Publicaciones de Actualidad. 1921, N.º 2

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^ /7o:.

PUBLICACIONES DE ACTUALIDAD
Revista mensual de Hacienda, Banca e Industria.
AÑO I NÚM. 2 1921

C ó m o funcionan
las o l i g a r q u í a s
político-finan-
cieras.
Más datos de la situación económica financiera e n Cataluña.

SUMARIO i
LA OPINIÓN P Ú B L I C A Y L A S CUESTIONES FINANCIERAS <
SOBRE L A ORGANIZACIÓN D E LOS BANCOS Y S U FUNCIO-
NAMIENTO
UN RÉGIMEN D E LIBERTAD DESMEDIDA
E L HORROR A L A INSPECCIÓN FISCAL D E LOS BANCOS Y
SOCIEDADES ANÓNIMAS
OTROS RASGOS D E A M B I E N T E
LA «MATANZA» Y E L MERCADO LIBRE D E VALORES
POLÍTICA Y FINANZA 3 pesetas.
DON FRANCISCO CAMBÓ A L TRABAJO
SINDICATO D E L A ASOCIACIÓN D E BANQUEROS D E B A R -
CELONA
U N BOTÓN D E MUESTRA
LA CATALANA D E GAS Y ELECTRICIDAD
EL CASO D E L BANCO D E BARCELONA
EL PROYECTO D E BANCO MERCANTIL D E BARCELONA
LAS POSIBILIDADES D E SOLUCIÓN
U N A F Ó R M U L A D E L A COMISIÓN D E .ACCIONISTAS
TODO E S L A MISMA COSA
UN PARALELO
EL SR. L L E T G E T S E SOMETÍA A U N A TRIPLE PRUEBA
PERICIAL
EDITORIAL ARCO
AUGUSTO F I G U E R O A , 40
NOSOTROS ACEPTAB.A.MOS ESTA PROPUESTA, PERO E L
SEÑOR LLETGET NO ACEPTA L A NUESTRA TELÉFONO 24-77
INSISTIMOS: ¿ Q U É H A R Á E L SR. LLETGET? APARTADO 215

BANCO D E CATALUÑA
"Anuario informativo de la
Banca, Industria y Comercio,,
Obra única en su g¿nero, pues comprende el informe comercial, con datos amplios relativo»
al historial mercantil, y antecedentes, moralidad, solvencia, etc., etc., de los banqueros, indus-
triales, comerciantes, cosecheros de toda España. Tomos publicados en 4.'' mayor,

A L B A C E T E , L668 informes; 16 pesetas. A L I C A N T E , 3.2,50 ídem; 34


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B A R C E L O N A , dos gruesos volúmenes, 16.820 ídem; 140 pesetas. BUR-
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R U Ñ A , 1.738 ídem; 21 pesetas. C U E N C A , 1.816 ídem; 24 pesetas. GE-
R O N A , 2.770 ídem; 27 pesetas. G R A N A D A , 1.581 ídem; 24 pesetas.
GUIPÚZCOA, 1.301 ídem; 18 pesetas. G U A D A L A J A R A , 2.438 ídem;
28 pesetas. H U E L V A , 1.216 ídem; 17 pesetas. J A É N , 2.414 ídem; 31
pesetas. L É R I D A , 1.585 ídem; 20 pesetas. L U G O , 484 ídem; 8 pesetas.
M A D R I D , 5.821 ídem; 70 pesetas. O R E N S E , 513 ídem; 11 pesetas. S A -
L A M A N C A , 735 ídem; 12 pesetas. S E G O V í A , 3.916 ídem; 34 pesetas.
SORIA, 579 ídem; 11 pesetas. T A R R A G O N A , 3.985 ídem; 40.pesetas.
V A L L A D O L I D , 2.298 id.; 28 ptas. y V I Z C A Y A , 2.344 id.; 23 pesetas.

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ción, sus elementos y maquinaria,,
U n volumen de más de 600 páginas, lujosamente encuadernado, tamaño
folio. 3 5 p e s e t a s .

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sentantes de España,,
Con el informe más amplio y documentado de cuantos señores s e dedican
en España a esta profesión. 2 5 p e s e t a s .

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e Importadores extranjeros,,
(En prensa) Precio del ejemplar, 7 5 p e s e t a s .

Pedid prospectos explicativos y antecedentes a la

E D I T O R I A L >«JIRCOn
A u g u s t o F i g u e r o a , 40.—MADRID
PUBLICACIONES D E ACTUALIDAD
R E V I S T A MENSUAL D E H A C I E N D A , B A N C A E INDUSTRIA
A Ñ O I N Ú M . 2 1921

CÓMO FUNCIONAN

LAS OLIGARQUÍAS POLÍTICO • FINANCIERAS


Más datos de la situación económica de Cataluña.

nn^^'?^í^^'í^'^''"°°^>^^° 1"'= realizar


una labor de moralidad imparcial y severa. Y
paia nuestro mejor desenvolvimiento, dentro
ae esta norma que nos hemos trazado, no ad- Precio: 3 pesetas.
mitiremos subvenciones ni anuncios de Casas
de tíanca ni de Sociedades de Seguros ni de
ninguna clase de establecimientos de crédito

DIRECTOR,

A, R. L ó p e z d e l A r c o .

E D I T O R I A L A R C O

AUGUSTO FIGUEHO.Í , 40
MADRID
Teléfono 24-77 M. A p a ñ a d o 215
Cuenta corriente con los Ban- SUCURSAL
cos de España, Hispano-.Ameri- RA.MBLA D E L A S FLOKKS, 28
cano, Río de la Plata y Castilla.
BARCELONA
P U B L I C A C I O N E S DE A C T U A L I D A D
SUMARIO DEL NÚMERO 1
Precio: 2,50 pesetas.

Políticos y financieros.—Una ojeada r e t r o s p e c t i v a . — E l B a n c o de T a r r a s a . — A n t e c e -


dentes necesarios.—El crédito y la g u e r r a . — U n poco de h i s t o r i a . — E l prestigio
del B a n c o de B a r c e l o n a . — N u e v a política del B a n c o de B a r c e l o n a . — E x p a n s i ó n y
a c a p a r a m i e n t o . — V o l v a m o s al B a n c o de B a r c e l o n a . — E l reverso de la m e d a l l a . —
L a técnica de la suspensión de p a g o s . — E ! b a l a n c e del B a n c o de B a r c e l o n a . — E l
caso del B a n c o Italiano de U r u g u a y . — C o n s e j e r o s , directores y empleados.—El
B a n c o Mercantil de B a r c e l o n a . — ¿ E s esto una s o l u c i ó n ? — A manera de conclu-
siones.

SUMARIO DEL NÚMERO 2


Precio: 3 pesetas.

L a opinión pública y las cuestiones financieras.—Sobre la o r g a n i z a c i ó n de los Bancos,


y su funcionamiento.—Un régimen de libertad d e s m e d i d a . — E l horror a la inspec-
ción fiscal de los B a n c o s y Sociedades a n ó n i m a s . — O t r o s r a s g o s de a m b i e n t e . — L a
« m a t a n z a » y el Mercado libre de V a l o r e s . — P o l í t i c a y finanza. — D . Francisco C a m -
bó al t r a b a j o . — S i n d i c a t o de la A s o c i a c i ó n de B a n q u e r o s de B a r c e l o n a . — U n botón
d e m u e s t r a . — L a C a t a l a n a de G a s y E l e c t r i c i d a d . — E l caso del B a n c o de B a r c e -
l o n a . — E l proyecto de B a n c o Mercantil de B a r c e l o n a . — L a s posibilidades de s o -
l u c i ó n . — U n a fórmula de la Comisión de a c c i o n i s t a s . — T o d o es l a misma cosa.
Un p a r a l e l o . — E l S r . L l e t g e t se sometía a una triple prueba pericial.—Nosotros
aceptábamos esta propuesta, pero el S r , L l e t g e t no a c e p t a la nuestra.—Insisti-
mos: ¿Qué hará el Sr. L l e t g e t ? — B a n c o de C a t a l u ñ a .

R o g a m o s a aquellos de nuestros lectores que v e a n con simpatía nuestras X


c a m p a ñ a s nos faciliten cuantos datos posean y crean de interés, en la seguridad
de que sabremos g u a r d a r una absoluta reserva sobre la persona de nuestros
comunicantes. N o obstante, si a las g a r a n t í a s que ofrecemos de conservar sus
nombres en secreto prefieren dirigirse a nosotros anónimamente, pueden así
hacerlo, confiando en que comprobaremos sus manifestaciones, que en caso de
resultar ciertas v e n a n la luz pública en nuestras p á g i n a s .
F u e r a de estos casos, de los artículos firmados q u e , como tales artículos fir-
mados, se inserten en PUBLICACIONES D E ACTUALIDAD, serán responsables los
firmantes, como i g u a l m e n t e lo serán de los suyos los autores y colaboradores
de esta Revista, aunque no firmasen los trabajos de que sean autores.
EL DÍA 20 SE PONE A LA
VENTA LA INTERESANTE OBRA

EXPOR>TADORES
E.y^PAíNlOLE,.X
IMPORTTADORtS

ESTA OBRA CONTIENE INFOR/AES C O M P L E T O S DE'.TODOS^


AQUELLOS COMERCIANTES, EXPORTADORES, I/AFORTADORES, ;
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28 pesetas. H U E L V A , 1.216 ídem; 17 pesetas. J A É N , 2.414 ídem; 31
pesetas. L É R I D A , 1.585 ídem; 20 pesetas. L U G O , 484 ídem; 8 pesetas.
M A D R I D , 5.821 ídem; 70 pesetas. O R E N S E , 513 ídem; 11 pesetas. S A -
L A M A N C A , 735 ídem; 12 pesetas. S E G O V Í A , 3.916 ídem; 34 pesetas.
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A u g u s t o Figueroa, 40.—MADRID
CAPÍTULO I

La opinión pública y l a s c u e s t i o n e s financSepas.—


S o b r e la o r g a n i z a c i ó n d e ios B a n c o s y su fun-
cionamiento.

Un acontecimiento reciente, la suspensión de pagos del Banco de


Barcelona, atrajo la atención del gran publico sobre la organización
de la Banca en España, _y especialmente en Barcelona despertó m o -
mentáneamente SU curiosidad sobre la manera c ó m o actúan las oli-
garquías financieras, a las que puede atribuirse la m a y o r parte de
responsabilidad en aquella catástrofe.
El primer volumen de PUBLICACIONES DE ACTUALIDAD que nosotros p u -
blicamos con este motivo (La situación bancaria en Barcelona), aunque
en él no hacíamos sino esbozar el tema, obtuvo una acogida tan favo-
rable, que n o s ha hecho pensar en la posibilidad de conseguir que esa
curiosidad y ese interés sean permanentes, de sacudir una indiferencia
que bien p o d e m o s calificar de nefasta. En términos generales, h a y
para sorprenderse, c o m o se sorprendía el c o n o c i d o escritor Lysis e n
su libro Coníre VOligarchie financiere en France, de q u e el público
que toma partido en todos los problemas que se plantean, en los pro-
blemas sociales o políticos, en los que se refieren a la Marina o al
Ejército, incluso en los que afectan, por ejemplo, a la higiene, c o n -
sidere siempre la cuestión financiera como una cuestión técnica,
c o m o una cuestión aparte de la q u e , por otro lado, n o v e n la verda-
- 6 -

dera trascendencia. Y, sin embargo, sin contar con que desastres


como el del Banco de Barcelona no son únicos y son siempre posi-
bles, sin contar con que una atención constante hubiera evitado que
en el caso del Banco de Barcelona, por ejemplo, la catástrofe adqui-
riera tan grandes proporciones, es evidente que los problemas finan-
cieros son, en los tiempos presentes, problemas políticos y sociales
a la vez. Véase, para citar un caso concreto, la influencia que lo acae-
cido al Banco de Barcelona ejerce en la angustiosa situación por que
k industria y el comercio catalán atraviesan, y podrá juzgarse de la
verdad con que aquellas afirmaciones pueden hacerse.
¿Cómo es posible que estas oligarquías actúen tan desembarazada-
mente estableciendo de hecho una esclavitud en el orden económico
no menor a la que se padeció hace siglos en el orden político, esca-
pando sin sanción de laberintos, como el que supone el caso del Banco
de Barcelona, casi todos cuyos pasadizos debieran conducir a caer de
lleno dentro del Código penal? En nuestro folleto anterior hablamos
de la actitud adoptada por la Prensa, y ahora queremos ampliar el
concepto. En todo el mundo social se establece siempre el equilibrio
gracias a la existencia de fuerzas antagónicas en lucha: el vendedor y
el comprador, el Gobierno y los partidos de posición, el acusador y el
defensor. Cuando se trata de los problemas financieros (bien claro se
ha visto si es que hubiera alguna duda) frente a las poderosas oligar-
quías que cuentan con los políticos, con el dinero incluso de ios mis-
mos perjudicados, no se alza ninguna fuerza, no se levanta la Pren-
sa, a la que correspondería verdaderamente la misión. Compromisos
políticos, ridículo temor a aparecer venalmente interesados, cuando
no el hecho de estar a cambio de unas migajas por pago de publici-
dad al servicio de los Bancos, o la creencia de que se hace labor
patriótica ocultando los errores y las culpas de los responsables del
fracaso, han hecho posible el caso de que habiendo suspendido sus
operaciones el Banco más importante de Cataluña y uno de los más
importantes de España, habiendo transcurrido cuatra meses en vanas
— 7 —

tentativas de un arreglo que las personas entendidas e imparciales


consideraban desde los primeros m o m e n t o s imposible, ningún perió-
dico importante de Barcelona haya opinado p o r s u cuenta, h a y a m a r -
cado una orientación o formulado un juicio, secundado por lo d e m á s
a los diarios importantes de Madrid. N o h a b l e m o s de la Prensa finan-
ciera, que no existe c o m o tal, pues nadie ignora que si esa Prensa
había de cumplir su misión, sería estando del lado del público y frente
a los Bancos y a las oligarquías, cosa imposible por cuanto n o tiene
vida propia y subsiste, salvo rarísimas excepciones, mediante s u b v e n -
c i o n e s de los m i s m o s Bancos, pudorosamente disfrazadas bajo la
forma de pago de publicidad.
Y si n o es del lado de la Prensa, ¿de d ó n d e ha de provenir el c o n -
trol, la oposición capaz de acabar c o n los a b u s o s , previniendo los
engaños a tiempo, alborotando a la opinión para que n o sea posible
en el trance lamentable esta conspiración del silencio, para q u e no lo
sea t a m p o c o , c o m o se dijo en un periódico de Madrid (ABC), sin
que nadie lo haya d e s m e n d d o , se reunieran los Jueces de Barcelona
(el día de la suspensión de pagos del Banco de Barcelona), para reci-
bir instrucciones del presidente de la Audiencia, lo q u e significa, de
parte de quienes disponen las cosas de esta suerte, poner a la Jusdcia
previamente del lado de u n o de los litigantes posibles? ¿Puede venir
ese control de los accionistas, q u e generalmente n o saben de la gestión
del Banco m á s que lo que se les quiere decir, a c u y a curiosidad, si es
que alguna vez se manifiesta en las raras Juntas generales, se o p o n e
«la necesidad de mantener una reserva necesaria para n o perjudicar
la marcha de las operaciones», y a los q u e , c o m o ha ocurrido en el
Banco de Barcelona, se les daban balances falseados, que tal s u p o n e
repartir cinco meses antes de hundirse el citado Banco un dividendo
de 20 pesetas por acción, a cuenta del ejercicio corriente, sin m á s
explicaciones que u n o s balances que constituyen verdaderas charadas?

