domingo, dezembro 29, 2024

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE

 

CONSTRUÇÃO DO CINE-TEATRO AVENIDA
(1950/1954)


😍 😊 😇 😅

Recordar gente que muito contribui para o engrandecimento da terra albicastrense, pode e deve ser uma preocupação de quem gosta de falar da nossa história. Por isso, resolvi lembrar a construção do cine teatro avenida e das pessoas que custearam essa construção. O custo da obra importou na importância de 7.000 contos e foi empreendida por uma sociedade constituída pelos seguintes acionistas:

José Ribeiro Cardoso, António Dias Rato, D. Maria Goncalves
Armindo Goncalves Ramos, João Belo Sobrinho, Mário Camilo
Vaz Pardal, João Neves Grilo, Júlio Neves Grilo, Domingos M. Romão
Francisco Mendes Barata, Higino Lopes Ferreira, José da Cruz
Maria de Jesus Alves, Joaquim Martins Bispo, Camilo Martins Bispo
António Barata, Joaquim António Lima, José Augusto Pina
Eduardo Nogueira Cardoso, Elísio Nogueira Cardoso
José Ramos Correia, Tenente José dos Santos Oliveira, 
José Nunes Porro, Alberto Trindade, Tenente Bernardino Fernandes
Albino das Neves Baleiras, Alfredo Leite Pereira de Melo
Auta das Neves da Costa Roxo, Adelino Martins, José António Lalanda
Irene Goncalves da Cunha Tavares, Fernando de Matos Pinto
Luísa Pinto Garcia, António Rocha, Capitão António Andrade
António Andrade, Maria Helena Rodrigues
Maria de Lurdes Rodrigues, João Carmona Nicolau
Tomas Mendes da Silva Pinto.

A construção foi iniciada em abril de 1950 e ficou concluída em setembro de 1954. Passados setenta anos da sua inauguração, já nenhum está entre nós, todavia, ficam os seus nomes para os recordarmos. 

O ALBICASTRENSE

sexta-feira, dezembro 27, 2024

BISPADO DE CASTELO BRANCO – (IV)

   MEMÓRIAS DO BLOG 

(10 ANOS DEPOIS)

 “Para a história do Bispado de Castelo Branco”

(Continuação)
Eis as dignidades da novel diocese: primeiro vigário geral, o cónego Dr. Manuel Cardoso Frazão, arcipreste de Castelo Branco, que já desempenhava o cargo com o bispo da Guarda e, em seu nome, visitador ordinário em 1767 primeiro promotor de justiça, o Dr. Jacinto Pereira Goulão, de Alcains; primeiro escrivão da Câmara eclesiástica, o padre João Baptista Castanheira, pouco depois substituído pelo padre José Sabino, que vinha na companhia de Frei José. O que consta da seguinte noticia:

 “El Rey nosso Senhor o Senhor D. José no anno de 1771 creou cidade a v.ª de Castelo Branco e obteve de Sua Santidade, o desanexar   da ordem de Christo a igreja de S. Miguel e a deu para Sé da Cidade ao novo Bispo o Ex. mo R. Snr. D. Fr. Jose de Jesus M.ª Religioso q era de S. Deus, o qual foi sagrado em 10 de Novembro de 1771 e este elegeo p.ª Provisor ao Padre Mestre o Dr Frey Manoel Baptista Dourado Religioso da mesma ordem e para vigario geral ao Dr. Manuel Cardozo Frazão natural de Castelo Branco. Faleceu este em 5 de Abril de 73 de pellas onze horas da noite. O Ex.mo Snr. D. Frey Jose de Jesus Maria Caetano he natural de Lx.ª.
O Doutor Provisor o Senhor  Fr. Manoel Baptista he da cidade de Portalegre. Veio para Castelo Branco em 18 (13 ou 15?) de dezembro de 1771, e tomou posse do Bispado por procuração do Snr. Bispo em 21 de dezembro de 1771. Logo q. Tomou posse do Bispado o d.º Snr. Elegeo p.ª Promotor da Justiça o meu f.º o Dr. Jacinto Per.ª Goulão p.ª escrivão da Camara Eclesiástica ao mordomo q era do  Sr. Bispo Bernardo Antonio a Joaõ Baptista Castaneira mas q. Veio o Sr. Bispo nomeou p. Escrivão da Camara Jose Sabino q. Veio na sua compa.ª. Em Domingo 22 de novembro de 1772 pellas duas horas da tarde chegou o Snr. Bispo a Cidade de Castelo Branco”.
Pastoreou D. Frei José a diocese cerca de una dezena de anos, até á sua morte, a 13-VII-1782, e jaze no claustro do Convento de Santo António, atual Quartel de Caçadores 6.
(Continua)
O ALBICASTRENSE

