Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz
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quarta-feira, 17 de março de 2010

Bulling...o fenómeno da agressividade transmissível...


Preocupante!...
Humilhar,intimidar,ofender,no fundo agredir...
Fazer tudo isto para não ser engolido pela própria fraqueza,para se defender de labirintos feitos de um trauma de inferioridades provocadas por outros "ditos mais fortes",e assim sobreviver elevando o seu próprio ego e fazendo rastejar alguém que lhes sirva de "tapete" para "limpar a dor" daquilo de que são vitimas todos os dias...
As crianças trazem de casa e da sociedade em que vivem os traumas que os transportam para estes comportamentos desviantes,e problema não se pode só atacar e isolar unicamente na área escolar,é que nem pouco mais ou menos...
Na escola limam-se arestas educacionais,pouco se ensina objectivamente "a viver"(infelizmente),mas de qualquer forma estrutura humana tem de ser vista como um produto de um todo,e nesse todo o adulto tem que forçosamente alterar comportamentos menos desequilibrados e prepotentes,que não se expressem em incoerências e injustiças gritantes,afinal tão motivadoras de um negativismo para com quem procura formar-se com valores que valham a pena,para viver,e não só para sobreviver...
O jovem tem um sentido de justiça muito apurado,e por isso mesmo se sente injustiçado com as agressões quer físicas,quer psicológicas de que é alvo desde que sai de casa até regressa ao cair do dia,passando pela escola,pelas ruas,ou por onde quer que seja,verificando-se nestes os comportamentos desviantes, incentivam.se os responsáveis escolares numa solução pedagógica e preventiva para este mal,à denúncia objectiva de casos para se agir em conformidade,e até aqui tudo bem,mas chegará?
Será que hoje em dia a pedagogia social é tão consistente que se conclua que será só no ambiente escolar que estão as razões para os ditos comportamentos?...
Que será só no ambiente escolar o único lugar onde este problema grave pode e deve ser atacado?
Não!...
Os pais no geral vão ter que reflectir primeiro,vão ter que mudar atitudes,ser humildes e reconhecer que não é este mundo do vale tudo que queremos para os nossos filhos,para que eles voltem a acreditar que os nossos projectos são os melhores,por serem baseados no equilíbrio de uma postura social mais justa para eles e para todos,mais capaz de fazer convergir e não dividir.
No dia em que este plano de reconstrução da moral de bons valores voltar a ser colocado em prática, o Bulling desaparece com a naturalidade com que apareceu...enquanto isso não acontece,alguns psicólogos da treta mais não fazem que andar a discutir o sexo dos anjos,isto só para entreter com  teorias isoladas do realismo social,e que assim não atacam a verdadeira raiz deste fenómeno lamentável que se está tornar num jogo muito perigoso para todos.
Mas olhem meus amigos,é mesmo para todos,não se iludam.
Eu até sei que se calhar não sou ninguém com a estrutura académica desejada para expressar estas minhas convicções e preocupações,mas mais do que ligar as minhas palavras ás minhas ideias,eu "sinto" que tenho a minha razão,e se este meu humilde texto servir para pelo menos gerar alguma reflexão,tenho que admitir que já não é nada mau...