A Lei do Funil

Larga para alguns (poucos), estreita para todos os outros!

Aqui se fala, umas vezes a sério outras a brincar, de coisas que nos irritam, alegram, entristecem ou, muito simplesmente, nos enfadam.

2012-07-20

Cartão Relvas

Cartao_Relvas (13K)Fantástico!!!
Vejam o vídeo abaixo para perceberem como um simples Cartão Relvas é uma chave mestra que abre portas melhor que muitas gazuas...


Excerto do 200º programa de "Inferno", com Guilherme Fonseca.



2012-07-19

O colossal currículo de Miguel Relvas (doc 4 de 1997)

Miguel Relvas tem um curriculo colossal.

Ainda era aluno interno do Colégio Nuno Alvares já ele se inscrevia na JSD. E não passaram muitos anos sobre essa inscrição para que ele começasse a dominar a orgânica interna do PSD na zona de Tomar/Santarem. E quando se diz dominar quer-se dizer DOMINAR. Expulsou e afastou doutores que, provavelmente, no início não davam nada por ele.

Em 1997 o jornal "A Região" publicou uma compilação de vários documentos saídos em diversos orgãos de comunicação social sobre este personagem. Se quiser consultar essa compilação pode vê-la aqui (documento .pdf).

Nós na Lei do Funil estamos empenhados em contribuir para a acessibilidade destas gemas informativas que, malhas que o tempo e a tecnologia tecem, nos chegaram apenas sob a forma de imagem.

Usando as facilidades proporcionadas por um programa de reconhecimento de caracteres (OCR) tornámos acessíveis a todos, motores de busca inclusivé, os factos mais relevantes do currículo inicial de Miguel Relvas tal como eram conhecidos em 1997 (parte IV)e que, de então para cá, estavam já muito esquecidos...

MR_primeira_pagina_do_Templario_Nov89 (68K)

«Para sabermos o curriculum político de Miguel Fernando Cassola de Miranda Relvas, recorremos ao nosso colega "Voz Imparcial", de 30 de Novembro de 1995, páginas l2 e 13.

Segundo o jornal, nunca desmentido pelo deputado distrital, "Miguel Relvas inscreveu-se no JSD de Tomar em l982, enquanto aluno interno do extinto Colégio Nuno Álvares, constando na sua ficha a morada do estabelecimento de ensino".

Esperto como todos lhe reconhecem ser "rapidamente subiu na estrutura juvenil social democrata". Da concelhia à distrital foi um saltinho. Assim "após a sua eleição para Secretário Distrital, acumulou com outros cargos na direcção distrital do partido e nacional da juventude. Membro do Conselho Nacional e Secretário-Geral da JSD foram alguns dos cargos que ocupou, juntando os cargos do partido, membro do Conselho Nacional, representante da JSD na Comissão Politica Nacional e membro da Comissão permanente distrital de Santarém".

Seriam estas funções na Jota, cuja sede ficava mesmo por cima das instalações da agência de turismo Sinestur que o levaram à realização de grande parte das viagens que efectuou no país, em resultado "dessa minha função", segundo referiu ao Expresso, edição de 6 de Julho de 1996. Isto apesar das requisições de viagens que constam da documentação a que o Expresso teve acesso ser da A.R. e não do partido. Prossigamos...

Seguindo o itinerário político de Miguel Relvas.

No "Congresso da Figueira da Foz, que viria a consagrar Cavaco Silva na liderança nacional do PSD, Miguel Relvas e toda a distrital de Santarém optaram pelo apoio a João Salgueiro". É o mesmo Imparcial que, tipo nota de rodapé, acrescenta "alguns congressistas que o acompanharam nesse evento, recordam-se com sorrisos maliciosos, do seu fervor anti-Cavaco, para tempos depois aparecer como cavaquista convicto".

