HIV Pediátrico
HIV Pediátrico
HIV Pediátrico
2024
• Objectivos:
IMASIDA 2015
Definição
• O significado de HIV é Human Immunodeficiency Virus, ou seja, o Vírus
da Imunodeficiência Humana.
HIV-1 HIV-2
Pandemia Mundial; Menos patogênico;
3 grupos geneticamente distintos: Oeste da África;
Grupo M Geneticamente + relacionado ao
Grupo O (Camarões, Gabão, Guiné Equatorial) SIVsm;
Grupo N (Camarões)
Geneticamente + relacionado ao SIVcpz;
(Dewhurst, 2001)
Transcriptase Reversa
• DNA polymerase;
• Holoenzima heterodimérica;
Transplacentária - (20-25%);
Canal de parto (60%);
Aleitamento materno (15-25%);
Patogênese
pele
Nódulos Linfáticos
Sangue periférico
Sistema
RetículoEndotelial
Células Gastro-
Medula óssea Intestinais
Patologia da SIDA
Há uma proliferação de
Diminuição súbita e O nº de linfócitos T
linfócitos que procura
acentuada do nº de CD4+ atinge valores
compensar a sua
linfócitos T CD4+ <200 células /mm3
destruição aumentada
Fase aguda Fase crônica Fase de crise
Latência Clinica
Começo dos
Sintomas
AIDS
Semanas Anos
Tempo de Infecção
Classificação da OMS para SIDA Pediátrico para África
• Estádio 1 assintomático;
ESTADIO I
• Assintomático
Linfadenopatia generalizada(>1 cm
em 2 ou mais cadeias não contíguas
persistente).
Classificação da OMS para SIDA Pediátrico para África
ESTADIO II
• HEM persistente inexplicada;
• Prurigo;
• Infecção viral extensa verrucosa;
• Molusco contagioso;
• Ulcerações orais recorrentes;
• Parotidite bilateral;
• Eritema gengival linear;
• Herpes Zoster;
• IVRS recurrente ou crónica (otite
média,otorreia, sinusite);
• Infecções ungueais fúngicas;
Classificação da OMS para SIDA Pediátrico para África
ESTADIO III
• Malnutrição moderada inexplicada;
• Diarreia persistente;
• Febre persistente;
• Candidiase oral persistente;
• Leucoplasia oral;
• Gengivite ulcerativa necrotizante aguda;
• Tuberculose ganglionar, pulmonar;
• Pneumonia bacteriana grave de repetição;
Classificação da OMS para SIDA Pediátrico para África
Estadio IV
• Malnutrição aguda ou crónica grave que não
responde a terapêutica habitual;
• Infecções bacterianas severas de repetição
( empiema, meningite,piomiosite,pneumonia);
• Infecção crônica por VHS(oral,cutânea ou
visceral de mais de 1 mês de duração);
• Tuberculose extra-pulmonar disseminda;
• Sarcoma de Kaposi;
• Candidiase oro-esofagica (ou candidíase da
traquéia, brônquios ou pulmões);
• Toxoplasmose do SNC (depois de 1º mês de
vida;
Doença avançada por HIV (DAH) - Conceito
IP = Inibidores da protease
•Lopinavir (LPV)
Inibem a enzima protease •Ritonavir (RTV)
responsável pela clivagem de •Lopinavir/ritonavir (LPV/r)
proteínas e formação de novos
vírus •Atazanavir (ATV)
Familia de antiretrovirais
• Fusão: Enfuvirtida
◦ Inibidores da Entrada
• Co-receptor : Maraviroc
Inibidores de maturacao
Uso Clínico dos ARVs
• 2 INTR + 1 IP
• 3 INTR
Recomendações da OMS para a revisão dos regimes pediátricos
O TARV deve ser iniciado o mais rápido possível (no máximo dentro
de 15 dias após o diagnóstico), logo que o paciente e/ou seus
cuidadores (se aplicável) estiverem preparados, e que esta prontidão
esteja comprovada pela avaliação clínica.