Las oligarquías q u e gobiernan los Bancos n o dan cuenta de su si-


tuación y de sus operaciones al Estado porque los Bancos se conside-
ran empresas privadas que no han de rendir cuenta m á s que a ellas
mismas; pero tampoco dan cuenta a los accionistas para no divulgar
sus negocios a los competidores, para rehuir la acción fiscal del Esta-
do. Esto les permite presentar balances c o m o el del Banco de Barce-
lona al declararse en suspensión de pagos, en el q u e , haciendo abs-
tracción de los valores en depósito y de los depósitos de valores en
garantía, se resume en diez y siete artículos el activo entero de un es-
tablecimiento que se eleva a 829.809.000 pesetas. Ya se ha comentado
anteriormente (La situación baiicaria en Barcelona) la manera c ó m o
el Banco de Barcelona ha sobrepasado el desenfado con que los Ban-
cos redactan ordinariamente sus balances, agrupando, por ejemplo,
bajo el misterioso y elástico epígrafe de «Cuentas transitorias», opera-
ciones c u y o importe excede de 138 millones. Pero sin detenernos en
estos casos, verdaderamente aterradores, ¿cuáles s o n los Bancos que
nos hacen saber en sus balances qué parte del activo es realizable y
qué parte no lo es, el detalle de la cartera, si el papel comercial que c o n -
tenga es descontable y en qué proporción, si los títulos y valores son
negociables y cuál es su valor y su naturaleza?
En Bélgica, los Bancos vienen obligados por la ley a publicar s u s
balances de un m o d o distinto. La Sociedad General de Bélgica, por
ejemplo, da el detalle completo de su cartera en tres estados: Fondos
públicos, Obligaciones de Sociedades y Acciones de Sociedades. El
detalle de los m i s m o s llena una docena de páginas en cada Memoria,
indicando por cada valor especial la cantidad de títulos q u e posee, el
n ú m e r o , el precio y la s u m a total de cada categoría. En Alemania
también vienen los Bancos obligados a dar toda suerte de informes.
El Deutsche-Banck, por citar uno de los m á s importantes, da a c o n o -
cer la procedencia de sus beneficios, no en una línea, c o m o los Ban-
cos españoles, sino en seis apartados, q u e se detallan así: Descuentos
e intereses; Monedas extranjeras-Cupones; Títulos; Participaciones
financieras; Comisiones; Participaciones permanentes, y Comanditas.
En Inglaterra existen los grandes establecimientos con sus inspectores
jurados y completamente desligados de los Bancos, cuya inspección
minuciosa realizan de d e m p o en tiempo, dando un informe tan deta-
llado, que es una garantía de seriedad para los accionistas y para todos,
los acreedores de los Bancos.
Y no es que en España en ciertos aspectos tengamos que envidiar
todo lo extranjero, pues en el Código de Comercio español hay un
artículo, el 157, que dispone que los Bancos consignen en sus b a l a n -
ces el tipo a que se calculan las existencias en valores y toda clase de
efectos cotizables. Lo que hay es que las oligarquías financieras, que
disponen de los ministros y parecen disponer de la Justicia, bien
desdeñan, cuando les molesta, un ardculo del Código de Comercio.

C o m o no hay nada nuevo bajo el sol, el caso del Banco de Barce-


lona, aunque pudiera pensarse otra cosa, no es único en la historia,
ni m u c h o m e n o s . Recuérdese, por citar uno solo, el del Comptoir
d'Escompte, en Francia, c u y o s liquidadores y administradores provi-
sionales decían en su informe que «es necesario reconocer que la ausen-
cia de un control serio es la que ha traído el hundimiento del Comptoir,
y que esa ausencia de control es el vicio propio de las grandes S o c i e -
dades anónimas de Banca y de crédito». Y más adelante, que «las Me-
morias leídas en las juntas generales de accionistas no tienen ninguna
significación real desde el punto de vista de sus intereses, pues no c o n -
tienen más que lo que es materialmente imposible callar». C o m o ha
ocurrido aquí treinta y dos años m á s tarde, en Enero de 1889 se cele-
bró una reunión de accionistas del Comptoir d'Escompte, en la q u e
se leyeron informes que acusaban una situación próspera, u n o s bene-
ficios de 8 millones y una reserva intacta de 20 millones. C o m o aquí
ha ocurrido, se propuso allí el reparto de un dividendo superior a los
precedentes, y la catástrofe se producía a las pocas semanas, c o m p r o -
bándose q u e en el m o m e n t o de la junta de accionistas, en que se había
hablado de una situación tan brillante, la situación del Comptoir^
- 10 -

comprometido por una suma de 700 millones en operaciones especu-


lativas contrarias a los Estatutos, estaba ya irremisiblemente perdida.
Allí, como aquí, se había mentido, ocultando la verdad cuidadosa-
mente.
Nos interesa repetir, antes de seguir adelante, lo que ya decíamos
al abordar el tema por primera vez, o sea que nos buscamos el satis-
facer la curiosidad pueril de una parte de los interesados, sino apor-
tar los datos que nos ha sido dable adquirir para que del suceso se
obtengan las convenientes enseñanzas. No faltan personas de aquellas
a las que el hundimiento del Banco de Barcelona afecta más directa-
mente, que con disculpable egoísmo reducen la cuestión a ver el
modo de sacar del gravísimo trance el mayor número de pesetas po-
sible. N o les recriminamos, ciertamente, pues el egoísmo es el senti-
miento h u m a n o por excelencia. Pero a los demás, c o m o cuerpo
social, nos interesan también los demás aspectos del conflicto. Podría-
m o s decir que es éste el caso del enfermo grave a quien se practica una
-operación quirúrgica. A él, en realidad, sólo le importa salir con vida,
pero a la ciencia quizá la vida del paciente le importa menos que la
posibilidad de realizar experiencias que resulten luego un beneficio
positivo para la comunidad.
CAPÍTULO II

Un r é g i m e n d e l i b e r t a d desmedida.—El h o r r o r a la
i n s p e c c i ó n fiscal d e l o s B a n c o s y S o c i e d a d e s
anónimas.

E s nuestro propósito continuar la descripción de ambiente q u e c o -


m e n z a m o s e n La situación bancaria en Barcelona, v o l u m e n I de las
PUBLICACIONES DE ACTUALIDAD para llevar el c o n v e n c i m i e n t o al lector
de q u e catástrofes c o m o la del Banco de Barcelona n o se producen de
una manera esporádica, desarticulada, sino q u e s o n la consecuencia
fatal de u n a políüca financiera, de u n a desmoralización del ambiente,
de la actuación despreocupada de u n a oligarquía, en fin, contra la q u e
ya c o m i e n z a a reaccionar la o p i n i ó n .
D e c i m o s en el primer capítulo q u e e n general los Bancos extran-
jeros, p o r voluntad propia o ateniéndose a disposiciones legales q u e así
lo determinan, desenvuelven su gestión en forma q u e haga efectiva la
labor de fiscalización o control de s u s accionistas y acreedores, y q u e
los nuestros, también en general, proceden absolutamente del m o d o
contrario. E n España, sin e m b a r g o , t e n e m o s un Código civil c o m o
regulador y ley sustantiva de todo lo contractual, de s u y o tan perfecto
y completo q u e ha servido de m o d e l o a los Códigos vigentes en otros
países. Este Código regula hasta la minuciosidad todo lo concerniente
a depósitos; pero los Bancos q u e n o c u m p l e n artículos fundamentales
del Código de Comercio t a m p o c o observan las prescripciones legales
12

referentes a los depósitos, sino en cuanto a los derechos que les asisten
c o m o tenedores o depositarios, olvidando que los deberes son recí-
procos. Pero lo más sorprendente y lo m á s grande que en este orden
de cosas han hecho los Bancos, lo encontramos en un opúsculo publi-
cado por la Asociación de Banqueros de Barcelona y Asociación de
Banqueros de Cataluña y Baleares (Tipografía El Anuario, 1910), en
e! que se oponen decididamente a que prosperase un proyecto de ley
presentado a las Cortes por el entonces ministro de F o m e n t o sobre
inspección de Bancos y Sociedades anónimas. En este opúsculo, y en
las páginas l o g y 115, se dice literalmente que «nos o p o n e m o s en a b -
soluto a esa inspección anual y obligatoria por innecesaria y peligrosa»,
y que la Administración debe reflexionar «sobre las dificultades que
ofrece ya h o y el examen anual de los balances de las Sociedades a n ó -
nimas y calcule lo que sería la inspección de la contabilidad y libros
de las mismas Sociedades. Tal inspección, que pone a la vista el se-
creto mercantil de las Sociedades, obligándoles a poner de manifiesto
sus operaciones, no es cosa que deba menudearse, convirtiéndola en
procedimiento usual y constante». Es de hacer notar que en la época
a que nos referimos formaban parte de las Asociaciones de Banqueros
citadas, c o m o socios de n ú m e r o , las Casas CoUo y C " , de Gerona;
Marqués de Comillas, de Barcelona; Dorca y C.% de Olot; Garriga
N o g u é s , Sobrinos, S. en C ; Pablo Gil, Jover y C.'', de Barcelona; Llo-
sas, Escobos y Puig Mitjá, de Olot; Hijo de Bautista Marcet, de T a -
rrasa; Martínez Dalmau e Hijos de J. Montsalvaje, de Gerona; Saderra
Prat y C.% de Olot; Sol Raurio y C.% de Manresa; Sucesores de R.
Valls y Martí, de San Felíu de Guixols, y .1. Marsans, Rof e Hijos, Mar-
tínez y C " , Hijos de F. Mas Sarda, Pedro Mir, Juan Bautista Modolell,
Nonell Rovira y Matas, Parasols y Caralt, Roses y C.% Taberner,
Carles-Tolrá y Manaut, S. en C , Tusquets y C.% S. en C , e'Hijosde
Magín Valls, todos de Barcelona, lo que supone que aquella hostilidad,
por lo m e n o s tácitamente, era suscrita por una brillantísima represen-
tación de la Banca.
- 13 -

Lejos de nuestro ánimo está envolver a todos los socios de la A s o -


ciación de Banqueros de Barcelona en una insinuación maliciosa,
aparte que de q u e cuando tengamos que insinuar preferiremos decir
las cosas con la claridad posible. Estamos examinando principios y
teorías y ha de permitírsenos que expresemos la sorpresa que esa acti-
tud ha de causar a las personas imparciales. Es verdad que en Francia
existe el Cuerpo de los Comisarios de Cuentas, encargados de inspec-
cionar los Bancos, y que su investigación resulta puramente formula-
ria, y es verdad también q u e en alguna otra inspección establecida
entre nosotros pudieran encontrarse complacencias inmorales y en
definitiva perjudiciales para la colectividad. Comprenderíamos, pues,
q u e los banqueros se esforzaran en obtener garantías de moralidad,
cuantas garantías quisieran de todo orden. Pero lo que no puede al-
canzársenos es q u e c u a n d o las Sociedades de seguros, por ejemplo,
están sometidas en España bajo la inspección de una Comisaría gene-
ral de escasa eficacia, desde luego, y m á s bien u n pretexto para pre-
bendas burocráticas, pero al fin y al cabo organización inspectora,
con todo y ser relativamente insignificante la s u m a que adminis-
tran en relación con los 2.500 millones de pesetas confiados a la Banca
española, nuestros banqueros tengan la franqueza, verdaderamente
inquietante, de rechazar el «principio» de la inspección. Ni siquiera es
argumento bastante el pretendido secreto de s u s operaciones. Si la
base principal de su actividad la constituyen operaciones de Banca
puras, ¿por qué tanta reserva y discreción en sus cuentas, ya que estas
operaciones son clásicas y dan un porcentaje de beneficio, cuya tarifa
es generalmente conocida? ¿Y acaso en u n plano de ética vulgar puede
ser argumento el q u e se suele dar sotto-vocce, o sea el de q u e ocul-
tando o disimulando los beneficios se rehuye la acción fiscal del E s -
tado?

Difícilmente podrán convencer a nadie de que los peligros de esa


inspección sean menores q u e los que acarrean el régimen de libertad
actual. Y para ello basta pasar la vista por la lista de entidades banca-
- 14 -

rias que de pocos años a esta parte han ido al fracaso, entre las que
recordamos:
Herederos de Antonio Freixa,
Catalana General de Crédito.
Crédito Mutuo Febril y Mercantil.
Carreras y Suñer, de Gerona.
Coll y C " , de Gerona.
Banco de Tarrasa.
Y Banco de Barcelona.
Estos fracasos (no hablamos más que de entidades bancarias, pero
la lista podría aumentarse con otras muchas Sociedades anónimas, en
las que siempre ha concurrido el m i s m o fenómeno, la imprevisión, que
ha traído como consecuencia siempre la desagradable sorpresa del i m -
ponente o cliente, y especialmente el último, c o m o bien se sabe) han
inmovilizado además sumas enormes de dinero que son agobios para
el presente y pérdida para el porvenir. Dígasenos ahora si hubieran
podido producirse, al menos con la magnitud actual, cuando una ins-
pección honrada hubiese puesto al descubierto los horrores de una
gestión que en el Banco de Barcelona, por ejemplo, ignoraron hasta
el úkimo m o m e n t o , no sólo los accionistas, sino incluso una parte de
los consejeros.
CAPÍTULO III

O t r o s r a s g o s d e a m b i e n t e . — La " m a t a n z a , , y el
M e r c a d o libre d e V a l o r e s .

