Books by Glauco Madeira de Toledo
Há cinco anos, iniciamos os Seminários Histórias de Roteiristas cientes
dos desafios com que iría... more Há cinco anos, iniciamos os Seminários Histórias de Roteiristas cientes
dos desafios com que iríamos nos deparar. Evento inédito no âmbito
acadêmico, de pequeno porte, não prometia projeções equivalentes a
outros eventos que reunem pesquisadores em comunicação, cinema e
afins. No entanto, não nos surpreendeu a quantidade de inscritos, quer
para compartilhar os resultados de suas investigações, quer para assistirem às palestras, workshops Vivencias e Experiências, fazerem minicursos, trocarem ideias e vivenciarem um lugar centrado no tema que raramente é destaque em congressos ou assemelhados, justamente por este último motivo. Desta forma, os Seminários vêm cumprindo ao que se propôs, se tornaram um ponto que, anualmente, procura abrigar as pesquisas dissipadas, dispersas nas universidades e/ou particulares, individuais ou em grupos a respeito do roteiro e abrigar interessados e profissionais que contribuíssem com este quadro. Nos últimos cinco anos, vimos assistindo o crescente interesse em roteirização e felizmente o impulso de outras iniciativas com a promoção de encontros sobre roteiro. Antes mesmo de darmos o pontapé inicial aos Seminários, em 2007 foi feito o 1ºEncontro de Roteiristas, realizado na Caixa Cultural Rio. Já, em 2009, ano do batismo do Seminário Histórias de Roteiristas, que gestei por alguns anos, ocorreu o 2º Encontro de Roteiristas, também na Caixa Cultural do Rio. O primeiro vesou sobre a representação da realidade brasileira e o segundo, sobre a cinematografia sulamericana. Com programações distribuídas em quatro e cinco dias, tiveram o intuito de promover discussões entre grupos de profissionais renomados, roteiristas e diretores, através de palestras, seminários e mostras de filmes. Posteriormente, foram promovidos outros por outras entidades SENAC, Globosat, na Mostra de Cinema de São Paulo, na Bahia, etc. Esses grandes eventos têm como foco os profissionais e o mercado diretamente. A experiência dos cinco anos dos Seminários “Historias de Roteiristas” promoveu seu reconhecimento em sua proposta que converge o acadêmico (ensino, pesquisa e extensão) e o profissional (presença de roteiristas).
Há participantes que o acompanham desde sua primeira edição,
ou seja, vêm vivenciando essas histórias desde então e contribuindo
expressivamente com a área. Outra peculiaridade dos Seminários é a
mesclagem, no mesmo foro, de pesquisas de doutores, mestres, pósgraduandos, graduados e graduandos. Desta maneira, mais do que as exigências da academia universitária, promovemos a comunhão das experiências dos veteranos (doutores e profissionais reconhecidos) com o ímpeto da curiosidade dos que iniciam (alunos e interessados). Esta comunhão tem sido responsável pela gestão de novos conhecimentos no percurso do saber pensar e do saber fazer.
“Interfaces com o Mercado” é o eixo que permeia as etapas da produção
audiovisual e que, particular e tradicionalmente, no Brasil não costuma
ter constância, nem volume. No entanto, desde o início dos anos
2000 temos testemunhado um reavivar contínuo das oportunidades na
arte, técnica e mercado em audiovisual. A revalorização do roteiro seguiu esta trajetória, de alguma forma. Atualmente, vemos artigos e matérias jornalisticas anunciando a melhora e o aquecimento do mercado. No Blog do Empreendedor do SEBRAE, este foi o tema da edição de 26
de fevereiro de 2014. Segundo o blog foram iniciativas governametais,
interesse das distribuidoras e das redes de televisão que impulcionaram
estas mudanças, mas apontam a necessidade de maior profissioalismo.
“Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça é um conceito que não
sobrevive mais no atual mercado. É preciso estar atualizado e com um
alto nível profissional: do planejamento à finalização”. Nas sessão “Publicações
>> Notícias” da Associação Brasileira de Recursos Humanos
de 2015, o tema foi “Mercado audiovisual: Cresce a demanda por novos
roteiristas”: “Como nunca, procuram-se boas ideias e roteiristas capazes
de capturar a atenção dos 52 milhões de espectadores da TV por
assinatura no Brasil. O zum-zum-zum em torno do profissional de roteiro
ficou ainda mais alto nos últimos meses, porque as empresas do setor
se veem às vésperas da entrada em pleno vigor da chamada lei da TV
paga (...) A lei provocou muito mais do que aquecer o mercado de audiovisual.
