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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2021

Em contrapartida

 Não saio de casa desde o passado fim de semana. Por todos os motivos e pelas poeiras do Deserto. É irónico que quando estive eu própria no Saara o meu nariz esteve sequinho, e agora, à conta das poeiras que ele devolve e não só, tive um surto de sinusite daqueles que quase me levam ao hospital. Resultado enfrasquei-me em anti-histamínicos, tomei o dobro da dose diária, não sei como consegui trabalhar e manter os olhos abertos, a fábrica da Renova agradece certamente, tal não foi a quantidade de pacotes de lenços que encharquei. E estou de mini-férias, dentro de casa. Vejo o pessoal a ir para a Madeira ou Açores e pergunto-me: mas por que  raio não peguei na miúda e dei um salto à ilha mais próxima, agora que tanto estou a precisar de descansar. Enfim, esta cabeça já não é o que era, mas as minhas finanças pessoais também agradecem. A próxima viagem vai saber a diamante!

Ela pergunta-me pelo número de mortes de hoje

 Eu digo-lhe que ainda não divulgaram os resultados de hoje, mas no meu âmago tudo soa tão estranho. Não se morre apenas de Covid-19. Tantas outras patologias que se traduzem em mortes diárias, pessoas que decidem colocar termo à sua vida...o sofrimento está sempre lá. Parece que o covid-19 é o bicho papão e banalizam-se todos os outros indicadores e pessoas que partem diariamente. Parece que nos querem levar a pensar desse modo. Mas a verdade é que se continua a morrer muito mais por outras razões, do que por Covid ( não sou negacionista, de todo, mas também não tenho uma venda nos olhos e continuo a achar que se estão a deixar para segundo plano tantas situações dignas de tanta preocupação quanto a suscitada por esta pandemia).

Oh yes, it is!

 

A ala infantil está de férias da Páscoa

 Daquelas férias trancada em casa, mas mais tranquilas do que as semanas anteriores com a loucura do ensino on-line. Anda para Aline ler livros em catadupa, diverte-se com fitas e o gato a correr atrás dela. Ri-se, come que nem um abade e está feliz, à sua maneira. A segunda Páscoa atípica das nossas vidas. E penso que para Ele, há 2000 anos atrás, foi bem pior.

Fora de Lei

 Foi como me senti, e continuo a sentir um peso por ter feito algo que não devia aos olhos da Lei. Ao longo destes 43 anos e picos de vida tenho aprimorado qualidades e tento ver-me livre dos defeitos possíveis. Alguns são-nos tão intrínsecos que é complexo e difícil deixar de os ter...mas tento, faço um esforço e alguns pertencem ao passado. Vivo a rezar para que não me chateiem, para ser o mais anónima possível, para ser esquecida. As únicas pessoas que verdadeiramente importam estão no meu núcleo e não saem, mesmo que numa outra dimensão. O resto nem acessório é...é nada. Mas voltando ao início, para não me perder, para conseguir exorcizar alguma culpa, fazer a minha catarse. Andamos neste confinamento louco mas necessário há meses. Há meses que teoricamente não posso sair do meu Concelho de residência ao fim de semana. Há um Decreto-Lei aprovado em assembleia da república e eu...faço por ser uma cidadã cumpridora. Mas até o mais Santo, num certo dia...peca. E eu confesso que es...

Bem sei....

 

Gostava de saber se é assim que fica a sala de aula ao fim do dia

 O pequeno demónio virou “okupa”! Dá à sola, mas deixa rasto.

Jeff Buckley - Grace (Official Video)

O que oiço no momento

 Banda sonora da Guerra das Estrelas e do Indiana Jones em instrumentos de orquestra - e depois as crianças têm que adivinhar qual é a Tuba, o Trombone, a Trompa, o Fagote...interessantíssimo. Os professores estão muito criativos, embora a minha filha aprecie mais a banda sonora do "Frozen" - é só para saberem!

Há sempre uma primeira vez para ver um bom filme

 Como é que este enredo me tinha escapado, logo a mim que consumo com fervor temas relacionados com comportamento humano, prisões, a vida e a resiliência humanas levadas ao limite. Este fim de semana a sessão caseira levou-me a um filme de 1978: “O Expresso da Meia Noite”. O facto de ser baseado em factos verídicos ainda torna a minha percepção mais científica. Nunca estive numa prisão turca, mas mesmo no nosso país à beira mar plantado, posso assegurar que o ambiente intra-muros é muito cruel e complexo. Mas perto de alguns sistemas prisionais por esse mundo fora,  muitos dirão que é o céu, e que pagam impostos para alimentar cadastrados....só que não! Tudo na vida vai muito além de ideias pré concebidas e de senso comum. Mas este filme mostra de facto o que de pior pode ocorrer numa instituição totalitária, neste caso uma prisão. Que crueza....que experiência. Mais um bocadinho de mim mudou depois de ver este filme.

