30 julho 2016
Tallships Lisboa 2016
Tirados de um poiso diferente do habitual, ou seja de uma varanda "emprestada", dado que estava demasiado calor para ir para a beira-rio ver o desfile, aqui ficam alguns registos.
Em cima o Creoula que, por falta da Sagres que estava a caminho do Brasil, liderou o desfile. Por sinal bem distanciado dos outros "grandes veleiros"...
E a seguir, mas mantendo as distâncias, vinha a Vera Cruz que parecia "rebocar" o Cuauhtémoc! por sinal, a bandeira do barco mexicano era quase maior do que a caravela ;)
Também bonito (o que é natural por ser um irmão gémeo do Creoula), mas bastante mais discreto, vinha o Santa Maria Manuela.
Outros dois de que gosto muito são: o Belém (já lá estive a "beber um copo" quando foi a Armada du Siècle, em Rouen),
e o "verdinho" Alexander von Humboldt II (o irmão mais velho, o Alex I, igualmente "verdinho", é agora um hotel, em Bremen.
Por fim, e mesmo no fim do desfile, vinha o Amerigo Vespucci, o navio de treino da marinha italiana, que bate todos os outros nos cuidados da decoração mas a navegar tem um ar "pesadão".
Outros passaram, não muitos dado que a maior parte da frota eram veleiros "pouco tall", mas estes foram, para mim, os mais bonitos!
23 julho 2016
Há 10 anos
Começámos assim:
"Fui a Alcântara ver os "tallships"”
Visitámos os navios, contámos histórias sobre particularidades do que vimos
“Não empurrem! vão poder saltar todos"
Relatámos a saída deles em direcção ao mar, vista de terra e do rio
“Eram realmente muitos..."
Depois disso, durante os últimos 10 anos, contámos muitas mais histórias, relatámos muitos mais eventos, comentámos factos do quotidiano ou simplesmente mostrámos locais, livros, filmes que vimos ou lemos e de que gostámos... Publicámos 1200 artigos (no início mais porque o blogger limitava o número de palavras de cada artigo) e tivemos cerca de 300 mil visitantes (não sabemos exactamente quantos porque o contador nem sempre funciona), muitos deles desconhecidos que aparecem à procura de um tema ou atraídos por uma fotografia.
Pelo meio apareceu o Facebook, e outras redes sociais; muitos outros blogues ficaram pelo caminho, mas continuamos a achar que este formato é o único que permite guardar um arquivo histórico, e por temas, e, sobretudo, que permite contar uma história do princípio ao fim, ilustrada por fotografias.
Por isso o Milhas Náuticas vai continuar. Por mais 10 anos, quem sabe...
Agradecemos a todos os que nos visitam e Voltem sempre!
garina do mar
Laurus nobilis
Nautilus
"Fui a Alcântara ver os "tallships"”
Visitámos os navios, contámos histórias sobre particularidades do que vimos
“Não empurrem! vão poder saltar todos"
Relatámos a saída deles em direcção ao mar, vista de terra e do rio
“Eram realmente muitos..."
Depois disso, durante os últimos 10 anos, contámos muitas mais histórias, relatámos muitos mais eventos, comentámos factos do quotidiano ou simplesmente mostrámos locais, livros, filmes que vimos ou lemos e de que gostámos... Publicámos 1200 artigos (no início mais porque o blogger limitava o número de palavras de cada artigo) e tivemos cerca de 300 mil visitantes (não sabemos exactamente quantos porque o contador nem sempre funciona), muitos deles desconhecidos que aparecem à procura de um tema ou atraídos por uma fotografia.
Pelo meio apareceu o Facebook, e outras redes sociais; muitos outros blogues ficaram pelo caminho, mas continuamos a achar que este formato é o único que permite guardar um arquivo histórico, e por temas, e, sobretudo, que permite contar uma história do princípio ao fim, ilustrada por fotografias.
Por isso o Milhas Náuticas vai continuar. Por mais 10 anos, quem sabe...
Agradecemos a todos os que nos visitam e Voltem sempre!
garina do mar
Laurus nobilis
Nautilus
19 julho 2016
Quando se quer apagar a História...
Brasão de Armas da Guiné Portuguesa
Brasão de Armas de Angola
Brasão de Armas de Cabo Verde
Brasão de Armas de Macau
Brasão de Armas de Moçambique
Brasão de Armas de São Tomé e Príncipe
Brasão de Armas do Timor Português
Brasão de Armas do Estado da Índia
Parece que o
projecto vencedor do concurso de ideias para o Jardim
da Praça do
Império, em Belém, lançado pela Câmara Municipal de
Lisboa, não
engloba os trinta arranjos florais que representam os
brasões das capitais de distrito e das antigas províncias
ultramarinas portuguesas.Com efeito, embora muito degradados, por
incúria municipal, estes Brasões, que fazem parte da nossa História
colectiva, irão desaparecer de vez, dando lugar a um relvado...
brasões das capitais de distrito e das antigas províncias
ultramarinas portuguesas.Com efeito, embora muito degradados, por
incúria municipal, estes Brasões, que fazem parte da nossa História
colectiva, irão desaparecer de vez, dando lugar a um relvado...