Por um lado, elevou a profissão de roteirista a um dos ofícios
com maior potencial de valorização no país”.
Esta é a quinta publicação resultante desses anos de trabalho. O que
significa nosso compromisso em disponibilizar para a sociedade a produção
destes eventos, na forma de livro.
Este livro é dividido em tres sessões, Artigos Completos, Artigos Livres
e Rodadas de Projetos. A primeira sessão é dividida em capítulos, organizados
pelos próprios coordenadores e mediadores das apresentações
de trabalhos. Os artigos publicados foram enviados por cada autor, que
assume inteira responsabilidade pelo seu conteúdo. A segunda sessão
contem os artigos livres que foram debatidos entre os autores. A terceira sessão traz as propostas, ideias e resumos de projetos audiovisuais submetidos e aceitos para a Rodada de Projetos, onde os trabalhos são discutidos entre o autor, docentes e roteiristas profissionais.
É, portanto, aos colaboradores que assinam seus artigos que conferimos a homenagem e o agradecimento desses cinco anos de historias que só aconteceram nos Seminários “Histórias de Roteiristas”.
Os autores são plenamente responsáveis pelos seus textos e opiniões,
direito de imagens e citações e não refletem, necessariamente, com as
ideias das coordenadoras desta publicação, nem de nenhum membro
das comissões e equipes de trabalho.
Este livro reúne os trabalhos apresentados no seminário temático TV: formas audiovisuais de ficçã... more Este livro reúne os trabalhos apresentados no seminário temático TV: formas audiovisuais de ficção e de documentário do XVIII Encontro da Socine realizado na UNIFOR em 2014. Está organizado em três seções: Teorizando a televisão, Interferências: televisão e web e Ficção: novelas, séries e minisséries, buscando refletir sobre os sentidos da produção televisiva e observando as narrativas, as linguagens, as questões históricas, sociais, culturais e estéticas, com olhar voltado para os textos, as intertextualidades, os agentes e os processos de produção.
Papers by Glauco Madeira de Toledo
Este livro reúne os trabalhos apresentados no seminário temático TV: formas audiovisuais de ficçã... more Este livro reúne os trabalhos apresentados no seminário temático TV: formas audiovisuais de ficção e de documentário do XVIII Encontro da Socine realizado na UNIFOR em 2014. Está organizado em três seções: Teorizando a televisão, Interferências: televisão e web e Ficção: novelas, séries e minisséries, buscando refletir sobre os sentidos da produção televisiva e observando as narrativas, as linguagens, as questões históricas, sociais, culturais e estéticas, com olhar voltado para os textos, as intertextualidades, os agentes e os processos de produção.
Universidade Federal de São Carlos, Jun 28, 2012
Revista GEMInIS, 2016
Breaking Bad: A Química do Mal (Breaking Bad, AMC, 2008-2013),apresenta um exemplo de uso de um a... more Breaking Bad: A Química do Mal (Breaking Bad, AMC, 2008-2013),apresenta um exemplo de uso de um artefato diegético (SMITH, 2009) decunho próximo do ativismo social através de um recurso espalhável (JENKINS,2009; JENKINS, FORD, GREEN, 2013) e perfurável (MITTEL, 2009) em suasérie. Algo similar ao merchandising social, expediente comum nas telenovelasnacionais, mas com um direcionamento específico à ação.
... Rio de Janeiro: Graal, 1983, p. 112. 9 TARKOVSKY, Andrei. Esculpir o tempo. ... 10 BAZIN, And... more ... Rio de Janeiro: Graal, 1983, p. 112. 9 TARKOVSKY, Andrei. Esculpir o tempo. ... 10 BAZIN, André. O cinema: ensaios. São Paulo: Brasiliense, 1991, ps.54-65. 11 Id., ibid., p. 62. ... Em A Fantástica Fábrica de Chocolate (EUA, 1971), em um trecho transicional inter-...
