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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Maus costumes, no Colégio Militar


Hoje, vou estar no Jornal da Noite da TVI para falar, dentro dos limites legais, do caso das agressões a alunos do Colégio Militar. Estarão presentes, também, o director do Colégio e um representante da Associação de Antigos Alunos. O convite da TVI surgiu na sequência da divulgação, ontem, pela Procuradoria Geral Distrital de Lisboa de que o Ministério Publicou deduziu acusação contra oito graduados pela prática de seis crimes de maus tratos. No combate a estas situações, o pior inimigo que temos de combater é o silêncio encobridor de prepotências e, por isso, peço que assistam ao programa e que comentem e debatam o assunto.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Um jovem com coragem

Na passada sexta feira, como ex-aluno do Liceu Camões, fui convidado a estar presente nas comemorações do Centenário. Para além da saudade que é inerente a este tipo de situações, principalmente por voltar a pisar os mesmos pátios e corredores por onde passei há mais de 40 anos, e ter o prazer de reencontrar diversos colegas e até alguns professores, houve um momento em especial que sinto hoje necessidade de partilhar convosco, um momento que me fez sentir uma verdadeira esperança nesta nossa camada mais jovem.
Na mesa de honra da sessão comemorativa, estavam o Director da Escola, uma Professora, uma Funcionária, o Presidente da República, a Ministra da Educação e um representante dos alunos. Tomando a palavra de improviso, o aluno Pedro Feijó, do mesmo passo que assinalou o centenário e saudou o espírito da escola, não hesitou em, sem meias palavras e de forma directa e frontal, criticar de alto abaixo a política de educação seguida pelo Governo Sócrates e em particular pela Ministra ali presente. De forma muito certeira, criticou o novo estatuto do aluno e o novo modelo de gestão das escolas, que desprezam por completo o papel dos estudantes. Mas sobretudo denunciou a postura arrogante e anti-democrática do Ministério da Educação afirmando, por entre fortes aplausos sobretudo da parte estudantil da sala (!) que a ministra "desprezou manifestações com milhares de estudantes, só por sermos menores, como se, por sermos estudantes do secundário, não tivessemos uma palavra a dizer. Desprezou abaixos-assinados, incluindo um com 10.000 assinaturas de estudantes, que pediam a revogação destas leis. Desprezou manifestações com várias dezenas de milhares de professores que lutavam pelos seus direitos, pelas suas escolas".
O que este aluno ali transmitiu foi mais que a força da juventude, foi a convicção de quem sabe ter a razão do seu lado e não tem medo de a defender. Refrescante e entusiasmante, sem dúvida!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Um compromisso com os professores


No âmbito das minhas actividades da campanha eleitoral para as legislativas, recebi hoje um grupo de professores. Entre eles, Paulo Guinote, um dos que mais se tem distinguido na luta dos professores pela dignificação da classe profissional e na defesa dos direitos que lhes são devidos.


Esta é uma questão que conheço bem. Produzi dois pareceres sobre a legislação publicada pelo Ministério da Educação e muito contestada pelos sindicatos, mas há sempre desenvolvimentos e senti necessidade de ficar actualizado. E, infelizmente, as novidades não me parecem boas… segundo os relatos que ouvi, a situação nas escolas continua turbulenta e o ano lectivo, que começou esta semana, não promete a tão ansiada paz escolar…Acontece que em algumas escolas estão a contratar professores à margem da lei laboral, impondo cortes nas regalias sociais como, por exemplo, o não pagamento de subsídio de férias ou o compromisso de não fazer greve. Um pouco à semelhança do que já acontece no ensino universitário, parece que o Ministério se prepara para invadir o ensino secundário com professores sujeitos aos famigerados “recibos verdes”, sinónimo de total precariedade laboral.
A conversa foi longa e produtiva, mas interessa aqui dizer, em resumo, que assumi o compromisso de, uma vez eleito, continuar a defender a justa causa dos professores. Entendo que a escola não é uma fábrica e, portanto, não pode ser gerida como tal. A gestão escolar cabe a quem lá vive e trabalha. Os professores merecem dignidade, segurança, uma carreira sustentada por critérios de equidade e mérito profissional, não por critérios quantitativos definidos administrativamente e materializados nas infames quotas.
Os professores têm muito para batalhar, ainda. É verdade que quase todos os partidos políticos (hoje, na oposição) lhes prometeram apoio para a próxima legislatura. Mas sabemos bem como as coisas mudam quando eles passam da oposição para a “posição de rapar o tacho”. Uma vez no governo ou apoiantes do mesmo, as promessas eleitorais caem no esquecimento…
Não se deixem enganar, mais uma vez. Não votem neles. Votem no PCTP/MRPP.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A "salamização" social

Já o disse e volto a repeti-lo: o ensino é uma ferramenta fundamental, diria mesmo que é a arma do progresso e do desenvolvimento de qualquer país no século XXI.
Como forma de esconder a ausência de ideias do que deve ser o ensino voltado para o futuro, ao serviço da construção de um país progressista e competitivo, assistimos a uma táctica política hábil, por parte do governo, que consiste em procurar um bode expiatório e fazer cair em cima dos professores todos os ódios e todos os opróbrios do estado caótico em que se encontra a educação.
A luta que os professores travam é uma luta muito importante, porque pôs a nu que nada daquilo - o sistema de avaliação, a nova lógica de organização e da gestão das escolas – tem a ver com a qualidade do ensino, com um ensino ao serviço do progresso do país. Tem apenas a ver com uma táctica de “salamização” dos diversos sectores profissionais, para atirar a opinião pública contra cada um deles, sucessivamente, e com isso justificar medidas profundamente erradas e anti-populares como as que foram sendo tomadas pelo governo de Sócrates.