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fevereiro 18, 2019

***** OMAR SHARIF: ERA uma vez DOUTOR JIVAGO



Altura: 1,80 cm
Cabelos: negros
Olhos: negros

ANTONIO NAHUD entrevista OMAR SHARIF em Madri, Espanha, 2003. Publicada no jornal “A Tarde” (BA) e no livro “ArtePalavra – Conversas no Velho Mundo” (2003)
jornal “a tarde”

Nascido Michel Demetri Shalhoub em Alexandria, no Egito, em 1932, o ator sempre teve uma vida confortável e privilegiada. O pai era um rico comerciante do setor madeireiro e amigo do rei Farouk. Ele formou-se em matemática e física na Universidade do Cairo e depois foi estudar arte dramática na Royal Academy, em Londres. Mudou seu nome quando iniciou a carreira artística ainda no Egito, há mais de meio século, e com ele alcançou popularidade mundial interpretando títulos legendários como “Lawrence da Arábia” (1962), “Doutor Jivago” (1965) ou “Funny Girl: a Garota Genial” (1968).

Aos 72 anos, o eterno galã regressa ao cinema em grande estilo no longa “Uma Amizade sem Fronteiras / Monsieur Ibrahim et les Fleurs du Coran, do francês François Dupeyron, encarnando com rara sensibilidade um pequeno comerciante muçulmano que se torna amigo de um menino judeu pobre em um bairro de bordéis de Paris. “É um filme sensível e inteligente”, disse OMAR SHARIF, falando perfeitamente espanhol, durante o lançamento da produção na Espanha.

O  ator egípcio partiu o coração de milhares de mulheres nas décadas de 60 e 70, e ainda preserva o charme, o encanto e os olhos apaixonantes dos seus tempos de glória. Nessa concorrida coletiva de imprensa, ele falou sobre sua vida pessoal e profissional, abordando aspectos polêmicos como seu vício em bridge.

Amante de mulheres fantásticas como Ingrid Bergman, Maria Callas, Olivia de Havilland, Julie Andrews e um largo etcétera, atualmente vive sozinho em um quarto de hotel em Paris. Por que esta reclusão que contradiz seu poder de sedução?

Desde que me divorciei em 1968, não voltei a amar, não tive mais vontade de casar. Sem amor, prefiro viver sozinho. Claro que tenho pequenas aventuras, mas nada que me comprometa. Vou  a uma discoteca e encontro uma garota adorável, ficamos juntos uma noite e está ótimo. Nem ao menos convido para meu quarto de hotel. Tenho medo que ponha os pés em minha moradia e não volte a sair.

Por que vive em um hotel?

Não há nada melhor para um solitário do que viver em um hotel. Ganhei dinheiro, mas nunca liguei para essas coisas. Não tenho casas nem carros... não me interessam. As pessoas me interessam.

Como traduz sua paixão pelo luxo e pelo jogo, principalmente o bridge?

Não são tão importantes em minha vida assim como dizem. Como sou sozinho, chego a um lugar e não sei bem o que fazer, então vou ao cassino. Tenho uma relação estranha com o dinheiro, porque ganhei muito sem compreender bem o motivo, e para evitar problemas de consciência procuro gastá-lo. Nunca entendi porque me pagam tão bem. Ninguém merece ganhar tanto. Por isso me transformei em jogador, não para ganhar dinheiro, mas para perdê-lo. Também vivo bem quando não tenho dinheiro. Compro um sanduíche e vou para a cama. Tendo dinheiro me sinto na obrigação de gastá-lo.

É atraente e provoca paixões arrebatadoras. Pauline Kael, a rígida crítica de cinema do “The New York Times”, tinha razão ao defini-lo como o “próprio amor andando”. Como traduziria esse simbolismo sexual que deu a volta ao mundo?

É pura invenção do cinema. Sou apenas um sujeito que nasceu no Egito e tem um caráter oriental. Sou melodramático, gosto de abraçar, cantar, conversar, não tenho medo de chorar. Gosto de acordar ao meio-dia, ir a ópera, teatro, corridas de cavalos, fazer palavras cruzadas. O resto é mito.