Sempre pela pena do Imparcial e "Após o afastamento do anterior presidente da distrital scalabitana e governador civil, Dr. Pereira da Silva, Miguel Relvas formou uma lista para a qual indicou um dos seus principais aliados no distrito, Eng. Marçal Ruivo da Silva que viria a ser Governador Civil após ter perdido a disputa eleitoral para a presidência de Abrantes".

O jornal esclarece que é reconhecido pela maioria dos militantes que o ascendente de Miguel Relvas sobre Eduardo Marçal, "torna-o o verdadeiro líder distrital dominando de forma implacável para com os seus adversários internos toda a estrutura partidária".

As habilidades do jovem deputado são reconhecidas pela edição de 30 de Novembro do Imparcial, onde se adianta que "Dentro da estrutura nacional social democrata é conhecida a grande capacidade de Miguel Relvas para conseguir dos mais variados organismos do poder central ou local as nomeações que pretende".

0 jornal elenca seguidamente alguns dos militantes social democratas que bateram com a porta em sinal de protesto quanto aos seus métodos e estratégias pessoais. José Júlio da Silva e o Dr. Júlio de Jesus Bento foram expulsos, enquanto Vasco Pena Monteiro, Dr. Sérgio Pena de Andrade, Dr. Alberto Queiroz e Silva, Dr. António Paiva, Dr. Alberto Rosário Pereira, José Hilário, Dr.ª Isabel Fernandes Silva, a que se devem acrescentar "mais cerca de duas dezenas".

Este jornal de Fátima termina o artigo de investigação com a expressão "ter conhecimento de todas estas artimanhas, no mínimo pouco éticas do seu Presidente".

Miguel Relvas, é claro»



Para ver o curriculo mais recente de Miguel Relvas vá aqui.



2012-07-18

O fantástico currículo de Miguel Relvas (doc 3 de 1997)

Miguel Relvas tem um curriculo fantástico.
A Universidade Lusófona em 2006 rendeu-se a tanta capacidade e atribuiu-lhe créditos suficientes para só necessitar de fazer 4 cadeiras em 36 de um bacharelato reclassificado em licenciatura. Mas essas capacidades já se haviam revelado e eram repetidamente louvadas por jornais e revistas de referência antes de 1997.
Em 1997 o jornal "A Região" publicou uma compilação de vários documentos saídos em diversos orgãos de comunicação social sobre este tema. Se quiser consultar essa compilação pode vê-la aqui (documento .pdf).

Nós na Lei do Funil queremos contribuir para a acessibilidade dessa informação que nos chegou apenas sob a forma de imagem.

Usando as facilidades proporcionadas por um OCR eis que tornamos acessíveis a todos, motores de busca inclusivé, os factos mais relevantes do currículo de Miguel Relvas como eles eram conhecidos (já) em 1997 (parte III).


«Segundo O Independente de 20 de Outubro de 1989, página 5, "O escândalo das viagens", pode ler-se "Vitor Crespo descobriu uma agência de viagens suspeita. Mandou suspender pagamentos. Só um deputado foi apanhado em nove mil contos. E há mil e um truques". Segundo o jornal, que ilustra o artigo com uma fotografia da agência de viagens Sinestur e afirma "a sede da agência suspeita: por ali passarão 70% das viagens do PSD". As de Miguel Relvas também. Aliás, na altura "cerca de 80% das receitas da Sinestur" devem-se "às viagens de deputados que recorrem à agência".

MR_Talequal (173K) Truques?

Os próprios deputados é que os descrevem. "Alguns parlamentares entregam os livros de requisições à agência e esta dar-lhe-ia o valor correspondente. Dinheiro para depois ser usado à vontade. Umas vezes, trocando viagens de primeira por turística e poupando a diferença. Outras, trocando viagens internas por internacionais. Só ou acompanhados".

