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segunda-feira, abril 26, 2021

PRODUTIVIDADE E MÉRITO EM PORTUGAL

A discussão sobre a produtividade em Portugal, é um assunto recorrente mas nunca se chega a nenhuma conclusão séria, porque dizer que os portugueses produzem pouco em Portugal, bate de frente com o que é reconhecido noutros países relativamente aos portugueses que por lá labutam.

Na primeira linha temos os meios postos à disposição pelo patronato em Portugal, que em comparação com o que se passa lá fora, deixa muito a desejar.

Os problemas de organização e do reconhecimento do mérito são menos discutidos porque dentro das empresas portuguesas há pouco diálogo, e o assunto não pode ser discutido como deve ser, fora do contexto.

Outro aspecto que passa ao lado das discussões sobre a produtividade é a fuga aos impostos, que distorce completamente os dados estatísticos.

 




 

quarta-feira, julho 10, 2019

O POLITICAMENTE CORRECTO


A onda do politicamente correcto estende-se a coisas que ninguém imaginaria há meia dúzia de anos, e vai mesmo além do conceito de justiça e do que é racional.

No ensino fala-se em criar cotas para negros e para ciganos, deixando de lado indianos ou chineses, ou mesmo os desfavorecidos independentemente da sua cor ou etnia. Será isso justo, ou sequer racional?

No mundo do trabalho exige-se que os trabalhadores trabalhem até depois dos 66 anos, mas os empregadores acham que alguém com mais de 30 anos já pode ser velho para muitas funções, e dão mesmo preferência a quem ainda não tenha os 30 anos de idade.

Nos serviços públicos não se abrem concursos para subida de categoria, mas há serviços que usam a mobilidade intercategorias, ou simples nomeações em regime de substituição para satisfazer algumas clientelas. O mérito fica de lado e já ouvi argumentos como o da antiguidade, a maternidade, o tempo de serviço, tudo razões para justificar o carácter de actos discricionários.

O politicamente correcto pode satisfazer uns quantos puristas (idealistas), mas cria mais injustiças do que aquelas que pretende resolver.




quinta-feira, abril 04, 2019

CULTURA DE MÉRITO


Portugal é um país onde se pode esperar de tudo, e apesar de haver muita gente a encher a boca com a palavra mérito, o que menos se valoriza é mesmo o mérito.

Quando se fala nas nomeações governamentais, vemos uma teia de nomeações familiares. O mesmo se passa em outras entidades públicas e municipais, como tem sido público nos últimos dias.

Há quem pense que isto só se passa no sector público, mas não, é muito comum também em empresas privadas, não só as pequenas mas também nas de grande dimensão.

Podem-se mencionar casos tornados públicos nestes dias, no Governo, na GNR, em empresas familiares do ramo da distribuição, etc., isto apenas pelas escolhas de familiares.

Como o não reconhecimento do mérito não se resume às escolhas de familiares, temos que chamar também a atenção para outras situações, como por exemplo na banca e actividades congéneres, onde são conhecidos indivíduos envolvidos em casos que lesaram instituições e cujos erros e omissões estão a ser pagos por todos nós, que continuam por aí, muitos em cargos no mesmo sector, impunemente, apesar das faltas de memória declaradas, quando inquiridos sobre os tais casos cabeludos.

Mérito em Portugal é apenas um conceito para convencer os mais crédulos, porque este quase nunca é reconhecido, infelizmente.  



segunda-feira, agosto 28, 2017

O MÉRITO E A MOTIVAÇÃO



Não devia ser preciso repetir que a produtividade de qualquer trabalhador, ou equipa de trabalho, depende e muito da motivação que lhes é incutida e do reconhecimento do mérito, por parte das chefias e da entidade empregadora.

Quando se ouve agora falar no descongelamento das carreiras da função pública, confesso que me dá vontade de rir, porque não passa de discurso para entreter, ou como diria Jerónimo de Sousa, encanar a perna à rã.

