Arte e Estética

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O belo e a Arte

“Boa arte é aquela que dá prazer estético, respeita os limites do espectador, exige distância e, assim,
convida o olhar para uma comunhão acalentadora com a imagem, figurativa ou não.”

(Jair Barbosa, 2006)


Introdução à Estética

A palavra estética deriva do grego “aisthesis”,


significando faculdade de sentir ou compreensão pelos
sentidos, ou ainda percepção totalizante.
Neste sentido, a estética ocupa-se da
interpretação simbólica do mundo, simultaneamente é
uma ciência autônoma que tem por objeto o juízo de
apreciação que distingue o belo e o feio.
No entanto, a área é ainda mais ampla, pois
possui subdivisões, como a estética teórica, a qual procura
características comuns na percepção do objeto, o que o
torna, por exemplo, universalmente agradável.
A estética estuda também a arte, estabelecendo
uma critica a estrutura e construção do objeto, dentro do
âmbito da estética prática ou particular.
Pensando assim, podemos afirmar que a estética
discuti o gosto, um conceito ligado ao julgamento dos
objetos pela sensibilidade, conhecimento e
reconhecimento.
Concepções categorizadas pelo senso comum
como preferência, mas que depende de valores,
contextos, momentos históricos; estando subordinada
igualmente à política e ideologia.

O gosto, por sua vez, remete a questão da definição de belo, uma discussão filosófica que se
arrasta desde a antiguidade.
A noção de estética, formulada e desenvolvida nos séculos XVIII e XIX, pressupunha:
1. Que a arte é produto da sensibilidade, da imaginação e da inspiração do artista e que sua finalidade é a
contemplação;
2. Que a contemplação, do lado do artista, é a busca do belo (e não do útil, nem do agradável ou
prazeroso) e, do lado do público, é a avaliação ou o julgamento do valor de beleza atingido pela obra;
3. Que o belo é diferente do verdadeiro.
De fato, o verdadeiro é o que é conhecido pelo intelecto por meio de demonstrações e provas. O
belo, ao contrário, tem a peculiaridade de possuir um valor universal, embora a obra de arte seja
essencialmente particular, ou seja, não dá pra comparar com outra. Quando leio um poema, escuto uma
música ou observo um quadro, posso dizer que são belos ou que ali está a beleza, embora esteja diante
de algo único e incomparável.

O Belo e o Feio
“Gosto não se discute!” Esta é uma frase muito comum em relação às obras de arte, às músicas,
peças de teatro, quadros e outras tantas formas de expressão e admiração, ou não, do belo.
Quando visitamos uma exposição de arte, muitas vezes, ficamos impressionados com as cores e
formas utilizados para expressar ideias ou sentimentos. Muitas vezes nem conseguimos compreender
nosso próprio gosto. Não sabemos explicar porque gostamos ou não de algo. E, ainda, aquilo que
gostamos pode não ser admirado por outrem.
O tema “feio e belo” é bastante discutido desde a Grécia antiga. Podemos elencar padrões
universais de beleza? O que é belo hoje será, também, amanhã? O que é feio para um será, também,
para o outro? Como determinar e classificar o belo e o feio? Assim, tal tema pode ser abordado nas aulas
de filosofia, desde a pré-escola.

A questão do gosto
A subjetividade em relação ao objeto estético precisa estar mais interessada em conhecer,
entregando-se às particularidades de cada objeto, do que em preferir. Nesse sentido, ter gosto é ter
capacidade de julgamento sem preconceitos.
É a própria presença da arte que forma o gosto: torna-nos disponíveis, reprime as
particularidades da subjetividade, converte o particular em universal. A obra de arte nos convida a um
olhar puro, livre abertura para o objeto, e o conteúdo particular a se pôr a serviço da compreensão em
lugar de ofuscá-la fazendo prevalecer as suas inclinações.
A medida que o sujeito exerce a aptidão de se abrir, desenvolve a aptidão de compreender, de
penetrar no mundo aberto pela obra. Gosto é a comunicação com a obra para além de todo saber e de
toda a técnica. O poder de fazer justiça ao objeto estético é a via da universalidade do julgamento do
gosto.

Referências
ADORNO, T. Teoria estética. Lisboa: Martins Fontes, 1970.
BAYER, R. História da estética. Lisboa: Estampa, 1978.
PAREYSON, L. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

Atividades de fixação
1 - Quais são os significados da palavra estética no uso comum, na arte?

2 - Por que a estética está ligada à arte?

3 - O conceito de gosto não deve ser encarado como uma preferência arbitrária e impetuosa da nossa
subjetividade. A subjetividade e relação ao sujeito estético precisa estar mais interessada em conhecer do
que em preferir. Tendo como base esta afirmação responda: Afinal, o que é ter gosto?

4 - Estudando sobre estética falamos sobre o feio. Marque a opção que nos conceitua o feio.
(A) Não existe o feio na arte, pois o feio é a obra mal feita, ou seja, que não correspondeu plenamente a
sua proposta e sendo assim não é arte.
(B) O feio existe sim na arte, pois ao olhar para algumas eu não gosto do que vejo.
(C) Existem muitas obras de arte feias.
(D) Todas as alternativas correspondem ao conceito de feio na estética.

