terça-feira, fevereiro 02, 2021
quarta-feira, agosto 01, 2018
BRINCAR COM AS ESTATÍSTICAS
quinta-feira, maio 10, 2018
A REALIDADE DOS SALÁRIOS
segunda-feira, junho 01, 2015
INSATISFAÇÃO
quinta-feira, janeiro 01, 2015
ESTATÍSTICAS ERRADAS
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sexta-feira, abril 13, 2012
O LOGRO DOS NÚMEROS
Não sou muito crédulo em relação às estatísticas, e são muitas as vezes que considero mesmo que os números fornecidos não batem certo com o que eu sinto na carteira, e no que eu observo ao meu redor.
Quando li hoje que a inflação homóloga baixou 0,5% relativamente à de Fevereiro fico deveras desconfiado. Prestei atenção às variações positivas e não vi onde estava a do preço dos combustíveis e do gás, e fiquei espantado pelas variações negativas do calçado e do vestuário, considerando que os saldos já tinham terminado.
Claro que as variações reais de Fevereiro para Março são de 1,2%, e isso é o que nós sentimos realmente no bolso, atendendo ao facto de que auferimos salários cada vez mais baixos.
Também a propósito de números ficámos todos a saber que os portugueses são os que mais gastam em comida, só ultrapassados pelos espanhóis. Isto não é novidade, e talvez nem estejamos em 2º lugar como dizem, mas sim em primeiro.
O que realmente quer dizer o facto de sermos os que mais gastamos em alimentação, é que relativamente aos rendimentos somos os que despendemos a maior percentagem em comida, exactamente por ter-mos salários muito baixos. Não sei se alguém informou a ministra Assunção Cristas, porque parece que ela não sabe e até pretende aumentar a nossa factura alimentar com mais uma taxa.
terça-feira, março 30, 2010
DEVEDOR, EU?
Acredito que as estatísticas oficiais indiquem que cada português deve 18,3 mil euros ao estrangeiro, partindo do dado objectivo de que a nossa dívida líquida atinge a “módica” quantia de 182,7 mil milhões de euros. A conclusão é puramente aritmética e simplista.
Acompanhando as notícias que davam conta da dívida externa do país, vinham explicações fáceis e apressadas, em que a culpa estava muito do lado dos cidadãos que teriam abusado do crédito fácil e barato. O ónus pela situação de sufoco económico que se vive, é atirado para as costas do povo, ainda que seja evidente que o poder de decisão e de endividamento externo, está em determinadas instâncias bancárias e governamentais.
Eu acho que nem estatisticamente é lícita e honesta a conclusão de que cada um de nós deve esta quantia fabulosa ao estrangeiro. O país tem assimetrias de rendimento escandalosas, e isso permite-me dizer, utilizando o mesmo raciocínio, que até este momento já fui roubado em 18,3 mil euros, que estarão a “engordar” os bolsos dum qualquer crápula.
Chamem a polícia!
Notícia relacionada AQUI
quinta-feira, julho 16, 2009
DESCER À TERRA
Ouvir José Sócrates dizer que “os números do INE vêm desmentir aqueles que diziam que as desigualdades aumentaram nesta legislatura”, no mesmo dia em que o governador do Banco de Portugal vem anunciar que a crise ainda está para durar e que o desemprego não vai parar de aumentar em 2009 nem em 2010.
No mundo da Lua até se podem usar termos como “embuste” para refutar afirmações de que a pobreza e as desigualdades aumentaram nos últimos dois anos, mas com os pés na Terra, e sem os delírios de quem prefere fantasiar a realidade por não ter medidas concretas para inverter a situação.
sexta-feira, junho 12, 2009
INFLAÇÃO E ESTATÍSTICAS
Acredito piamente no trabalho que se desenvolve no Instituto Nacional de Estatística, mas tenho grandes dúvidas no que toca à informação que nos chega, nomeadamente nos números referentes ao desemprego e à inflação. Cientificamente não tenho elementos que corroborem as minhas reservas, mas há coisas que estão muito claras para mim.
Quando leio que o Índice de preços de Consumo desce 1,2 por cento em Maio, relativamente ao mesmo mês doa ano anterior, fico mais do que desconfiado. É tudo uma questão de memória e do modo como se interpretam os valores que nos são fornecidos.
Como estamos a falar dos preços ao consumidor, não é curial que se apresente o preço do petróleo como a principal causa para a queda da inflação. Podíamos falar do preço dos combustíveis e aí eu estaria de acordo, mas a diferença de preços verificados em Maio de 2008 e Maio de 2009, nada têm a ver com o diferencial da matéria prima que se situou nos 124,68 dólares/barril em 2008 e os 58,59 dólares/barril em Maio deste ano, e estou a ser benevolente porque até nem entro em conta com a relação euro/dólar, que ainda esbatia mais o resultado.
Segundo o INE também os transportes, os produtos alimentares e as bebidas não alcoólicas contribuíram para a queda do índice. Não sei bem se estamos a falar de transporte públicos ou particulares, mas não consegui encontrar diminuições nos custos. Quanto aos produtos alimentares e às tais bebidas, gostava de saber qual o supermercado ou supermercados que basearam os dados do estudo, porque eu contabilizo no geral aumentos, onde o INE encontra reduções, e eu queria aproveitar a dica para também poupar uns euros.