São arranjos florais utilizados na ornamentação de igrejas e oratórios nas residencias. Feitas de laminas de cobre banhadas a ouro ou prata, é um tipo de artesanato bem antigo na cidade de Sabará, remanescente do ciclo do ouro. A tradição foi inspirada na palma portuguesa, feita de tecido nas cores verde, vermelho e branco pelas mulheres que migraram de Portugal para Minas Gerais no século XVIII.
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segunda-feira, 27 de março de 2017
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
Namoradeiras
Namoradeiras à venda numa loja de artesanato em Congonhas-MG |
Com o avanço do comércio de artesanato nas cidades históricas houve a divulgação das famosas bonecas de gesso ou barro em forma de bustos de mulheres negras e mulatas utilizadas para enfeitar varandas e janelas.
Não existe uma explicação definitiva para a origem de tal costume, antes apenas das cidades do interior, nem a exatidão do seu atual alcance em terras brasileiras.Nas últimas décadas tanto a produção como o consumo tem se tornado um vício no cenário turístico. Se esse costume um dia foi mineiro, hoje já se tornou nacional.
Possuir o busto de uma figura feminina decorando uma janela, balcão ou varanda é hoje um motivo de vaidade, mas nem sempre foi assim. Há algumas décadas, uma mulher enfeitada na janela era visto como a representação da falta de recato. Consideremos que são figuras representativas de uma época na qual as moças de família "não punham o nariz para fora da janela" para arrumar namorados. Suas vestes e enfeites evidenciam esse jeito mais livre de ser.
Segundo Helena Brandão, em seu artigo Janelas da liberdade, "tais peças decorativas guardam o registro de um tempo em que as mulheres dependiam quase exclusivamente desse ambiente para ter contato com a rua [...] as mulheres brancas, pois as negras circulavam pelas ruas, eram consideradas peças e não pessoas, e as índias, selvagens.
Quando surgiram os primeiros núcleos urbanos, as mulheres se inteiravam dos acontecimentos através das frestas das varandas, muitas cobertas de muxarabiê (tipo de treliça).
Com a saída dos muxarabiês de cena durante o Primeiro Reinado – o que contribuiu para a comercialização do vidro pelos ingleses –, as varandas, e posteriormente as sacadas, passaram a ser não apenas num posto de vigília, mas também de exposição. A mulher passava a poder ser vista.
Nesses poucos momentos, os rapazes aproveitavam para cortejar as moçoilas com a prática do “namoro do bufarinheiro” ou do “namoro do escarrinho”.A socialização promovida pela varanda entre a mulher e os rapazes que passavam na rua rendeu a este espaço a fama de ser um local inapropriado para as donzelas.
Somente a partir da segunda metade do século XX é que a varanda deixa de lado sua “má reputação”."
Enfim, novos tempos. Novas energias e pensamentos. E não é que essas meninas são lindas!
segunda-feira, 11 de março de 2013
Palma Barroca
Artesanato típico da cidade de Sabará, de tradição portuguesa, trazido para o Brasil na época do Império.
É feito de folhas de cobre e banhado a ouro ou prata. Usado para enfeitar altares, oratórios e igrejas.
Atualmente são poucas as mulheres que além de saberem o ofício, dedicam-se a essa tradição. Por ser raro, é um dos artesanatos mais caros aqui em Minas Gerais.
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