Apostila Diagnóstico Psicopedagógico Clínico 2
Apostila Diagnóstico Psicopedagógico Clínico 2
Apostila Diagnóstico Psicopedagógico Clínico 2
Sumário
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NOSSA HISTÓRIA
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Diagnóstico: O que é?
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O processo de diagnosticar é como levantar hipóteses. Uma boa hipótese ou
teoria explica uma grande quantidade de dados observáveis que são originados de
diferentes níveis de análise.
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diversos especialistas que emitirão opiniões, no sentido de esboçar um diagnóstico.
Esta técnica diagnóstica proposta por Fernández, possibilita ao psicopedagogo
articular as respostas dos integrantes da família quando ocorre a consulta com os
pais e com os irmãos do paciente. A criança participa de todas as consultas e ouve o
que acham dela. Após esse momento, será a vez da própria consulta quando ela terá
possibilidade de dizer o motivo pelo qual ela se encontra lá ou quais são suas
expectativas. Cabe ao psicopedagogo observar pontos em comum e distanciamentos
entre os motivos da consulta dos integrantes da família: pais, irmãos e o próprio
paciente. O mais importante é que o terapeuta observe o ponto de vista do paciente
e crie uma relação de confiança. Segundo Fernández, a família, participando do
processo de diagnóstico, tem a oportunidade refletir e levantar questões sobre o
problema do filho, considerando a vida do casal e as relações que envolvem o grupo
familiar, ao mesmo tempo. Tal momento é muito significativo para o processo
diagnóstico.
O diagnóstico é uma das peças chaves para uma intervenção eficiente. Não
basta ao psicopedagogo conhecer técnicas e provas, pois cada caso é singular e
exige do profissional, além da competência teórica, um olhar sensível e particular.
Cada paciente que chega à clínica traz junto sua história, suas individualidades
e suas relações de coletividade, para o psicopedagogo é sempre um novo e complexo
começo, que evoca seguidamente um novo olhar. “O sucesso de um diagnóstico não
reside no grande número de instrumentos utilizados, mas na competência e
sensibilidade do terapeuta em explorar a multiplicidade de aspectos revelados em
cada situação”. (WEISS, 2000, p.30)
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Figura 1 – Diagnóstico psicopedagógico
Fonte – Internet
Etapas do diagnóstico
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Existem diferentes modelos de
LEMBRE-SE
sequência diagnóstica, sendo que nos
deteremos no modelo desenvolvido por
Existem muitos fatores que interferem Weiss (1992). As etapas que compõem o
no processo de aprendizagem, porém a
criança não é a única responsável modelo e o caracterizam: 1) Entrevista
pelos problemas que enfrenta ou que
se encontra. Mas também, não é a Familiar Exploratória Situacional (E.F.E.S.);
busca de culpados por esses
problemas que permitirá encontrar 2) Entrevista de anamnese; 3) Sessões
soluções.
lúdicas centradas na aprendizagem (para
crianças); 4) Provas e Testes (quando
necessário); 5) Síntese diagnóstica – Prognóstico; 6) Entrevista de Devolução e
Encaminhamento.
Entrevista de Anamnese:
É uma entrevista, com foco mais específico, considerada como um dos pontos
cruciais de um bom diagnóstico, visando colher dados significativos sobre a história
do sujeito na família, integrando passado, presente e projeções para o futuro,
permitindo perceber a inserção deste na sua família e a influência das gerações
passadas neste núcleo e no próprio. Na anamnese, são levantados dados das
primeiras aprendizagens, evolução geral do sujeito, história clínica, história da família
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nuclear, história das famílias materna e paterna e história escolar. O psicopedagogo
deverá deixá-los à vontade “... para que todos se sintam com liberdade de expor seus
pensamentos e sentimentos sobre a criança para que possam compreender os
pontos nevrálgicos ligados à aprendizagem” (Weiss, 1992, p. 62).
Provas e testes:
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Síntese diagnóstica
“Uma vez recolhida toda a informação (...) é necessário avaliar o peso de cada
fator na ocorrência do transtorno da aprendizagem” (PAÍN, 1992, p. 69).
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parte, etc. Esses momentos irão se realizar com dimensões diferentes conforme a
necessidade de cada caso.
Fonte -- Internet
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perceber que ela pode ter algum problema imperceptível que está dificultando sua
aprendizagem e saber conduzi-la para outro profissional, como: psicólogos,
fonoaudiólogos, neurologistas, etc., isso significa saber investigar os múltiplos fatores
que levam está criança a não conseguir aprender.
