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terça-feira, fevereiro 02, 2021

quarta-feira, agosto 01, 2018

BRINCAR COM AS ESTATÍSTICAS


Tive a oportunidade de ler um artigo no ECCO economia online com o título sugestivo, “Poucos e mal pagos. Funcionários públicos portugueses ganham menos 46 euros por dia que os colegas europeus”.


Podia ficar por aqui, dizendo que não me admirava nada, que é sabido que não temos funcionários públicos a mais, e que é um facto que ganham menos que a maioria dos colegas europeus, mas verifiquei que existem umas subtilezas no texto, que não podem passar em branco.


Embora os dados dos salários fossem de 2014 (para Portugal e para os outros países, diga-se), os articulistas acrescentam que o salário médio mensal dos portugueses (em 2014) era de 1.396 euros brutos, que comparava com os 2.789 euros dos praticados na Zona Euro, mas que segundo os dados actuais em Portugal os funcionários públicos ganhavam (média mensal) em 2017, 1.465,7 euros e com os suplementos pagos regularmente eram 1.705,8 euros brutos.


Ora bem, depreende-se que de 2014 para 2017 houve um ganho médio mensal de 5,5% e que os tais suplementos pagos regularmente são em média de 240 euros.


Vamos ser sérios, porque nem os cortes salariais justificam estes aumentos, nem os suplementos (que não são recebidos pela maioria dos funcionários) podem atingir uma média de 240 euros mensais. 

Quanto aos salários dos funcionários públicos (mostrados no vídeo) vejam com atenção, e percebem logo que a maioria das profissões nem sequer existem na função pública.



quinta-feira, maio 10, 2018

A REALIDADE DOS SALÁRIOS


São difundidas notícias baseadas em dados estatísticos fornecidos pelo INE, que nos levam a pensar que os portugueses cada vez mais recebem salários altos, e quando falamos uns com os outros constatamos que essa não é a realidade.

A realidade que conhecemos é a do aumento dos contratos precários, o alto índice de desemprego jovem, e o ainda alto desemprego (comparando com os parceiros europeus).

Claro que ao Governo interessa mais salientar outros dados, porventura pouco significativos, como dizer que o grupo dos que ganham mais de 3.000 euros mensais líquidos, disparou 30% num trimestre, ou que o escalão dos que ganham entre 1.800 e 2.500 euros mensais aumentou 18,4%.

Claro que a média salarial está (segundo o INE) em 876 euros mensais, o que é muitíssimo discutível, porque os salários mínimos, ou muito próximos disso, continuam a ser uma constante, infelizmente. Outro dado conhecido, este dado pela Eurofound, diz que 23% dos portugueses recebe o salário mínimo nacional.

A realidade nem sempre confirma as estatísticas, e todos podemos ver que quase não não há sector nenhum que não esteja a exigir aumentos salariais ou melhores condições de trabalho, com a resposta habitual por parte do Governo, e do patronato, de que não é possível satisfazer essas exigências. 



segunda-feira, junho 01, 2015

INSATISFAÇÃO

Não sou um grande admirador de estatísticas, especialmente quando estas se baseiam ou dependem de dados oficiais. A percepção pessoal é sempre mais real, até porque eu vivo no mundo real e não na fantasia dos gabinetes.

De vez em quando aparecem umas quantas estatísticas europeias, que não são encomendadas pelo governo ou por grupos de interesses, que lá deixam escapar uns quantos dados que embaraçam o governo, mas a que se dá muito pouca atenção, tanto na imprensa como no debate político.

Sobre o grau de satisfação dos portugueses, a realidade é ainda mais negra do que dizem estas estatísticas, principalmente com a situação financeira, com o desemprego e até com o trabalho, mas mesmo assim o poder parece estar alheado disso.


Vamos esperar que os portugueses saibam exprimir a sua insatisfação nas urnas, penalizando os partidos que nos têm desgovernado nas últimas décadas…


quinta-feira, janeiro 01, 2015

ESTATÍSTICAS ERRADAS



Existem números que são referidos pelas autoridades nacionais e internacionais que são perfeitamente enganosos, e curiosamente são sobre esses números que essas mesmas instituições constroem a sua teoria da “austeridade virtuosa”.


Um dos “méritos” mais referidos pelo governo é a taxa de risco de pobreza em Portugal que, dizem, até desceu. Acredita quem quer nos arautos das “verdades oficiais”.


“Descascando” o modo como é calculado o risco de pobreza dum país, que é considerado apenas quando se ganha menos de 70% do rendimento médio do país, qualquer leigo se pergunta porque é que não se entra em conta com o custo de vida e com o rendimento médio do país, comparativamente aos seus parceiros, neste caso europeus.


Só por curiosidade deixo alguns números elucidativos da falta de rigor deste cálculo, como por exemplo o facto de Portugal ter em 2013 um PIB per capita de 15,8 mil euros, a Espanha de 25,7 mil euros e o Luxemburgo de 83,4 mil euros. É curioso também saber que o custo de vida em Portugal e em Espanha ser quase idêntico, ainda que ligeiramente superior por cá, e o risco de pobreza em Espanha atinge 28,2% e em Portugal temos só 25,3% de pessoas em risco de pobreza.


«Cada vez gosto mais» das “cabecinhas pensadoras” desta Europa dos ricos que nos subjuga.  