terça-feira, dezembro 24, 2024

BISPADO DE CASTELO BRANCO (III)

 MEMÓRIAS DO BLOG 
10 ANOS DEPOIS

               “Para a história do Bispado de Castelo Branco”

(Continuação)
“Em os vinte, e hum de Dezembro de mil, setecentos, e setenta, e hum pelas tres horas da tarde do dia de Sabbado, em que a Igreja festejou o Apostolo São Miguel Archanjo, que era Collegiada da Ordem de Nosso Senhor Jesus Christo com vigário e sinco Beneficiados, e hum Thesoureiro sacerdote, e no mesmo  acto ficou erigida em Santa Sé Cathedral com o mesmo Santo Archanjo por Orago na forma, que Sua Magestade Fidelissima foi servido mandalo; tomou posse o Excellentissimo, e Reverendíssimo Snr. D. Fr. Joseph de Jesus Maria Caetano, que no actual era Provincial  da Esclarecida Ordem dos Pregadores, pelo seu Rev. Mo Procurador o mesmo presentado Fr. Manoel Batista Dourado da mesma Ordem dos Pregadores co, assistencia do Clero desta Cidade e suas vizinhanças, Nobreza Ministros, e povo; que todos com grande exultação, e alegria assistiraõ  a taõ  gostoso acto, em que foraõ lidos O Breve, porque o Santissimo Padre Clemente Decimo  Quarto desmembrou do Bispado da Guarda este novo da cidade de Castello Branco, com os Arcediagados desta cidade, Monsanto, e Ouvidoria de Abrantes, na forma que Sua Magestade, que Deos garde, lhe supplicou, ficando na forma do d.º Breve Apostolico pertencendo ao Real Padroado a nomeação do mesmo Bispado, das Dignidades, Conegos,  Meios Conegos, Capellanes, e mais Beneficios  ou Officios, que no Cabbito da mesma Cathedral Sua Magestade for servido determinar; e a respeito do actual Paroco, e Vigario da mesma Igreja se vê no mesmo Breve Apostolico oseguinte: 
“Absque temen “ultus perjudicio Dlecti moderni istius Rectoris, Cui vita” ejus naturali durante, sue dome, et quoresque ijo se Modernus” Rector de aliis reditibus Ecclesiasticis Canonice provisus fueril,” omnes illus fructus intgre remarere debebunt" 
e o d.º Breve Apostolico vinha incuido no processo  de sentença do Ex. mo MonS.ºr  Conti Arcebispo de Tyro, e Nuncio Apostolico deste Reyno, e no mesmo processo e fora delle vinhaõ os Avisos de Sua Magestade Fidelissima, que Deos guarde; e para memória do referido eu o vigário actual da mesma Igreja do Archanjo Saõ Miguel desta cidade de Castello Branco o escrevi, e assignei Cast.º b.º 23 de Dezembro de 1771.
O Vigr.º Dr. Philippe Gomes de Santiago.
(Continua)
O ALBICASTRENSE

sexta-feira, dezembro 20, 2024

TESTEMUNHOS SOBRE TOMÁS MENDES DA SILVA PINTO

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE

Em resposta ao meu apelo para que quem soubesse algo sobre Tomás Mandes da Silva Pinto, recebi os testemunhos que podem ser lidos nesta publicação. Testemunhos que não podiam ficar esquecidos na caixa de comentários, pois, eles fazem parte da historia da terra albicastrense. Aos autores destes testemunhos, o meu muito bem haja, por nos darem a conhecer memorias de um homem que bem merece ser recordado.