5 - Complete as lacunas:
___________________ é individual, válido para cada sujeito; baseado em valores, preferências, limites e
possibilidades individuais.____________________o que tem validade para todos os indivíduos, não
somente para este ou aquele; diz-se do conhecimento que é fundado sobre a observação do objeto.
(A) belo, feio (B) estética, arte
(C) subjetivo, objetivo (D) beleza, atitude

6 - Marque a opção que nos mostra conhecimento de gosto e subjetividade.


(A) O conceito de gosto não deve ser encarado como uma preferência arbitrária e imperiosa da nossa
subjetividade;
(B) Ter gosto é ter a capacidade de julgamento sem preconceito;
(C) É a própria presença da obra de arte que forma o gosto;
(D) Todas as opções acima citadas corresponde ao conceito de gosto e subjetividade.

7 - Experiência estética, ou a experiência do belo, é gratuita, é desinteressada, ou seja, não visa a um


interesse prático imediato. Identifique as opções que ressalta a experiência estética.
(A) Não pode ser julgada em termos de utilidade para determinado fim;
(B) Não visa ao conhecimento lógico, medido em termos de verdade;
(C) Não tem como alvo a ação imediata;
(D) As opções A,B,C correspondem a experiência estética.
8 - Complete as lacunas:
A experiência estética é a experiência da presença tanto do ______________ estético como do sujeito
que o percebe. Nenhum argumento racional ou conjunto de regras poderá nos convencer de que um
objeto é belo se não pudermos percebê-lo por nós ____________, se não estivermos frente a frente com
______________.
(A) Objeto, mesmos, ele. (B) Mesmos, Objeto, ele.
(C) Mesmos, ele ,Objeto,. (D) Ele,Mesmos,Objeto.

9 - O belo, ou o que é o belo é uma questão muito discutida entre os filósofos desde a antiguidade até os
dias de hoje, sem, no entanto chegarem a um veredicto final. No entanto todos concordam numa coisa:
(A) o belo é uma qualidade que atribuímos a alguma coisa
(B) é a descoberta da essência de um objeto
(C) é a descoberta do objeto em si (D) o belo é igual para todos
(E) todas as alternativas estão incorretas

10 - Dizemos que o belo é um atributo da arte, no entanto sabemos que não é o único. É também objeto
de estudo da arte:
(A) a sabedoria e a realidade (B) o Feio e o trágico
(C) a admiração e grandeza (D) a experiência e a técnica
(E) todas as alternativas estão incorretas

11 - Cada pessoa é criada segundo padrões de sua família e local onde vive, sendo moldado pelos
costumes, regras e cultura. Sendo assim cada qual gera uma série de expectativas e gostos diferentes, o
que confere ao país uma diversidade incrível de pessoas e culturas. Assinale a alternativa correta sobre o
gosto:
(A) o gosto é igual para todos;
(B) apesar de diferentes por estarmos num mesmo país geramos gostos muito parecidos;
(C) é a capacidade de julgamento de cada um;
(D) nenhuma das alternativas; (E) todas as alternativas estão corretas.

12 – Leia o texto abaixo, logo após faça o que se pede.


CONCEITO DE BELEZA
(Roberto C. P. Junior)

