Largo da Sé
Das muitas obras realizadas em Castelo Branco nos últimos tempos, e das quais sou um profundo apoiante, existe uma que merece neste blog uma chamada de atenção pela sua pobreza, e ao mesmo tempo por reduzir um espaço muito querido dos albicastrense num local triste e até medonho, estou a referir-me ao largo da Sé. Como foi possível trocar o jardim que lá existia (muito mal tratado nos últimos tempos) por aquilo que mais me parece um largo de um cemitério?
Eu sei que no referido largo ou nos seus arredores, ainda hoje aparecem ossadas de pessoas, pois em tempos existiu ali perto um cemitério, mas por amor de Deus, trocar o jardim que ali existia por “aquilo” que lá está, é no mínimo de muito mau gosto e de grande falta de imaginação.
Então a nossa Sé, que agora está tão bonita, não merecia algo bem mais bonito, que um largo fúnebre?
Que tristeza meus senhores!!! Senhor Presidente da Câmara nunca é tarde para dar a mão a palmatória… só as pessoas inteligentes são capazes de alterar o que porventura não esteja tão bem.
NOTA NEGATIVA PELO PÉSSIMO TRABALHO!!!
O Albicastrense
PS – Três anos passados sobre a saída deste poste, não retiro uma vírgula ao que então escrevi, pois se o escrevesse hoje seria bem mais duro para com os autores desta triste proeza.
É costume dizer-se que os seres humanos se habituam às coisas, aos lugares, enfim a tudo aquilo que nos rodeia, no entanto passados três anos após a publicação deste poste, ainda hoje quando por ali passo estranho aquela “espécie de largo” que mais parece um cenário saído dos filmes do Conde Drácula.
Bigodes e Companhia
Bigodes e Companhia, resolveram associar-se ao terceiro aniversário do blog, e foram ao largo da Sé entrevistar o “busto” do Vaz Preto.
-- Distinto busto, se não se importasse esta “dupla de malucos” gostaria de lhe fazer umas perguntinhas.
-- Olha quem eles são!!! Que raio querem vocês de mim?
-- Como é ter novo pedestal neste largo renovado?
-- Largo renovado… novo pedestal!!! Só podem estar a gozar comigo.
-- Já vimos que está zangado com o seu novo poleiro.
-- Zangado é pouco!!! Estou fulo com os responsáveis por esta desastrosa situação em que me encontro e já propus ao rei D. Carlos a passagem do comboio por este largo para me carregar para a minha quinta na Lousa.
-- Rei, Comboio, Lousa!? Ò Vaz Preto, nós pensa-mos que o sol lhe anda a fazer mal aos miolos!!!
-- Nada de gracinhas, por muito menos me bati em duelo com Emídio Navarro em 1880. Vamos lá ao que interessa.
-- Esclareça-nos… o Rei já lhe respondeu?
-- Se lhes dissesse sabiam tanto como eu!!! Esta gente não sabe o que quer; em 1932 fui colocado no largo da estação, alguns anos depois na praça do município, posteriormente neste largo. -- Agora tiraram-me do centro do largo e colocaram-me neste local insignificante. –- Sabem uma coisa? Qualquer dia, ainda me derrubam de vez do poleiro e colocam no meu lugar o busto do outro!!!
-- O busto do outro? De quem está você a falar?-- Olha para estes espertinhos!!! “ Eu sei que vocês sabem do que eu estou a falar”.
-- Olha outro com a mania que se chama Octávio. -- Mas afinal está descontente pelo facto de ter sito despojado do centro do largo, ou pela deturpação do largo?
-- Meus amigos, se não fossem parvos o que é que gostariam se ser? Eu sou lá pessoa de lamentos!!! E muito menos de poleiros… vou convidar estes plebeus para um jantar na minha quinta da Lousa.
-- Vai convidar os responsáveis pelas mutações feitas no largo da Sé para um jantar na sua quinta na Lousa? Você passou-se de vez!!!!
-- Estão enganados meus amigos… não conhecem a velha máxima, “ Quando não conseguíres vencer um inimigo junta-te a ele”. -- Vou convida-los para um jantar na minha quinta e oferecer-lhes um lugar de deputado no partido Regenerador ou pelo partido Constituinte. Pode ser que assim assentem arrais noutras freguesias, e me deixem em paz de uma vez por todas!!!!!!
-- Você vai aliciar os responsáveis pelas alterações feitas neste largo?
-- Meus amigos, vocês são uns tó tós. O que eu vou fazer é premiar estes valentes!!! Vou agracia-los com um lugar de deputado, pagar-lhes uma viagem de comboio e colocá-los a milhas da nossa terra, para poderem continuar a fazer estes belos largos, (de preferência na terra deles).
Bigodes para Companhia
-- Bolas… que este tinha – os no sítio!!!!!
O Albicastrense