Manuela C

Thomaz Mendes da Silva Pinto, nascido em 16 de Setembro de 1894, em Sarzedas, Castelo Branco, filho de José Mendes da Silva Pinto e de Emília Barata. Teve um irmão (pelo menos) de nome Izidro Mendes da Silva Pinto. Foi casado com Serafina Joanico Sabater Mauri. Faleceu em Sarzedas, Castelo Branco, em 1 de Março de 1957. Não consegui apurar mais qualquer informação de relevo, nomeadamente, se deixou descendência.

Olímpio Mendes de Matos

O Homem do Cine Vaz Preto na rua com o mesmo nome, por detrás do Governo Civil . O Homem que tinha o à vontade suficiente para entrar na cabina de projecção do seu cinema e mandar parar o filme para repetir uma cena de dança artística que considerou, e alguém com êle, excepcional. Assist. E conservo essa cena na memória até hoje. O Homem do cinema no Parque! Que para muita gente nova e não nova" era um deslumbramento", na frase feliz do conterrâneo Eduardo Marçal Grilo muitos anos depois. Apesar diss, não sei de uma única foto do Senhor . Que bem merecia ser recordado nos tempos actuais pelo menos pelos continuadores do cinema na Cidade. e por membros deste nosso grupo que dele tenham tido conhecimento directo, já difícil, ou através de relatos de nossos pais e avós. Por último, agradecimentos para Manuela C. pela biografia que nos dá do Senhor Tomás Mendes.

Joaquim Lalanda Roseiro Boavida

Como já publiquei em várias ocasiões, o senhor Tomás Mendes da Silva Pinto foi Chefe da Secretaria da Junta Distrital do Distrito de Castelo Branco, na primeira metade do séc XX. Conheci-o a morar na casa senhorial que ficava ao cimo da Rua dos Chões; a casa depois foi Albergue da Mendicidade e hoje suponho que está afecta ao CIJE. Depois passou a residir num andar no edifício do Café Aviz. Também o vi várias vezes no Cine-Teatro Vaz Preto e no cinema do Parque da Cidade atarefado com os óculos na testa. Para além de funcionário público esteve ligado a tudo o que era espectáculo na cidade. Foi mais conhecido pela actividade de empresário de exibição cinematográfica e representação teatral, mas actuou noutros campos. Trouxe a Castelo Branco, no princípio do século, o aviador Sallés para a primeira exibição aeronáutica, dominava os bastidores do futebol e a ele se deve a construção do célebre forno comunitário da Rua de Santa Maria. Não pude confirmar, mas tudo indica que foi ele que pressionou para que o “Onze Vermelho Albicastrense”, fundado em Fevereiro de 1934, mudasse de nome. Como se sabe, o “Onze Vermelho Albicastrense foi o primeiro nome do actual Sport Benfica e Castelo Branco, que completou 90 anos em 2024. O senhor Tomás Mendes da Silva Pinto tinha um filho que desconheço onde reside. Mais informações só na âmara Municipal.

 O ALBICASTRENSE

quinta-feira, dezembro 19, 2024

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE - "Rua Tomás Mendes da Silva Pinto"

 TRISTEZAS NA TOPONÍMIA ALBICASTRENSE

Desta vez tenho para dar a conhecer, a Rua Tomás Mendes da Silva Pinto.
Antes vou descarregar (mais uma vez), a minha revolta pelas miseráveis placas toponímicas que são afixadas nas ruas da terra albicastrense. Placas de qualidade miserável, placas onde são despejados nomes de albicastrenses que por um ou outro motivo assim o mereceram, mas… pelos quais os responsáveis pela secção de toponímia da nossa autarquia, não têm qualquer respeito e carinho. Como se não bastasse a péssima qualidade das placas, temos ainda, o facto de ver nas placas nomes de ilustres que nada de nada nos dizem.
 