Em nossa época é consenso quase


unânime que para um fenômeno poder ser
plenamente compreendido é preciso antes
dissecá-lo com o raciocínio. De outra forma
não se concebe o conhecimento. Só quando
classificado até as minúcias pela fraseologia
acadêmica é que algo adquire credibilidade e
se torna de pleno valor, e com isso também
digno de reconhecimento.
Estamos tão acostumados com esse
“método de avaliação”, tão convencidos de
sua eficácia, que nem nos damos conta de
quão restrito ele é, ou melhor, do quanto nos
restringimos ao nos submeter a ele voluntária
e incondicionalmente. Não percebemos, de
maneira alguma, quão limitada é a capacidade
analítica do cérebro, absolutamente incapaz –
devido à sua própria constituição material – de
compreender fenômenos cuja origem se
acham acima do espaço e do tempo terrenos. Não percebemos essa limitação exatamente porque
fazemos uso do raciocínio para tudo, e este é nosso maior erro.
Assim, de fenômenos gigantescos só conseguimos perceber míseros fragmentos, formando
imagens desfocadas que nem de longe apresentam qualquer semelhança com a realidade. Culpa de nós
mesmos, que elevamos o córtex cerebral a ícone máximo da evolução humana, em detrimento do
espírito. Culpa nossa, que somos todos ouvidos às artimanhas do intelecto e completamente surdos à voz
da intuição.
Tome-se, por exemplo, o conceito existente atualmente a respeito da beleza. À menção desta
palavra surgem nos íntimos mais evoluídos imagens de belas paisagens e sons da natureza, enquanto
que em outros formam-se apenas rostos de top-models e de artistas de cinema. Mais adiante não se vai,
só para trás e para baixo, pois a maioria considera como beleza até mesmo o despudor e a lascívia. Com
poucas variações, o conceito de beleza hoje reduz-se a essas concepções.
Claro que podemos chamar a natureza de bela. Bela ela sempre será, pois sua formação não está
sujeita à influência humana. A natureza, aliás, só se degrada de algum modo quando o ser humano sobre
ela põe a mão, provocando desequilíbrios em múltiplas formas. Contudo, a beleza da natureza a nós
visível é apenas uma parte diminuta da indescritível beleza reinante na obra da Criação, da qual a matéria
constitui apenas o último e mais denso plano.
Quanto à beleza física, é de causar espanto a importância desmesurada que ela desfruta, tão
efêmera é. Algumas poucas décadas já são suficientes para que se desvaneça em meio a rugas, dobras
flácidas, pigmentos senis e cabelos brancos. Que angústia então, absolutamente desnecessária e
desproposital, não traz o processo natural de envelhecimento a tantas pessoas inconformadas com isso.
Uma gente atormentada por si mesma, que por meio de cremes, poções e plásticas luta ferozmente para
trazer de volta uma juventude que há muito se esvaiu. Quadro triste esse.
Beleza real não é isso. Beleza não se restringe a isso. Beleza é algo muito, muito maior. Ela é o
efeito natural e inevitável de todo e qualquer fenômeno que se processa em conformidade com as leis da
Criação. Tudo o que age e se molda de acordo com essas leis será belo. Sempre. É impossível não sê-lo.
Mesmo aqui na Terra podemos então constatar isso, ainda que em escala reduzida, observando a beleza
sempre renovada da natureza. Como ela, a natureza, se desenvolve incondicionalmente segundo essas
leis, não estando sujeita à vontade humana, tem necessariamente de ser bela. Alguém, por acaso, já viu
alguma flor feia?...
Podemos então afirmar, sem medo de errar, que a causa de tudo quanto não é belo decorre
exclusivamente de uma atuação contrária às leis da Criação, ou leis naturais. Sofrimento, dor, miséria,
fome, doenças não são obras do acaso, não são golpes do destino nem castigos divinos, mas apenas
efeitos automáticos da vontade humana errada. Jamais esteve previsto que coisas desse teor pudessem
existir aqui na Terra. Foi a própria humanidade que insistiu em criar para si coisas assim tão feias, ao
atuar teimosamente durante milênios e milênios em sentido diametralmente oposto ao indicado por essas
leis férreas. Ao invés de direcionar seu livre-arbítrio para incrementar ainda mais a beleza circunjacente,
como era de se esperar dela, a humanidade como um todo fez o inverso disso. E agora se surpreende ao
se ver obrigada a viver em meio ao horror de suas obras falsas.
Quem quiser viver rodeado de beleza tem de construí-la para si. E isso não é difícil. Basta que a
respectiva pessoa se esforce em viver de acordo com essas poucas e simples leis naturais, procurando
direcionar seus pensamentos, palavras e ações sempre no sentido construtivo, no sentido do bem. Se
perseverar nisso sua vida tornar-se-á novamente bela, e também ela própria, como resultado da atuação
dessas mesmas leis.
Os que pautam suas vidas dessa forma são sempre bonitos. São aquelas pessoas (poucas) que
parecem clarear o ambiente só com a sua presença, e que atraem magneticamente outras também
possuidoras de qualidades boas. Homens que inspiram confiança e mulheres que irradiam graça. Seres
humanos belos no mais verdadeiro sentido da palavra, pouco importando se jovens ou velhos.
Mas estes, infelizmente, são a exceção, e cada vez mais rara. A maior parte da humanidade é
constituída de almas feias, muitas horríveis mesmo, deformadas pelo egoísmo, pela mentira, pela inveja e
pelo ódio. Seres que em maior ou menor grau conspurcam o ambiente e talham o ar ao seu redor.
Criaturas horripilantes, também no mais verdadeiro sentido, mesmo se seus reflexos no espelho possam
ser agradáveis aos olhos.
No futuro, quando o conceito de beleza tiver sido endireitado à força, assim como tudo o mais que
essa humanidade torceu em sua cegueira espiritual, a Terra voltará a ser habitada unicamente por seres
humanos belos, na mais completa acepção deste termo. A vida inteira voltará a ser bela, será tão
maravilhosa e linda como já fora no início. E como deveria ter permanecido.

Experimente elaborar a sua própria produção. Trabalhe com colagens para realizar uma discussão acerca
do conceito de beleza feminina na atualidade.
Procedimentos:
 Procure, em revistas, “musas” do seu tempo, por exemplo, cantoras, atrizes, modelos, etc., e
traga várias dessas imagens para a sala de aula;
 Em seguida, recorte as partes do corpo dessas imagens, separando cabeças, pernas, braços e
troncos;
 Experimente combinações diferentes com esses recortes e monte a sua “musa”;
 Um aspecto importante é definir se quer apenas retratar um padrão ou uma expectativa de
beleza do seu tempo ou se prefere uma postura mais crítica, irônica.

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