Já referi
aqui há algumas semanas que estou grávida, e que estou a ter uma série de contratempos.
Pois é, é a minha 2ª gravidez e está a ser totalmente o contrário da 1ª, que foi uma gravidez santa (como se costuma dizer).
Fiz a 1ª ecografia às 6 ou 7 semanas e logo aí o médico viu que eu tinha um descolamento considerável do saco gestacional, e além disso o meu saco gestacional estava muito espalmado, o que não é habitual e não é nada bom. Na verdade o médico disse mesmo que estava espantado como é que o bebé se estava a aguentar vivo dentro de uma saco tão pequeno!
A única coisa que eu podia fazer era muito repouso e voltar lá daí a 2 semanas para nova eco.
É claro que eu e o meu marido não esperávamos isto e saímos do consultório muito tristes.
Fui direitinha para casa, liguei para o emprego a dizer que já não ía nesse dia e não sabia até quando. Ainda nem tinha dito ao meu chefe que estava grávida, e tive que lhe dizer assim pelo telefone, ao mesmo tempo que lhe dizia que não contasse comigo nos próximos tempos.
E assim começou o meu repouso que já dura há quase 1 mês.
Na semana seguinte tive umas hemorragias grandes e tive que ir 3 vezes às urgências fazer ecografias. A minha primeira pergunta nas ecos tem sido sempre "o bebé ainda está vivo?", e para nosso espanto o bebé tem estado sempre vivo e forte.
Afinal parece que o problema é mesmo comigo, os meus órgãos é que não têm aguentado bem as mudanças da gravidez.
Nisto, as semanas têm passado, o descolamento curou, apareceu-me outro descolamento mais pequeno, as hemorragias finalmente acabaram na semana passada, e na ecografia que fiz às 9 semanas o saco já estava maior e mais normal, e o bebé continua a aguentar-se bem.
A minha médica já me mandou fazer as análises normais e fez-me a ficha de grávida, o que me tranquilizou bastante, porque é como assumir que a gravidez está a evoluir.
No entanto agora apareceu-me uma brida amniótica. :-(
Para quem não sabe (e ainda bem que não sabe), uma brida é uma espécie de banda ou fita que se forma dentro do saco gestacional e que é devido à placenta que não se forma bem, e deixa aquela banda à solta.
É como se fosse uma fita comprida que tem uma ponta presa ao saco e a outra ponta está solta.
E com a brida podem acontecer 3 coisas:
- pode voltar a colar ao saco e fica tudo bem;
- pode ficar sempre como está e nunca agarrar ao bebé, e ficar assim até ao fim da gravidez, e fica tudo bem;
- ou pode agarrar-se ao bebé, enrolar-se nele ou num membro e causar danos muito graves ou mesmo matá-lo.
É um bocado assustador...
É muito assustador...
Por enquanto o que há a fazer é ir vendo nas ecografias. Nem o repouso ajuda. É uma questão de sorte.
É claro que pesquisei logo no google e digo-vos já que só aparecem as coisas más (óbvio!), e são mesmo muito más. Mas também encontrei alguns artigos que dizem que se pode operar in utero para retirar a banda, por isso na próxima consulta vou perguntar isso à médica. Só para saber as minhas opções.
Uma coisa boa disto tudo (a única) é que, quando há uma brida, o parto tem que ser sempre de cesariana!
Para quem está já a pensar "que horror! um parto normal é muito melhor", não é melhor. Esperem pela parte 2 do post.
E entretanto aqui vou continuando de repouso, a descansar muito, a cansar-me muito quando tenho que fazer alguma coisa, e à espera que a médica me dê alta para eu poder voltar a fazer uma vida um pouco mais normal.
Ainda não consigo fazer planos para quando o bebé nascer, porque estou sempre consciente de que algo pode correr mal entretanto, e se isso acontecer não quero ficar ainda mais triste.
Vou vivendo um dia de cada vez, cada semana é uma vitória, sentindo-me feliz conforme vejo a minha barriga crescer (e já está bem grandinha para 11 semanas!).
E vou postando (será que esta palavra existe?) e usufruindo da companhia das minhas novas amigas bloggers.
Obrigada por me lerem e deixarem os vossos comentários tão simpáticos!
Bjs! :-)