Segundo o mesmo jornal, Vítor Crespo, presidente da Assembleia da República, conhecia casos suspeitos de declarações indevidas de residência fora de Lisboa". Nem mesmo a aprovação do artigo 15º da Lei nº 3/85, de 13 de Março, que aprovou o Estatuto dos Deputados, evitou certos deslizes e ajudou a minorar "a visão que os deputados tinham do Parlamento: uma galinha dos ovos de oiro". O novo/velho estatuto permitiria assegurar a "transparência e linearidade" da vida parlamentar, segundo o jornal Tempo, de 9 de Novembro de l989, página 7.

O nome do deputado Miguel Relvas, nesta questão das viagens, aparece pela primeira vez nos nossos arquivos num artigo do semanário Tal e Qual, de 22 de Março de 1996, na sua página 3, com o sugestivo título "Ex-deputado acusado de burlar Assembleia: Não, não sou o único!".

Então aí vai.

"Da extensa lista de utilizadores regulares da Sinestur, e com "conta-corrente", constavam - soube-se, entretanto, no tribunal - numerosos deputados, entre eles Luís Filipe Menezes, António Bacelar e Miguel Relvas".

Miguel Relvas volta a ser referido na edição de A Capital de l7 de Abril de 1996, página 11.

MR_contacorrente (86K)Aí aparece pela primeira vez o débito do deputado do círculo de Santarém com o bilhete de identidade nº 7929625, "com 416.196$00 de débito e 670.476$00 de crédito e 254.280$00 de saldo". Em resposta ao jornal afirmaria que "eu na altura era dirigente nacional da JSD e utilizei aquela agência. Nunca fiz viagens ao estrangeiro, só para o Porto, Madeira e Açores. Não tenho nada a omitir sobre esta matéria. Estou de consciência tranquila. António Coimbra junta-nos a todos numa tentativa de se defender".

Ainda segundo este jornal o "actual presidente da distrital de Santarém do PSD queixa-se de que agora é dos que recebem menos porque o seu circulo eleitoral é dos mais perto de Lisboa". E esclarece porque escolheu a agência. É que "a agência era debaixo da sede da JSD e éramos todos lá clientes".

A 6 de Julho de 1996, Miguel Relvas volta a brilhar, desta vez no conceituado Expresso, que reproduzimos parcialmente nas nossas edições de 10 e 17 de Julho de l996.

Na página 8 da referida edição do Expresso, pode ver-se a sua foto e a legenda "Este parlamentar requisitou viagens em bloco à Assembleia, mas depois não as realizou e foram creditadas na conta corrente", cujos valores já tinham saído na Capital, de 17 de Abril. Na citada edição do Expresso, o deputado que pretensamente representa Tomar e que chegou a ser vogal da Assembleia Municipal de Tomar durante duas (2) sessões em 1989, explicou os motivos dessa famosa conta-corrente, que não variam muito dos esclarecimentos prestados a A Capital. Só que no Expresso adianta que "grande parte das requisições de viagens que constam da documentação é da AR e não do partido".

Complementa o jornal que "do dossier de Relvas constam sete requisições da AR para viagens nacionais entre 87 e 88, em "open", mas cobradas à AR, num total de MR_totonegocio (90K)255 contos, dando origem a um crédito de 227 contos na sua conta-corrente". O semanário de maior expansão nacional adianta que "Miguel Relvas diz que nunca se preocupou em fazer corresponder as requisições das viagens à sua realização". Inocentemente deixa escapar que "só depois do caso de Coimbra é que percebi que isso poderia ser mal interpretado".

Na edição seguinte o Expresso voltou a beliscar com um título apelativo: "Cavaco sabia das fraudes desde 1989".

E na sua página 7 quem é que ilustra a investigação do Expresso? Uma foto de Miguel Relvas e... a sua conta-corrente, parcela a parcela.

A 19 de Outubro o Expresso volta a referir Miguel Relvas no capítulo das "viagens-fantasma" dos deputados, em que "Documentos desaparecidos se calhar nunca existiram".

