quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Olhou para o espelho tragando com olhos ávidos todos os novos detalhes
Sozinha em casa poderia perceber as coisas agigantarem-se: Solidões, saudades, os sonhos que jamais seriam realizados…
Imaginou todos eles como porcelanas e atirou-os pela janela aberta.
Lá embaixo, um mágico devorador de migalhas come-os um a um, como num gole
Em seguida berrou todas as angústias alheias e indigestas, então caiu encantado procurando consolo nos braços da noite.
Janaina Cruz
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
“Notas soltas de um diário sem apêndice”
(Presente)
Silêncio! Ouça o novo chegando de vagar e de mansinho
Mastigando as vísceras de um passado ainda fresco
Cinzas e lembranças submersas, escombros...
É mais um janeiro chegando, carregado de portas e caminhos
O presente está a beira de nós, nitidamente distraído.
O tempo é um pescador paciente e nós somos peixinhos
A espera de sermos fisgados…
(Passado)
Do meu sonho fiz teoria
Escrevi como se fosse poesia
Se vinha a saudade sentia agonia
Fui como uma frágil flor em tempos de ventania
Arrebentei meu condão, caí na ramaria
Que ironia, minhas mãos estavam vazias
Sofria de miopia a razão por onde olhavas.
(Futuro)
O futuro é uma roupa nova que ainda não cabe em nós
Linhas, curvas perigosas
Rio e foz
Morfina, insulina
Van Gogh
E suas minas
Almodóvar, seu umbigo em meus lençóis
Janaina Cruz