Veja-se o caso da placa desta publicação:
quem foi Tomás Mendes da Silva Pinto?
 
Após alguma pesquisa, descobri que foi personagem bastante ilustre do seu tempo na terra albicastrense.
O homem foi durante mais de meio século, um verdadeiro senhor na área do espetáculo.
Construiu o Cinema Olimpia em finais do século XIX, remodelou-o nos anos 20 do século seguinte, dando-lhe o nome de; “Cine-Vaz Preto”, cinema que estava instalado na rua com o mesmo nome, onde em tempos esteve um armazém da firma Castanheira e hoje um armazém da Caritas. E nada mais consegui descobrir sobre este ilustre. Fica por saber muito da vida deste homem, quando nasceu, que fez na vida além de ser empresário de espetáculos, quando morreu e se deixou descendentes. E justo dar nome de gente que por atos valorosos assim o merecem, porém, é indigno colocar nomes dessas pessoas como se fossem meros vagabundos desconhecidos. 
Ps. Se alguém puder acrescentar dados sobre a vida deste
 homem, desde já agradeço.

                                                O ALBICASTRENSE

terça-feira, dezembro 17, 2024

BISPADO DE CASTELO BRANCO (II)

MEMÓRIAS DO BLOG 
(10 ANOS DEPOIS)
“Para a história do Bispado de Castelo Branco” 
 (Continuação)
Sem dilação, outorgada o mesmo diploma pombalino “todos os privilegios e liberdades de que devem gozar e gozam as outras cidades destes Reinos, concorrendo com ellas em todos os actos públicos, e uzando os cidsdaons da mesma cidade todas a distincçoes e preeminencias de que uzão os das outras sem diferença alguma”.
Pela carta régia da Chancelaria-Mor do Reino, de 15.IV do mesmo ano, com duplicado para a Torre do Tombo e cópias para a Câmara Municipal e a Correição de Castelo Branco, entra definitivamente em vigor o diploma de cidadania. Pouco tempo depois, o breve apostólico de Clemente XIV promove à dignidade se Sé catedral a igreja paroquial, e estabelece o bispado, 19.VI do mesmo ano. A diocese fica sufragânea do patriarcado, e o Pontífice confirma a nomeação do primeiro bispo, D. Frei José de Jesus Maria Caetano, provincial  dos dominicanos e mestres dos filhos do Marquês de Pombal, enquanto exorta o cabido, clero e fieis a obedecer ao seu prelado.
Logo, no breve do dia imediato lhe autoriza a sagração anta três ou mais bispos de sua escolha. Foi efectivamente sagrado a 7-XI-1771, e tomou posse a 21-XII, por procuração ao padre-mestre dos dominicanos e provisor do novo bispado, Dr. Manuel Batista Dourado, natural se Portalegre.
A D. Frei José não lhe correu pressa vir ocupar a sede episcopal. Deixou estralejar os morteiros da calorosa e triunfal recepção aos ouvidos do provisor, já não era novo, a dispunha da felicidade de um feitio repousado e folgazão. Profìrio da Silva esclarece: “vulgarmente era conhecido pelo bispo-trasgo, por ser dotado dum génio e maneiras joviais, de quem por isso se contam varias anedotas de gracejos
(Continua)
O ALBICASTRENSE

sábado, dezembro 14, 2024

BISPADO DE CASTELO BRANCO (I)

MEMÓRIAS DO BLOG 

(10 ANOS DEPOIS)

Do livro, ”Estudantes da Universidade de Coimbra Naturais de Castelo Branco”, da autoria de Francisco Morais e de José Lopes Dias, retirei o texto que aqui vou postar em várias publicações. O texto é deveras interessante e merece ser conhecido por todos aqueles que se interessem pela história da terra albicastrense. 

