que agora podem revisitar e quem sabe desta forma sentir a curiosidade de aprender mais sobre os assuntos tratados.
“Em Portugal, o ensino das ciências não está bem, mas a divulgação das ciência está a ‘atacar’ esse problema. É preciso entrosar melhor o ensino com a divulgação. O espírito de curiosidade e a atitude de crítica que a melhor divulgação científica transmite deviam também ser veiculados pelo ensino!”.
Journal articles by Mariana Rei
Conference Presentations by Mariana Rei
Papers by Mariana Rei
Diante destas fragilidades, importa questionar a sustentabilidade de tais empreendimentos olhando para modelos de gestão alternativos. Para além daquele já enunciado, de gestão autárquica, contam-se por exemplo modelos de gestão integrada, com a concessão de espaços municipais a privados; a gestão totalmente privada, ligada a projetos imobiliários; ou a autogestão, numa apropriação de base popular. Em Portugal surgem, paralelamente a estas fábricas criativas, casos tão diferentes quanto a Fábrica de Alternativas (Algés, Lisboa), um espaço autogerido pela Assembleia Popular de Algés; o antigo espaço da Cooperativa dos Pedreiros (Porto), a ser trabalhado no âmbito do programa Technical Unconscious – Inconsciente Técnico da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto; ou a Fábrica de Braço de Prata (Lisboa), um centro cultural dedicado ao pensamento e às artes instalado numa antiga fábrica de material de guerra. Aqui debruçar-me-ei sobre os usos de espaços industriais a partir de baixo (bottom-up) por comparação com as fábricas criativas, tendo em vista o aprofundamento do debate em torno da sustentabilidade destes novos usos do património industrial, sobretudo do seu interesse para o bem comum, ao nível do impacto social e do potencial multiplicador e transformador neles contido.
A comunicação no interior da comunidade científica, faz-se desde sempre e é condição sine qua non para a validação e certificação dos resultados obtidos em investigação. Ocorre entre pares com maior facilidade, apesar de que, devido à especialização crescente das áreas de investigação, também aqui se podem gerar barreiras de comunicação.
Os cientistas e investigadores dão cada vez mais importância à comunicação do seu trabalho junto da comunidade em geral, uma vez que é necessário convencer políticos e empresários da importância deste processo para o desenvolvimento global e desse modo obter o financiamento necessário para prosseguir com a investigação. É igualmente necessário atrair as camadas mais novas da população estudantil para as escolas e as universidades combatendo desta forma o abandono e insucesso que marca de forma preocupante os nossos dias.
A linguagem usada para comunicar ciência tem de ser adaptada consoante os interlocutores: políticos ou a sociedade. É necessário explicar os projectos de investigação numa linguagem técnica e rigorosa, mas compreensível para quem, não sendo cientista, pretende perceber a importância e oportunidade do projecto para o avanço do conhecimento e avaliar as áreas de investigação em que é mais importante apostar. Os políticos estão cada vez mais conscientes da necessidade de investir em ciência e tecnologia, isto é, na produção de conhecimento e na sua aplicação sabendo que é uma importante via para a promoção, o desenvolvimento e a competitividade entre as nações.
No caso da comunicação com a sociedade, a adaptação da linguagem, torna-se muito mais complicada de levar a cabo por profissionais de ciência e tecnologia. É difícil conseguir a distância que permita reconhecer as dificuldades dos outros em compreenderem temas que parecem básicos para quem tem conhecimentos mais avançados. Com o intuito de captar alunos, as universidades realizam acções de promoção que visam dar a conhecer aos jovens estudantes o tipo e natureza da investigação que nelas se praticam, bem como os laboratórios e outros equipamentos que as distinguem.
Em geral não são os cientistas a comunicarem directamente com os interlocutores mencionados, políticos, órgãos de comunicação social e público, existem outros cientistas – divulgadores de ciência – que passaram a dedicar-se a esta tarefa. Esta é uma realidade recente, ainda não generalizada em Portugal e são eles, munidos de mecanismos próprios de comunicação a encetar este complicado processo.
O que propomos nesta apresentação é mostrar o processo de comunicação iniciado em 2008 pelo Projecto Matemática Ensino recorrendo a técnicas de banda de desenhada. Com o objectivo claro de criar nos jovens o gosto pelas ciências este processo de comunicação levou- nos a reflectir sobre o que se produz nesta área. Pretendemos através de tiras de BD, com algum sentido de humor, levar os alunos a questionarem-se sobre diversos assuntos que estão a estudar nas escolas ou que já estudaram, mas que agora podem revisitar e quem sabe desta forma sentir a curiosidade de aprender mais sobre os assuntos tratados.
“Em Portugal, o ensino das ciências não está bem, mas a divulgação das ciência está a ‘atacar’ esse problema. É preciso entrosar melhor o ensino com a divulgação. O espírito de curiosidade e a atitude de crítica que a melhor divulgação científica transmite deviam também ser veiculados pelo ensino!”.