Regimes de 1ª linha recomendados para novos
inícios TARV (Novas normas)
Regimes recomendados para novos inícios de TARV em crianças dos 0 – 14 anos
Peso* Regime Tipo de Formulação
3-19.9 kg** ABC/3TC (120/60mg) pDTG (10 mg)
Nota:
• Toda a criança activa em TARV com regimes contendo DTG, devem manter-se no mesmo
regime e ajustar a formulação de acordo com o peso actual;
• Caso ainda existam crianças activas em TARV em uso de regimes de TARV contendo NVP ou
EFV, mesmo que estejam a fazer TAT, devem transitar para ABC/3TC + DTG.
Abordagem para crianças activas em TARV com peso entre
3–19,9kg e que estejam em Dispensa trimestral (Novas normas)
Peso (kg) Regime TARV preferencial Regime de TARV após terminar o Tratamento da TB
ABC/3TC Manter o regime e suspender a dose adicional de
3 –19,9* + pDTG a noite, duas semanas após o término do
pDTG de 12/12h*** tratamento para TB
ABC/3TC
20 – 29,9** +
DTG 50mg 1 cp de 12/12h*** Manter o regime e suspender a dose adicional de
TDF/3TC/DTG (manhã) DTG 50mg duas semanas após o término do
≥ 30 + tratamento para TB
DTG 50mg 1 cp a noite
*Quando atingir 20kg durante o tratamento da TB devem trocar para ABC/3TC+ DTG 50 mg + DTG 50 mg
adicional a noite.
**Quando atingir 30kg durante o tratamento da TB devem trocar para TDF/3TC/DTG + DTG 50 mg adicional a
noite.
*** Quando o regime de TAT não contém Rifampicina não há necessidade de dose adicional de DTG à noite
pDTG (10mg) – Dosagem e posologia para
criança com TB/HIV em TAT com Rifampicina
A oferta dos ARVs para a PPE deve iniciar dentro de 72h após a exposição e
continuar durante 28 dias. Continuar o seguimento e oferecer TR HIV 1º mês,
3º mês e 6º mês após a exposição.
Seguimento da criança em TARV
Para além dos parâmetros descritos, a cada consulta, as crianças devem ser
avaliadas para:
Peso e estatura;
Evolução dos parâmetro antropométricos (P/E ou IMC de acordo com a idade);
Avaliação nutricional;
Evolução dos parâmetros de desenvolvimento psicomotor;
Ajuste da dosagem de ARVs ao peso da criança;
Avaliação da necessidade de revelação diagnóstica (para crianças > 10 anos);
Carga viral para monitorar a resposta do tratamento.
CALENDÁRIO DE SEGUIMENTO DAS CRIANÇAS <2 ANOS DE IDADE EM TARV
Parâmetros de seguimento Desde o início do TARV até completar 2 anos de Vida ≥ 2 anos
Atendimento clínico* Mensal**
APSS Mensal
Avaliar
Farmácia Mensal
elegibilidade
Solicitar a 1ª CV, 6 meses após Solicitar CV de seguimento de
para DT ou FR
Carga viral o início ou reinício do TARV ou acordo com o algoritmo de CV
após troca de regime em vigor trimestral e
CD4 *** seguir o
Solicitar no início ou reinício do Só repetir o CD4 se > 5 anos e se
TARV tiver alguma indicação clínica calendário
para criança ≥
Hemograma, Creatinina, ALT 6/6 meses
2 anos
Colesterol total, triglicéridos,
6/6 meses
Glicemia****
* Sempre que possível deve-se alinhar a data da consulta TARV com as datas do calendário de vacinação e
controle do peso para evitar atrasos e faltas.
** Apenas para crianças que iniciam TARV com Nevirapina/Efavirenz: 1ª consulta depois 14 dias.
*** Pode-se pedir CD4 em caso de falência terapêutica, doença avançada e outros casos em que haja
necessidade de decidir pelo início de profilaxias, conforme decisão do clínico.