El público, el gran público, al q u e n o s dirigimos y al que preten­


d e m o s interesar en estas cuesdones, h a leído algo acerca de la llamada
«matanza» y habrá oído intencionados comentarios acerca de aquel
episodio v e r g o n z o s o . Consideramos q u e c o m o rasgo del ambiente q u e
se ha llegado a crear vale la pena de relatar lo ocurrido.
Dijimos en el anterior folleto q u e casi todos los Bancos de Barce­
lona dedicábanse casi exclusivamente a las operaciones de dobla d e
los valores públicos y de valores de ferrocarriles, q u e se consideraban
tan seguras. E n los últimos días de Julio de 1914—tan inquietos p o r
la posibilidad de u n a guerra q u e surgió desgraciadamente—-la situa­
ción bursádl de Barcelona era, p o r u n a parte, m á s de cien mil títulos,
la m a y o r parte de ellos acciones ferroviarias de Nortes, Alicantes y
Andaluces, en juego y pendientes de liquidación para fines del m i s m o
m e s . L o s compradores de estos títulos eran en general jugadores al
alza q u e necesitaban doblar cada fin de m e s , o sea q u e tenían necesi­
dad q u e se les prestara el dinero de q u e n o disponían para recoger
los títulos. P o r otra parte estaban los vendedores de fin de m e s , q u e
constituían la contrapartida de dichas c o m p r a s , siendo estos v e n d e d o ­
res de fin de m e s gente adinerada y Bancos q u e hallan e n tal opera­
ción colocación para su capital flotante.
- 16 -

La dobla es, c o m o se sabe, la acción de trasladar al mes siguiente


el vencimiento de que se trate, y retrotrayéndonos a la fecha de Julio
de 1914, decimos, pues, que había vendidos más de cien mil diulos
por rentistas y banqueros, los cuales compraron los títulos a fin de
Junio, pagándolos y recogiéndolos contra una venta simultánea efec­
tuada para ser entregados estos dtulos a fin de Julio. El día 21 del
repeddo mes de Julio de 1914 los elementos que llevaban las princi­
pales posiciones al alza en el mercado previeron, ante la inminencia
de la guerra, una fuerte baja en los precios con sus correspondientes
pérdidas, y de estos temores participaban corredores y agentes que
llevaban posiciones de dtulos al alza por cuenta de clientes cuya sol­
vencia era problemática. Súbitamente se dibujaron dos tendencias que
actuaron en campos distintos: de un lado, los alcistas y jugadores
pidiendo el. inmediato cierre de la contratación y liquidación para
llegar a lo que se denominó la «matanza», esto es, matar todas las
operaciones, y de otro estaban los defensores de la tradicional e histó­
rica solvencia de la Bolsa de Barcelona, que se oponían a tal medida
por esumarla falta de equidad y poco honorable, en una palabra.

En tanto la Bolsa de Madrid (donde los jugadores de ventaja cuen­


tan con m e n o s ambiente) continuaba abierta, la de Barcelona h u b o
de cerrarse, suspendiéndose la contratación y liquidación de las ope­
raciones pendientes. No exisdan en aquella época los agentes de c a m ­
bio y Bolsa y sí tan sólo el Colegio de Corredores Reales de Comercio,
c u y o s miembros, tratantes en títulos, eran todos socios del casino
Mercantil, donde ejercían y liquidaban sus operaciones, sujetas a la
reglamentación del Casino. Del grupo de los que tenían valores c o m ­
prados, denominados «alcistas», se supo que celebraban frecuentes
reuniones para oponerse a que se adoptara otro acuerdo que no fuera
el de la «matanza». El grupo de los que tenían valores vendidos, o
sea los que habían prestado el dinero, también se agitaba, procurando
cada uno de los bandos llevar las corrientes de opinión hacia su c a m ­
p o . Las entidades que gozaban de más prestigio en la Bolsa de Barce-
- 17 -

lona se oponían a la «matanza» y se esforzaban por encontrar una


fórmula de prórroga de operaciones que permitiese hacer frente a la
situación.
Se iban excitando los á n i m o s ante la incertidumbre de la situación,
y pronto se c o n v i n o , en consecuencia, que y a corriendo los días de
A g o s t o se celebrara una reunión en el Casino Mercantil a la que asis-
tieran las principales figuras de la Banca, Bolsa, corredores oficiales y
ubres y especuladores, en la q u e se trataría de llegar a acuerdos que
resolviesen de un m o d o práctico y definitivo la intolerable situación.
Se celebró una reunión y de ella salió el acuerdo de designar, c o m o
así se hizo, una ponencia c o m p u e s t a de seis individuos, representando
tres de ellos a la posición vendedora, o sea al dinero, y los otros tres
a los c o m p r a d o r e s a plazo, o sea a los elementos especuladores. Debía
presidir tal ponencia el presidente en aquel entonces del Casino Mer-
cantil, Sr. T u s q u e t s , y era figura saliente de la m i s m a D . Antonio
Massó, a m i g o adicto y candidato q u e fué al efecto de la Casa A r n ú s -
Garí. Lógicamente se esperaba q u e existiría una completa unidad de
criterio entre los individuos q u e representando al dinero debían i m p u g -
nar la «matanza»; pero los partidarios de ésta tuvieron mejor suerte,
pues c u a n d o al siguiente día de su n o m b r a m i e n t o se reunió la p o n e n -
cia presidida por el Sr. T u s q u e t s , se a c o r d ó , de acuerdo c o n las pre-
tensiones de aquellos e l e m e n t o s , v o t a n d o en favor de ella los señores
Massó, Baixeras, CoU, Negre y B o n n i n , y en contra solamente el pre-
sidente y D . Antonio Francesc, q u e representaba a la Casa Garulla.
El Sr. Massó incluso llegó a solicitar del Sr. T u s q u e t s q u e si él n o e s -
taba dispuesto a hacerlo, le cediese la presidencia del Casino Mercan-
til, desde la cual impondría la «matanza», llevando la consiguiente
proposición a la aprobación de la junta general. Asi se h i z o , en efecto;
y presidiendo la junta general del Casino Mercantil el Sr. Massó, a la
q u e para m á s solemnidad (?) llevaron también al entonces g o b e r n a d o r
civil de Barcelona, se acordó la «matanza», con sólo 20 v o t o s en c o n -
tra. La consecuencia fué que valores c o m o los Nortes y Alicantes,
2
- 18 -

que se cotizaban por bajo de 70 enteros, fueron adjudicados a 80.


H e aquí todavía u n matiz curioso del entretenido episodio. H u b o
renüstas que se manifestaron dispuestos a rechazar la operación, y
parece que una cierta entidad no ajena al nombramiento de uno de
los ponentes ofreció a los 170 clientes suyos, aproximadamente, a l o s
que se les perjudicaba con la «matanza» en 15 duros por dtulo, que
jugaban, una compensación de 25 pesetas por título. N o se piense en
una generosidad que no estaba en el ánimo de los directores de la
entidad aludida, pues sólo el temor de una serie de pleitos le m o v i ó a
adoptar tal actitud, sin contar con que de esta manera perdió sola­
mente un millón y medio de pesetas en números redondos, c u a n d o
debió resultar perjudicada en unos siete millones.
Una inspección c o m o la que se pretendía establecer por el proyecto
de ley de 1910, al que antes aludimos, hubiera contenido este d e s e n ­
freno, evitando que, c o m o ocurrió al llegar la quiebra de aquellas
operaciones, comprometidos en ellas echaran sobre los clientes t o d o
el peso del fracaso, en tanto ellos no se perjudicaron apenas, pues
gracias a la «matanza» pudo liquidarse ia llamada Caja Vilumara,
entregando a m u c h o s de sus accionistas títulos ferroviarios, que reci­
bió c o m o liquidación de sus operaciones bursátiles, operaciones que
le estaban vedadas por mandato imperativo de sus Estatutos. Ya e s
sabido que encargándose de la Caja Vilumara, a raíz de este episodio
c o m e n z ó el Banco de Barcelona su política de expansión, y que en los
locales de la Caja Vilumara y utilizando casi todo el personal de l a
misma estableció su primera sucursal.

C o m o no podía m e n o s de suceder, la «matanza» determinó una


general desconfianza del público al encontrarse con que la Bolsa de
Barcelona, de tan limpia historia, había cambiado de características y
que había desaparecido la eficacia y fuerza de exigir que la sola pala­
bra «hecho» tenía en el corro al concertarse'una operación de c o m p r a ­
venta de títulos. Lógicamente, después de lo ocurrido, parecía estable-
- 19 —

cido el principio de q u e las operaciones concertadas en Bolsa sola-


m e n t e debían cumplirse en cuanto n o representaran cuantiosos per-
juicios. Si el concepto de eternidad n o supusiera desdén para las
minúsculas luchas y pasiones de la tierra, ¡ c ó m o se estremecerían de
d e s p e c h o e n s u s t u m b a s los bolsistas de todos los lugares y de t o d o s
los tiempos q u e se arrancaron la vida para evitarse la vergüenza de
«ir al cuadro»!
El h e c h o es q u e intervino el Gobierno, se restringió la facultad de
contratar sin la concurrencia de las garantías necesarias para q u e en
su día cristalizaran prácticamente los resultados, y se crearon los
agentes de c a m b i o y Bolsa e n sustitución de los antiguos corredores
reales de c o m e r c i o . Estas medidas restrictivas venían a herir m u c h o s
intereses creados y h u b o las consiguientes algarabías y protestas, q u e
en Barcelona se organizan c o n tan extraordinaria facilidad. ¿Qué iban
a hacer, en efecto, c ó m o desarrollarían s u s energías en lo porvenir el
considerable n ú m e r o de bolsistas q u e n o tienen otro m e d i o de vida
que la prima q u e diariamente pueden lograr a consecuencia de las
fluctuaciones del corro, y q u é iban a hacer los especuladores de todas
las ramas? Intervino la acción diplomática, por llamarla de alguna
manera, y se creó y se i m p u s o el Mercado libre de Valores, o sea,
según la definición de las personas bien enteradas e imparciales, el
organismo necesario para que no surtiesen efecto las prescripciones
legales restrictivas antes aludidas. Acérrimo defensor del Mercado
libre de Valores fué la Asociación de Banqueros de Barcelona, a la q u e
dedicaremos un capítulo m á s adelante.
CAPÍTULO IV

Poiftiea y finanza.—D. F r a n c i s c o C a m b ó al t r a b a j o .

C u a n d o en el primer n ú m e r o de PUBLICACIONES DE ACTUALIDAD


intentamos hacer u n a descripción de ambiente, partiendo del m o -
m e n t o en q u e por medio del contacto entre el Banco H i s p a n o - C o l o -
nial y el A y u n t a m i e n t o , q u e establecen varios convenios; c u a n d o alu-
d i m o s a la nueva especie d e políticos q u e se produjo desde e n t o n c e s
en Barcelona, dijimos q u e era el tipo representativo de los m i s m o s el
ilustre leader regionalista D . Francisco C a m b ó y Batllé. E s i n d u d a b l e
q u e a la organización política a q u e él pertenece le interesaba, c o n la
vista puesta siempre en u n fin puramente político, ir creando intere-
ses, pues c o n ellos se liga y se atrae a las personas. Pero lo q u e en los
primeros jefes regionalistas obedecía a u n pensamiento político, en el
Sr. C a m b ó obedece a una ambición personal principalmente, lo q u e
se advierte a p o c o q u e se detenga u n o a considerar el daño q u e al par-
tido regionalista h a n producido el Sr. C a m b ó y s u s amigos c o n s u s
tentativas, proyectos y desaciertos en el orden económico-finan-
ciero.
Al Sr. C a m b ó , c u y a actividad es verdaderamente prodigiosa, así
c o m o s u facultad de asimilación, pero al q u e le faltan otras capacida-
des q u e justifican la frase q u e se atribuye a s u s m á s íntimos a m i g o s
políticos, de q u e c u a n d o hace negocios el Sr. C a m b ó hace poesía,
le v e m o s en todas partes donde h a y a n de m o v e r s e u n o s millones. L e
_ 22

v e m o s en la Banca Arnús, de la que fué alma y acción durante un


breve período; le vemos pasar como una estrella fugaz por el Banco
de Roma; le observamos llamando a la puerta del Banco Alemán
Trasatlántico; le v e m o s actuar en el Banco de Tarrasa, en el negocio
del Hotel Ritz, en la Casa de Hereter; le vemos de asesor del Banco de
Barcelona, de gestor de consorcios bancarios para la moneda extran­
jera, de corredor de categoría, naturalmente, pero de corredor, en fin,
al servicio de grandes Empresas extranjeras... Y siempre latente en él
el deseo de tener la mano puesta sobre un Banco desde el que pudiera
actuar a su antojo...
No quisiéramos que de nosotros se dijera que también estamos
haciendo poesía al hablar del Sr. Cambó, y ello nos incita a relatar,
con la suficiente apoyatura de cifras y datos, uno de los más pintores­
cos episodios de los que salpican sus andanzas financieras. Interesa
también de este modo marcar la trayectoria por la cual llegan algunos
de sus amigos a constituir la oligarquía político-financiera de que nos
venimos ocupando.
Existía en Barcelona una Importante entidad bancaria m u y presti­
giosa, la Banca Arnús. D . Evaristo Arnús tenía un hijo en el que no
advertía el espíritu del hombre de negocios, y lo que es m u y fre­
cuente y razonable, deseando que en lo porvenir la gestión de la Ban­
ca Arnús correspondiera a lo que ha'bía sido desde que se fundara,
pensó dejar a su hijo culdvar otras aficiones y legar la Casa a su so­
brino, D. Manuel Arnús, y al que era apoderado suyo, D . José Garí.
Cuanto a su hijo, le dejaba el inmueble en que la Banca estaba esta­
blecida, en el Pasaje del Reloj, con la obligación de que conünuara allí
la Banca, pagando 80.000 pesetas anuales, estableciendo además que
si acaso un día su nieto, D. Gonzalo Arnús, sentía aficiones bancarias,
los herederos de la Casa tendrían la obligación de darle entrada en la
gerencia del Banco. Murió el Sr. Arnús y su plan se cumplió tal y
c o m o él lo trazara. Pero he aquí que enterado el Sr. Cambó, de quien
todo el m u n d o conoce la amistad que con D. Gonzalo Arnús le une.
- 23 -

