- Em 1934 Franz Schmidt estreia a sua Sinfonia No. 4 em dó maior. pela Vienna Symphony Orchestra com Oswald Kabasta na condução
Franz Schmidt, nasceu a 22 de dezembro de 1874 e faleceu em 11 de Fevereiro de 1939,foi um compositor violoncelista e pianista austríaco de origem húngara.
Sua primeira professora foi sua mãe, Maria Ravasz, um pianista de talento, que lhe deu uma instrução sistemática.
Ele se mudou para Viena com sua família em 1888, e estudou no Conservatório de Viena (composição com Robert Fuchs , violoncelo com Ferdinand Hellmesberger e teoria (na classe de contraponto) com Anton Bruckner ), graduando-se "com excelência", em 1896.
Escrita em 1933, esta é a obra mais conhecida da sua obra . O compositor chamou-lhe "Um réquiem para a minha filha".
A Sinfonia nº 4 é frequentemente interpretada como uma meditação sobre a perda, mas também sobre a continuidade e a memória. Sua conclusão, que se dissolve em quietude, sugere aceitação e um senso de eternidade. Por isso, é vista como uma expressão de dor pessoal, mas universalmente ressonante.
Apesar de Franz Schmidt não ser tão amplamente conhecido quanto contemporâneos como Mahler ou Richard Strauss, sua Sinfonia nº 4 tem ganhado mais atenção nos últimos anos por suas qualidades emocionais e artísticas excepcionais
. Muitas gravações modernas têm contribuído para revitalizar o interesse por esta joia do repertório sinfônico.
Estrutura e Estilo
A sinfonia é composta em um único movimento, mas dividido em várias seções, que fluem continuamente e formam uma narrativa musical coesa.
Caráter elegíaco: A obra é frequentemente descrita como um réquiem instrumental. Foi composta após a morte da filha de Schmidt, e há uma qualidade de lamento profundo que permeia a peça, com momentos de resignação e beleza.
Linguagem musical: Schmidt utiliza uma rica paleta harmônica, típica do romantismo tardio, mas com uma clareza estrutural que mantém a obra acessível e direta em sua emoção.
As influências de Brahms, Wagner e Mahler são evidentes, mas Schmidt encontra sua própria voz, especialmente na habilidade de construir longas linhas melódicas.
Orquestração: A instrumentação é luxuosa e detalhada, destacando instrumentos como o trombone (que desempenha um papel central) e o órgão. Esses timbres conferem à obra uma atmosfera tanto solene quanto transcendente.