Aí pode ler-se "Requisições e comprovativos de viagens de l987 existem também relativamente a Luís Filipe Menezes e... Miguel Relvas".

Mas as proezas do jovem deputado são de tal monta que o Tal e Qual dedica-lhe mais umas linhas para o seu historial nesta atribulada relação com a contabilidade da AR. Na página 6 da edição de 25 de Outubro de 1996 refere-se que "outros nomes têm vindo a lume na saga das viagens "fictícias", como o do ex-secretário geral adjunto do PSD, Luís Geraldes, Luís Filipe Menezes e...Miguel Relvas".

Esperam-se os próximos episódios. »



2012-07-17

O notável currículo de Miguel Relvas (doc 2 de 1997)

Miguel Relvas tem um curriculo notável.
Disse-o recentemente o Administrador da Universidade Lusófona e diziam os jornais e revistas já antes de 1997.
Em 1997 o jornal "A Região" publicou uma compilação de vários documentos saídos em diversos orgãos de comunicação social sobre este mesmo tema. Se quiser consultar essa compilação pode vê-la aqui (documento .pdf).

Nós na Lei do Funil queremos contribuir para a acessibilidade dessa informação que nos chegou apenas sob a forma de imagem.

Usando as facilidades proporcionadas por um OCR eis que tornamos acessíveis a todos, motores de busca inclusivé, os factos mais relevantes do currículo de Miguel Relvas como eles eram conhecidos (já) em 1997 (parte II).


«FALSIFICAÇÃO DE MORADAS

Segundo o jornal "Voz Imparcial", edição de 30 de Novembro de 1995, página 12, "Miguel Relvas é um jovem deputado, mas conhece melhor que ninguém as artimanhas para tornear as exigências da lei". Como e porquê?

Morada habitual (62K)"Em 1987 deu uma morada onde em tempos alugara um quarto para receber o subsídio de deslocação da Assembleia da República". As moradas falsas já levam dez anos, não se trata de um pequeno engano rapidamente reparado, mas sim de diversos actos conscientemente praticados com o intuito de irregularmente aumentar os seus proveitos financeiros sempre à custa de habilidades.

O jornal afirma que "também no interior do PSD usa esquemas que a poucos lembra. Para poder manter a filiação na secção do PSD de Tomar, forneceu a morada de um casal amigo".

Prossegue o jornal.

"Em 1985 foi candidato a deputado, mas não foi eleito directamente". Com a nomeação de Mira Amaral para o governo, "o jovem Miguel Fernando Cassota de Miranda Relvas vai ocupar um lugar na bancada do seu partido em S. Bento". Tinha então 24 anos mas já bastante escola...

Desde cedo aprendeu - e praticou - as artimanhas dos mais velhos. "Também aqui começou a sua habilidade para tornear a legislação e usufruir dos proveitos dessas iniciativas".

Uma das quatro moradas (67K) Como?

Simples. Aqui vai.

"Consciente de que, apesar de possuir casa em Lisboa e Almada, se fornecesse uma morada em Tomar beneficiaria do pagamento extra do subsídio de deslocação pagos pelo Estado, no preenchimento da sua ficha parlamentar, escreveu pelo próprio punho a direcção da casa onde em tempos tivera um quarto alugado: Bairro da Caixa de Previdência. Lote 6, 2° Esq." (Ver fotografia e reprodução de documento).

Seguindo a leitura atenta do Imparcial, "Esta falsificação da morada para benefício de verbas por parte do Estado, é tanto mais grave porque já em 1985, Miguel Relvas residia na Av. 5 de Outubro, em Lisboa, num quarto alugado". Assim aumentava a sua mesada paga por todos...

"Conforme confessou publicamente, sempre que recebia a correspondência da Assembleia da República, remetia-a para Almada em envelopes que o deputado previamente havia deixado para esse fim". Um verdadeiro artista que pensa em tudo...