 “Para a história do Bispado de Castelo Branco

A criação da Diocese foi de muito perto precedida da elevação da notável vila de Castelo Branco á  categoria de cidade, sendo comum o documento oficial respeitante a estes importantíssimos acontecimentos.
O titulo de notável, segundo a tradição, provinha do Príncipe Perfeito, com que o grade Rei se dignou honrar a vila, onde jornadeou e demorou por diversas ocasiões.
Mas enquanto a cidade não mais deixava de se aformosear e desenvolver, a diocese somente havia de contar a resistência efectiva de três prelados, durante sessenta anos, de 1771 a 1831, embora subsistisse  passante de meio século, administrada pelos vigários gerais  em representação do patriarca de Lisboa ou do bispo de Leiria, até á extinção definitiva de 1882.
O alvará de 21-III-1771, rubricado pelo Marquês de Pombal, anuncia a regia suplica de D. José ao papa Clemente XIV, “para que o território do Bispado da Guarda se desmembrarem algumas terras, e ser nellas erigido hum novo Bispado que tenha por cabeça a considerável Villa de Castelo Branco”. Em seguida acrescenta: “e para que nella se possa mais dignamente estabelecer a cathdral da mesma nova diocese, Hei por bem e Me praz que a dita Villa de Castelo Branco desde o dia da publicação deste em diante fique criada em Cidade...”A elevação do rescrito pombalino era flagrante de exactidão, dada a imensidade do bispado guardense, ao consignar a impossibilidade “de boa administração do Pasto Espiritual  e da Justiça ao excessivo numero de diocesanos”. 
O ultimo prelado da Guarda com jurisdição em Castelo Branco, D. Bernardo António de Melo Osório, escrevia em 1748: ”para se inferir da grandeza do bispado, declaro ter de âmbito sessenta e quatro léguas, de comprimento (porque é de figura oblonga) trinta e cinco, e de largura catorze
E muito embora declare ter visitado, nos primeiros dois anos e meio, todas as paroquias e muitas capelas e oratórios, acrescenta que nenhum livro achou quando veio para o bispado e sugere a excomunhão papal para os que destruírem bens, coisas e livros dos paços da Guarda e de Castelo Branco.
(Continua)
O ALBICASTRENSE

segunda-feira, dezembro 09, 2024

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE - "Rua da Piscina"



 RUA DA PISCINA
😝 😞 😠 😡 😢

Hoje resolvi dar a conhecer a Rua da Piscina. Rua que já não dá para nenhuma piscina, mas, onde quem por ela passa, não pode deixar de se indignar pelo que sucedeu à patrona que doou o nome á rua. 
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NOTICIA:
A Câmara Municipal de Castelo Branco e a Ordem dos Arquitectos vão lançar nas próximas semanas um concurso público de ideias para a reconversão das antigas piscinas municipais da cidade, na encosta do castelo. O objetivo é encontrar um novo uso para o espaço encerrado há mais de duas décadas e que desde então tem acolhido associações. 
Mas o presidente do município começa por deixar claro que a piscina não voltará a ser um espaço balnear, apesar de a primeira intenção ter sido essa. “Só a consolidação do terreno exigia um esforço financeiro muito elevado e depois teremos também que ter sempre a atenção, quando se trata de alocar recursos financeiros com esta dimensão a equipamentos públicos, aquilo que era o tempo de utilização
E o tempo de utilização não poderia ser, em nenhuma circunstância, apenas os três meses ou os dois meses e pouco do verão”, justificou Leopoldo Rodrigues.
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A um ano das próximas eleições para autarquia albicastrense, veem  a publico 
com falinhas mansas anunciando tão "boas novas". 
A quem apregoa tão boas novas e como estamos bem perto do Natal, proponho desde já, que como prenda de natal para os albicastrense, a nossa autarquia  rebatize a rua com novo nome, propondo eu desde já, o seguinte nome:  "Rua da Piscina que deixaram morrer". Será que esta minha sugestão amalucada, pode colher apoios entre os albicastrenses?
                                                            O ALBICASTRENSE

quinta-feira, dezembro 05, 2024

TRISTEZAS DO PASSADO

                              

