Uma brisa suave
balança a cortina
na janela aberta da
cozinha,
sacode a roupa da
corda
e agita o vimeiro
do fundo do quintal
da minha filha…
As chaminés da Póvoa
deixam escapar o fumo
que se esvai sobre os
telhados vermelhos
ao encontro do verde
escuro
dos pinhais…
O céu está cinzento
na calma penumbra da
tarde…
Os pássaros chilreiam
alegremente
junto à janela…
O pálido sol
que baixa no
horizonte
faz brilhar docemente
as luzes
que se vão acendendo
nas bermas das
estradas e caminhos…
Que linda, suave e
doce
é a minha aldeia
vista deste canto
da mesa da minha
cozinha!...
Áh! Querida
aldeia!...
Quanta paz
que me dás!...
Hermínia Nadais