Um mito surgido no clássico “Doutor Jivago”?

Fiz mais de 90 filmes e sou sempre lembrado por “Doutor Jivago”. A verdade é que não sou grande admirador desse drama muito sentimental. Está mais para o público feminino. Um pouco como “...E o Vento Levou”, uma história romântica com o drama de uma guerra civil como pano de fundo. É uma grande história de amor muito romântica para mim. A considero a música insuportável.

Prefere “Lawrence da Arábia”?

Grande filme, Merece estar em todas as listas dos melhores filmes da história do cinema, mas tampouco suporto me ver nele. Talvez uma ou outra cena, nada mais.

Como foi a experiência com David Lean e Julie Christie em “Doutor Zhivago”?

Não me recordo. Não pense que estou sendo grosseiro, apenas não sou capaz de recordar-me nada que tenha a ver com o passado. Decidi que o passado não existe. Apaguei tanto as coisas boas como as ruins. Vivo o aqui e o agora. Recordações e sentimentalismo são emoções negativas, eu sou uma pessoa positiva.

Não lembra dos altos e baixos da sua longa carreira como ator?

O que posso dizer é que sempre fui um homem de sorte. Nasci numa família com dinheiro, nunca tive enfermidades, fui nominado ao Oscar, ganhei três Globos de Ouro, sempre vivi de acordo com meus princípios e tive um filho adorável.
 
Fala muitos idiomas, embora com um irresistível sotaque “Ali Babá”.  Ele limitou sua carreira?

Fiz alemães, príncipe austríaco, russo e tudo mais que se possa imaginar. O sotaque deu a impressão de um ator sem nacionalidade definida. Ele é estranho, não revela de onde venho. Quando era uma estrela, escreviam papéis para mim. Agora sou um ancião, é bem diferente.

Depois de cinco anos sem filmar voltou com “Uma Amizade sem Fronteiras”, ganhando o César de Melhor Ator. Como explica esse regresso?

Nos últimos vinte anos fiz muitos filmes ruins e queria resgatar a dignidade, ganhar o respeito dos netos. Decidi que não voltaria a trabalhar, exceto se me oferecessem um bom roteiro. Chegou o deste filme e eu chorei ao lê-lo. Fala de solidão, tolerância, amor ao próximo independente de religião ou crença. O senhor Ibrahim está próximo do meu coração. Eu sou assim: minha religião é amar ao próximo. Cada manhã levanto disposto a querer o bem. Nunca fiz mal a ninguém. Posso odiar quem me trata mal, mas jamais odiaria alguém por ser negro, muçulmano ou judeu.

São tempos duros, um filme sobre o diálogo entre culturas diferentes é bem vindo.

Infelizmente, na vida real ultrapassamos o limite e já não há possibilidade de diálogo. A democracia não mais existe. Os lobbies mais poderosos empurram seus representantes para o poder e estes garantem os interesses de quem os colocou lá. Onde está a democracia? Tudo me parece corrupto.

Quais os seus planos para o futuro?

Não sei se vou viver muito tempo, portanto vivo cada momento como se fosse o último. Nos próximos meses pretendo rodar três filmes. Um deles é uma versão de “O Velho e o Mar”, de Ernest Hemingway.


10 FILMES de OMAR SHARIF
(por orden de preferencia)

01
DOUTOR JIVAGO
(Doctor Zhivago, 1965)

direção de David Lean
elenco: Julie Christie, Geraldine Chaplin, Rod Steiger,
Alec Guinness, Tom Courtenay, Siobhan McKenna,
Ralph Richardson, Rita Tushingham e Klaus Kinski

02
LAWRENCE da ARÁBIA
(Lawrence of Arabia, 1962)

direção de David Lean
elenco: Peter O'Toole, Alec Guinness, Anthony Quinn,
Jack Hawkins, José Ferrer, Anthony Quayle,
Claude Rains e Arthur Kennedy