Autárquicas 89

Segundo o Imparcial "nas eleições autárquicas de 1989, viria a repetir a graça". Assim, "Em documentação entregue pelo seu partido para concorrer ao referido acto eleitoral, constam duas moradas distintas: na lista de candidatos do PSD à Assembleia Municipal de Tomar, figura na Rua Dr. Joaquim Jacinto, n° 61, em Tomar (ver foto da casa), mas na respectiva Junta de Freguesia em que se encontra recenseado", com o cartão de eleitor n° 6587, passado em 31.5.83. "a morada fornecida era outra, Rua Dr. Joaquim Jacinto. nº 58, 1°, Tomar".

Segundo o jornal e nós próprios apurámos "o deputado nunca residiu em qualquer destas moradas, nem tem qualquer grau de parentesco ou amizade com os seus legítimos proprietários. Mais estranho se torna esse comportamento, quando já havia comprado um apartamento na zona de Benfica situado no Alto dos Moinhos, Rua 1 l. Lote 1, 2° D°, em Lisboa".

A sua primeira morada (62K) Para poder continuar a ser militante de Tomar e assim reivindicar a sua ligação com o distrito que representava,"forneceu uma outra morada, desta vez a casa de um amigo na Rua de Leiria,. n° 4, 1º", cuja inquilina integra, curiosamente, a sua lista para a Assembleia Municipal.

Em primeira adiantamos que, por escasso tempo e para ultrapassar mais uma vez o problema de não residir emTomar e, para assuntos internos. precisar de constar tal, ainda teve outra morada (onde nunca residiu, tal como nas restantes à excepção do Bairro da Caixa) na Av. Norton de Matos, em frente à Marisqueira.

Este artifício de dar a direcção de Tomar quando residia e reside em Lisboa, tem-lhe permitido há vários anos receber indevidamente chorudos subsídios de deslocação.

Mas este político profissional tem outra particularidade. Sendo o segundo da lista para a Assembleia nas listas de 1989, apenas participou em duas sessões da mesma. Cargo para que se recandidata em 97.

A outra morada (56K) Aurtárquicas 97

O mesmo expediente: Rua Dr. Joaquim Jacinto, n ° 58, l. Novamente uma morada falsa, pois o verdadeiro residente dá pelo nome de Abílio Carvalho. Para Miguel Relvas vai uma diferença!

O deputado e candidato a Presidente da Assembleia Municipal de Tomar, como não reside aqui, quando vem passar férias (como aconteceu no verão deste ano) dorme no n° 121/123 da Rua de S. João. Estranho! Então se mora na Rua Dr. Joaquim Jacinto. vai dormir uma semana numa casa situada numa rua paralela à que afirma morar? Uma semana?

Para viagens mais rápidas a Tomar utiliza o Hotel dos Templários, como foi o caso das noites de 24 e 25 de Outubro deste ano, já depois de ter entregue no Tribunal Judicial de Tomar a atestar que residia na Rua Dr. Joaquim Jacinto, n° 58-1°.

Aonde irá dormir durante os 15 dias da campanha eleitoral? Em qual das cinco moradas tomarenses? Em casa de um amigo? No Hotel?

Compensará?

Este esforço todo de arranjar moradas falsas será compensador? 0 jornal Tal e Qual, de 7 de Dezembro de 1995, na sua página 9, dá a resposta com o exemplo de ... Miguel Relvas, pois então!

Com o título "Ser deputado compensa", toda a página 9 dessa edição é dedicada ao deputado Miguel Relvas. Começa por explicitar o que, na altura os deputados ganhavam de despesas de representação (55.700$00/mês) e uma verba fixa de ajudas de custo por cada dia de plenário (3.236$00 se morar na Grande Lisboa e 9.709$00 se morar fora).

Já está o leitor a ver o esquema! É só fazer as contas... A habilidade de Miguel Relvas, em 1995, mercê de adulteração de morada, permitia-lhe ganhar mais do que devia a quantia de 6.483$00 por cada dia de plenário. Nota preta, não?