JOSÉ ANTÓNIO MORÃO
 (1786-1864

Foi Comissário dos Estudos do Distrito de Castelo Branco (com Carta de 1852), 2º Reitor, mas 1º nomeado, do Liceu de Castelo Branco (08/04/1852-02/05/1853). Formado pela Universidade de Coimbra em Matemática, Filosofia e Medicina 1812, exerceu como médico em Almada e Castelo Branco, foi Governador Civil de Castelo Branco (1848) na qualidade de Vogal do Conselho do Distrito, bem como Provedor da Misericórdia de Castelo Branco e Deputado da Nação pela Beira Baixa (1834
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Em 1 de Agosto de 1864 faleceu em Castelo Branco o distinto médico e bibliófilo Dr. José António Morão, que havia nascido em 3 de Setembro de 1786 do consórcio de José António Morão com D. Isabel Violante. 
Este ilustre clinica do partido municipal da cidade, que foi deputado vogal do primeiro Concelho do Distrito e governador civil, legou a sua valiosa biblioteca ao público municipal de Castelo Branco. São do seu testamento as seguintes disposições:
Na casa da rua do Pina, que habito desde o ano de 1846, acha-se a minha livraria, formada de 3200 e tantos volumes, não contando livros truncados nem manuscritos; com quanto me haja custado muito bom dinheiro, não se venderia hoje por 400 mil réis, atendendo ao uso que dela se tem feito e ao pouco gosto que quase geralmente ah-de de devassar obras de artes e de ciências das quais consta a minha coleção na máxima parte. 
Tal qual é, julgando-a profícua numa terra de segunda ordem e afastada das grandes cidades do reino, tomo a deliberação de conserva-la intacta no próprio local em que ora está posta, para se prestar ás necessidades de pessoas literatas, decentes e bem morigeradas que, em ocasião oportuna e a horas cómodas, ali queiram ir para ter, consultar ou extractor a doutrina dos seus livros que lhe será fornecido e também tinta e papel, por meu sobrinho de meu mesmo nome que, para este efeito, apelido meu fiel comissário, sem que a biblioteca haja de pertencer-lhe em próprio ou a seus sucessores, em sua morte ou por ausência para fora do pais. 
A todos vedo o empréstimo de qualquer dos livros que a constituem, nem por horas, a pessoa alguma, não obstante a maior relação de respeito e amizade que possa liga-los à que semelhante favor deles exista. É pois que o referido meu sobrinho se comprometa (a sua palavra e honradez são por mim acreditadas!) não só a guardar e a bem conservara biblioteca de que se trata mas ainda a dota-la anualmente de novas obras em modo compatível com as suas despesas, para assim o público municipal ser mais vantajosamente servido, peço àquele que se esforce por inspirar a seus sucessores no fiel comissário as mesmas ideias de conservação e de aumento em tal legado.”
O importante espólio do Dr. Morão não interessou à Câmara Municipal: a biblioteca não foi facultada ao público pelo Comendador e Industrial José António Morão, sobrinho herdeiro e fiel comissário do testador e o Município não reivindicou esse direito. 
A despeito de não ter sido revogado a portaria de 9 de Setembro de 1834, em 1867 o governador civil solicitou ao Governo autorização para formar uma biblioteca com os livros dos extintos conventos e em 1870 renovou o pedido. O governo "aquiesceu" sugerindo a conveniência de ser aprovado em sessão da Câmara Municipal um subsídio para a aquisição de livros. Por decreto de 2 de Agosto de 1870 determinou o Governo que se criassem bibliotecas em todos os concelhos do país a expensas das respetivas Câmaras. O município de Castelo Branco continuou, todavia a desinteressar-se pela organização da biblioteca, não dando cumprimento àquela resolução governamental.
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1951. Autor; Manuel Tavares dos Santos.