03
A QUEDA do IMPÉRIO ROMANO
(The Fall of the Roman Empire, 1964)

direção de Anthony Mann
elenco: Sophia Loren, Stephen Boyd, Alec Guinness,
            James Mason, Christopher Plummer, Anthony Quayle,
            John Ireland e Mel Ferrer

04
A NOITE dos GENERAIS
(The Night of the Generals, 1967)

direção de Anatole Litvak
elenco: Peter O'Toole, Tom Courtenay, Donald Pleasence,
Philippe Noiret, Christopher Plummer e Juliette Gréco

05
A VOZ do SANGUE
(Behold a Pale Horse, 1964)

direção de Fred Zinnemann
elenco: Gregory Peck, Anthony Quinn, Raymond Pellegrin,
Paolo Stoppa, Mildred Dunnock e Christian Marquand

06
FUNNY GIRL: a GAROTA GENIAL
(Funny Girl, 1968)

direção de William Wyler
elenco: Barbra Streisand, Kay Medford, Anne Francis
e Walter Pidgeon

07
Os POSSESSOS
(Les Possédés, 1988)

direção de Andrzej Wajda
elenco: Isabelle Huppert, Jutta Lampe, Bernard Blier,
Laurent Malet e Lambert Wilson

08
Uma AMIZADE sem FRONTEIRAS
(Monsieur Ibrahim et les Fleurs du Coran, 2003)

direção de François Dupeyron
elenco: Pierre Boulanger e Isabelle Adjani

09
O ENCONTRO
(The Appointment, 1969)

direção de Sidney Lumet
elenco: Anouk Aimée e Lotte Lenya

10
FELIZES para SEMPRE
(C'era una Volta, 1967)

direção de Francesco Rosi
elenco: Sophia Loren, Georges Wilson e Dolores del Rio


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junho 29, 2018

************************ RACISMO em HOLLYWOOD

eartha kitt

No princípio da história do cinema, os atores negros eram excluídos das telas. A discriminação racial constrangedora resultava em um tratamento ofensivo. O épico “O Nascimento de Uma Nação / The Birth of a Nation” (1915), do pioneiro D.W. Griffith, considerado uma obra capital no desenvolvimento da sétima arte, responsável pela estrutura do cinema moderno tal como ele é hoje, apresenta conteúdo despudoradamente racista, enaltecendo a Ku Klux Klan, sinistra organização criada para aterrorizar e trucidar negros que viviam no Sul dos Estados Unidos. Anos depois, o cineasta admitiria que o filme “cria um sentimento de repulsa em pessoas brancas, especialmente mulheres brancas, contra os homens de cor”.

Na época, os personagens negros eram interpretados por brancos pintados de preto. A partir dos anos 1920, quando a defesa dos direitos humanos proliferou nos EUA, os atores negros começaram a aparecer com frequência, embora desempenhando pequenos papéis, geralmente criados, escravos, vagabundos, músicos ou figuras engraçadas. De relevante nesta fase, dois musicais, ambos com elenco totalmente negro: o célebre “Aleluia / Hallelujah” (1929), de King Vidor, e “Uma Cabana no Céu / Cabin in the Sky” (1943), de Vincente Minnelli, que revelou a bela e talentosa Lena Horne. De realmente importante na luta contra o racismo aconteceu em 1939, quando Hattie Mc Daniel ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua simpática Mammy em “... E o Vento Levou / Gone with the Wind”. Foi uma vitória histórica.

harry belafonte e dorothy dandridge
em “carmen jones”
A Segunda Guerra Mundial permitiu mudanças na sociedade. O negro passou a ser representado como valente soldado, como no documentário produzido pelo exército norte-americano “The Negro Soldier” (1944), de Stuart Heisler. No final dos anos 1940 e nos 1950, surgiram vigorosos libelos cinematográficos contra o racismo, entre eles “O Mundo Não Perdoa / Intruder in the Dust” (1949) de Clarence Brown, “O Que a Carne Herda / Pinky” (1949) de Elia Kazan, “O Clamor Humano / Home of the Brave” (1949) de Mark Robson, e “Acorrentados / The Defiant Ones” (1958) de Stanley Kramer. Os personagens negros deixaram de serem figuras subservientes ou de segundo escalão, dando espaço para as grandes estrelas Dorothy Dandridge e Sidney Poitier.