Na função pública existem basicamente 3 categorias profissionais, a saber os técnicos superiores, os assistentes técnicos e os assistentes operacionais. Para além destas categorias só temos as posições de chefia de cada grupo profissional, lugares a que nem todos podem aceder, como é evidente.

Deixei de lado as carreiras específicas, bem poucas como se sabe, e que têm particularidades mais difíceis de explicar.

Começo por dizer que foi uma asneira transformar o que existia no passado, simplificando de tal modo as coisas que agora é praticamente impossível premiar o mérito, criando diferenças entre quem entra na carreira e quem mostrou consistentemente a sua competência, e que não tem que, forçosamente, ter características ou perfil de liderança para chefiar grupos de trabalho.

Chegados a isto, resta como prémio de consolação, o descongelamento dos escalões, onde na realidade conta mais a antiguidade, e a graxa, do que o mérito, porque as classificações de serviço continuam a ser uma farsa.

Querem motivação? Assim não vamos lá!...



quarta-feira, março 15, 2017

ACREDITAM NAS AVALIAÇÕES?

Eu ainda me recordo das críticas que existiam há uns anos acerca das avaliações na função pública, quando todos malhavam sempre que lhes dava na gana. Falavam do mérito e do rigor enchendo a boca de conceitos que diziam existir (?) no sector privado.

Há poucos dias foi notícia que o novo modelo de avaliação no Novo Banco prevê quotas, o que para todos significa um afunilamento de subidas nas carreiras. Claro que têm razão os críticos deste tipo de avaliações com quotas, que permite que numa equipa de vários elementos existam uns que recebem boas avaliações e outros avaliações mais baixas, apesar de todos colaborarem num mesmo objectivo.

O que importa salientar em tudo isto é que é esse o sistema usado na última década na função pública, que nunca mereceu as parangonas dos jornais e a indignação pública que agora temos visto.


Por vezes só passando pelas situações é que se vê a iniquidade dos processos de avaliação baseados em quotas. 


sexta-feira, outubro 21, 2016

O MÉRITO E A RESPONSABILIDADE

Todos sabemos que a banca nacional, pública e privada, nos tem custado os olhos da cara, e que a grande maioria (existe uma excepção) dos gestores, continua por aí como se nada se tivesse passado.

A notícia política do dia de ontem foi sobre o salário dos administradores da CGD, que é um banco que necessita do dinheiro dos contribuintes portugueses, mas onde se vão praticar salários (para administradores), em linha com os da banca privada.

Não sei porque é que António Costa acha que é um ordenado justo, até porque o administrador escolhido ganhava bem menos, e também porque os salários dos bancos com ajudas estatais deviam ter o salário cortado em 50%.

É revoltante que o PS e o PSD tenham viabilizado esses salários, e que não tenham tornado públicos os objectivos de gestão impostos, se é que os há. Dois partidos que falam de méritos dos trabalhadores e de produtividade, e não se preocupam em responsabilizar os gestores que escolhem, com salários escandalosos, para empresas públicas, enquanto aprovam o despedimento de trabalhadores que não atinjam os objectivos estipulados, por inadequação à função que desempenham.

O facto do salário ter sido uma exigência do escolhido, que obrigou a alterar uma lei, revolta qualquer cidadão comum, senhor 1º ministro!


Não admira que tantos políticos passem depois por lugares nos conselhos de administração de bancos e outras entidades financeiras…


quinta-feira, julho 14, 2016

SALÁRIO E COMPETÊNCIA

A discussão sobre a justeza dos grandes salários auferidos pelos grandes gestores está sempre inquinada, porque o argumento da sua competência esbarra sempre na realidade dos salários praticados pelas empresas a todos os restantes trabalhadores.

É sabido que uma boa gestão e uma liderança competente de equipas é essencial para alcançar bons resultados, mas a competência de todos é o factor primeiro para que tudo funcione.

