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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

UM CERTO OLHAR MAIS APURADO

                                 Imagem da WEB

Certas reflexões são como uma bússola que levam nossas lembranças ou mesmo nossas esperanças para várias direções... E nesses momentos necessitamos de uma dose de humildade e contrição, pois não há como desengavetar sentimentos arraigados na alma, sem reconhecermos que podemos ser melhores do que temos sido; que optar por mudanças vai fazer toda diferença (embora às vezes resistamos à essas mudanças); e que toda flexibilidade dos nossos sentidos fazem-se necessários para metamorfosearmos os sentimentos, pensamentos, e conhecimentos até o fim da nossa vida. 

Roberto Shinyashiki diz que "Na simplicidade aprendemos que reconhecer um erro não nos diminui, mas nos engrandece, e que as pessoas não existem para nos admirar, mas para compartilhar conosco a beleza da existência." Com o tempo descobrimos que a sabedoria na maioria das vezes está em calar e não em deslancharmos nossas verborragias e ações como demonstrações de "sabidices". Descobrimos que pedir perdão, abre portas já fechadas, que um elogio refrigera a alma de quem o ouve e engrandece quem o lança. Tentamos conforme amadurecemos, a fazer as coisas de maneira diferente, embora nem sempre conseguimos, pois a nossa natureza é por si mesma malévola, e nos pegamos em flagrante às vezes , fazendo exatamente aquilo que condenamos [ mas nem por isso fracassamos, pois o mais importante é tentarmos e tentarmos, até acertarmos].

Reflexões que atingem nossos sentimentos deixam nossa alma nua e exposta. Descobrimos que somos feitos também de inveja, raiva, contendas, revoltas, murmurações... Descobrimos que magoamos pessoas, e de alguma forma, com consciência que fazíamos isso (mas, era o melhor pra nós...). O início de tudo é nos perdoarmos, pois quando erramos, raramente o fazemos por gosto, e sim por desconhecimento ou falta de discernimento... Se não nos perdoarmos, como perdoaremos o nosso semelhante?

Por vezes é necessário fazer essa viagem inusitada para dentro de nós mesmos, reconhecendo nossos erros, pecados, enganos e desenganos. Na vida é natural cair, mas é essencial levantar sempre, sacudir a poeira e dar a volta por cima. É necessário coragem para fazer uma retrospectiva, aonde vêm à tona muitas revelações, dando-nos entendimento que para sermos um pouco melhores, temos que efetivarmos verdadeiras mudanças naquilo que embota nossa alma e desafiá-las a se desinstalarem da nossa existência, pois somente assim podemos vencer o jogo da vida e essa natureza tão (des) humana que temos.

Marly Bastos

domingo, 27 de outubro de 2013

A DOR DA GENTE.

                                    imagem da Web


É inevitável a dor da perda! Todo mundo, um dia ou outro tem que viver isso, e não é uma fatalidade, mas é o viver. Dói demais a perspectiva de não ter mais ao nosso lado alguém que a gente imaginava ser eterno. O “nunca mais” dói! E quando esta dor se une à ideia de não termos feito algo mais, não termos dito tantas coisas guardadas, de não termos abraçado mais, ainda é pior.

É preciso evitar o “ se eu soubesse", " se eu pudesse voltar", “e se tivesse...”. Infelizmente haverá outras perdas e você as viverá melhor se souber que fez sua parte, que ofereceu flores e que a pessoa pode contemplar sua beleza e sentir seu perfume... Mesmo assim, ainda vai doer demais, mas de maneira bem diferente [sem questionamentos torturadores, sem amarguras, sem revoltas, e sem desespero]

A dor da gente parece mais dolorosa que a dos outros, isso é porque é nossa, nós a sentimos. E não há mesmo comparação entre dores. A dor pode até ser igual, mas é sentida de modo diferente. Somos insubstituíveis, e cada pessoa tem um relacionamento diversificado com alguém e esse é o patamar para o nível da dor. E por mais que o tempo passe, por mais que o mundo dê voltas, vai ficar um sentimento de orfãnidade dentro de nós pela perda de alguém querido.