del estado que la cuestión se hallaba, sugirió a su a m i g o la idea de re-


clamar sus derechos, que D . Manuel A r n ú s y D . José Garí se apresu-
raron a reconocerle, dándole entrada en la gerencia del B a n c o . Mien-
tras estas negociaciones se llevaban, por razonamientos a los que n o
€ra ajeno el afán acaparador del Sr. C a m b ó , se produjo la ruptura, y
los Sres. Arnús (D. Manuel) y Gari fundaron otra Banca, que estable-
cieron en la calle N u e v a de San Francisco. Ni corto ni perezoso, el
Sr. C a m b ó , d u e ñ o ya del terreno, m a r c h ó a París para buscar un c o -
manditario, y puesto al habla con la Banca Perier se hizo un contrato,
en virtud del cual la Banca Perier aportaba l o millones de pesetas. Se
creaban, al efecto', 20.000 acciones, de las cuales 17.000 quedaban en
poder de la Casa Perier y 3.000 se adjudicaban a D . Gonzalo A r n ú s , el
cual aportaba además el n o m b r e y el local en que había de seguir fun-
cionando la Banca A r n ú s . A este efecto suscribió D . Gonzalo u n c o n -
trato de arrendamiento del local (con fecha 10 de Junio de 1910 ante el
notario Sr. Par) por treinta a ñ o s . El contrato, a pesar de que en él in-
tervino el Sr. C a m b ó , que llevaba todas las negociaciones, o quizá,
s e g ú n algunos maliciosos, por esta m i s m a circunstancia, se hizo «en
d o c u m e n t o privado».
Q u e d ó constituida la Sociedad, entrando el Sr. C a m b ó a formar
parte del Consejo de Administración de la m i s m a , y la Casa Perier le
dejó amplia libertad para actuar, limitándose a enviar u n gerente,
M. W i r t h . La gestión del Sr. C a m b ó no fué todo lo brillante q u e era
de esperar de sus altas dotes, y la Casa Perier decidió eliminarle de la
dirección del Banco, sustituyendo también a M. W i r t h . Esta decisión,
a u n q u e el Sr. C a m b ó n o se recataba para manifestar q u e sin su c o n -
curso n o harían nada q u e valiera la pena, fué el p u n t o de partida de
una era brillante para la vida del Banco, y c o n a c i e r t o — p u e s q u e acier-
tos son todos los q u e vienen a c o m p a ñ a d o s por el éxito—Perier, sin-
dicado con la Banca A r n ú s , adquirió por 8 millones la mayoría de las
acciones de la Compañía Bilbaína de N a v e g a c i ó n .
N o podía el Sr. C a m b ó , en el que las pasiones se manifiestan
- 24 -

siempre con una desmedida violencia, digerir su despecho, y siempre


udlizando a D. Gonzalo Arnús, su gran amigo, c o m o instrumento,
decidió echar a los Perier. D . Gonzalo Arnús va a París y plantea a
los Perier la disyuntiva, o le compran o le venden, pero él está deci-
dido a deshacer la Sociedad. Pero los Perier no son gente que se dejen
traer y llevar fácilmente y resisten al asalto. No quieren vender ni
comprar. El Sr. Cambó, entonces, decide arrojar del local que ocu-
paba a la Casa Arnús, sabiendo la importancia que los Perier le daban
y que realmente tiene el que una Banca continúe instalada en el edifi-
cio en que se hizo la clientela. Para ello se buscó al Sr. Ferrer y Vidal,
amigo suyo y sobrino del senador regionalista, el cual se adelanta a
ofrecer 3 millones de pesetas por el edificio, una parte del cual ocu-
paba la Banca Arnús. D. Gonzalo Arnús comunica en carta, que llega
con considerable retraso a los Sres. Perier, el ofrecimiento que le han
hecho, y les dice que en su virtud y con arreglo a lo tratado pueden
comprarla ellos por la misma suma. Los Perier, sin tiempo para ejer-
cer el derecho de tanteo (por el retraso con que llegó la carta a su po-
der en relación con el plazo que para ejercer ese derecho les daba el
contrato aludido), y convencidos de que se trataba de una argucia,
pues ni al comprador se le consideraba con capital para invertir 3 mi-
llones en una finca ni ésta podía valerlos en ningún caso, permanecie-
ron mudos. Y cuando en nombre del Sr. Ferrer y Vidal, el abogado
Sr. Barcella, pasante del Sr. Cambó, instó el desahucio de la Banca
Arnús, en la que el propio D . Gonzalo Arnús tenía parte tan impor-
tante, acudieron al Sr. Roig y Bergadá, quien les dijo que «el contrato
que exhibían no tenía valor contra tercero por ser privado y no ins-
cribible». No obstante, se encargó el Sr. Roig de su defensa, mientras
los Perier, para estar prevenidos, adquirían el edificio de la Plaza de
Cataluña, en que h o y está instalada la Banca Arnús y en cuyos bajos
existió la Maison Doree.
Don Gonzalo Arnús, que tenía otorgados poderes c o m o gerente del
Banco a algunos procuradores, los revoca, siempre sugestionado por
\¿o —

el Sr. C a m b ó , cuando el Sr. Roig y Bergadá va a hacer oposición al-


desahucio instado por el « n u e v o propietario» de la finca, Sr. Ferer y
Vidal, y deja a la Banca Arnús indefensa y sin poder oponerse, dentro
de tiempo y término, al asalto.
Entretanto los Perier tratan de inscribir en el Registro el pacto
principal de arrendamiento y las otras partes del m i s m o contrato..
D . Gonzalo Arnús, en cuanto socio de la Banca Arnús, n o parece dis-
puesto. Los Perier dan instrucciones a su abogado para q u e presente
la oportuna d e m a n d a , y D . Gonzalo Arnús revoca los poderes que tenia
dados, c o m o antes se indica, al procurador D . José R a m ó n y a los
demás de que podia servirse dicha Sociedad, y c u y o s n o m b r e s figura-
ban en la escritura del 12 de Mayo de 1912, autorizada por el notario
Sr. Par.

La escritura de venta de la casa n u m . 3 del Pasaje del Reloj, en la


que estaba instalada la Banca A r n ú s , se firmó el 4 de Febrero de 1918,
figurando c o m o c o m p r a d o r el Sr. Ferrer y Vidal, quien por una finca,
c u y o valor se calculaba en 200.000 pesetas, entregó un millón y m e -
dio de pesetas, o sea la mitad de lo q u e según la carta de D . Gonzalo
Arnús a los Sres. Perier había ofrecido por la m i s m a . Al día siguiente
el n u e v o propietario presentaba la d e m a n d a de desahucio.

En la lucha entablada por el Sr. C a m b ó , representado por don,


Gonzalo A r n ú s , contra la Banca A r n ú s (léase Casa Perier), se e m p l e a -
ron todas las armas y se tocaron todos los resortes. Convertida la
organización política a q u e pertenecen, por obra y gracia del Sr. C a m -
bó y los q u e le rodean, en una a m o d o de Sociedad a n ó n i m a — l o que
justifica la apreciación de un periodista francés, quien dijo de la Lliga
que es una asociación de negocios, q u e de c u a n d o en c u a n d o hace un
p o c o de política—, se puede ver al Sr. C a m b ó utilizando toda la fuer-
za de aquella organización y a aquellos correligionarios s u y o s que
m e r e c e n su confianza en una finalidad de carácter puramente perso-
• - 2Ó -

-nal. Para vencer en aquella ocasión, y aunque no lo consiguiera, se


buscó y se impuso el auxilio judicial, se actuó con tal osadía y dando
tal impresión de impunidad, que forzosamente había de ser desmora-
lizadora.
Pero sigamos haciendo un poco de historia. Realizada la venta (?)
del inmueble del Pasaje del Reloj, surgió un censo en dominio media-
no que era necesario redimir. Pertenecía el censo a D. Magín Febre-
r a , a quien fué a proponer la compra un Sr. Esteve, apoderado del
propio vendedor de la finca, y figuró c o m o comprador del censo
un auxiliar del pasante de Cambó, el Sr. Rabassa, todos cuyos datos
vienen a demostrar más todavía, si fuera necesario, la simulación de
la venta de la finca.
El Sr. Cambó no descuidaba medio de atacar a sus adversarios,
por reprobables y monstruosos que éstos fueran. Atacado además de
la fiebre de riquezas, fué u n o de los episodios más curiosos y carac-
terísticos de aquel corps a corps con Baüer (presidente del Consejo de
Administración de la Banca Arnús) su intento de apoderarse, si
conseguía, c o m o esperaba, irrumpir en la citada Banca, de la Com-
pañía Bilbaína de Navegación.
Esta Compañía, domiciliada en Bilbao, estaba formada con un ca-
pital dividido en 12.000 acciones, la mayoría de las cuales, c o m o ya
h e m o s dicho, habían sido adquiridas por la Banca Arnús y la Casa
Perier sindicadas, y depositadas en el Banco de Vizcaya. No había
pasado m u c h o más de un año desde que el letrado Sr. Roig y Berga-
dá presentara al Juzgado la demanda por simulación de compra-
venta contra D. Gonzalo Arnús y Ferrer-Vidal (compra-venta de la ,
que se derivó el desahucio de la Banca Arnús), cuando el Sr. Cambó ;
entraba a formar parte del Gobierno, en el Gabinete que se llamó na- ;
cional.
La actitud de Baüer oponiéndose a los planes diabólicos del señor ?
Cambó con toda energía, no había hecho sino aumentar el despe-1
cho de éste, acrecentado al tener noticia de que la Banca Urquijo había •
- 27 -

adquirido una opción de c o m p r a de ios buques de la Compañía Bil-


baína de Navegación. Esta opción fué la siguiente:
Para los vapores «Diz» y «Diciembre», 11.406.350 pesetas.
Para el vapor «Junio», 4.523.000 pesetas.
T o d a la atención del Sr. C a m b ó se aplicó a evitar que la venta de
dichos b u q u e s se realizase, firme en su esperanza de hacerse c o n la
Banca A r n ú s , partícipe de la m a y o r í a de acciones de la Compañía
vendedora. Se recordará que por entonces ocupaba la Comisaría Ge-
neral de Abastecimientos, con la promesa de que seria convertida en
Ministerio, D . Juan Ventosa y Calvell, de c u y a camaradería c o n el
Sr. C a m b ó n o es preciso dar noticias, y se recordará que revistiéndolo
c o n todos los oropoles necesarios para que a la opinión, fácil de dejar-
se sugestionar, pareciese un proyecto beneficioso y necesario, se habló
de la posibilidad de que el Gobierno se incautase de la flota mercante
española, p o n i e n d o de este m o d o término a los a b u s o s reales de los
navieros y con objeto de regularizar el tráfico marítimo; q u e en
verdad se trataba de una burda maniobra, preferimos, a decirlo n o s -
otros, que lo vea el lector en el siguiente suelto de un periódico de
tanto crédito y seriedad c o m o La Gaceta del Norte, que en su n ú m e -
ro de 12 de Mayo de 1918 decía lo siguiente:
«¿Qué Casa de Barcelona formó parte del trust que c o m p r ó la flota
de una Compañía naviera de Bilbao? ¿Cuál de los ministros actuales
f o r m ó parte integrante de esa importante Casa catalana? ¿Fué tan
amable la ninfa Egeria de la Compañía que aplicándose el sabio refrán
de q u e «la caridad bien entendida empieza por u n o m i s m o » , sopló al
oído, y sobre todo a tiempo, la noticia de la incautación para q u e otros
cargasen c o n el m o c h u e l o ? El lector aficionado a cosas de mar, ¿recuer-
da los barcos catalanes v e n d i d o s a Bilbao de p o c o tiempo a esta parte?»
La Compañía naviera de Bilbao aludida en ese suelto era la Bil-
baína de Navegación; la Casa de Barcelona no era otra que la Banca
A r n ú s , y el ministro aludido era el Sr. C a m b ó , c o m o el lector habrá
adivinado.
- 28 -

También fracasaron los intentos del Sr. Cambó en este punto, p o r -


que la gerencia de la Banca Urquijo no se amedrentó y entonces el
ilustre polídco catalán, desesperado, hizo entrar en escena a D . Gaspar
Roses, obscuro abogado, al que bajo su decidida protección había h e c h o
llevar una carrera políüca bastante brillante y que por entonces era
diputado regionalista por el distrito de Arenys de Mar. Este señor, del
que en la Banca Arnús no se tenia noticia, apareció de la noche a la
mañana presentando al Juzgado una querella por falsedad y estafa
contra el presidente del Consejo de Administración y varios consejeros
de la Banca Arnús, para lo cual alegaba su calidad de accionista de
la Casa, propietario de cinco acciones que hasta entonces habían p e r -
tenecido al Sr. Cambó. En dicha querella se pedía, en fin de cuentas,
que se requiriese a la Banca Urquijo que se abstuviera de comprar los.
buques de la Compañía Bilbaína de Navegación, toda vez que para
responder de sus cinco acciones, c u y o valor efectivo era de 1.250 pe-
setas, pedía también que se retuvieran los buques de la Compañía Bil-
baína de Navegación, valorados en 16 millones de pesetas. Lo m á s c u -
rioso es que c o m o las demandas de carácter criminal no pueden pre-
sentarse contra las Sociedades, sino contra sus consejeros o directores,.
!a del Sr. Roses afectaba personalmente a los consejeros aludidos, y n o
se comprende, siendo de esta suerte las cosas, que pudiera pedir la reten-
ción de bienes de una Compañía de la que él no era accionista siquiera.
Así las cosas fué el Sr. Cambó precipitadamente a Barcelona el
9 de Julio, y cuatro días m á s tarde, el juez municipal en funciones de
juez de primera instancia que entendía en el asunto, decretaba la c o n -
signación en la Mesa del Juzgado de 16 millones de pesetas de la C o m -
pañía Bilbaína de Navegación. Baüer, ante la enormidad los h e c h o s ,
acudió a denunciarlos al Sr. Maura y al conde de R o m a n o n e s , mi-
nistro que era de Gracia y Justicia. Reunidos a m b o s y después de lla-
mar a Madrid al juez municipal y al fiscal que habían actuado, a c o r -
daron nombrar un juez especial, D . Galo Ponte, y un fiscal también
especial, D . Crisanto Posada.
— 29 —

P o d r í a m o s seguir así hasta el infinito, pues fueron n u m e r o s o s y


no m e n o s curiosos q u e los relatados los episodios que salpicaron esta
lucha, e n la q u e si el Sr. C a m b ó n o salió victorioso s e debe especial­
mente a la calidad de sus e n e m i g o s . Basta lo relatado para demostrar
la tesis que al principio del capítulo h e m o s expuesto. Y baste, para
la ilustración del lector que desee conocer, además de los h e c h o s , sus
orígenes, saber que el Sr. C a m b ó ha continuado con la osadía y a u s e n ­
cia de preocupaciones, de que dejamos dada muestra, en la m a y o r
parte de los negocios planteados en Barcelona. H o y , por mediación
del Sr. Garí-Gimeno, tiene una notoria influencia en la Casa A r n ú s -
Garí.
CAPÍTULO V

S i n d i c a t o d e la A s o c i a c i ó n de B a n q u e r o s
de Barcelona.