Gray (2003) cunhou o termo anti-fa e Theodoropoulou (2007) aprofundou seus estudos sobre esseconc... more Gray (2003) cunhou o termo anti-fa e Theodoropoulou (2007) aprofundou seus estudos sobre esseconceito; haters e trolls sao espectadores que falam mal dos produtos mas nao sao anti-fas, como diriaGray. Para criar e entender satiras sobre ficcao e preciso conhece-la. A Globo, dona dos produtossatirizados, notou a existencia do nicho, atingido por outras empresas, produzindo esse conteudo noportal Gshow, indicio de que esses grupos sao interessantes comercialmente para os produtores deconteudo.
A legislacao brasileira que regulamenta as emissoras de televisao nao contempla os servicos de In... more A legislacao brasileira que regulamenta as emissoras de televisao nao contempla os servicos de Internet Protocol Television (IPTV) e Over The Top (OTT), em parte por entender a televisao a partir da forma de transmissao, e nao pelo conteudo. Isso deixa margem para que novos negocios envolvendo essas tecnologias funcionem sem regulamentacao, demonstrando que a legislacao atual desconsidera o contexto da convergencia midiatica.
Breaking Bad (AMC, 2008-2013), presents an example of using a diegetic artifact (SMITH, 2009) clo... more Breaking Bad (AMC, 2008-2013), presents an example of using a diegetic artifact (SMITH, 2009) close to social activism through a spreadable resource (JENKINS, 2009; JENKINS, FORD , GREEN, 2013) and puncturable (MITTEL, 2009) in their series. Something similar to social merchandising, common expedient in national telenovelas, but with a specific direction to action.
Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atrib... more Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
Este texto pretende mostrar que o seriado Lost comeca com um storyline que envolve uma alegoria d... more Este texto pretende mostrar que o seriado Lost comeca com um storyline que envolve uma alegoria das reacoes das pessoas aos atentados de 11 de setembro de 2001, nos EUA, por meio das reacoes dos personagens aos resultados do acidente na ilha. Para este trabalho, foram estudados os quatro primeiros episodios da primeira temporada da serie, incluindo o episodio piloto como dois episodios distintos, seguidos por Tabula Rasa e Walkabout.
Lumina
É traçado, em um contexto de produtos de entretenimento transmidiáticos e de redes sociais, um pa... more É traçado, em um contexto de produtos de entretenimento transmidiáticos e de redes sociais, um paralelo entre o leitor-detetive de Van Dine e Todorov e o espectador com características de fã forense, perante uma obra com alto grau da perfurabilidade proposta por Mittell, como é o caso de Game of Thrones, série adaptada dos livros Crônicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin.
Revista Geminis, Nov 8, 2013
A legislação brasileira que regulamenta as emissoras de televisão não contempla os serviços de In... more A legislação brasileira que regulamenta as emissoras de televisão não contempla os serviços de Internet Protocol Television (IPTV) e Over The Top (OTT), em parte por entender a televisão a partir da forma de transmissão, e não pelo conteúdo. Isso deixa margem para que novos negócios envolvendo essas tecnologias funcionem sem regulamentação, demonstrando que a legislação atual desconsidera o contexto da convergência midiática.
Revista Geminis, Oct 12, 2014
Gray (2003) cunhou o termo anti-fã e Theodoropoulou (2007) aprofundou seus estudos sobre esseconc... more Gray (2003) cunhou o termo anti-fã e Theodoropoulou (2007) aprofundou seus estudos sobre esseconceito; haters e trolls são espectadores que falam mal dos produtos mas não são anti-fãs, como diriaGray. Para criar e entender sátiras sobre ficção é preciso conhecê-la. A Globo, dona dos produtossatirizados, notou a existência do nicho, atingido por outras empresas, produzindo esse conteúdo noportal Gshow, indício de que esses grupos são interessantes comercialmente para os produtores deconteúdo.
Revista GEMInIS, 2010
Este texto pretende mostrar que o seriado Lost começa com um storyline que envolve uma alegoria d... more Este texto pretende mostrar que o seriado Lost começa com um storyline que envolve uma alegoria das reações das pessoas aos atentados de 11 de setembro de 2001, nos EUA, por meio das reações dos personagens aos resultados do acidente na ilha. Para este trabalho, foram estudados os quatro primeiros episódios da primeira temporada da série, incluindo o episódio piloto como dois episódios distintos, seguidos por Tabula Rasa e Walkabout.