O grande problema nesta discussão é o existirem grandes empresas onde os salários rondam os mínimos em quase todos os grupos profissionais representados, e onde os salários dos gestores de topo ascendem a muitos milhares de euros, como se as competências deles fossem o único factor responsável pelo sucesso das empresas.


A teoria de que quando se alcança o sucesso o grande responsável é o chefe, e de que quando se falham objectivos as culpas são dos trabalhadores, dos mercados e da conjuntura, é uma grande treta, e é defendida apenas por quem beneficia com isso.


quarta-feira, fevereiro 01, 2012

O NOSSO BANCO

Veio agora a saber-se que o Banco de Portugal tem uma quinta em Caneças, onde os filhos dos funcionários podem aprender equitação, e os próprios trabalhadores da entidade reguladora nacional têm condições para gozar alguns momentos de lazer.

Ao contrário do que tem sido dito por aí, eu não acho que isso seja condenável, muito pelo contrário. Sempre defendi que se deve estimular quem trabalha e premiar quem o faz bem e em boa quantidade. Defendo esta teoria tanto para a Xerox, que muitos aplaudiram, como para o Banco de Portugal, que muitos condenaram.

Em quase tudo existe um MAS, e neste caso o MAS é mesmo um grande MAS. O Banco de Portugal é dos portugueses (público), independentemente dos detalhes da sua independência do poder político, que também é outros MAS que não vem agora ao caso.

Sabendo-se que este governo ordenou cortes nos salários, e cortes nos subsídios de Natal e de férias dos funcionários públicos e pensionistas (inconstitucionais na minha óptica), sob o pretexto de “emergência nacional”, as tais regalias dos funcionários do BdP já começam a ser questionáveis.

Sabemos que em Portugal há sempre excepções curiosas, que são sempre explicadas por preceitos feitos à medida para casos particulares. Já me apeteceu perguntar ao Gaspar a razão desta excepção em particular, mas disseram-me que podia parecer um ataque pessoal.

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Significado

Equidade consiste na adaptação da regra existente à situação concreta, observando-se os critérios de justiça e igualdade. Pode-se dizer, então, que a equidade adapta a regra a um caso específico, a fim de deixá-la mais justa. Ela é uma forma de se aplicar o Direito, mas sendo o mais próximo possível do justo para as duas partes.

Essa adaptação, contudo, não pode ser de livre-arbítrio e nem pode ser contrária ao conteúdo expresso da norma. Ela deve levar em conta a moral social vigente, o regime político Estatal e os princípios gerais do Direito. Além disso, a mesma "não corrige o que é justo na lei, mas completa o que a justiça não alcança"

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Humor Cavalar

quarta-feira, setembro 14, 2011

À CAÇA DO MÉRITO

Esta semana tive a oportunidade de falar com um chefe de serviços que me sucedeu na minha actividade anterior, e de o confrontar com as diferenças que se podem constatar na actividade desenvolvida pelo departamento.

Perante o estado de degradação dos serviços, do edifício e das condições de trabalho são tão gritantes que nem o actual responsável pretendeu negar. As razões apresentadas foram as que eu esperava, e resumiram-se à habitual falta de verbas.

Os serviços têm hoje mais 5 técnicos do que no meu tempo e a chefia é partilhada por 3 pessoas, o que originou um aumento da despesa em salários, com a agravante de grande parte dos projectos ser agora adjudicada a empresas externas, o que na altura era absolutamente impensável, apesar de ser óbvio que havia uma maior actividade do que nestes dias.

Fiquei ainda a saber que as chefias deste serviço, as oito, foram brindados com uma classificação máxima. Foi-me confessado que o segredo para tão boa avaliação de serviço, reside no facto de não se fazerem grandes exigências de meios, e de se contentarem com o dinheiro para os salários e para as despesas de funcionamento, que já começam a não estar garantidas até ao final do ano.

A valorização do mérito, que tantos defenderam, passam muitas vezes por isto que aqui vos deixo, que me deixa triste por não passar de cobardia e de falta de sentido de ética e de profissionalismo.

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Foto - Rosa

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Humor - Escolhas