Órfãos de pais vivos

 Faço parte de vários clubes, entre os quais, esse mesmo. O divórcio ultra precoce dos meus pais fez com que a figura do pai não fizesse parte da minha vida e hoje, continuo a ter no meu pai, um verdadeiro estranho. A última vez que o vi, já foi há mais de 20 anos e na verdade, não lhe desejando mal algum, a verdade é que está no plano das pessoas que me são indiferentes. Mas quer o destino muitas vezes que, os tais órfãos de pais vivos, ganhem verdadeiros companheiros de jornada fraterna e paternal, sem consanguinidade, mas com muito amor. E eu tive essa sorte. E a partir dos meus 7/8 anos tive a quem desejar um Feliz Dia do Pai. E sei o quanto ele gostava do meu amor por ele, do meu afecto.  Há 10 meses atrás perdi-o e vai ser a primeira vez após tantos anos, que não vou ter um pai a quem ligar, com quem dar uma laracha, porque o Dia do Pai é puro marketing, mas....é o Dia do Pai. E assim será por toda a minha restante existência. E que falta que sinto de o saber por cá, de ...

Fui “no shoppis centis”

 Quem me conhece sabe que não sou pessoa de adorar compras e muito menos, centros comerciais. São um “mal” necessário que possibilitam a concentração de quase tudo o que precisamos num mesmo espaço. Até já se podem fazer análises clínicas, comprar carros e alguns sonhos. Atenção eu gosto de compras quando me predisponho a comprar, mas quanto menos tempo tardar, melhor. As catedrais do consumo, cheias de gente aos atropelos não foram feitas para mim, pelo que ir hoje ao Cascaishopping em modo pseudo-fantasma teve o seu lado catártico.  Corredores largos, mais largos do que alguma vez os vi, espaço, ar....e lojas com um ar taciturno a tender para o sinistro, com montras desmanchadas, manequins sem roupa...quase parecia estar num filme daqueles meio futuristas em que um vírus mortal deu cabo de toda a gente, e só se safaram os “escolhidos”. Na verdade, é quase isso. Senti um misto de paz com nostalgia de um passado recente e “normal”. O que escolhi ir fazer ao “shoppis centis”? D...

Afinal será no dia 6 😒

 Que o dia 6 de Abril é importante para mim, eu já sabia...desde há 33 anos a esta parte, tive a felicidade de ver nascer a minha única e amada irmã. O que eu não sabia era que o regresso às aulas ia coincidir com tão profícua data. Já me estou a imaginar daqui a 3 semanas, com a sensação de estar em Setembro. Tem sido duro este confinamento, esta exigência do ensino on-line, novo ciclo para ela e trabalhos redobrados para mim. Ando esgotada. Que o dia 6 de Abril chegue sem sobressaltos e com celebração à vida à mistura. 

Choque de gerações e aprendizagens

 Quando sei perfeitamente aplicar os sinais de > e < e a minha filha me vem com a conversa que o crocodilo abre a boca para o maior ou lá o que é. Tal e qual como quando na primária nas contas de dividir me vinha com a conversa do sotão e da despensa. Mas por que raio as pessoas complicam!? Depois fica a olhar para mim com aquele ar "sim mãe, não sabes nada, porque o crocodilo come o maior e a professora é que sabe". Bom, temos por esta ordem os algarismos 2 e 3 e eu espeto-lhe com isto: 2 < 3 E ela: "Ah, fizeste bem mãe! Mas a professora não diz que o maior é um sinal e o menor é outro. Diz que o crocodilo come o maior e temos que deixar a boca aberta para o maior!" Mas terei eu paciência para isto?? Mas por que raio se vai à selva quando é simples: > maior que < menor que Raios!

Sr. Silva, esse grande maroto

 

Ando por fora dos temas take-away e junk-food

 Mas hoje a ocasião fez o ladrão. Consulta da miúda a acabar quase à 1 da tarde, não tinha preparado nada com a devida antecedência pelo que passei pelo McDonalds. Peço os menus eis se não quando a pessoa que me atendeu me diz que não há bebidas. Não há bebidas? Não estou a perceber. É que comer um junk-burguer sem uma bela Coca-Cola para facilitar a digestão, é obra. “Ah, com as novas regras do confinamento não podemos vender qualquer tipo de bebida!” Confesso que existem detalhes que nunca vou perceber. A pessoa pode comer mas nem uma gota de água pode comprar no local em que comprou a refeição. Não me faz muito sentido, para não dizer nenhum.

″As mulheres tiveram que trabalhar, cuidar e ser professoras dos filhos, houve um retrocesso″ - é bom reflectir para que numa próxima ocasião não se caia nos mesmos erros

″As mulheres tiveram que trabalhar, cuidar e ser professoras dos filhos, houve um retrocesso″ : Sofia Marinho participou no inquérito do Instituto de Ciências Sociais e do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresas sobre os impactos sociais da pandemia na vida das pessoas.​ A socióloga da família entende que a sobrecarga de trabalho foi maior para a mulher do que para homem. Houve um retrocesso no caminho para a igualdade de género.

Estamos a ser assaltados em grande

 Se é para confinar, confina-se. Se é para que com o nosso contributo se salvem vidas e o que nos pedem é claro, não há porque se dizer depois que foi sem querer, foi um acidente ou outras justificações de ocasião. Vai daí saio de casa para o mínimo dos mínimos e o carro também circula muito pouco. Até me chateia um bocado já me estar a avisar que tenho que programar revisão para daqui a 1 mês porque se no último ano fiz 2500km, foi muito. Adiante porque, o que mais me choca é que mesmo com desconto de fim de semana a gasolina está a 1.62€/litro. Fiquei chocada. O povo que lhes pague os prejuízos. Não há direito. Só por isso já nem vou dissertar acerca das bandeiras a aludir ao centenário do PCP que estavam espalhadas por algumas cidades do país. De política e de religião, falar o menos possível. É o melhor.

Pensadores sábios...