Dandridge afirmava que a cor de sua pele era sempre levada em conta quando se pensava em seu nome para um papel importante. Ela confessou sua frustração por ser obrigada a convencer os estúdios de sua capacidade como atriz, somente pelo fato de ser negra. Poitier, que foi o primeiro negro a ganhar o Oscar de Melhor Ator, em sua autobiografia revela o constrangimento sofrido para conseguir um dos papéis principais de “Adivinhe Quem Vem Para jantar / Guess Who's Coming to Dinner, uma comédia que questiona preconceitos raciais. Ele foi convidado a jantar com os atores Spencer Tracy e Katharine Hepburn, protagonistas do filme sobre um negro que namora uma branca. Seus anfitriões fizeram, ao vivo, um teste para saber suas habilidades em uma “reunião social de brancos”. Até Tracy e Hepburn, conhecidos como artistas sem preconceitos, preferiram não assumir riscos em suas vitoriosas carreiras.

FONTE
Slow Fade to Black: The Negro in Americam Film, 1900 - 1942, de Thomas Cripps

SETE GRANDES ATRIZES NEGRAS

CICELY TYSON
(Nova Iorque, EUA. 1933)

Indicada ao Oscar de Melhor Atriz graças à sua performance no drama “Lágrimas de Esperança / Sounder” (1972), também se consagrou por “O Pássaro Azul / The Blue Bird” (1976) e a minissérie de grande sucesso “Raízes / Roots”, produzida em 1977 pela ABC. Ganhou três prêmios Emmy: dois em 1974 e o último em 1994. Esposa do trompetista e compositor de jazz Miles Davis. Começou em peças off Broadway, alcançando o sucesso como Portia no longa “Por que Tem que Ser Assim? / The Heart Is a Lonely Hunter (1968). Fez poucos filmes, recusando interpretar papéis que não valorizavam a mulher negra. Ela é uma das mais talentosas atrizes que já apareceram na tela.

DIAHANN CARROLL
(Nova Iorque, EUA. 1935)

De família pobre, ela abandonou os estudos para seguir a carreira de cantora. Tornou-se uma das raras modelos negras que se destacaram nos anos 1950, foi amante de Sidney Poitier por dez anos, gravou vários discos, estrelou com sucesso a sitcom “Júlia” (1968 - 71), fez em “Dinastia” (1984 - 87) a primeira vilã negra das séries norte-americanas e interpretou Norma Desmond na Broadway no musical “Sunset Boulevard”. Ganhou em 1962 o prestigiado prêmio teatral Tony por seu trabalho em “No Strings”. Foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz por “Claudine / Idem” (1974). No cinema, brilhou em “Carmen Jones / Idem” (1954), “Porgy e Bess / Porgy and Bess” (1959), “Paris Vive à Noite / Paris Blues” (1961) e “O Incerto Amanhã / Hurry Sundown” (1966). Recentemente lançou sua autobiografia.

DOROTHY DANDRIDGE
(Cleveland, Ohio, EUA. 1922 - 1965)

Conhecida pela beleza e sensualidade, foi a primeira atriz negra indicada ao Oscar de protagonista - por sua atuação em “Carmem Jones”. Estreou no cinema aos 15 anos, na comédia “Um Dia Nas Corridas / A Day at the Races (1937), contracenando com os irmãos Marx. Amante do diretor Otto Preminger, nos anos 1950 viveu o auge de sua carreira, soberba em Ilha nos Trópicos / Ilha nos Trópicos (1957) e “Porgy e Bess” (1959). Investimentos malsucedidos levaram-na a afundar em dívidas e no álcool. Quando a encontraram morta por overdose de barbitúricos, em seu apartamento na West Hollywood, sua conta bancária registrava apenas US$ 2,14. Tinha apenas 42 anos. 

