José Magalhães, entre outras coisas desgradáveis, foi um dos primeiros ciberchatos portugueses. No seu português postiço e hermético, Magalhães lá nos massacrava com o lado menos pertinente e interessante da world wide web. Neste aspecto, pode-se dizer que Magalhães é único. Felizmente!
Hoje, com grande pompa e mais uma super-produção, o primeiro-ministro Sócrates apresentou o novo computador made in Matosinhos: Magalhães! Sócrates, verborreico como só ele, não poupou nos elogios ao novo computador. Num impeto de grande entusiasmo, apresentou o Magalhães com único, exclusivo, como uma invenção portuguesa! É aqui que entra a multiplicidade socrática, quando todos pensam que fala do novo computador, o primeiro elogia o seu inenarrável secretário de Estado, esse sim, único e uma típica invenção portuguesa.
Para desfazer dúvidas, em entrevista, o presidente da Intel esclareceu que Magalhães, o computador, já existe noutros países, já estava inventado, irá ser produzido em mais países e Portugal nem terá capacidade exportadora no médio prazo!
Estamos conversados sr. engenheiro, se é que assim o posso chamar...