La primera división q u e s e establece e n la Banca c o m p r e n d e la


alta Banca o Banca de emisión y la Banca comercial o de d e s c u e n t o .
En Barcelona, p o r u n a serie de circunstancias c u y a enumeración
sería prolija, actuando los Bancos en las d o s categorías, era el d e
Arnús-Garí especialmente el q u e negociaba casi todas las emisiones de
importancia. Constituyóse entonces el Sindicato de Banqueros de
Barcelona, S. A . , c o n el cual, actuando conjuntamente, trataron los
d e m á s banqueros de ponerse en condiciones de hacer a la Casa
Arnús-Garí la competencia y , consiguientemente, participar en los
cuantiosos beneficios q u e las emisiones producen. El propósito se les
c u m p l i ó , pero en cierto m o d o solamente, pues la Casa Arnús-Garí se
las c o m p u s o de m o d o q u e , interesada en el Sindicato mediante la
adquisición de un gran n ú m e r o de acciones, ejerce en el m i s m o n o
sólo u n a influencia considerable, sino decisiva.
N o n o s toca juzgar de los propósitos, sino de los h e c h o s , y por
eso, antes de discurrir u n p o c o sobre lo que significa o puede signifi-
car el Sindicato de Banqueros, v a m o s a transcribir los datos referentes
a los beneficios obtenidos e n los a ñ o s q u e se relacionan, datos q u e
h e m o s sacado de las Memorias publicadas por la repetida entidad
mercantil, q u e h a girado y gira bajo la d e n o m i n a c i ó n social de « S i n -
— 32 -

dicato de la Asociación de Banqueros de Barcelona» hasta 1917, y de


«Sindicato de la Asociación de Banqueros de Barcelona, S. A . » , desde
1918: ;
Años. Capital. Beneficios:.

1911 250.000 pesetas. 80.827,25 pesetas.


1912 310.000 19.787,87
1913 436.750 103.222,91
1914 477.500 25.122,97
1915, 477.500 43.524,57
1916 , 493.750 240.945,01
1917 495.000 322.972,41
1918 , 916.625 415.736,60
1919. 1.021.875 551.792,80

Estos beneficios, espléndidos en relación con el capital del Sindi-


cato, que en más de un año han llegado a suponer el 50 por 100 de
dicho capital, ¿de qué m o d o ha podido obtenerlos el Sindicato de Ban-
queros? Las Memorias que tenemos a la vista nos sacarían de dudas,
si es que si acaso las tuviéramos conociendo la finalidad para q u e
el Sindicato fué creado; se han obtenido esos beneficios llevando a
c a b o seguros de emisión.
Los peligros de la existencia de un Sindicato o trust c o m o el que
n o s ocupa para asegurar la colocación de valores son innumerables.
Es posible preparar los éxitos de las emisiones con una serie de tru-
cos y maniobras también m u y variados. Por ejemplo, los estableci-
mientos de crédito agrupados, que poseen una gran cantidad de dine-
ro, ejercen una influencia preponderante en Bolsa, y pueden, c o m -
prando o vendiendo, determinar el alza o la baja de u n o s valores.
Examínese, por ejemplo, la columna de cotización de las obligaciones
emitidas por la Mancomunidad de Cataluña, y se les verá variar de un
m o d o m u y sugestivo en los días que preceden o siguen a la emisión
de un nuevo empréstito. Incluso sin imponerse ningún sacrificio les
e s imposible a los Bancos influir sobre la tendencia del mercado faci-
litando c o n abundancia o distribuyendo con parsimonia el dinero de
~ 33 -

los raporis. De este m o d o alientan o paralizan a su voluntad a los


especuladores a crédito. Por otra parte, el cliente q u e trata de colocar
una s u m a de dinero, el cliente generalmente sugestionado por los re-
c l a m o s de una Prensa q u e se lava las m a n o s y dice lo que le dicen
q u e diga, a tanto la línea, por fuerza lo estará m á s todavía c u a n d o en
uno y otro Banco se le indique la conveniencia de adquirir u n o u otro
papel. Otro caso es el de la Sociedad que necesita hacer una emisión
de obligaciones, de acciones preferentes o de eso que los economistas
de n u e v o c u ñ o llaman « b o n o s » por llamarles de algún m o d o ; c o m o
sabe q u e ha de ir al fracaso si n o cuenta c o n los banqueros agrupa-
dos, contratará c o n ellos el llamado «seguro de emisión». Esto signi-
fica que la Sociedad o Empresa de que se trate entrega los títulos al
Sindicato, por ejemplo, a 90 enteros, y el Sindicato los coloca al
público al tipo de 95. Con lo cual resulta que h a y una diferencia de
5 enteros, q u e en emisiones de 500 pesetas cada título, s u p o n e n 25 p e -
setas por título, q u e desembolsa el suscriptor y que no encaja la enti-
dad emisora. A ú n existe la posibilidad de q u e el Sindicato, si s u p o n e
q u e u n o s títulos de tal o cual emisión van a tener gran aceptación,
los retenga para hacerles subir aún m á s en Bolsa y colocarlos luego
en la ventanilla a sus clientes, con lo que será m a y o r la ganancia de
los intermediarios. Pero el h e c h o m á s grave, el verdadero peligro para
la e c o n o m í a catalana, consiste en que c o m o al Sindicato le interesa
asegurar el m a y o r n ú m e r o de emisiones posibles, c o m o a medida q u e
los valores mobiliarios que se trata de colocar s o n de m e n o s garantía,
m a y o r será la comisión que se adjudique, porque su labor tiene m á s
mérito; el Sindicato colocará tranquila y preferentemente cuantas
emisiones se le ofrezcan, siempre que considere al m e r c a d o con
capacidad suficiente para absorberlas sin preocuparse de las c o n s e -
cuencias.

Anotemos, finalmente, el h e c h o m á s saliente y el que m á s relación


tiene c o n la tesis q u e v e n i m o s sosteniendo, o sea q u e el caso del B a n -
c o de Barcelona, c o m o los d e m á s q u e se h a n p r o d u c i d o y los que
3
- 34 -

puedan producirse, son ante todo producto del ambiente. T o d a s las


actividades del capital catalán no son la resultante de una cantidad
de voluntades diversas, no son la resultante de una cantidad igual de
actividades orientándose hacia un hecho global. Mil comerciantes,
operando libremente, producen una estadística de importación o de
exportación. Al igual, millares de consumidores, comprando diaria o
persistentemente el m i s m o producto, acaban por hacerlo encarecer.
Ante estas cifras generales, en las que se resume la vida de todos, se
siente la complejidad infinita de las fuerzas, se considera que es pre­
ciso rendirse a la fatalidad de las leyes; pero este caso es m u y distinto.
Los capitalistas catalanes n o proceden espontáneamente, porque la
falta de competencia entre los Bancos les deja a la merced de u n a
agrupación de banqueros. Pero éstos, por su parte, están también do­
minados y van arra.stras de una minoría en la que u n o s cuantos h o m ­
bres imponen su voluntad, o sea, por este lógico encadenamiento de
los hechos, que la economía catalana es manejada por unos cuantos
hombres y que de ellos es la responsabilidad de los desastres que p o r
su gestión desacertada sobrevengan.
CAPÍTULO VI

Un b o t ó n d e m u e s t r a . — L a C a t a l a n a d e G a s y Elec-
tricidad.

Difícil es para quien n o pretenda hacer un libelo, sino u n estudio


sincero de la situación, apoyarla c o n datos y citas q u e al afectar a u n a
Sociedad a la q u e h a y q u e aludir directamente, pudieran suponer a los
ojos de los maliciosos u n deseo de perjudicarla. Ello se debe precisa-
mente a lo q u e indicamos al c o m e n z a r nuestro trabajo, o sea a q u e el
gran público n o ha reconocido a ú n en estas cuestiones la trascendencia
que verdaderamente tienen. Para evitarlo h e m o s prescindido nosotros
en el capítulo anterior de citar emisiones, a las que podríamos habernos
referido concretamente. Pero seguros c o m o estamos de q u e p u e d e
considerarse incluido entre aquellos casos, por mil razones, el de la
Catalana de Gas y Electricidad, permítasenos abordarlo sin c o m e n t a r
apenas, pues c o n bastante elocuencia lo hacen por sí m i s m o s los n ú -
meros.
La Catalana de Gas y Electricidad q u e d ó constituida a ñ o s h a sobre
la base y c o n arreglo al que podríamos llamar antiguo c u ñ o catalán,
y en esa forma fué viviendo y prosperando. E n 9 de Diciembre
de 1893, según consta en el Registro Mercantil de esta demarcación
(tomo 23, folio 72, inscripción 4.''), la situación de la Compañía era
tan próspera q u e repartió un dividendo equivalente al 9 ^/g p o r 100 de
su capital circulante, después de robustecer s u fondo de reserva, a m o r -
- 36 -

tizar parte de su capital, amortizar 147 obligaciones, pagar la debida


remuneración a las Juntas directiva e inspectora y de entregar la par-
ticipación estatutaria al administrador. Con todo, aún le quedaron
disponibilidades para adquirir unos terrenos próximos a Hospitalet.
Siete años más tarde, en 30 de Octubre de 1900, se declararon extin-
guidas por auto judicial 3.500 obligaciones. Y en 11 1906
de Mayo de
la Catalana de Gas y Electricidad poseia un capital de 12.375.000 pe-
setas, representado por 24.650 acciones nominativas de a 500 pesetas
cada una. No podía ser, pues, su situación m á s próspera y floreciente.
Pero los años no transcurrieron en vano en la política económica de
Cataluña, y algunos m á s tarde del ú h i m o citado comenzaron a notarse
en tal importante enddad c o m o movimientos espasmódicos, conse-
cuencia de los cuales fué que venga inundando el mercado de papel
casi sin solución de continuidad. Citemos los datos referentes a estas
emisiones.
Por escritura de 18 de Noviembre de 1911 se emiten 12.000 obli-
gaciones al portador de a 500 pesetas cada una, interés 4 ^j., por l o o ,
a amortizar en treinta y cinco años, garantizando especialmente tal
emisión la casa n ú m e r o 16 de la calle de Santa Ana y la fábrica que
la Compañía posee en la Barceloneta.
Por escritura de 6 de Diciembre de 1912 se modifican los Estatu-
tos, y en s u consecuencia el capital, que en 11 de Mayo de 1906 era
de 12.375.000 pesetas, se aumenta hasta 40 millones en 80.000 accio-
nes de a 500 pesetas, siendo nominativas las del 1 al 24.750, y al por-
tador las del 24.751 al 80.000.
Por escritura de 25 de Enero de 1913 se emiten 64.000 obligacio-
nes de a 500 pesetas cada una, con un importe total de 32 millones de
pesetas, con intereses al 4 V2 por 100, amortizables en cuarenta y siete
años, dándose c o m o especial garantía hipotecas sobre varias fincas.
Por escritura de 6 de Diciembre de 1912 (inscripción 13, t o m o 86,
folio 100 del Registro Mercantil) D . Ensebio Bertrand y Serra aporta
a la Catalana de Gas y Electricidad la Sociedad General de Fuerzas
- 37 -

Hidroeléctricas, percibiendo por tal aportación 21.000 acciones, equi-


valentes a 4.100.000 pesetas. (Es interesante hacer notar que el s e -
ñor Bertrand y Serra es de antiguo diputado a Cortes por Puigcerdá,
afiliado a la Liga Regionalista y m u y amigo del ilustre D . Francisco
Cambó.)
Por escritura de 4 de Junio de 1915 se aumenta el capital social en
20 millones de pesetas, en acciones al portador, c o n u n valor nominal
de a 500 pesetas cada una. Estas acciones podían ser preferentes y
amortizables. ( P o r acuerdo de Ja junta extraordinaria de accionistas
de 29 de Abril de 1915 había quedado autorizado el Consejo de A d -
ministración para elevar el capital social hasta 75 millones de pesetas,
si bien sólo se u s ó de la autorización p o r el m o m e n t o para elevarlo a
60 millones, c o m o se v e . ) Acerca de esta emisión y a u m e n t o de capi-
tal también n o s parece q u e d e b e m o s hacer destacar u n h e c h o signifi-
cativo, y es el de q u e habiendo sido otorgada la escritura en 4 de Junio
de 1915, c o m o queda dicho, ante el notario Sr. Gallardo y Martínez,
aparece inscripta en el Registro Mercantil de esta provincia el día 5 del
m i s m o m e s y a ñ o , lo que batió el record de la velocidad. E n vein-
ticuatro horas, en efecto, se otorgó una escritura de emisión de 20
millones de pesetas, se obtuvo copia auténtica de la m i s m a , se liquidó
de T i m b r e y de Derechos reales y se inscribió en el Registro Mercan-
til. Ordinariamente todo ello se efectúa en u n plazo de u n m e s , en el
supuesto de q u e a la entidad emisora le urja llegar a la emisión lo
antes posible.

Por escritura de 4 de Junio de 1915 se emiten 50.000 obligaciones


de a 500 pesetas, equivalentes a 25 millones de pesetas, c o n interés
fijo anual del 5 por 100.
Por escritura de 8 de Abril de 1917, inscrita en el Registro Mer-
cantil de esta provincia el 18 de Mayo ( t o m o 92, folio 7 7 ) , se emiten
30.000 b o n o s al portador de u n valor de 500 pesetas, o sea en total
15 millones de pesetas al interés anual del 6 p o r 100, a amortizar e n
diez a ñ o s . E n la inscripción hecha en el Registro Mercantil l e e m o s , y
- 38 -

vale la pena de copiarlo, q u e «la Sociedad garantiza dichos bonos s o -


bre todo su activo, e ínterin la junta general de tenedores de los mis-
m o s no acuerde lo contrario, designando por sí representantes s u y o s ,
la Sociedad reconoce legal representante del Cuerpo de tenedores, que
deberá constituirse, al Consejo directivo del Sindicato de la Asociación
de Banqueros de Barcelona, S. A., reconociéndole además facultad al
propio Consejo para delegar esa representación en dos de sus m i e m -
bros». El lector recordará que en el citado año de 1917 el Sindicato de
la Asociación de Banqueros, S. A . , obtuvo con un capital de 495.000
pesetas beneficios que declara importantes 322.973,41 pesetas.
Por escritura de-20 de Noviembre de 1917, inscrita asimismo en
el Registro Mercantil (tomo 100, folio 26) por el procedimiento rapi-
dísimo a que esta Sociedad nos tiene acostumbrados, el 24 del propio
mes se emitieron 40.000 bonos m á s de a 500 pesetas, con un importe
total de 20 millones de pesetas y un interés del 6 por l O O . Esta nueva
emisión fué también asegurada en 30.000 bonos por el repetido Sin-
dicato de la Asociación de Banqueros, S. A.
En resumen: la Catalana de Gas y Electricidad, que en 28 de Abril
de 1906 tenía un capital de 12.375.000 pesetas sin deuda, en 1917 ha
visto inflarse ese capital hasta 60 millones de pesetas y tiene emitidos
63 millones de pesetas en obligaciones de las series E D y F y en circu-
lación 35 millones de pesetas en bonos de los emitidos en 23 de Abril
y 22 de Noviembre del propio a ñ o , con u n cargo inicial de pesetas
5.935.000 de intereses a la acciones preferentes, obligaciones y b o n o s .
T o d o ello sin tener en cuenta el cálculo de amortización de obligacio-
nes y bonos, estos últimos a efectuar en los años sucesivos, partiendo,
respectivamente, de 1919 y 1921.
Véase ahora una estadística de la cotización sufrida en la Bolsa de
Barcelona por las acciones de la Catalana de Gas y Electricidad. ( T o -
m a m o s solamente c o m o tipo las acciones de la serie D y E.)
- 39 -

1 de Junio de 1913 101


31 de Diciembre de 1913- 102
30 de Junio de 1914 91
1 de Septiembre de 1915 81,75
7 de Enero de 1918 61
8 de Abril de » 71
21 de Mayo de • 78
5 de Junio de » 73
8 de Julio de - 72
4 de Enero de 1919 72
4 de Junio de » 68
4 de A g o s t o de » 66 /
20 de A g o s t o de » 58
5 de Septiembre de 1919 50
3 de Marzo de 1920 49
5 de Abril de • 47,50
19 de Abril de • 45
20 de Mayo de » 44,50
18 de Octubre de » 44
19 de Abril de 1921 40

El lector acaso se pregunte qué poder extraordinariamente influ-


yente concurría e n los altos destinos de la Catalana de Gas y Electrici-
d a d , y c ó m o se produjo este c a m b i o absoluto de orientación en aqué-
lla. Si el lector es catalán n o necesita en verdad formularse esta pre-
gunta, que para los de fuera de Barcelona contestaremos diciendo q u e
la metamorfosis coincidió c o n el h e c h o de haber sido llamado a la
asesoría de la Compañía el leader regionalista D . Francisco C a m b ó ,
al que n o tardó en dársele entrada en el Consejo de Administración
de la m i s m a . Cierto es, sin e m b a r g o , q u e el ilustre h o m b r e público,
r e h u y e n d o c o n su natural modestia los parabienes que habrían de tri-
butarle los accionistas de la Catalana, n o concurre a ninguna de las
juntas generales, lo que pudiera obedecer también a q u e , c o m o la A s o -
ciación de Banqueros consideraba nefasta la inspección de las Socie-
- 40

dades anónimas, él extreme la teoría y piense que para la buena mar­


cha de una Sociedad todas las fiscalizaciones sobran, si el que inspira
aquélla posee las admirables dotes de financiero que concurren en su
persona.
CAPÍTULO VII

El c a s o d a l B a n c o d e B a r c e l o n a .