Revista GEMInIS, 2016
Breaking Bad: A Química do Mal (Breaking Bad, AMC, 2008-2013),apresenta um exemplo de uso de um a... more Breaking Bad: A Química do Mal (Breaking Bad, AMC, 2008-2013),apresenta um exemplo de uso de um artefato diegético (SMITH, 2009) decunho próximo do ativismo social através de um recurso espalhável (JENKINS,2009; JENKINS, FORD, GREEN, 2013) e perfurável (MITTEL, 2009) em suasérie. Algo similar ao merchandising social, expediente comum nas telenovelasnacionais, mas com um direcionamento específico à ação.
Revista GEMInIS, 2014
Gray (2003) cunhou o termo anti-fã e Theodoropoulou (2007) aprofundou seus estudos sobre esseconc... more Gray (2003) cunhou o termo anti-fã e Theodoropoulou (2007) aprofundou seus estudos sobre esseconceito; haters e trolls são espectadores que falam mal dos produtos mas não são anti-fãs, como diriaGray. Para criar e entender sátiras sobre ficção é preciso conhecê-la. A Globo, dona dos produtossatirizados, notou a existência do nicho, atingido por outras empresas, produzindo esse conteúdo noportal Gshow, indício de que esses grupos são interessantes comercialmente para os produtores deconteúdo.
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Books by Glauco Madeira de Toledo
dos desafios com que iríamos nos deparar. Evento inédito no âmbito
acadêmico, de pequeno porte, não prometia projeções equivalentes a
outros eventos que reunem pesquisadores em comunicação, cinema e
afins. No entanto, não nos surpreendeu a quantidade de inscritos, quer
para compartilhar os resultados de suas investigações, quer para assistirem às palestras, workshops Vivencias e Experiências, fazerem minicursos, trocarem ideias e vivenciarem um lugar centrado no tema que raramente é destaque em congressos ou assemelhados, justamente por este último motivo. Desta forma, os Seminários vêm cumprindo ao que se propôs, se tornaram um ponto que, anualmente, procura abrigar as pesquisas dissipadas, dispersas nas universidades e/ou particulares, individuais ou em grupos a respeito do roteiro e abrigar interessados e profissionais que contribuíssem com este quadro. Nos últimos cinco anos, vimos assistindo o crescente interesse em roteirização e felizmente o impulso de outras iniciativas com a promoção de encontros sobre roteiro. Antes mesmo de darmos o pontapé inicial aos Seminários, em 2007 foi feito o 1ºEncontro de Roteiristas, realizado na Caixa Cultural Rio. Já, em 2009, ano do batismo do Seminário Histórias de Roteiristas, que gestei por alguns anos, ocorreu o 2º Encontro de Roteiristas, também na Caixa Cultural do Rio. O primeiro vesou sobre a representação da realidade brasileira e o segundo, sobre a cinematografia sulamericana. Com programações distribuídas em quatro e cinco dias, tiveram o intuito de promover discussões entre grupos de profissionais renomados, roteiristas e diretores, através de palestras, seminários e mostras de filmes. Posteriormente, foram promovidos outros por outras entidades SENAC, Globosat, na Mostra de Cinema de São Paulo, na Bahia, etc. Esses grandes eventos têm como foco os profissionais e o mercado diretamente. A experiência dos cinco anos dos Seminários “Historias de Roteiristas” promoveu seu reconhecimento em sua proposta que converge o acadêmico (ensino, pesquisa e extensão) e o profissional (presença de roteiristas).
Há participantes que o acompanham desde sua primeira edição,
ou seja, vêm vivenciando essas histórias desde então e contribuindo
expressivamente com a área. Outra peculiaridade dos Seminários é a
mesclagem, no mesmo foro, de pesquisas de doutores, mestres, pósgraduandos, graduados e graduandos. Desta maneira, mais do que as exigências da academia universitária, promovemos a comunhão das experiências dos veteranos (doutores e profissionais reconhecidos) com o ímpeto da curiosidade dos que iniciam (alunos e interessados). Esta comunhão tem sido responsável pela gestão de novos conhecimentos no percurso do saber pensar e do saber fazer.