Adiantava o mesmo jornal "O deputado Miguel Relvas que o diga: o seu caso tipifica a situação. Eleito por Santarém nas legislativas de 1985, depressa os opositores locais fizeram dele o bombo de uma "festa". Segundo o jornal "acusam-no de dar moradas de província só para receber "fortunas" em quilómetros de deslocações - e apontavam-no ao povo do distrito como exemplo acabado do "parasitismo" parlamentar".

O Tal e Qual referia que "tendo morada (obviamente falsa) fora de Lisboa, Miguel Relvas, e todos os deputados nas mesmas condições, têm direito a uma viagem de ida e volta por semana ao seu círculo eleitoral". É o próprio Relvas que afirma "hoje em dia (ano de 1995) recebo cerca de 67 contos por mês por quilómetros feitos".

Igualmente indevidos, porque sendo a sua morada verdadeira em Lisboa, na Rua Cidade Rabat. n°38 - 2° Dtº, 1500 Lisboa, não teria direito a estas viagens de fim de semana pagas pelo erário público. Mas as contas de 1995 eram feitas a 51$00/km, agora são a 55$00/km, o que aumenta o bolo.

Agora some e veja as diferenças. Fruto da habilidade de fornecer uma morada falsa de Tomar, 6.483$00/dia indevidamente, mais estes 67 contos/mês (preços de 95) e veja quanto o nosso deputado e candidato a Presidente da Assembleia Municipal de Tomar não mete ao bolso por mês!

E anda nisto desde 1987, já lá vão 10 anos!

O seu discurso de "transparência"e de devolver o prestígio perdido aos órgãos autárquicos de Tomar esbarram com o seu comportamento menos ético, movido apenas com o intuito assumido de aumentar indevidamente os seus proveitos financeiros.»



2012-07-16

Curriculo de Miguel Relvas (doc 1 de 1997)

Miguel Relvas tem um curriculo notável.
Disse-o agora o Administrador da Universidade Lusófona e diziam os jornais e revistas já antes de 1997.
Em 1997 o jornal "A Região" publicou uma compilação de vários documentos saídos em diversos orgãos de comunicação social sobre este mesmo tema. Se quiser consultar essa compilação pode vê-la aqui (documento .pdf).

Nós na Lei do Funil queremos contribuir para a acessibilidade dessa informação que nos chegou apenas sob a forma de imagem.

Usando as facilidades proporcionadas por um OCR eis que tornamos acessíveis a todos, motores de busca inclusivé, os factos mais relevantes do currículo de Miguel Relvas como eles eram conhecidos (já) em 1997.


«MR_1997 (26K)É o maior!
UM VERDADEIRO ARTISTA
Palavras para quê? É um artista português e, tal como o Constantino, a sua fama já vem de longe. Mas, assim como Eusébio, essa fama já vai longe.
As suas habilidades foram manchete de inúmeros jornais, locais e nacionais. Imparcial, A Capital, Expresso, Tal e Qual e... Templário, entre outros, não lhe negaram os méritos.
Mas este "deputado tomarense" onde mora? Se um dia alguém lhe aparecer à porta e perguntar por ele, não se admire. Pode muito bem ter dado a casa onde mora como sendo a sua residência, tantos são os locais onde afirma morar sem tal acontecer.
Multifacetado, reparte a sua criatividade em aumentar o saldo bancário - sempre à custa do Estado - com outras actividades.
Já ouviu falar das "viagens-fantasma"? Já? Mas não conhece nenhum deputado que as tenha feito?
Miguel Relvas é um deles.


Miguel Femando Cassola de Miranda Relvas é o que se chama um deputado de sucesso. Sendo novo, percorreu todos os escalões da hierarquia partidáría.

Membro da JSD concelhia, da distrital e da nacional. Membro do Conselho Nacional. Secretário-Geral da JSD. Membro do Conselho Nacional do PSD e Membro da Comissão Política Nacional.