Tenho lutado contra essa dor torturadora. Sei que no correr dos longos dias ela se vai, e quero sentir alívio e não frustração, pois sei que um grande amor não exige dor e luto eterno, estes não podem durar mais que a beleza da vida e a nossa eterna gratidão ao bom Deus, por ter nos agraciado com a longevidade de dias [e não é coerente viver essa longevidade na tristeza e angústia].

Permito sim um descansar para essa dor emocional, mas sei que ela tem um tempo limitado, não posso paralisar e estar eternamente desestabilizada, senão assim em vez de uma perda, teremos duas, a da pessoa amada e a da nossa essência.

Diariamente tenho exercitado a gratidão pelos momentos, tempo e partilhar de uma vida em comum ao lado dessa pessoa amada que se foi, e isso tem sido uma fonte de cura dessa dor.É com base nesse nosso relacionamento com Deus que os nossos sentimentos bons emergem. Eu não resisto às minhas emoções. Sinto tristeza, dor e me permito sem contar o tempo o meu luto, mas evito a autopiedade, afinal esse é o ciclo da vida. O João se foi, mas não o amor dele, esse permanece em mim e em todos os que o amavam.
Marly Bastos

domingo, 25 de agosto de 2013

UM CERTO OLHAR MAIS APURADO

                                            Foto da Web

Certas reflexões são como uma bússola que levam nossas lembranças ou mesmo nossas esperanças para várias direções... E nesses momentos necessitamos de uma dose de humildade e contrição, pois não há como desengavetar sentimentos arraigados na alma, sem reconhecermos que podemos ser melhores do que temos sido; que optar por mudanças vai fazer toda diferença (embora às vezes resistimos à essas mudanças); e que toda flexibilidade dos nossos sentidos fazem-se necessários para metamorfosearmos os sentimentos, pensamentos, e conhecimentos até o fim da nossa vida. 

Roberto Shinyashiki diz que "Na simplicidade aprendemos que reconhecer um erro não nos diminui, mas nos engrandece, e que as pessoas não existem para nos admirar, mas para compartilhar conosco a beleza da existência." Com o tempo descobrimos que a sabedoria na maioria das vezes está em calar e não em deslancharmos nossas verborragias e ações como demonstrações de "sabidices". Descobrimos que pedir perdão, abre portas já fechadas, que um elogio refrigera a alma de quem o ouve e engrandece quem o lança. Com o tempo tentamos fazer as coisas de maneira diferente, embora nem sempre conseguimos, pois a nossa natureza é por si mesma malévola, e nos pegamos em flagrante às vezes , fazendo exatamente aquilo que condenamos. 

Reflexões que atingem nossos sentimentos deixam nossa alma assim nua e exposta. Descobrimos que somos feitos também de inveja, raiva, contendas, revoltas, murmurações... Descobrimos que magoamos pessoas, e de alguma forma, com consciência que fazíamos isso (mas, era o melhor pra nós...). O início de tudo é nos perdoarmos, pois quando erramos, raramente o fazemos por gosto, e sim por desconhecimento ou falta de discernimento...

Por vezes é necessário fazer essa viagem inusitada para dentro de nós mesmos, reconhecendo nossos erros, pecados, enganos e desenganos. Na vida é natural cair, mas é essencial levantar sempre, sacudir a poeira e dar a volta por cima. É necessário coragem para fazer uma retrospectiva, aonde vêm à tona muitas revelações, dando-nos entendimento que para sermos um pouco melhores, temos que efetivarmos verdadeiras mudanças e desafiá-las a se desinstalarem da nossa existência, pois somente assim podemos vencer o jogo da vida e essa natureza tão (des) humana que temos.

Marly Bastos

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

OBRIGADA A VOCÊ!


                                                     Cantata de Natal CAIC W.J.M.



Quantas coisas maravilhosas nos aconteceram esse ano através da blogosfera! Aqui nesse mundo, fizemos amizades virtuais e reais em diferentes partes desse mundão de meu Deus. E nele partilhamos talento, criatividade, sentimentos, carinho, sonhos, expectativas, decepções... Enfim, partilhamos nossas vidas, direta ou indiretamente. 