**** Apenas para crianças em tratamento com Inibidor de Protease (LPV/r ou ATV/r).
CALENDÁRIO DE SEGUIMENTO DAS CRIANÇAS ENTRE 2 – 9 ANOS DE IDADE EM TARV
Início 1º 2º 3º ≥ 10 anos
Parâmetros de seguimento À partir do 4º mês*** após o início TARV até aos 9 anos de idade
TARV mês mês mês
Atendimento clínico* x x x x Trimestral** Avaliar
APSS e PP x x x x Trimestral elegibilidade
Farmácia x x x x Trimestral ou Mensal**** para consulta
Solicitar 1ª CV 6 meses após início/reinício Solicitar CV de seguimento de acordo com o semestral com
Carga viral dispensa
do TARV ou troca de regime algoritmo de CV em vigor
< 5 anos: Só repetir o CD4 se > 5 anos e se tiver trimestral e
Solicitar no inicio/reinicio do TARV alguma indicação clínica seguir
CD 4 *****
5 -14 anos: repetir CD4 depois de 1 ano de TARV calendário
até atingir CD4 ≥ 350 cel/mm³ ; para criança
Hemograma, Creatinina, ALT 6/6 meses ≥ 10 anos
Colesterol total, triglicéridos,
Glicemia******
6/6 meses
*Sempre que se verificar sinal de instabilidade, intercorrência clínica, surgimento de reacções adversas ou evidência de má adesão passar a fazer seguimento
clínico mais frequente de acordo com a necessidade do paciente.
**Se não estiver a fazer TPI, passa ao seguimento trimestral/no MDS
***Na consulta entre o 6º - 7º mês apos o inicio do TARV deve-se solicitar a CV. Na consulta ao 9º mês, trazer o resultado para avaliação clínica e tomada de
decisão;
**** Preferencialmente o levantamento de ARVs deveria ser trimestral. Contudo, em caso de impossibilidade a criança deverá fazer FR trimestral com
levantamento de ARVs mensal;
*****Pode-se pedir CD4 em caso de falência terapêutica, doença avançada e outros casos em que haja necessidade de decidir pelo início de profilaxias, conforme
decisão do clínico.
******Apenas para crianças em tratamento com Inibidor de Protease (LPV/r ou ATV/r)
Critérios para solicitar a cv- (novas normas)
• Novos inicios TARV: pedir CV seis meses após o inicio do TARV
• Activos em TARV: Pedir CV seis (6) meses após a transição para novo
regime;
• A interpretação do resultado de CV, a conduta terapêutica e as CV de
seguimento devem ser feita de acordo com o algorítmo de carga viral em
vigor.
Nota!
• A transição é independente do valor da CV;
• Crianças que tenham inciado o TARV há menos de (6) meses (incluindo
aquelas que seriam elegiveis ao pedido de CV no dia da transição),
devem transitar para regime com pDTG e, 6 meses após a transição deve-
se solicitar a CV.
Beneficios da boa adesão aos ARVS
• Essencial para tratamento eficaz;
• Hospitalização se necessário.
Falência terapêutica
• Falência virológica;
• Falência imunológica;
• Falência clínica;
Falência Virológica:
• Uma carga viral detectável após 6 meses de início do TARV, ou:
a) Aumento de 1 log de carga viral em relação a carga viral prévia,
confirmado por 2 medidas repetidas (com intervalo de 60 dias) ou;
AZT/3TC/NVP
Não é previsto encontrar crianças
ABC/3TC + LPVr nesta faixa de peso usando estes
AZT/3TC+EFV
regimes com falência terapêutica
ABC/3TC+NVP pois todas estas devem transitar
para ABC/3TC+ DTG ou
AZT/3TC + LPVr
ABC/3TC+EFV TDF/3TC/DTG.
• Por mais que o cenário não seja positivo nesse sentido, os medicamentos e
terapias atuais se mostram benéficas, já que buscam diminuir os danos da
doença.
• Manual técnico para o diagnóstico da infecção pelo HIV em adultos e crianças. Brasília: Ministério da
Saúde, 2016.
• HARRISON, Tratado de Medicina interna, 16ª ed.doença causada pelo virus de imunodef. Humana.
Cap 173.