Vogal da Assembleia Municipal (eleito em 1989, em segundo lugar na lista Social

Democrata, embora só tenha participado em duas sessões) e deputado da Assembleia da República desde 1987.

Sem necessidade alguma, apenas factores económicos, fazem com que o seu sucesso tenha pés de barro.

Mérito político à parte, que não será aqui analisado e não se nega, o deputado Miguel Relvas utiliza alguns métodos no seu dia a dia que, à primeira vista, não serão os mais éticos e transparentes, portanto pouco motivadores para "devolver a influência e prestígio de Tomar'.

Desde 1987 que Miguel Relvas inventa moradas em Tomar para ampliar os seus rendimentos mensais. Eleições após eleições, apesar de residir em Lisboa, na Rua Cidade Rabat, nº 38- 2º Dtº, 1500 Lisboa, sempre deu moradas de Tomar, concelho onde se mantem recenseado. A Rua Joaquim Jacinto, nº 58- 1° aparece como residência habitual, permanente, do deputado.

Isto apesar de, em diversos documentos, aparecerem mais quatro moradas tomarenses no seu curriculum, uma delas no Registo Biográfico que consta na Assembleia da República. Nessa altura residia na Rua 5 de Outubro, Lisboa.

Este expediente de fazer de conta que se mora na província quando se reside na capital (facilmente comprovado mediante consulta na lista telefónica de Lisboa) - processo utilizado por muitos deputados - rende anualmente alguns milhares de contos aos prevaricadores.

Todos eles violam o preceituado no artigo 228º do Código Penal de l982.

O artigo referenciado plasma que "quem, com intenção de causar prejuízo a outrém ou ao Estado, ou de alcançar para si ou para tercciro um benefício ílegítimo", seja por "fabricar documento falso" ou por fazer "constar falsamente de documento facto juridicamente relevante", será punido com prísão até 2 anos e multa até 60 dias", mas que "nos casos de pequena gravidade, o tríbunal poderá aplicar tão só a multa até 60 dias ou 90".

A nova redacção dada pelo Código Penal de 1996 a esta matéria encontra-se plasmada no artigo 256º e agrava a pena para "até 3 anos". E se for um crime contínuado?

ARTIMANHAS
Com artes e artimanhas, o deputado Miguel Relvas - não é caso único - acrescenta ao seu vencimento pelas tarefas desempenhadas enquanto deputado, um pecúlio extra mercê de algumas habilidades a cuja imagem permanece associado como referem os jornais nacionais.

Utilizando o expediente de fornecer como residência a habitual morada de um vulgar cidadão tomarense (residindo sempre em Lisboa, local onde se localiza a Assembleia da República), no final de cada dia de sessão parlamentar são mais uns contos. Se a estes contitos acrescentarmos os que recebe pelas supostas viagens ao seu circulo eleitoral (pois foi eleito fora do circulo de Lisboa, onde afinal reside), os números sobem para a casa dos duzentos oontos/mês. Talvez o dobro do que ganha a maioria dos tomarenses. E são duzentos "por fora", tipo "gancho".

Não satisfeito e a exemplo de outros colegas seus, participou nas já célebres "viagens fantasma" dos deputados (cujos documentos desapareceram em parte), o famoso caso "Batman".

Nada mais fácil e lucrativo. A sua conta-corrente apresentava um crédito a seu valor superior a duzentos contos. Nada mal!

A sua actividade exemplar foi notícia em inúmeros jornais locais, regionais e nacionais. Templário, Imparcial, A Capital, Expresso, Tal e Qual, Independente, revista Semana Ilustrada, por exemplo.

Humildemente temos de nos render à evidência. Estamos na presença de um verdadeiro artista como foi sucessivamente e ao longo dos anos reconhecido por inúmeros e insuspeitos órgãos de comunicação social; que sempre associaram as suas habilidades ao nome de Tomar.