Estas ideas generales expuestas denen u n a aplicación rigurosa


c u a n d o n o s c o n c r e t a m o s al caso del Banco de Barcelona. El Sr. C a -
rreras Candi, en u n o s artículos q u e ha venido publicando en Las No-
iicias, de Barcelona, después de hacer notar la imposibilidad e n q u e
se encontraban los accionistas del Banco citado de hacer cambiar la
orientación en la gesdón del Banco, «por cuanto la Directiva e s t u v o
siempre apoderada de la mayoría de los votos de los asistentes a las
juntas generales» y era su voluntad la q u e imperaba, « p u e s c o n la
a y u d a de algunos paniaguados los cargos de la Junta se reelegían
constantemente hasta resultar de h e c h o vitalicios», se esfuerza en p r o -
bar q u e «la historia financiera del Banco de Barcelona apenas aparece-
en s u s JVIemorias y balances». «A pesar de disponer el art. 28 de los
Estatutos q u e las Memorias debían comprender la reseña de las ope-
raciones h e c h a s p o r el B a n c o , de casi nada se daba cuenta e n ellas»..
Ello m o t i v ó «que se protestara e n m á s de u n a junta general».

El Sr. Carreras Candi t o m a c o m o tipo la Memoria presentada


en la junta de Agosto de 1912. Ocupa la reseña de las operaciones del
Banco solamente cuarenta y u n a líneas o trescientas setenta palabras.
Es difícil imaginar literatura m á s nula, insignificante e insípida q u e
la q u e preside estas Memorias, y n o sería posible sobrepasar el cuida-
d o meticuloso c o n q u e el Banco se preocupaba de ocultar su s i t u a c i ó n .
— 42 -

El lector m e n o s avisado se da cuenta de que todas las frases, y aun


las palabras, han sido bien meditadas para no decir nada. Así, en esas
cuarenta y una líneas se dedican unas palabras vagas a la competen-
cia de los valores extranjeros; la Junta de gobierno no encomia «su
criterio de prudencia, en ella tradicional, que en todas épocas, próspe-
ras o adversas, ha mantenido al Banco su nombre y su crédito». Para
informar de algo tan importante c o m o la compra de la Casa Vidal-
Quadras, se dice simplemente a los accionistas que «se ha introducido
la sección de Banca, que por la forma con que se ha llevado a cabo
merecerá general confianza, y es de esperar produzca beneficio». T o -
dos los años se repiten los m i s m o s conceptos vagos, con el evidente
deseo de quitarse de encima una tarea enojosa. ¡Con qué placer debían
los redactores de las Memorias agarrarse al tópico del personal, para,
elogiando su celo, llenar unas cuantas líneas!
L o que había en el fondo de estas líneas cabalísticas, ya lo d e m o s -
tramos en nuestro anterior folleto, y el Sr. Carreras Candi lo recoge
en un párrafo de u n o de sus artículos concisamente: « T o d o s los esta-
blecimientos fusionados con el Banco de Barcelona (la Caja Vilumara,
la Sociedad de Crédito mercantil con sus dos establecimientos, etcé-
tera) continuaron funcionando con el carácter de sucursales, por m á s
inmediatos que estuvieran los unos de los otros, lo que resultaba una
aberración. La vigilancia que sobre ellos debía ejercer la Dirección
desde la Casa matriz, era más aparente que real. De ello se percataron
algunos aprovechados sujetos, lanzándose a especular con el dinero
del Banco, apelando precisamente a sus sucursales. El movimiento
brutal de entregas de dinero a determinadas personas, sin las debidas
garantías, efectuado en los tres o cuatro últimos años, serán un padrón
de ignominia para la Directiva del Banco de Barcelona, que ha d e m o s -
trado su incapacidad, su inconsciencia y la ninguna virtualidad de su
acción. N o h a y explicación plausible en la protección dispensada a
esos aventureros de diversas nacionalidades, que obtuvieron en el
Banco cuanto quisieron».
43 —

N o s c o m p l a c e m o s en citar estos textos, que suscribe h o m b r e tan


autorizado c o m o el Sr. Carreras Candi y q u e demuestran q u e nosotros
acertamos en todos los juicios que en el primer folleto emitimos, así
c o m o nos place q u e dicho señor coincida c o n lo que dijimos nosotros
c u a n d o afirma q u e «la irreflexión acusó al Gobierno de limitar exce-
sivamente su a p o y o material al Banco» y que «el Gobierno hizo c u a n -
to le fué posible para auxiliar al Banco de Barcelona y a la plaza c o n
medidas de carácter financiero y aun en la esfera ejecutiva». Vamos
ahora a entrar e n el e x a m e n de la situación e n q u e se encontraron el
Banco los c o m i s i o n a d o s de los accionistas designados por la junta
general de accionistas q u e se celebró el 21 de Febrero.

En la reunión celebrada por un n u m e r o s o grupo de accionistas en


la Cámara de la Propiedad en 16 de Febrero, se designó u n a Comisión
de la q u e formaba parte el citado Sr. Carreras Candi, Comisión que
h u b o de ponerse en contacto c o n la Junta de gobierno del Banco para
formularle varias preguntas, entre las cuales figuraba una sobre la si-
tuación real e n q u e el Banco se encontraba. D o s días m á s tarde los m i s -
m o s accionistas volvieron a reunirse en el F o m e n t o del Trabajo N a -
cional para oír el descargo de la C o m i s i ó n . El Sr. Carreras Candi dio
cuenta de haber sido recibido c o n sus c o m p a ñ e r o s de Comisión por
el Sr. Rusiñol, el cual les había declarado que, a pesar de haber trans-
currido cerca de dos m e s e s desde el día en que el Banco había presen-
tado el escrito de s u s p e n s i ó n de pagos, les era imposible precisar la
verdadera situación del Banco de Barcelona. Vino s e g u i d a m e n t e la
junta general extraordinaria de accionistas (21 de Febrero), y en ella
se designó una C o m i s i ó n permanente de n u e v e accionistas (señores
c o n d e de Figols, P u i g y D u r a n , Casagualda, O q u e n d o , Capó, Jorba,
Mir, G o m i s y Carreras Candi) con facultades excepcionales para rea-
lizar lo que los Estatutos no permitían a la Junta de gobierno del B a n -
c o realizar por si sola, a fin de llegar a una solución q u e en el caso
e x t r e m o podría ser incluso la disolución de la Sociedad.
- 44 -

Esta Comisión, con amplios poderes, c o m e n z ó a actuar, trabajan-


do diariamente en la clasificación de créditos, procurando orientarse
en el laberinto de una contabilidad tan voluminosa y complicada.
N o será preciso, ni tendría interés alguno, ir amontonando episo-
dios pintorescos y que sobre correr de boca en boca no vendrían a
agravar las responsabilidades, suficientemente señaladas, de los direc-
tores del Banco en m u c h a s de las operaciones por éste realizadas. D e s -
de la célebre operación de préstamo por una s u m a importante sobre
judías brasileñas que por n o ser admisibles en nuestro mercado hay
que dedicar para abonos, después de haber prestado sobre ellas 70 pe-
setas por tonelada, o sea bastante más de su valor {La Vanguardia,
24 de Mayo de 1921), pasando por todas las operaciones realizadas
con la Casa Allende y Compañía, h o y en situación de quiebra, hasta
la concesión de créditos a personas de notoria falta de solvencia en
relación con las s u m a s percibidas, en los libros de contabilidad del
Banco de Barcelona pueden encontrarse cuantas pruebas se quieran
para demostrar la incapacidad y la inconsciencia de la Junta de gobier-
no. Lo interesante, pues, de la labor de los fiscalizadores consistía en
determinar en qué operaciones le queda al Banco la posibilidad de
exigir compensaciones, y en cuáles otras es ello imposible, por no
existir y a superficie material en el deudor.
Esta labor, pesadísima y expuesta a error en todo m o m e n t o , la
vienen realizando los comisionados ardorosamente. Y—esto es lo i m -
portante—a la hora actual todavía n o es posible, c o m o n o lo será en
m u c h o tiempo, tanto m á s cuanto que, según la manera m á s o m e n o s
precipitada c o m o la liquidación se haga el resultado puede ser m u y
distinto, nadie puede afirmar cuál es, realmente, la diferencia o des-
nivel que existe entre el activo real y el pasivo del Banco de Barcelo-
na, aunque todos coinciden en calcular que girará alrededor de 80 m i -
llones, aproximándose quizá a los 100. O sea, que se ha perdido el
capital del Banco, el fondo de reserva y una parte considerable de las
cantidades que al Banco le habían sido confiadas, lo que supone de
- 45 —

hecho el estado de quiebra, c o m o desde el primer m o m e n t o supuso


todo el m u n d o , al pasar la vista por los dos balances presentados al
Juzgado por el Banco de Barcelona. Bueno es adverdr que la situación
de suspensión de pagos en que el Banco se encuentra desde hace cinco
meses es carísima, pues ha de sostener a casi todo el personal; y c o m o
dato interesante, sólo en concepto de intereses por una pignoración de
valores hecha en el Banco de España, debe satisfacer 600.000 pesetas,
todo lo cual, así c o m o las oscilaciones sufridas por las divisas extran-
jeras, en c u y a especulación una gran parte de los clientes insolventes del
Banco, que es c o m o decir el Banco m i s m o , estaban a la baja, reper-
cutirán notablemente en el balance final, a u m e n t a n d o su pasivo.
CAPÍTULO VIII

El p r o y e e t o d e B a n c o M e r c a n t i l d e B a r c e l o n a .

Desde l o s primeros m o m e n t o s , al hacerse público el acuerdo de la


Junta d e gobierno del B a n c o de Barcelona d e declarar la suspensión d e
pagos, el Sr. C a m b ó , q u e era abogado de dicho Banco y c o m o tal i n -
tervino en algunas de las ú l d m a s fusiones (la de la Sociedad de Crédi-
to Mercantil, entre ellas), a p r o v e c h ó su preeminente situación política
para proclamar c o m o solución única la creación de u n Banco catalán
de u n a m a y o r potencialidad e c o n ó m i c a q u e el de Barcelona. El señor
C a m b ó , al lanzar esa idea, descuidaba el detallar cosas tan importan-
tes c o m o eran la manera d e tener el dinero necesario y la forma de e n -
troncar la nueva entidad c o n el «vacilante» Banco de Barcelona. Así y
todo, y salvo algunas personas ponderadas e imparciales q u e veían
estas dificultades insuperables, era tal la general seguridad de q u e y a
se vería el m o d o de arreglarlo, tales las seguridades que daba el propio
Sr. C a m b ó afirmando q u e «él obtendría una ley especial del Parla-
m e n t o c u a n d o fuera preciso», q u e el proyecto apareció rodeado d e una
prestigiosa aureola. E n la revista Economía y Finances y en su sec-
ción «Notas de la quincena» se habla durante todos l o s n ú m e r o s de
los m e s e s de Marzo y Abril del Banco Mercantil c o m o d e cosa a
p u n t o d e realizarse. E n la España Económica y Financiera del 23 d e
Marzo se dice, en la sección de Barcelona, «que parece de constitución
y funcionamiento inmediato el n u e v o Banco Mercantil de Barcelona».
— 4S —

E n otras revistas y en la Prensa diaria se publican con frecuencia notas


oficiosas que tienden a dar la misma impresión.
Veamos lo que había de verdad en todo ello. El 2 de Marzo, en la
antigua Casa de la Lonja, se leyeron las bases del proyecto del Banco
Mercantil de Barcelona, que había de sustituir al Banco de Barcelona.
C o m o se sabe y hacíamos constar en nuestro primer folleto, el capital
escriturado de este Banco debía ser de 100 millones, representado por
200.000 acciones de a 500 pesetas, de las cuales.iban a ponerse en cir-
culación la mitad, mediante suscripción pública previamente asegura-
da. Según habían afirmado los periódicos (La Ven de Catalunya, 3 de
Marzo de 1921), los consejeros del Banco de Barcelona suscribirían
15 millones, los mayores cuentacorrentistas del Banco de Barcelona
otros 15 millones, 10 millones los Bancos de Barcelona y otros 10 que
se destinaban a la suscripción en las ventanillas.
Ya para esa fecha actuaba la Comisión interventora designada por
ios señores accionistas y otra formada por una representación de los
. cuentacorrentistas, que trabajó para obtener la adhesión de los peque-
ños cuentacorrentistas al proyecto de n u e v o Banco. La primera de
dichas Comisiones había celebrado diversas entrevistas con la Junta de
gobierno del Banco de Barcelona, sin lograr averiguar respecto a la
situación de éste m á s que detalles episódicos y sin que respecto del
proyecto de nuevo Banco lograran averiguar nada tampoco, al m e n o s
nada que indicara que se trataba de una cosa seria. Se había dicho,
por ejemplo, que los cuentacorrentistas del Banco de Barcelona debe-
rían dedicar el 25 por lOO de sus créditos contra aquél a suscribir a c -
ciones del nuevo Banco. Más tarde se aclaró un extremo importantísi-
m o , o sea que ese 25 por 100 no había de ser en relación con las
s u m a s percibidas a cuenta de sus créditos, sino que debían entregar
todo lo que percibieran hasta cubrir el 25 por 100 del crédito. O lo
que es lo m i s m o , que si un cuentacorrentista del Banco de Barcelona
recibía de éste el 20 por 100 de la s u m a que contra él podía acreditar,
la s u m a percibida, en su totalidad, debía ser para el nuevo Banco.
- 49 -