O ALBICASTRENSE

segunda-feira, dezembro 02, 2024

MONUMENTOS DE CASTELO BRANCO - (I)

O QUARTEL DA DEVESA

No lado poente da praça da Devesa junto da antiga Calçada de S. Gregório à qual foi dado o nome posteriormente de Nossa Senhora da Senhora da Piedade, existiu primitivamente um barracão que havia sido construído para alojamento das tropas que eventualmente passassem pela cidade, por não poderem ser utilizadas para esse fim, devido ao seu estado de ruína, as acomodações que havia na antiga cidadela. 
O corpo do exército francês que invadiu o nosso país em 1807 incendiou o barracão e quando o Príncipe Regente D. João VI determinou em 1808, que se transferisse o Regimento de Cavalaria nº 11 de Almeida para Castelo Branco essa ordem não foi cumprida por não ser possível aquartelar tropas na cidade. È o que se depreende do seguinte trecho de um ofício da Câmara Municipal de Castelo Branco para o general de Viseu em resposta ao pedido, que ele havia formulado, de preparação de um quartel para alojamento daquela unidade militar:
“… Não é possível ajuntar uma soma de dinheiro igual à necessária da despesa, por ser necessário fazer quase tudo de novo, pois que aquelas casas, onde o regimento da legião se aquartelou, umas têm tomado nova forma e outra se acham arruinadas e as manjedouras delas ou queimadas ou de tal sorte arruinadas que de nada servem. O mesmo aconteceu ao quartel que aqui se achava, o qual foi quase todo reduzido a cinzas pelo despotismo francês.”
Em 1813, segundo afirma Cristóvão Aires na sua Historia da Cavalaria, efetuou-se a reconstrução do barracão primitivo por determinação do general inglês Beresford que então comandava o Exercito Português. Tendo porém, resolvido o governo, em 1814 colocar na cidade os Regimentos de Cavalaria nº 8 e 11, não foi possível alojar simultaneamente as duas unidades militares, pelo que ficou instalada somente a segunda, no barracão da Devesa, desde o dia 6 de Agosto daquele ano ate 25 de Maio de 1828. 
Nesta data marchou para Coimbra para de reunir às tropas liberais que se rebelaram contra o Infante D. Miguel por ele se ter feito aclamar rei de Portugal. Após a guerra civil, a Câmara Municipal e o Povo de Castelo Branco, comprometeu-se a promover a construção de dois barracões para alojamento de tropas, impetraram a D. Pedro IV, em Agosto de 1834, a colocação definitiva do Regimento de Cavalaria nº 3, que estava sendo organizado na cidade. Prometeu D. Pedro, em 29 de do mesmo mês colocar em Castelo Branco uma unidade militar quando fossem fixadas as sedes dos regimentos do Exercito. 
Nota
Muitos outros dados históricos poderíamos acrescentar á história do Quartel da Devesa, pois entre a última dada    do trabalho de Manuel Tavares dos Santos e o seu desmantelamento nos finais do passado século passado (1834/1990), a sua historia parece estar por contar.
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época. Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1951. Autor; Manuel Tavares dos Santos.
O ALBICASTRENSE

segunda-feira, novembro 25, 2024

TOPONIMIA ALBICASTRENSE - "RUA ROBLES MONTEIRO"

RUAS DA TERRA ALBICASTRENSE

Desta vez tenho para divulgar, uma rua que tirando quem lá mora, poucos saberão onde fica, uma vez, que se trata de uma pequena rua sem saída. 