ETHEL WATERS
(Chester, Pensilvânia, EUA. 1896 - 1977)

Cantora de blues, em 1933 participou em um curta satírico intitulado “Rufus Jones para o Presidente / Rufus for President”. Em 1942, repetindo o papel nos palcos, fez Petúnia no musical de sucesso “Uma Cabana no Céu”, da Metro-Goldwyn-Mayer. Com “O que a Carne Herda” foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Em 1950, ganhou o New York Drama Critics Award por sua performance na peça “Cruel Desengano / The Member of the Wedding”. Repetiu o papel na versão cinematográfica de 1952, dirigida por Fred Zinnemann. Depois estrelou a série de televisão “Beulah” (1950-51).

Fez outros bons filmes, como “Seis Destinos / Tales of Manhattan” (1942) e “A Fúria do Destino / The Sound and the Fury” (1959), mas nunca deixou de reclamar dos papéis degradantes que os negros eram obrigados a fazer. Depois que perdeu suas joias e sua economia em um assalto, teve a saúde abalada. Morreu aos 80 anos, vivendo de favor na casa de um jovem casal que cuidava dela.

HATTIE McDANIEL
(Wichita, Kansas, EUA. 1895 - 1952)

Personagens alegres, leais e assexuados. Apareceu em mais de 300 filmes, tendo seu nome nos créditos de apenas 80 deles. Quase sempre interpretando empregadas, certa vez disse: “Por que devo reclamar ganhando 700 dólares por semana sendo uma empregada nas telas? Se não fosse assim ganharia sete dólares por semana sendo uma de verdade.” Em “A Mulher que Soube Amar” (1935) enfureceu o público branco racista pelo papel de uma atrevida e desbocada empregada doméstica. Por um personagem parecido, o de Mammy em “… E o Vento Levou”, que recebeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, tornando-se a primeira negra a receber tal honra.

Sua performance em “Nascida Para o Mal / In this Our Life” (1942) é lembrada por sua forte interpretação, o de uma dona de casa cujo filho é acusado injustamente de um atropelamento. Destacou-se em “Desde Que Você Partiu Since You Went Away (1944) e “A Canção do Sul / Song of the South” (1946). Lésbica, teve romances tórridos com duas estrelas belíssimas: Tallulah Bankhead e Claudette Colbert. McDaniel faleceu aos 57 anos. Desejava ser enterrada no Cemitério de Hollywood, juntamente com alguns dos parceiros do cinema, mas o dono se recusou a permitir que uma negra fosse enterrada em seu cemitério.

JUANITA MOORE
(Greenwood, Mississippi, EUA. 1914 - 2014)

Nomeada para o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pela segunda versão de “Imitação da Vida / Imitation of Life (1959), começou a atuar na década de 1950. Fez mais de 30 filmes, entre eles “Uma Viúva em Trinidad / Affair in Trinidad” (1952), “Testemunha do Crime / Witness to Murder” (1954) e “Abby / Idem” (1974), além de inúmeras séries para a TV. Apareceu pela última vez no cinema na comédia “Duas Vidas / The Kid” (2000), ao lado de Bruce Willis.

LOUISE BEAVERS
(Cincinnati, Ohio, EUA. 1902 - 1962)

Antes de estrear no cinema, era governanta de Leatrice Joy, estrela do cinema mudo. Apareceu em mais de 160 filmes, dos anos 1920 até a década de 1950, na maioria das vezes como um estereótipo de criada bondosa, matrona, subserviente e com grandes risadas. Sua mais notável interpretação foi Delilah Johnson, a governanta da primeira versão de “Imitação da Vida / Imitation of Life” (1934). A história trata da relação fraterna entre duas mulheres, uma branca e outra negra, bem como, dos problemas que elas enfrentam com suas respectivas filhas. Esse filme do mestre John M. Stahl é historicamente significativo, afinal na época a discriminação racial era muito forte. Nunca mais a carismática Louise Beavers conseguiu outro papel de destaque. Morreu de um ataque cardíaco aos 60 anos.

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