Otro día, al preguntar al Sr. Marqués en qué forma se encargaría el


Banco Mercantil de liquidar el de Barcelona, se enteraban de que no
había de encargarse el n u e v o B a n c o de esa liquidación. Otro día sabía-
se igualmente que, tras m u c h o hablar de dinero fresco, existía el pro-
pósito de fundir o adjuntar al Banco en proyecto otra enddad finan-
ciera de Barcelona, que había de aportar u n o s l o millones de pesetas
en papel de m á s o m e n o s fácil realización. «Se intentó adivinar t a m -
bién—dice en u n o de los artículos a q u e aludimos el Sr. Carreras Can-
di, que ha historiado con profundo conocimiento de los h e c h o s este
período interesante—alguna maniobra de interés financiero particula-
rista, en tal o cual elemento bancario coligado alrededor del futuro
Banco Mercantil de Barcelona». T o d a v í a hubieron de comprender los
c o m i s i o n a d o s de los accionistas que los señores de la Junta de gobier-
no, o al m e n o s una parte considerable de ellos, no estaban dispuestos
a suscribir las s u m a s q u e el Sr. C a m b ó les había señalado caprichosa-
mente. T o d o ello hizo que los dichos señores c o m i s i o n a d o s , mientras
los interesados persistían en mantener el e n g a ñ o a los ojos de la opi-
nión, c o n v e n c i d o s de que era absolutamente irrealizable el proyecto,
íiccedieran a cuanto se les p r o p u s o , deseando especialmente que una
intransigencia s u y a , por justificada q u e fuese, no diera pretexto para
decir que había h e c h o fracasar aquél. Así aceptaron, por ejemplo, el
que n o se diera en el n u e v o Banco la m e n o r intervención a los accio-
nistas del Banco de Barcelona y el q u e se diera por cada dos de estas
acciones una cédula beneficiaría, a la que sólo se le daría interés, des-
p u é s que de los beneficios obtenidos por el n u e v o Banco se hubiese
destinado l o por l o o para fondo de reserva, 5 por 100 para el Conse-
jo de Administración, 6 por 100 para el capital de nueva aportación,
I por 100 para los directores, 10 por 100 para amortización de las c é -
dulas beneficiarías, y del remanente, el 35 por 100 para interés de estas
cédulas y el 65 por l o o en calidad de dividendo c o m p l e m e n t a r i o para
las acciones del n u e v o B a n c o .

Creemos perfectamente inútil detallar las gestiones q u e durante


- 50 -

m u c h o s días se realizaron, los incidentes de la p u g n a entablada entre


la Comisión de accionistas del Banco de Barcelona y la Junta de g o -
bierno del m i s m o , defendiendo aquéllos los intereses de sus c o m p a ñ e -
ros. Lo interesante es hacer notar q u e , realizable o n o , el plan c o n -
sisdó en sacar para el n u e v o Banco casi todo el dinero del Banco de
Barcelona, en el q u e a prevención la Junta de gobierno no se cubría
en las operaciones en m o n e d a extranjera y hacía todo lo posible por
mantener en caja la m a y o r cantidad posible de efecdvo metálico (en
25 millones se evalúa el encaje metálico actual del Banco de Barcelo-
na) «para q u e pudiera contar c o n él el Banco Mercantil apenas se f u n -
dase» (artículo citado del Sr. Carreras Candi) y en llevar al n u e v o
Banco otro u otros Bancos, c u y a situación actual no es m u y satisfacto-
ria. O sea, y he aquí lo m o n s t r u o s o , que se confia de tal m o d o en la
i m p u n i d a d c o n q u e entre nosotros p u e d e hacerse t o d o , que para borrar
las huellas de una verdadera expoliación n o se vio mejor salida q u e
fraguar otra m á s grande todavía. Harto se comprenderá q u e , c o m o
nosotros i n d i c á b a m o s en nuestro primer folleto, todo esto no sería p o -
sible de n o tener existencia real una oligarquía polídco-financiera q u e
n o repara en m e d i o s y que va derecha a su fin, a u n q u e sea pisoteando
la e c o n o m í a de Cataluña.
CAPÍTULO LX

L a s p o s i b i l i d a d e s d e solución.—Una f ó r m u l a d e la
Comisión d e a c c i o n i s t a s .

Ya a principios de Mayo corriente, si nuestra m e m o r i a n o n o s en-


gaña, mientras las revistas financieras seguían ocupándose de la i n m e -
diata creación del Banco Mercantil de Barcelona, el proyecto había
sido totalmente a b a n d o n a d o . Salvo algunas gesdones que realizaban
los c o m i s i o n a d o s p o r la Junta de accionistas, y de entre ellos el señor
Jorba y algún otro q u e trabajaban, y s u p o n e m o s que siguen haciendo
lo m i s m o , para clasificar créditos, para ir haciendo u n p o c o de luz en
la intrincada contabilidad del Banco de Barcelona, y el Sr. Puig y D u -
ran, que fué a b o g a d o del Crédito MercandI e Industrial y figura en la
Comisión de accionistas del repeddo Banco, c r e e m o s poder asegurar
que n o había u n a orientación ni u n plan en los señores q u e m á s obli-
gados vienen por las responsabilidades q u e tienen contraídas a m a r -
car los c a m i n o s q u e a la solución pudieran conducir. L o s Sres. V e n -
tosa y Calvell y Roig y Bergadá—también este dato h a sido y a reco-
gido p o r algún periódico diario—llegaron a la conclusión de q u e la
mejor solución era n o buscar ninguna, porque n o veían s o l u c i ó n p o -
sible, y en tal sentido mostráronse partidarios de q u e el Banco se
declarase en estado de quiebra. U n a quiebra rápida, decían, c o m o si
pudiera ser tal cosa. E s preciso tener en cuenta q u e estos m i s m o s
señores abogados proceden c o n tal precipitación q u e , c u a n d o actuan-
- 52 -

d o ya de asesores, el Banco de Barcelona c o n v o c ó a sus acreedores a


junta general para el m e s de Septiembre, n o ofrecía nada m e n o s que
liquidar sus créditos en un plazo de seis m e s e s .

Y, sin e m b a r g o , los elementos directivos del Banco de Barcelona


n o pueden olvidar que están obligados a sacrificarse, incluso e c o n ó -
m i c a m e n t e , para favorecer cualquier s o l u c i ó n , q u e lo están también a
buscarla por su parte incansablemente. Cuando los Estatutos del
Banco se reformaron (1914), en la Memoria en que se daba cuenta de
esta reforma se detallaban «tendenciosa y confusamente» (artículo
citado del Sr. Carreras Candi) las reformas acordadas; pero «la
modificación q u e m á s directamente afectaba al bolsillo de los señores
de la Directiva n o se mencionaba en la Memoria. Según el art. 43 de
los a n t i g u o s Estatutos ( h o y 42), era remunerada la Junta de gobierno,
en consideración a sus trabajos y responsabilidades, con el 8 por 100
de los productos, después de rebajados los gastos de material y perso-
nal. Proponía la Junta de gobierno, contra la voluntad de los tres
representantes de los accionistas, que esa remuneración se aumentase
en un 2 por 100, lo c u a l e s t i m á b a m o s injusto por creer que n o m e r e -
cía tanto s u labor, m á x i m e si considerábamos que con el m a y o r capi-
tal aumentaría el rendimiento de lo q u e les correspondiese. Mas c o n
la mayoría de votos de q u e siempre se pertrechaban, ellos m i s m o s se
adjudicaron de una manera indelicada el 10 por 100 de aquellos p r o -
d u c t o s , prescindiendo de nuestra oposición» (artículo citado del señor
Carreras Candi). Bien se advierte q u e esas responsabilidades de q u e
h a b l a m o s las c o n o c í a n bien los directores del Banco de Barcelona,
c o m o no ignorarán que si los perjudicados aspiran a arreglar las cosas
lo mejor posible, siempre les quedará la posibilidad de instar la quie-
bra para cobrarse, n o en lo q u e produzca la liquidación del Banco,
s i n o en las fortunas personales de los directores.

D e c í a m o s q u e los accionistas q u e forman la Comisión n o m b r a d a


en la junta general extraordinaria, en la que se concedieron tan a m -
plias facultades a la de gobierno, había elaborado, en líneas generales,
un proyecto de solución que se presenta, al igual que todos los q u e
puedan elaborarse, y ello por deficiencias de nuestra legislación en
materia de suspensiones de pagos, lleno de dificultades, q u e los auto-
res del proyecto n o consideran, si todos a y u d a n , absolutamente i n s u -
perables. He aquí, m á s o m e n o s , c ó m o razonan los señores a que
aludimos:

La legislación española sobre la materia es incompleta y ello hace


que en la práctica todos los abogados b u s q u e n arreglos extrajudiciales
para facilitar una liquidación m á s beneficiosa en el caso de q u e n o sea
posible, caso también m u y frecuente, a y u d a r al comerciante, en c u y o
crédito y laboriosidad se confía, dándole facilidades para reponerse.
Nosotros también h a b r e m o s de buscar un arreglo extrajudicial, c u y a s
líneas generales pudieran ser:
El Banco procedería a levantar la suspensión de pagos después de
quedar de acuerdo c o n sus acreedores, a los q u e entregaría inmedia-
tamente el 50 por 100 de sus créditos y el resto en títulos fiduciarios
sin plazo de vencimiento y c o n un rendimiento m á x i m o de u n 2 por
100. De h e c h o , estos títulos no podrían capitalizarse lógicamente en
m á s de un 30 por 100 de su valor n o m i n a l , atendido el tipo de inte-
rés q u e se les marca; pero a u n así y t o d o , si se considera lo q u e se
obtendría de una liquidación precipitada, es m u y posible q u e c o n tal
solución de m o m e n t o y la posibilidad de que una nueva dirección
hiciera resurgir al Banco de Barcelona, que tiene a ú n u n prestigio que
sorprende a todo el m u n d o , c o m o lo indica el h e c h o de que sus a c c i o -
nes se coticen todavía, resulte lo m á s conveniente.
A los consejeros del Banco de Barcelona se les ha indicado, y se
confía en obtener su conformidad, la conveniencia para ellos, a fin de
evitarse la posibilidad de morir envueltos en una causa judicial de
esta naturaleza, de asegurar una emisión de parte del capital (25 mi-
llones de pesetas) que el Banco tiene en cartera. El seguro q u e se les
- - 54 -

pide es solamente por n u e v e millones de pesetas a p r o x i m a d a m e n t e .


Coincidiendo con lo que decíamos en nuestro primer folleto, la
C o m i s i ó n de accionistas, y a su cabeza el Sr. Puig y D u r a n , conside-
ran que para llegar a un acuerdo c o n los acreedores se tropezará c o n
m á s dificultades por el h e c h o de q u e existen varios millares de éstos,
c u y o s créditos s u m a d o s se calculan en u n o s dos millones de pesetas,
y los cuales, por lo m i s m o que son los q u e tienen de un lado m á s
necesidades y de otro m e n o s sentido de la responsabilidad, s o n s i e m -
pre los m á s irreductibles. Lo que n o se hizo antes y debió hacerse lo
harían ahora los que buscan el arreglo, o sea entregar a esos peque-
ñ o s acreedores el importe total de sus créditos, c o n lo que no sólo se
obtendría s u conformidad, sino q u e sus votos en la Junta de acreedo-
res, c o m o es lógico, serían favorables al acuerdo.

Estas s o n las líneas fundamentales. H a y después u n a serie de deta-


lles interesantes que n o podríamos exponer. Parece que los Bancos
extranjeros interesados en la suspensión de pagos del Banco de Barce-
lona alientan cualquier solución a base de q u e dicho Banco continúe,
y rechazaron o estaban dispuestos a rechazar los que supusieran
creación de una nueva entidad, c o m o la q u e se delineaba bajo el ró-
tulo de Banco MercandI de Barcelona.
CAPÍTULO X

T o d o e s la m i s m a cosa.—Un p a r a l e l o .

Ignoramos nosotros—¿quién habrá en estos m o m e n t o s que pueda


honradamente decir otra cosa?—si estos propósitos de los accionistas
del Banco de Barcelona podrán, adelantando p o r el áspero c a m i n o de
las dificultades de orden judicial, por las q u e s u p o n e n concertar
tantas voluntades, acallar tantas voces q u e reclaman lo s u y o c o n j u s -
dcia y sacudir el e g o í s m o de los consejeros del Banco, llegar al punto
en q u e s u s propósitos se plasmasen en realidades. Dícennos, p o r
ejemplo, q u e e n el procedimiento a seguir bastaría c o n que en el orden
judicial u n a disposición de carácter legal asimile las entidades banca-
rias en suspensión de pagos a las concesionarias de obras públicas,
con lo q u e el trámite procesal se simplificaría grandemente, y q u e res-
pecto a las otras dificultades los gestores de este proyecto están llenos
de ardor y de verdadero a m o r al Banco de Barcelona y confían m u -
c h o en ellos m i s m o s , q u e es c o m o empezar a confiar en los d e m á s .
Ni a f i r m a m o s ni n e g a m o s nada, p u e s para ello tendríamos q u e c o n o -
cer u n a serie de datos y de cosas que n o están a nuestro alcance. Per-
mítasenos hacer, sin embargo, una afirmación rotunda: Si fuera posi-
ble solucionar este gravísimo tropiezo, salir de la crisis actual e n u n a
forma o en otra, nada, sin embargo, se habría adelantado mientras
— s e -

no llegue a todos el convencimiento de que el caso del Banco de Bar-

celona es u n eslabón de una cadena.