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relevância tanto quanto o tratamento, por isso ele deve ser feito com muito cuidado,
observando o comportamento e mudanças que isto pode acarretar no sujeito.
a) Não apresenta um desempenho compatível com sua idade quando lhe são
fornecidas experiências de aprendizagem apropriadas;
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• Sintomas apresentados;
• Histórico escolar;
Embora um bom clínico deva estar consciente e fazer uso dos atributos únicos
de um paciente, o processo científico na compreensão e no tratamento dos distúrbios
mentais dependem de como eles apresentam variação “moderada”, diferenciando
características de grupos dentro de nossa espécie. Se assim, não for, o trabalho com
saúde mental se reduz apenas a tratar os problemas que cada um enfrenta na vida
ou a recriar o campo para cada indivíduo único.
Psicopedagogia Clínica
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De acordo com Wolffenbuttel (2005), a psicopedagogia oferece melhor reflexão
sobre a aprendizagem de todos os sujeitos envolvidos. O objeto de estudo dela é
compreender o aprender e o não-aprender. Onde existirem situações de
aprendizagem, há espaço de reflexão psicopedagógica. Ela tem o seu olhar voltado
sobre o ser humano em processo de construção de conhecimento, considerando as
dimensões subjetivas e objetivas, auxiliando na busca da minimização dos problemas
de aprendizagem e potencialização do aprender.
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Psicopedagogia Clínica parte da história pessoal do sujeito, visando identificar sua
modalidade de aprendizagem e compreender a mensagem de outros sujeitos
envolvidos nesse processo, seja a família ou a escola, buscando, implicitamente ou
não, as causas do não-aprender.
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inter-relação de sujeitos, em que um procura conhecer o outro naquilo que o impede
de aprender, implica uma temática muito complexa.
LEMBRE-SE
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O papel do psicopedagogo
LEMBRE-SE
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A atuação do psicopedagogo não somente se limita ao contexto escolar. Ele
também atua na parte clínica, dando uma significativa contribuição ao processo de
desenvolvimento da criança como um todo. Nessa área, o profissional da
psicopedagogia atua, principalmente, em clínicas especializadas, voltadas para a
promoção do desenvolvimento da criança com retardo mental, síndrome de Down,
Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, etc. (SCOZ et al., 2011).
Podemos dizer que a psicopedagogia possui seu foco de atenção voltado para
a compreensão do processo de aprendizagem, procurando entender a relação que o
aprendiz estabelece com essa atividade.
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trabalho na instituição escolar, voltado para a psicopedagogia, apresenta as
seguintes naturezas:
Fonte - Internet
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Diagnóstico e intervenção na clínica psicopedagógica
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estabelecimento de um contrato com os pais e a construção de um enquadramento
com estes e com o sujeito.
Existem três tipos de diagnósticos mais comuns dentro das provas projetivas:
desenho da figura humana, relatos e desiderativo.
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Segundo Paín (1985), o desenho da figura humana permite avaliar os recursos
simbólicos do sujeito para referir a diferenças como criança/adulto; 18
feminino/masculino; fada/bruxa, etc., o que revela o nível de sua adequação
semiótica, cuja relação com a aprendizagem se teve oportunidade de enfatizar na
ocasião em que se analisou a hora do jogo.
Nas provas de relatos, Paín (1985) comenta que elas têm como instrução criar
uma história ou antecipar seu final. São oferecidos ao sujeito estímulos gráficos ou
verbais que sugerem certas relações ou transformações viáveis. O sujeito percorre
um dos caminhos insinuados trazendo elementos mais ou menos originais. As
lâminas e contos não são neutros, pelo contrário, apontam temas classicamente
conflitivos, provocando defesas mais ou menos apropriadas.
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REFERÊNCIAS
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_______ Os idiomas do aprendente: Análise de modalidades ensinantes
em famílias, escolas e meios de comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2001a.
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VASCONCELLOS, Celso. Avaliação da aprendizagem: construindo uma
práxis. In: Temas em educação – 1º Livro da Jornadas de 2002. Futuro Eventos.
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RAMALHO, Danielle Manera. Psicopedagogia e Neurociência:
Neuropsicopedagogia e Neuropsicologia na prática Clínica. Rio de Janeiro: Wak
Editora, 2015.
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