Felisberto Manuel Teles Jordão Robles Monteiro (Castelo Branco, São Vicente da Beira, 9 de Setembro de 1888. Faleceu em Lisboa a 28 de Novembro de 1958. Foi um encenador e ator português, marido de Amelia Rey Colaço.
BIOGRAFIA
Filho de Felisberto Coelho Falcão Telles Jordão Monteiro, natural da freguesia de São Pedro (Vila Real)  e Mariana Augusta Ribeiro Robles, natural de São Vicente da Beira. Estudou no Seminário de São Fiel, e depois, como voluntário, no Curso Superior de Letras, em Lisboa.
Actor, discípulo de Augusto Rosa , iniciou no teatro D. Amélia a carreira que continuou no Ginásio e depois no Teatro Nacional, à frente do qual esteve durante muitos anos, como societário, juntamente com a mulher Amelia Rey Colaço. Casou a 4 de dezembro de 1920, em casa da noiva, na Rua Ribeiro Sanches, área da 4.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa, com a atriz Amelia Rey Colaço. Fundaram a companhia de teatro Companhia Rey Colaço-Robes Monteiro. 
Robles Monteiro e Amélia Rey Colaço estiveram na inauguração do Cine Teatro Avenida, exibiu-se a Companhia de Teatro Nacional – Amélia Rey Colaço/Robles Monteiro – com as peças “Prémio Nobel”, Essa mulher eO leque de Lady Windermere”, seguindo-se um Baile nos vastos salões do primoroso edifício. 
A inauguração do Cine Teatro Avenida foi a todos os títulos, um grande acontecimento em Castelo Branco e despertou, o melhor interesse dos albicastrense de então.
O ALBICASTRENSE

quinta-feira, novembro 21, 2024

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE

😍 😍 😍 😍 😍

Recordar o passado da terra 
albicastrense, sem ser de uma forma saudosista.
 

Ao olhar para esta imagem e pensar que deambulei pelo local como a imagem o documenta, não posso deixar de sentir uma certa nostalgia.    Dirão alguns, que tal é perfeitamente natural e normal, pois, ao longo da nossa vida as mudanças sucedem-se não só em nós, como em tudo o que nos rodeia. 
 Confesso que a nostalgia que sinto perante o que a imagem mostra, talvez de deva ao facto (na minha perspetiva), de sentir, que o espaço não ganhou com a mudança, mas antes, perdeu com as alterações sofridas ao logo dos tempos.  

Fica o desabafo de alguém que pensa, que qualquer mudança significativa  feita na terra que amamos, deveria ser fruto de discussão  entre os seus habitantes e não, imposta por gente que muitas das vezes nem sequer nela nasceu.
O ALBICASTRENSE

segunda-feira, novembro 18, 2024

A NOSSA HISTÓRIA - 4


O Rei D. Manuel I visitou Castelo Branco em 1510 e concedeu-lhe um novo foral, datado em Santarém, no dia 1 de julho daquele ano. 
A vila achava-se então em franco progresso, porquanto se nos deparam, ainda hoje numerosas constatações que  apresentam as características arquitetónicas  do século XVI.

Ps. Recolha de dados:"CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE" de Manuel Tavares dos Santos.
O ALBICASTRENSE

sábado, novembro 16, 2024

PINTURAS NA ZONA HISTÓRICA - 2

PINTURAS NA NOSSA ZONA HISTÓRICA
CASTELO BRANCO - 2024
 
Pinturas expostas na rua de Santa Maria.
       

                                      
O ALBICASTRENSE

terça-feira, novembro 12, 2024

PINTURAS NA ZONA HISTÓRICA - 1

PINTURAS NA NOSSA ZONA HISTÓRICA
CASTELO BRANCO - 2024
Fotografei ontem todas as pinturas expostas nas ruas dos Ferreiros e Santa Maria.
Confesso que gostei bastante das pinturas, contudo, também confesso que os meus velhos neurónios não compreenderam muito bem o que levou a nossa autarquia a desenvolver esta peregrina ideia. Se o objetivo é dar mais beleza a uma zona em ruinas, o objetivo pode até ter sido conseguido, porem, se o objetivo é tapar o sol com uma peneira, então, está tudo maluco. Eu apelava aos responsáveis por esta iniciativa, algumas palavras sobre o assunto, pois, se assim não for, ficamos todos a coçar a cabecinha e a pensar na morte da bezerra.
Ps. Hoje temos as imagens da rua dos Ferreiros, depois vou colocar imagens da Praça Camões e rua de S. Maria.
O ALBICASTRENSE

BISPADO DE CASTELO BRANCO – (V)

                                                          MEMÓRIAS DO BLOG  (10 ANOS DEPOIS)  “Para a história do Bispado de Castelo Branco”...