Si los datos que llevamos expuestos n o fueran lo bastante elocuen-
tes, podríamos relacionar otros m u c h o s casos, referirnos a otras m u -
chas Empresas en las que se han ido enredando, por iniciati\a y
dirección de los m i s m o s hombres, millones y millones de los que
constituyen la riqueza de Cataluña, y habrían de servir para afianzar
su bienestar y su prosperidad. Podríamos referirnos—dejando a un
lado el Banco de Tarrasa, del que y a hablamos anteriormente y del
que volveremos a hablar en otra ocasión—a la gestión de los partidos
políticos en el Ayuntamiento, en íntimo contacto con los elementos
financieros y c o m o consecuencia al nunca bastante ponderado enlace
de Barcelona con los pueblos agregados, del que fué autor el arqui-
tecto de Toulousse, M. Joseley, gran amigo del Sr. Puig y Cadafalch,
y que costó m u c h o dinero al Ayuntamiento de Barcelona sin que
nada del proyecto se haya realizado; podríamos referirnos a la c o n s -
trucción del túnel por donde debía pasar el primitivo .Metropolitano,
en el primer trozo de la Gran Vía A, abandonados después de d e s e m -
bolsar el Ayuntamiento importantísimas s u m a s , y aún podríamos
hacer resaltar el hecho significativo de que por aquella época la C o m -
pañía de Tranvías de Barcelona comenzase a utilizar los servicios de
asesoría del ilustre D . Francisco Cambó; podríamos referirnos al
affaire escandaloso de las aguas, en el que los banqueros intervienen
con tal pudor que uno de ellos no tiene inconveniente en declarar que
ha entregado una s u m a para que se la repartan algunos periodistas
que podrían combatir desde su sección municipal el asunto, y podría-
m o s , por n o hacer esta enumeración de hechos interminable—aun-
que a este extremo sí que pensamos referirnos en el próximo folleto—,
hablar de ese sumidero de millones, que es la Exposición Universal de
Industrias Eléctricas... Nada se habría adelantado, decimos, mientras
no llegue a todos el convencimiento de que el caso del Banco de Bar-
celona no es m á s que el eslabón de una cadena y mientras no se pro-
- 57 -

ceda en consonancia contra esta oligarquía político-financiera de la


que n o s v e n i m o s o c u p a n d o .

Existe latente en Barcelona un problema q u e ha tenido suspensa


la vida de la ciudad innumerables veces en dos años, q u e ha influido
y sigue influyendo en la vida de la industria y que constituye una
amenaza para la tranquilidad de Barcelona, y por la irradiación n a t u -
ral que los acontecimientos de Barcelona tienen para la tranquilidad
de toda España. Este problema ha sido examinado, está siendo e s t u -
diado y e x a m i n a d o diariamente por escritores de todos los matices
políticos, por gobernantes a quienes las circunstancias obligan a n o
perderlo un m o m e n t o de vista, por todos los h o m b r e s , en fin, a
quienes interesa m á s o m e n o s directamente la cosa pública y m á s
concretamente la defensa del derecho. N o creemos equivocarnos al
asegurar q u e todos los que opinan sobre materia tan ardua e intere-
sante están de acuerdo en una cosa, o sea en q u e el problema n o tiene
otra solución que el restablecimiento de la disciplina social. L o que
h a y es q u e al concepto se le dan, según el punto de vista, distintas i n -
terpretaciones, y hay quien supone que la disciplina sólo debe rezar
para los de abajo, y los h a y , en cambio, que encuentran tolerables en
los de abajo todas las rebeldías y se indignan ante el m e n o r ademán
de rebeldía de los q u e aparecen colocados más arriba. Ello n o es o b s -
táculo para q u e el principio subsista, y bueno será consignar q u e lo
p o c o o m u c h o que en Barcelona se ha h e c h o en este orden de cosas
ha sido sobre la base de restablecer esa disciplina, sin la cual se va de
cabeza a la anarquía. Para terminar nuestro m o d e s t o trabajo quisiéra-
m o s sugerir al lector la idea de establecer un paralelo entre una y otra
cuestión.
T a m b i é n aquí es preciso restablecer la disciplina; también en el
terreno e c o n ó m i c o financiero es preciso acabar con la i m p u n i d a d ,
fuente de futuros abusos; también aquí es preciso ir contra la m i -
noría q u e se i m p o n e por m e d i o de la coacción y — s i se quiere q u e n o
- 58 -

s e a n posibles acontecimientos que de tal m o d o dañan a la economía


de una región y aun de toda España, c o m o el del Banco de Barcelona—
formar el frente contra la oligarquía político-financiera, que al actuar
con tal desembarazo y osadía no hace sino dar una triste idea del país
<[ue les tolera. j
El S I * . L l e t g e t s e s o m e t í a a u n a t r i p l e p r u e b a p e r i -
c i a l . — N o s o t r o s a c e p t á b a m o s e s t a propuesta.—
P e r o el 8 r . L l e t g e t no a c e p t a la n u e s t r a — I n s i s -
tlmoss ¿Ouó h a r é e l S r . L l e t g e t ?

En el v o l u m e n anterior de nuestras PUBLICACIONES DE ACTUALIDAD y


en s u capítulo X , dtulado «Consejeros, directores y empleados», reco-
g í a m o s , c o n el comentario q u e nosotros creíamos m á s ajustado y en
razón, u n a carta de D . A u g u s t o Lletget publicada en el Diario de Bar-
celona, admirable e interesantísima c o m o tal carta en sí y p o r lo ínte-
gramente q u e a través de s u s frases se percibe la silueta moral del
Sr. Lletget, e m p r e n d e d o r , susceptible e i n g e n u o , c o n c u y a s cualidades
llega hasta al q u e leyere, a despecho de s u estilo, un p o c o rudimenta-
rio y otro p o c o pintoresco, m u y propio—en el fondo—de quien dedi-
c a d o de lleno toda s u vida al estudio de las finanzas y al trazado de
g u a r i s m o s , n o contó nunca c o n tiempo suficiente para dedicarse a e s -
tos tiquis miquis gramaticales. Q u e la labor es larga, la vida corta y
u n o n o p u e d e estar en t o d o .
Pero h a y u n lenguaje universal, ajeno y superior a toda precepti-
va, q u e es el lenguaje de la sinceridad, lo q u e el v u l g o llama hablar al
coras^ón; gracias a él, los a m a n t e s se entienden aun pasando por enci-
m a de todas las reglas del diccionario, q u e «limpia, fija y da esplen-
dor»; las madres entienden a s u s hijos c u a n d o apenas si chapurrean
los m á s elementales v o c a b l o s del idioma; un comediante de genio
p u e d e hacer entender el teatro de s u raza en los países m e n o s afines
- 60-

al s u y o ; y nosotros entendimos lo que el Sr. Lletget quería decir en


la carta que se menciona, que no es p o c o .
Y es que el Sr. Lletget nos había hablado al corazón con una voz
potente y franca que demandaba claridad de juicio y respeto en las
formas al tratar de la conducta de un h o m b r e superior—él—, h o n o r a -
ble por todos conceptos, hasta el punto de que su caudalosa fortuna
ni inspira recelos ni hace pensar en agios ni en especulaciones bastar-
das, y de una tan grande fuerza creadora y energía de acción que ha
sido todo aquello que se propuso ser, hasta creo que banquero; y que
si n o ha sido m á s de lo sido, fué precisamente por la energía—¡oh, s u
reciedumbre espiritual y su temple bravo!—, por la misma energía con
que se dijo: « N o paso de aquí», c o m o el tenorino de «Bohemios». Ya
ven nuestros lectores si es admirable que un h o m b r e así, situado extra-
m u r o s de toda apreciación h u m a n a , y si no m á s allá de ellos, cuando
m e n o s en las afueras del bien y del mal, se avenga humildemente a
ofrecer jusdficaciones y a enviar comunicados a la Prensa diaria. A
nosotros nos c o n m o v i ó , y en buena prueba de ello le ofrecimos las
páginas de esta publicación incondicionalmente, aconsejándole de
paso, c o m o m á s prácdco que las cartas abiertas, el que se llamó «Jui-
cio de residencia», al que se sometían a su regreso los funcionarios de
Indias en tiempos del rey D . Felipe II. Y además, le reiteramos n u e s -
tro entrañable ofrecimiento privadamente, por escrito.
Sólo que lo del juicio de Indias debió parecerle (dando un salto de
la Rambla de las Flores a la calle de la Ruda) «hacer el indio», o no
tuvimos la dicha, tan malos gramáticos c o m o él, pero m e n o s sugeri-
dores, m e n o s pasionales, de hacernos entender. El caso fué que el
Sr. Lletget, no obstante la insistencia de nuestra parte y lo repetida-
mente q u e le manifestamos, porque así es en efecto, que en ningún
m o m e n t o h e m o s procedido c o n miras mercantilistas, pues no aceptá-
b a m o s subvenciones ni publicidad retribuida, se ha negado a satisfa-
cernos, modestamente, con una modestia ejemplar, sin duda alguna,
pero que recusamos los que s o m o s sus admiradores tan fervorosa-
- 61 -

mente, que de sus actos t o m a m o s pie para los actos nuestros ajustan-
d o a ellos nuestra conducta con la misma fidelidad que el pintor de
discípulo se convierte en copista.
Y en PUBLICACIONES DE ACTUALIDAD v a m o s a empezar esta labor de
calco atemperando nuestra energía a la energía de D . A u g u s t o — n o m -
bre de Emperador romano y de tonto de circo—, y consecuentes c o n
estos principios y buscando la luz en este asunto, q u e tanto interesa y
por el que tanto se batalla, c o m u n i c a m o s a nuestro guía que insistire-
m o s cuantas veces sea preciso en nuestros puntos de vista; en lo del
juicio de revisión no tenemos un criterio cerrado. Felipe II nos intere-
sa ya poca cosa. En cambio, D . Augusto Lletget nos interesa grande-
mente. Y a fe de amigos y admiradores le rogamos que acceda a nues-
tra súplica, en la q u e — l o repetimos—insistiremos denodada y terca,
mente, p u e s nos duelen las desviaciones de la opinión pública; porque
nosotros, c o m o s o m o s nosotros, n o d u d a m o s ; pero la opinión pública
e s un m o n s t r u o cruel, un temible dragón de cuento de hadas, que
necesita un constante renovar de victimas, que combate y m u r m u r a -
q u e intenta sacar unas absurdas consecuencias del hecho de que el
Banco Lletget—es un ejemplo—aún no haya abierto sus puertas,
arañando en los orígenes de capitales tan puros y saneados c o m o el
del Sr. Lletget o el de sus señores c u ñ a d o s , o cuando m e n o s , c o m o el
de u n o de sus señores cuñados, puesto que el otro para el m o n s t r u o
insaciable—V en este caso nos sentimos un p o c o m o n s t r u o s — e s una
ridicula golosina.

Créanos el Sr. Lletget que a ú n está a tiempo; y conste que nada


más lejos de nuestra voluntad q u e darle una lección. Si Pedro, el cre-
yente pescador, murió en la cruz, no fué por fanfarronada ni por
querer igualarse a su Maestro, sino por sufrir los m i s m o s dolores de
s u Salvador. Así nosotros, que en nuestra voluntaria misión de apos-
tolado llegaremos hasta donde sea preciso llegar sin asustarnos ni a u n
por las intervenciones judiciales, q u e , m u y por el contrario, nos pare-
cería una solución beneficiosa, y a que en este caso para hacernos h a -
- 62

blar a nosotros tendría previamente el Sr. Lletget que hablar rotunda,


y luminosamente. Ofrecemos, pues, si preciso fuere, nuestro propio
sacrificio. T o d o antes que ver a D. Augusto reducido a la categoría d e
personaje de Saturnino Calleja siendo devorado por el dragón del
cuento infantil. Le preferimos Júpiter tonante o Caperucita roja c o m i ­
da por el lobo. Y en Caperucita roja se convertirá si desoye nuestros
lamentos por dar crédito a voces farisaicas. Créanos a nosotros y d u d e
de todos los demás.
B a n o o de GataluAa.

Con fecha 27 de Mayo p r ó x i m o pasado t u v i m o s el gusto de escri-


bir una carta al Banco de Cataluña anunciándole la publicación del
primer v o l u m e n de esta Revista, que, c o n f o r m e d e c í a m o s en la m i s m a ,
h e m o s e m p e z a d o a editar desinteresadamente y c o n el ú n i c o afán de
purificar nuestro ambiente financiero, contribuyendo a su m a y o r dig-
nificación y enaltecimiento, sin aceptar subvenciones ni ninguna clase
de órdenes de publicidad, para q u e n u n c a ni por nadie fuere puesta en
duda nuestra imparcialidad, y al propio tiempo le r o g á b a m o s c o o p e -
rase a nuestra obra suministrándonos amplios datos acerca de la m a r -
c h a y situación del referido Banco, puesto q u e en el tercer t o m o de
nuestra biblioteca, PUBLICACIONES DE ACTUALIDAD, nos h e m o s de o c u -
par de dicha entidad bancaria y deseábamos c o m p l e m e n t a r los detalles
que nos habían proporcionado nuestros informadores, así c o m o l o s
por nosotros directamente adquiridos, contrastándolos y confirmán-
dolos y h u y e n d o de la c o m i s i ó n de errores, q u e seríamos nosotros l o s
primeros en lamentar.
Y c o m o hasta la fecha de h o y no h a y a m o s merecido contestación
de la m e n c i o n a d a Casa, repedmos públicamente en estas páginas
nuestro ruego privado, e insistimos sobre el s e n d m i e n t o q u e tendría-
m o s si por esta falta de a y u d a incurriéramos, contra toda nuestra v o -
luntad, en equivocaciones, fáciles, por otra parte, de evitar c o n t a n d o
c o n el b u e n auxilio que oportunamente d e m a n d a m o s para la redac-
ción y confección del n ú m e r o tercero de PUBLICACIONES DE ACTUALI-
DAD, al pedir datos y aclaraciones acerca de la ú l d m a Memoria y b a -
lance p u b l i c a d o s por el m e n c i o n a d o Banco de Cataluña.
Í N D I C E

Página».

CAPÍTULO I. —La opinión pública y las cuestiones financieras.—So-


bre la organización de los Bancos y su funciona-
miento 5
» II.—Un régimen de libertad desmedida.—El horror a la
inspección fiscal de los Bancos y Sociedades anó-
nimas 11
> III.—Otros rasgos de ambiente.—La «matanza» y el Mer-
cado libre de valores 15
» IV.—Política y finanza.—D. Francisco Cambó al tra-
bajo 21
. V.—Sindicato de la Asociación de Banqueros de Bar-
celona 31
» V I . —Un botón de muestra,—La Catalana de Gas y Elec-
tricidad 35
> VIL—El caso del Banco de Barcelona 41
» VIII.—El proyecto de Banco Mercantil de Barcelona 47
> I X . — L a s posibilidades de solución. —Una fórmula de la
Comisión de accionistas 51
X . —Todo es la misma cosa.—Un paralelo.—El Sr. Llet-
g e t se sometía a una triple prueba pericial.—Nos-
otros aceptábamos esta propuesta.—Pero el señor
Lletget no acepta la nuestra.—Insistimos: ¿Qué
hará el Sr. Lletget?.—Banco de Cataluña 55
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