Agradeço de coração por sua manifestação de amizade e acolhimento, que mesmo sem saber, em algum momento suas palavras foram conforto e comunicação de vida em mim e sinto-me feliz por saber que de alguma maneira pude também proporcionar algum conforto para alguns em momento de necessidade e carência. Pelas pressões do cotidiano, muita vezes pensei em desistir de escrever ou de blogar, todavia o carinho e apoio que recebi dos amigos falou mais alto e aqui estou eu agradecendo a cada amigo que faz minha felicidade deixando “um dedinho de palavresia” aqui ou enchendo minha alma de satisfação ao escrever coisas que movem e comovem o imo e que eu amo ler. 

O Natal é símbolo de vida nova, de renovo, e nele se comemora o nascimento do Homem que revolucionou o mundo e nos trouxe a salvação e esperança de um Novo Porvir. Jesus Cristo, Senhor absoluto da vida, nos trouxe a libertação das fobias humanas. Nele somos livres e mais que vencedores. Que neste natal sejam confraternizados todos os desejos de um mundo melhor! E para isso é necessário fazer um balanço de tudo que aconteceu, e transformarmos em saldo positivo os momentos ruins e difíceis, afinal são eles que nos ensinam a trilharmos nossos passos de maneira diferente e a sermos mais fortes. É tempo de agradecer a Deus pela vida maravilhosa que Ele nos deu e pedir discernimento e sabedoria para vivê-la em abundância. 

Uma beijoka super doce nesse fim de ano, que cada amigo receba meu abraço fraterno e oração pedindo para que sua vida seja abençoada hoje e sempre! 

Um abençoado Natal e um Ano Vindouro com a prosperidade em seu encalço!
                                                             Marly Bastos


domingo, 23 de setembro de 2012

SOBRE A FANTASIA...

                                                                Foto extraída da internet

Fantasias são os devaneios que a nossa imaginação nos permite... 
 Elas são necessárias para enfrentarmos os vazios que a vida real traz, 
 ou que os sonhos não concretizam... 
São tantos tipos de fantasias...[E umas melhores que outras.] Mas seja qual for, elas sempre acometem corações sedentos de vida, de amor, de paixão e de realizações.
E na impossibilidade, elas se tornam possíveis. 
Ás vezes a vida é tão dura, a realidade tão sonsa, o cotidiano tão medíocre,
que necessitamos de ter um pouco mais... 
 Devaneamos... E entendemos que divagar numa fantasia é melhor que nada, pois nela, nem que seja por alguns momentos temos tudo... Ou quase tudo... Ou um pouquinho de quase tudo... 

Marly Bastos

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

ASAS NOS PÉS


         
Sabe, por mais que acumulemos tempo de vida, por mais experiência que esse tempo de vida nos dê, sempre insistimos, ou teimamos como crianças em fazer o que não deve ser feito... 

Sem culpas, culpo-te, por tudo que sinto, pois tem se desnudado completamente pra mim sem nenhuma cerimônia. Não, não estou falando do desnudar do seu corpo, e sim da forma como você mostrou-me a sua alma nua, sem véus, sem vergonha e sem medo. E eu gostei tanto do que vi, do que senti ao ver você assim, como dizia Vinicius: "tão linda que só espalha sofrimento, tão cheia de pudor que vive nua". Entende quando eu digo que sinto paixão pela tua alma? 

Você me diz que não sabe andar com os pés no chão, e que poetas têm asas nos pés. Ah que bom meu amor, pois o chão às vezes é tão incômodo, tão prosaico, tão frio! És meu anjo de asas nos pés, no corpo da mulher que amo. 

Um anjo sapeca, és isso! Uma menina solta, livre, sorriso maroto nos lábios, achando graça quando enrubesce-me as faces com a suas brejeirices, e assim, me tens nas tuas mãos. 

Gosto de você assim, mulher formosa, mas com sorriso e olhar de menina, cansada de ser adulta, de se portar como gente grande, e de manter os pés no chão... Tire os sapatos, tire as roupas sérias que a vida impõe e vem voar de peito aberto e alma nua. E voe longe em seus sentimentos e loucuras... 

Marly Bastos

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

COBIÇA


Ele viu aquela rosa no jardim, e a cobiçou. Parecia tão linda! Parecia tão dele!Queria possuí-la em suas mãos, sentir a textura, aspirar o aroma...