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sexta-feira, abril 13, 2012

O LOGRO DOS NÚMEROS

Não sou muito crédulo em relação às estatísticas, e são muitas as vezes que considero mesmo que os números fornecidos não batem certo com o que eu sinto na carteira, e no que eu observo ao meu redor.

Quando li hoje que a inflação homóloga baixou 0,5% relativamente à de Fevereiro fico deveras desconfiado. Prestei atenção às variações positivas e não vi onde estava a do preço dos combustíveis e do gás, e fiquei espantado pelas variações negativas do calçado e do vestuário, considerando que os saldos já tinham terminado.

Claro que as variações reais de Fevereiro para Março são de 1,2%, e isso é o que nós sentimos realmente no bolso, atendendo ao facto de que auferimos salários cada vez mais baixos.

Também a propósito de números ficámos todos a saber que os portugueses são os que mais gastam em comida, só ultrapassados pelos espanhóis. Isto não é novidade, e talvez nem estejamos em 2º lugar como dizem, mas sim em primeiro.

O que realmente quer dizer o facto de sermos os que mais gastamos em alimentação, é que relativamente aos rendimentos somos os que despendemos a maior percentagem em comida, exactamente por ter-mos salários muito baixos. Não sei se alguém informou a ministra Assunção Cristas, porque parece que ela não sabe e até pretende aumentar a nossa factura alimentar com mais uma taxa.


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Humor - Jantar de crise
Zygmunt Zaradkiewicz
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Pintura - Pobreza

terça-feira, março 30, 2010

DEVEDOR, EU?

Acredito que as estatísticas oficiais indiquem que cada português deve 18,3 mil euros ao estrangeiro, partindo do dado objectivo de que a nossa dívida líquida atinge a “módica” quantia de 182,7 mil milhões de euros. A conclusão é puramente aritmética e simplista.

Acompanhando as notícias que davam conta da dívida externa do país, vinham explicações fáceis e apressadas, em que a culpa estava muito do lado dos cidadãos que teriam abusado do crédito fácil e barato. O ónus pela situação de sufoco económico que se vive, é atirado para as costas do povo, ainda que seja evidente que o poder de decisão e de endividamento externo, está em determinadas instâncias bancárias e governamentais.

Eu acho que nem estatisticamente é lícita e honesta a conclusão de que cada um de nós deve esta quantia fabulosa ao estrangeiro. O país tem assimetrias de rendimento escandalosas, e isso permite-me dizer, utilizando o mesmo raciocínio, que até este momento já fui roubado em 18,3 mil euros, que estarão a “engordar” os bolsos dum qualquer crápula.

Chamem a polícia!

Notícia relacionada AQUI





quinta-feira, julho 16, 2009

DESCER À TERRA

Quarenta anos depois da partida do homem para a Lua, parece que alguns dos nossos políticos teimam em não descer à terra, tomando assim consciência da realidade, preferindo fantasiar em torno de números estatísticos, interpretando-os de acordo com as conveniências.

Ouvir José Sócrates dizer que “os números do INE vêm desmentir aqueles que diziam que as desigualdades aumentaram nesta legislatura”, no mesmo dia em que o governador do Banco de Portugal vem anunciar que a crise ainda está para durar e que o desemprego não vai parar de aumentar em 2009 nem em 2010.

No mundo da Lua até se podem usar termos como “embuste” para refutar afirmações de que a pobreza e as desigualdades aumentaram nos últimos dois anos, mas com os pés na Terra, e sem os delírios de quem prefere fantasiar a realidade por não ter medidas concretas para inverter a situação.



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Foto - Rosa Nacionalista
Lost In Colors by r3novatio

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Humor e Ecologia
Mohammad Ali Khalaji

Pol Leurs

sexta-feira, junho 12, 2009

INFLAÇÃO E ESTATÍSTICAS

Acredito piamente no trabalho que se desenvolve no Instituto Nacional de Estatística, mas tenho grandes dúvidas no que toca à informação que nos chega, nomeadamente nos números referentes ao desemprego e à inflação. Cientificamente não tenho elementos que corroborem as minhas reservas, mas há coisas que estão muito claras para mim.

Quando leio que o Índice de preços de Consumo desce 1,2 por cento em Maio, relativamente ao mesmo mês doa ano anterior, fico mais do que desconfiado. É tudo uma questão de memória e do modo como se interpretam os valores que nos são fornecidos.

Como estamos a falar dos preços ao consumidor, não é curial que se apresente o preço do petróleo como a principal causa para a queda da inflação. Podíamos falar do preço dos combustíveis e aí eu estaria de acordo, mas a diferença de preços verificados em Maio de 2008 e Maio de 2009, nada têm a ver com o diferencial da matéria prima que se situou nos 124,68 dólares/barril em 2008 e os 58,59 dólares/barril em Maio deste ano, e estou a ser benevolente porque até nem entro em conta com a relação euro/dólar, que ainda esbatia mais o resultado.

Segundo o INE também os transportes, os produtos alimentares e as bebidas não alcoólicas contribuíram para a queda do índice. Não sei bem se estamos a falar de transporte públicos ou particulares, mas não consegui encontrar diminuições nos custos. Quanto aos produtos alimentares e às tais bebidas, gostava de saber qual o supermercado ou supermercados que basearam os dados do estudo, porque eu contabilizo no geral aumentos, onde o INE encontra reduções, e eu queria aproveitar a dica para também poupar uns euros.



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Rosa Branca


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Humor dos Desertos

Linus plágio by Scott Stantis