“Interfaces com o Mercado” é o eixo que permeia as etapas da produção
audiovisual e que, particular e tradicionalmente, no Brasil não costuma
ter constância, nem volume. No entanto, desde o início dos anos
2000 temos testemunhado um reavivar contínuo das oportunidades na
arte, técnica e mercado em audiovisual. A revalorização do roteiro seguiu esta trajetória, de alguma forma. Atualmente, vemos artigos e matérias jornalisticas anunciando a melhora e o aquecimento do mercado. No Blog do Empreendedor do SEBRAE, este foi o tema da edição de 26
de fevereiro de 2014. Segundo o blog foram iniciativas governametais,
interesse das distribuidoras e das redes de televisão que impulcionaram
estas mudanças, mas apontam a necessidade de maior profissioalismo.
“Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça é um conceito que não
sobrevive mais no atual mercado. É preciso estar atualizado e com um
alto nível profissional: do planejamento à finalização”. Nas sessão “Publicações
>> Notícias” da Associação Brasileira de Recursos Humanos
de 2015, o tema foi “Mercado audiovisual: Cresce a demanda por novos
roteiristas”: “Como nunca, procuram-se boas ideias e roteiristas capazes
de capturar a atenção dos 52 milhões de espectadores da TV por
assinatura no Brasil. O zum-zum-zum em torno do profissional de roteiro
ficou ainda mais alto nos últimos meses, porque as empresas do setor
se veem às vésperas da entrada em pleno vigor da chamada lei da TV
paga (...) A lei provocou muito mais do que aquecer o mercado de audiovisual.
Por um lado, elevou a profissão de roteirista a um dos ofícios
com maior potencial de valorização no país”.
Esta é a quinta publicação resultante desses anos de trabalho. O que
significa nosso compromisso em disponibilizar para a sociedade a produção
destes eventos, na forma de livro.
Este livro é dividido em tres sessões, Artigos Completos, Artigos Livres
e Rodadas de Projetos. A primeira sessão é dividida em capítulos, organizados
pelos próprios coordenadores e mediadores das apresentações
de trabalhos. Os artigos publicados foram enviados por cada autor, que
assume inteira responsabilidade pelo seu conteúdo. A segunda sessão
contem os artigos livres que foram debatidos entre os autores. A terceira sessão traz as propostas, ideias e resumos de projetos audiovisuais submetidos e aceitos para a Rodada de Projetos, onde os trabalhos são discutidos entre o autor, docentes e roteiristas profissionais.
É, portanto, aos colaboradores que assinam seus artigos que conferimos a homenagem e o agradecimento desses cinco anos de historias que só aconteceram nos Seminários “Histórias de Roteiristas”.
Os autores são plenamente responsáveis pelos seus textos e opiniões,
direito de imagens e citações e não refletem, necessariamente, com as
ideias das coordenadoras desta publicação, nem de nenhum membro
das comissões e equipes de trabalho.
Papers by Glauco Madeira de Toledo
dos desafios com que iríamos nos deparar. Evento inédito no âmbito
acadêmico, de pequeno porte, não prometia projeções equivalentes a
outros eventos que reunem pesquisadores em comunicação, cinema e
afins. No entanto, não nos surpreendeu a quantidade de inscritos, quer
para compartilhar os resultados de suas investigações, quer para assistirem às palestras, workshops Vivencias e Experiências, fazerem minicursos, trocarem ideias e vivenciarem um lugar centrado no tema que raramente é destaque em congressos ou assemelhados, justamente por este último motivo. Desta forma, os Seminários vêm cumprindo ao que se propôs, se tornaram um ponto que, anualmente, procura abrigar as pesquisas dissipadas, dispersas nas universidades e/ou particulares, individuais ou em grupos a respeito do roteiro e abrigar interessados e profissionais que contribuíssem com este quadro. Nos últimos cinco anos, vimos assistindo o crescente interesse em roteirização e felizmente o impulso de outras iniciativas com a promoção de encontros sobre roteiro. Antes mesmo de darmos o pontapé inicial aos Seminários, em 2007 foi feito o 1ºEncontro de Roteiristas, realizado na Caixa Cultural Rio. Já, em 2009, ano do batismo do Seminário Histórias de Roteiristas, que gestei por alguns anos, ocorreu o 2º Encontro de Roteiristas, também na Caixa Cultural do Rio. O primeiro vesou sobre a representação da realidade brasileira e o segundo, sobre a cinematografia sulamericana. Com programações distribuídas em quatro e cinco dias, tiveram o intuito de promover discussões entre grupos de profissionais renomados, roteiristas e diretores, através de palestras, seminários e mostras de filmes. Posteriormente, foram promovidos outros por outras entidades SENAC, Globosat, na Mostra de Cinema de São Paulo, na Bahia, etc. Esses grandes eventos têm como foco os profissionais e o mercado diretamente. A experiência dos cinco anos dos Seminários “Historias de Roteiristas” promoveu seu reconhecimento em sua proposta que converge o acadêmico (ensino, pesquisa e extensão) e o profissional (presença de roteiristas).