Por dias, olhou para o jardim (e cobiçou cada vez mais a rosa) que alegremente tremulava ao vento. Sorrateiramente, arrancou-a da roseira!Avidamente, respirou fundo seu aroma. Maravilhou-se com a textura das suas pétalas, encheu os olhos com a cor única, que lhe coloria as íris!

E por fim pensou: Para que serve uma rosa fora do jardim?...E a abandonou na calçada...

Marly Bastos

domingo, 19 de agosto de 2012

DESIMPETUALIZAR

                                                                         Imagem da web
A maturidade existencial não depende da idade cronológica isso é certo, pois há pessoas de alma velha e que a definição de amadurecimento não lhes cabe. Outras de tanto dar cabeçada pelos “ais” da vida se tornam tão amargas que não deixam o doce sabor da maturidade as alcançar. E há aquelas pessoas que apenas seguem padrões de comportamento, mas que no fundo, no fundo não passa de uma fotocópia desbotada de lições que deveriam ser inseridas como bagagens de conhecimento e experiências.

Há um ditado popular que diz que “A gente nasce sabendo e morre aprendendo”. Isso se baseia na desconstrução de idéias. Chega uma época em nossa tenra idade que sabemos de tudo [ou pensamos saber de quase tudo], antes mesmo que nos formule a pergunta, pensamos ter a resposta, antes que nos peçam algo, já sabemos onde encontrar. Entendemos mais de tudo... Depois, com o tempo vamos desconstruindo esses conceitos e meio a contra gosto descobrimos que não sabemos nada, que aprendemos com os outros. Tudo que antes era “sabidagem” cai por terra e descobrimos que quanto mais pensamos saber, mais tolo somos; que quanto mais vivemos, mais descobrimos que nada sabemos.

Há aquelas pessoas maduras cronologicamente, mas que não conseguem chegar à maturidade existencial, talvez por negação, por medo da velhice, por medo dos problemas, por medo dos relacionamentos, por medo da vida. Esquecem que a vida passa, que os anos não param e que querendo ou não, envelhecem, e morrem [ não seguindo o fluxo natural da vida: nascer, crescer, produzir e morrer]. Então podemos dizer que a maturidade é uma característica que só alguns frutos conseguem atingir, os outros, ou são sempre verdes e ácidos, ou cai da árvore e apodrecem prematuramente.

Penso que a maturidade dá uma doçura especial aos frutos da vida e isso talvez seja porque fruta madura no pé recebe mais nutrientes, mas para isso é necessário uma certa paciência...  Creio que  desimpetualizar as emoções seja a palavra que mais cabe nesse amadurecimento sentimental, pois tal qual um rio, que com o longo curso que segue, vai encontrando barreiras e com isso se torna mais manso, menos impetuoso e deixam-se ir mais lentamente desaguar no mar e aí vai mesclando sua doçura ao salgado e com isso se entregando às profundezas do mar da vida. Ou ainda poderia comparar esse desimpetualizar com dois amantes que deixam a paixão voraz, pela entrega de forma natural e fascinante,seja no gosto do beijo onde o alcalino e ácido se misturam no delicado beijo;ou  nos carinhos que se tornam mais brandos e sutis [e talvez remotos] todavia alcançam maior intensidade.

A verdade é que nunca estaremos plenamente maduros, mas isso é bom e importante, pois nos dá a chance de continuarmos a buscar conhecimentos, a mudar nossos conceitos, a refletir sobre a vida, a sermos mais tolerante nessa grande diversidade que é a vida. Lembro de meu avô paterno que consternado dizia: “Quando envelhecemos e aprendemos a viver melhor, adquirimos uma bagagem maior de conhecimento, ficamos um pouco mais sábios, morremos”. Isso mostra o quanto o ser humano é inacabado, que até na hora do suspiro final, ainda aprende coisas, descobre um outro lado que até então lhe é desconhecido.
                                                               Marly Bastos

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

THE END (quando é do lado de lá...)


            Ele de uma hora para outro se tornou a coisa mais importante para mim, fixou em meus pensamentos e fez morada em eu coração... Enfim era a azeitona da minha empadinha, a cereja do meu Martini. E me levava numa boa, dizendo que eu era isso e aquilo e um dia disse que estava ocupado demais e depois retornava o telefonema. Nunca retornou...

