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Fantasias são os devaneios e viagens mentais que a nossa imaginação nos permite... Elas são necessárias para enfrentarmos os vazios que a vida real traz, ou que os sonhos não concretizam... As agruras da vida e a dureza cotidiana, tomam conta do nosso existir e aí fica a impressão de que somos fracos demais para mudar nossa realidade, então torna-se aplausível criar asas nos pés e voar na imaginação.
São tantos tipos de fantasias, mas o certo é que elas nos levam para o fim do arco-íris... Elas sempre acometem corações sedentos de vida, de amor, de paixão e de todos os sentimentos que nos dão a possibilidade de viver plenamente. É na impossibilidade que a fantasia se torna possível, pois nela nossas vontades alçam voos, quebram protocolos, rompem as correntes das convenções e dá uma rasante no intocável!
Fantasiar é criar um mundo que almejamos. E isso nos faz querer encontrá-lo... Naquele minuto de desconsolo da vida e de buscas vãs, embevecidos deixamos vir à tona regressos de emoções que nem o tempo martirizado pelos arranhões das unhas da saudade pode calar a poesia de encantos [e até desencantos]. Fantasia é sobejo de saudade, é delírio de vontades guardadas, pedacinhos de “desfaço a realidade” e um bocadinho de felicidade.
Às vezes a vida é tão dura e dolorida, a realidade tão sonsa, que necessitamos ter um pouco mais... Divagar numa fantasia é dar um refresco para o espírito, é fabricar sonhos e dar uma razão que preencha o vazio. Aí é que entendemos que divagar numa fantasia é melhor que nada, pois nela, nem que seja por alguns momentos temos tudo... Ou quase tudo!
Fantasiar é criar um mundo ou a possibilidade de um momento no qual esbarramos nas concretudes que ansiamos. É tão bom fantasiar, é maravilhoso devanear! E dentro desse mundo à parte podemos por alguns momentos encontrar realizações. Isso é, até que algum estudo psicanalítico diga que isso é loucura, ou algum manual psiquiátrico diga que é um transtorno...
Marly Bastos