A desculpa,
prende-se com o dinheiro que se gastava para a
manutenção dos arranjos. Para nós, é preconceito e tacanhez de
espírito, pelo que aqui deixamos, para memória futura, os Brasões
das antigas províncias ultramarinas portuguesas que subsistiram até
ao Séc. XX. Nunca ninguém construiu o futuro,
sem ter em conta o passado!
manutenção dos arranjos. Para nós, é preconceito e tacanhez de
espírito, pelo que aqui deixamos, para memória futura, os Brasões
das antigas províncias ultramarinas portuguesas que subsistiram até
ao Séc. XX. Nunca ninguém construiu o futuro,
sem ter em conta o passado!
A Junta de
Freguesia de Belém, publicou hoje, o seguinte
comunicado de imprensa:
comunicado de imprensa:
Comunicado à População e à Imprensa
Brasões do Jardim da Praça do Império
A Junta de Freguesia de Belém foi
ontem contactada por
um órgão de comunicação social, questionando sobre o resultado
do suposto Concurso de Ideias para os jardins da Praça do Império.
um órgão de comunicação social, questionando sobre o resultado
do suposto Concurso de Ideias para os jardins da Praça do Império.
Fomos surpreendidos por sabermos por
um OCS
(em vez de comunicado pela Câmara Municipal de Lisboa) que
havia um vencedor, não tendo a Junta de Freguesia sido consultada
em nenhuma parte do processo de decisão, nem conhece quais
os projectos que concorreram e nem sequer qual o vencedor.
(em vez de comunicado pela Câmara Municipal de Lisboa) que
havia um vencedor, não tendo a Junta de Freguesia sido consultada
em nenhuma parte do processo de decisão, nem conhece quais
os projectos que concorreram e nem sequer qual o vencedor.
Desde o início desde processo que a
Junta de Freguesia
de Belém e a generalidade dos Fregueses de Belém se opuseram
a qualquer intervenção no jardim que não incluísse a reabilitação
dos Brasões.
de Belém e a generalidade dos Fregueses de Belém se opuseram
a qualquer intervenção no jardim que não incluísse a reabilitação
dos Brasões.
Os brasões são história viva. São
história preservada.
São símbolos do passado que nos ensinam a viver o futuro.
São símbolos do passado que nos ensinam a viver o futuro.
Qualquer tentativa de branquear a
história através da eliminação de
símbolos apenas enfraquece o seu povo e a memória colectiva.
símbolos apenas enfraquece o seu povo e a memória colectiva.
A Junta de Freguesia de Belém não
admite qualquer solução que
não inclua a reabilitação dos brasões que ali existiam e que a Câmara
Municipal de Lisboa desprezou de tal forma que os desconfigurou
e estragou.
não inclua a reabilitação dos brasões que ali existiam e que a Câmara
Municipal de Lisboa desprezou de tal forma que os desconfigurou
e estragou.
A Junta de Freguesia de Belém não
permitirá que qualquer
revanchismo ideológico apague a nossa memória colectiva.
revanchismo ideológico apague a nossa memória colectiva.
Assim, a Junta de Freguesia de Belém
utilizará todos os instrumentos
legais ao seu dispor para evitar que esta decisão da Câmara
Municipal de Lisboa seja efectivada e, mais uma vez, reitera a sua
disponibilidade para assumir na plenitude, a reabilitação, gestão e
manutenção daquele espaço emblemático da Cidade de Lisboa,
da nossa Freguesia e também de Portugal.
legais ao seu dispor para evitar que esta decisão da Câmara
Municipal de Lisboa seja efectivada e, mais uma vez, reitera a sua
disponibilidade para assumir na plenitude, a reabilitação, gestão e
manutenção daquele espaço emblemático da Cidade de Lisboa,
da nossa Freguesia e também de Portugal.
Belém, 19 de Julho de 2016.
07 julho 2016
Ode Marítima
Chamam por mim os mares,
Chamam por mim, levantando uma voz corpórea, os longes,
As épocas marítimas todas sentidas no passado, a chamar.
in «Ode Marítima», Poema de Álvaro de Campos, 1915
02 julho 2016
Um cruzeiro no arquipélago dos Bijagós (4º dia, a ilha das tartarugas verdes)
A ilha de Poilão, a ilha mais ao Sul do arquipélago é um dos principais locais de desova das tartarugas verdes (Chelonia mydas). A ilha faz parte do Parque Nacional Marinho João Vieira-Poilão, e é uma ilha desabitada e sagrada (ver foto no fim).
É na praia da foto abaixo que todos os anos acontecem as cerca de 30 mil posturas que visam dar continuidade à espécie.
Apesar de não termos ido na altura certa (as posturas ocorrem principalmente na época das chuvas, ou seja de Julho a Novembro) eram visíveis os rastos na praia
e os locais onde habitualmente fazem os ninhos.
Numa zona resguardada,
mas com vista para o mar, estão uns abrigos destinados aos investigadores que estudam estes répteis.
Nesta zona localiza-se também o painel da foto de abertura, onde é explicado o ciclo de vida das tartarugas (clique na foto abaixo para ampliar),
bem como uma pequena explicação sobre a ilha e as regras de conduta que têm que ser seguidas.
(clique nas fotos para ampliar)
Temas:
Bijagós,
Guiné,
Oceanos e Mares,
outro Património