            Foi desesperador, sofrido, dolorido! Não foi fácil, aliás nunca é fácil, mas meu consolo é que quase todo mundo já passou ou vai passar por isso. Com isso não quero dizer que quero ver as pessoas sofrendo por amor, mas estou constatando que isso é normal, e o que a gente mais quer nessa hora é parar de choramingar, deixar de lembrar, de ter esperanças... Eu quero continuar empurrando a vida com a pança.

            A primeira coisa que me deu vontade de fazer foi afogar o peixinho que ele me presenteou(como é que se afoga um peixe mesmo?), rasgar a foto que tiramos juntos  naquele dia especial( na verdade rasguei e coloquei os pedacinhos debaixo do travesseiro...). Queria tanto que esse fantasma que me persegue se tornasse de fato o “falecido”(termos que as minhas amigas usam para me animar)

            Sei que lidar com a frustração e aceitar o fim é necessário, mas fico pensando “e se"???... "Talvez"... "Quem sabe"? Aceitar “um pé na bunda” é uma prova de fogo, mas não saímos mais purificados ao passarmos pelo fogo?? Eu senti uma raiva gigantesca, chorei rios de lágrimas, fiquei triste, ri de despeito, e no fim aceitei(sem aceitar) que foi o “the end”. Refleti muito em todas as perdas e ganhos e descobri que saí ganhando, pois ele jamais será amado como eu amei(olha o despeito aí), mas eu poderei ser mil vezes mais amada do que ele amou(isso é verdade).

            Deixei muitas vezes fluir meu lado irascível, cobrei, mostrei meus ciúmes, assim como ele também que não é nenhum santo. Tivemos ótimos momentos, e alguns poucos tensos, de discórdias e brigas... Mas tenho consciência que não foram nossas atitudes que desandou tudo, o que na verdade acabou foram os momentos, bons ou ruins. Acabou o que era bom de um dos lados, e isso não é culpa de ninguém, apenas dói, dói e dói. Ah!... Dói!

            Desvencilhei-me de outro quase relacionamento que apareceu, embora as palpiteiras dizem que “nada melhor que uma nova paixão para substituir uma antiga”. Não penso assim, pois acho que o último relacionamento ainda precisa ser processado, refletido, internalizado e assim evitar cometer um erro na ânsia de acertar, de mudar de rumo. Afinal eu não quero um “terapeuta”(e nem é justo), no momento quero apenas esquecer, ter meu autorreconhecimento, e descobrir-me sã e salva do fundo do poço da amargura.

            E para esquecer eu preciso me afastar, jogar fora os pedacinhos rasgados da foto, fazer coisas contrárias das quais fazíamos, andar por caminhos inversos e esquecer que tenho cotovelos... Assim ele não dói. No momento não quero ser amiga dele, nem sei se um dia vou querer! Amizade com um ex-amor é uma “faca de dois gumes” e eu não sei manusear esse tipo de utensílio.

            Não sou masoquista e para fugir das lembranças e adquirir autoproteção, eu desfiz de tudo que evocava situações e momentos. Doei quadros, livros, CDs, DVs, lençóis e até aquela lingerie que ele “babava” quando  a via recheada por mim(pensa como doeu!). Não rumino lembranças, não mastigo mágoas, não vomito ilusões e muito menos vou ficar lambendo as feridas que esse amor deixou. Deixo que o tempo as cure, e assim será.

              Olha, não é que eu queira “cuspir no prato que comi”, mas analisando tudo, ele nem era esse “bam bam bam”, embora eu gostava dele com todos os defeitos. E o medo de perdê-lo foi tanto, que eu perdi. Se ele fosse tão esperto quanto eu sempre imaginei, ele estaria comigo certo?? (rsrsrsrs você pode até dizer: Errado, mas deixe-me pensar assim ok?).
           
            Na verdade não concordei em perder, em ficar sem a presença dele, pois há um laço forte que teima em não desatar do lado de cá, mas vou forças as pontas, pois tornar essa perda mais fácil depende de mim, depende de como eu processo meu amor próprio. E não é que o poeta estava certo em dizer que “a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional”???
                                                                 Marly Bastos

PS: Desculpe o tamanho do texto, mas lavei a  alma heim???