Reconheçamos o mérito a quem o tem.

Talvez por isso seja agora candidato a Presidente da Assembleia Municipal de Tomar. »

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2012-07-13

Direita Vesga

«A mesma direita que, na discussão do Código Contributivo, rejeitou, invocando a justiça e o bom senso, que um automóvel de alta cilindrada posto ao serviço de um gestor privado fosse considerado como seu rendimento, impõe agora aos beneficiários do rendimento social de inserção (RSI) que o apoio público à renda de casa em habitações sociais seja considerado sua fonte de rendimento, diminuindo nesse montante a prestação de RSI.

O englobamento quando nasce não é para todos. (...)»
José Manuel Pureza



2012-07-09

A aposentação (compulsiva) do "dr." Miguel Relvas

cadeira_baloiço (112K)
Nós na Lei do Funil somos muito sensíveis aos dramas pessoais dos nossos dirigentes.

Por isso aqui fica esta cadeira de baloiço para o "dr." Miguel Relvas poder gozar comodamente sentado a sua aposentação compulsiva.



2012-07-08

Porque será?

ATT00009 (187K)
Porque será que esta imagem, de tão repetitiva, me faz lembrar os esforços persistentes do "dr." Miguel Relvas para passar despercebido e só consegue mergulhar, uma e outra vez, na merda que andou (e anda!) por aí a espalhar?



2012-07-07

Receita de Pedro Passos Coelho para suportar os maus cheiros

ppc_&_a_cebola (24K) Que chatice. Isto nunca mais acaba. Tapa-se uma descobre-se logo outra.

Se eu mantiver esta cebola junto do meu nariz pode ser que o mau odor do "não-assunto" do Miguel Relvas deixe de me incomodar...



2012-07-05

Políticas de mobilidade do governo Passos Coelho

super-lotado (89K)
Exemplo de transporte público com uma taxa de ocupação e nível de comodidade em perfeita sintonia com o que o Ministério do Álvaro deseja proporcionar aos portugueses.



2012-07-03

Uma coisa é austeridade, outra, completamente diferente, é afogar uma economia

PPortas (271K)

«(...) Havia um desígnio, uma meta que, atingida, ia milagrosamente guiar-nos à terra prometida: 4,5% de défice.

Para atingir este valor, Paulo Portas não falaria mais do confisco quando se falasse de impostos. Esteve mesmo disposto a aceitar a maior subida de impostos, taxas e preços da história da democracia. Engoliu, sem problemas de maior, a arenga revolucionária que faria morrer de inveja qualquer sobrevivente do PREC: é preciso destruir tudo para construir uma nova sociedade. Uma sociedade de pessoas que olha o desemprego como uma oportunidade, uma comunidade livre de gente piegas e preguiçosa.

No currículo ideológico de Paulo Portas só faltava mesmo um liberalismo de contracapa.

Com os mágicos 4,5% na mente, não apresentou sinais de incómodo por ser o consultor António Borges a conduzir o processo de privatizações, pela forma como foi conduzido o processo das secretas ou por a coordenação política do Governo se assemelhar à duma associação de estudantes. Não tremeu com a iniquidade da proposta sobre o enriquecimento ilícito nem com o populismo desbragado e perigoso do Ministério do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, ou melhor, do Ministério da Justiça.

Passados apenas seis meses, o líder do CDS já percebeu que não vamos cumprir os objectivos do défice, que todos os esforços dos portugueses foram, afinal, em vão.

Como o antigo Paulo Portas sabia, demasiada carga fiscal arrebenta com a economia. Como o antigo Paulo Portas desconfiava, criar desemprego e cortar salários não é muito saudável nem para a receita nem para a despesa. Como o antigo Paulo Portas diria, uma coisa é austeridade, outra, completamente diferente, é afogar uma economia. (...)»



2012-07-01

A Europa a afundar...

 
e a orquestra (campeonato europeu de futebol) a tocar.



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