Há participantes que o acompanham desde sua primeira edição,
ou seja, vêm vivenciando essas histórias desde então e contribuindo
expressivamente com a área. Outra peculiaridade dos Seminários é a
mesclagem, no mesmo foro, de pesquisas de doutores, mestres, pósgraduandos, graduados e graduandos. Desta maneira, mais do que as exigências da academia universitária, promovemos a comunhão das experiências dos veteranos (doutores e profissionais reconhecidos) com o ímpeto da curiosidade dos que iniciam (alunos e interessados). Esta comunhão tem sido responsável pela gestão de novos conhecimentos no percurso do saber pensar e do saber fazer.
“Interfaces com o Mercado” é o eixo que permeia as etapas da produção
audiovisual e que, particular e tradicionalmente, no Brasil não costuma
ter constância, nem volume. No entanto, desde o início dos anos
2000 temos testemunhado um reavivar contínuo das oportunidades na
arte, técnica e mercado em audiovisual. A revalorização do roteiro seguiu esta trajetória, de alguma forma. Atualmente, vemos artigos e matérias jornalisticas anunciando a melhora e o aquecimento do mercado. No Blog do Empreendedor do SEBRAE, este foi o tema da edição de 26
de fevereiro de 2014. Segundo o blog foram iniciativas governametais,
interesse das distribuidoras e das redes de televisão que impulcionaram
estas mudanças, mas apontam a necessidade de maior profissioalismo.
“Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça é um conceito que não
sobrevive mais no atual mercado. É preciso estar atualizado e com um
alto nível profissional: do planejamento à finalização”. Nas sessão “Publicações
>> Notícias” da Associação Brasileira de Recursos Humanos
de 2015, o tema foi “Mercado audiovisual: Cresce a demanda por novos
roteiristas”: “Como nunca, procuram-se boas ideias e roteiristas capazes
de capturar a atenção dos 52 milhões de espectadores da TV por
assinatura no Brasil. O zum-zum-zum em torno do profissional de roteiro
ficou ainda mais alto nos últimos meses, porque as empresas do setor
se veem às vésperas da entrada em pleno vigor da chamada lei da TV
paga (...) A lei provocou muito mais do que aquecer o mercado de audiovisual.
Por um lado, elevou a profissão de roteirista a um dos ofícios
com maior potencial de valorização no país”.
Esta é a quinta publicação resultante desses anos de trabalho. O que
significa nosso compromisso em disponibilizar para a sociedade a produção
destes eventos, na forma de livro.
Este livro é dividido em tres sessões, Artigos Completos, Artigos Livres
e Rodadas de Projetos. A primeira sessão é dividida em capítulos, organizados
pelos próprios coordenadores e mediadores das apresentações
de trabalhos. Os artigos publicados foram enviados por cada autor, que
assume inteira responsabilidade pelo seu conteúdo. A segunda sessão
contem os artigos livres que foram debatidos entre os autores. A terceira sessão traz as propostas, ideias e resumos de projetos audiovisuais submetidos e aceitos para a Rodada de Projetos, onde os trabalhos são discutidos entre o autor, docentes e roteiristas profissionais.
É, portanto, aos colaboradores que assinam seus artigos que conferimos a homenagem e o agradecimento desses cinco anos de historias que só aconteceram nos Seminários “Histórias de Roteiristas”.
Os autores são plenamente responsáveis pelos seus textos e opiniões,
direito de imagens e citações e não refletem, necessariamente, com as
ideias das coordenadoras desta publicação, nem de nenhum membro
das comissões e equipes de trabalho.