Hoje, era suposto dar a conhecer o top 4 do "O meu Ex é pior que o teu" powered by A Gata de Saltos Altos, para que, ósdispois, fosse escolhido por vocês o pior dos piores (não podia ser eu a ficar com essa "batata quente" nas mãos). No entanto, confesso que não contava com um feedback tão grande da vossa parte, muito menos com histórias tão tristes e tão dolorosas. Foi impossível ficar indiferente. =/ Assim, preciso de ler novamente e com olhos de ver todos os vossos testemunhos, para poder seleccionar quatro das vossas histórias. Vou fazê-lo durante o fim-de-semana, e segunda-feira (ou domingo à noitinha) dou-vos o veredicto final.
O post surgiu em jeito de brincadeira e no habitual âmbito ramboeiro aqui do estaminé, mas acredito que tenha servido como forma de desabafo para alguns de vós. Mesmo quando já é passado e está mais que ultrapassado, penso que é bom falar daquilo que em tempos nos fez sofrer. Não só mostra que conseguimos mesmo colocar para trás das costas e virar a página (daí abordarmos o assunto naturalmente), como pode servir de "abre-olhos" para outras pessoas. Porque o amor é cego e, muitas vezes, não vemos o que está à frente dos nossos olhos. Algumas das vezes por não querermos até. E esquecemo-nos de nós. E perdemos o nosso amor próprio e é aí que o suposto amor deixa de ser saudável e vai-nos matando aos poucos (fala a voz da experiência).
Quando não está ultrapassado, também não deixa de ser bom tocar no assunto, porque ajuda a digerir. Não sou propriamente o melhor exemplo, porque sou muito reservada e sempre fui de guardar tudo para mim, mas bem sei que quando explodia era quando me sentia melhor. Por isso, por mais que vos custe, não deixem de falar no que vos dói e vos tira a tranquilidade interior.
Com alguns dos vossos testemunhos, vejo que, afinal de contas, os meus Ex ao pé dos vossos são uns "meninos", embora ache a mentira e a traição algo completamente deplorável, do pior mesmo, espumo só de tocar nestas palavrinhas. Mas pronto, que tive os meus piores Ex, tive. Já sofri horrores (nem vale a pena entrar em pormenores senão passamos a ceia de Natal aqui, na tertúlia), mas também já vesti a pele de pior Ex. Não que tenha feito algo de muito mau, mas sei que já fiz sofrer muito pelo simples facto de querer acabar uma relação de anos, e isso, por si só, fez-me sentir mal na altura e leva-me a considerar ter sido a pior Ex. Foi assim, em grande parte, por não saber lidar com a situação e já começava a tornar-me numa pessoa fria. Jogos psicológicos também não ajudaram em nada, muito menos a pressão alheia. Era uma turbilhão de sentimentos, pelo que foram tempos difíceis, para ele, mas para mim também. Cheguei mesmo a recusar uma passagem de ano na Madeira (uma das tentativas de reconciliação), mesmo tendo o bilhete nas mãos, e ainda hoje dói-me no coração comentar este facto. Não queria de maneira nenhuma reatar por pena e com a confusão instalada na minha cabeça. Acabou por vir a acontecer, mas, meses mais tarde, o "fim" voltou e foi de vez.
Isto tudo, muito por alto, só para dizer que fiz sofrer e, de seguida, sofri eu. A isto talvez se chame a (terrível) lei do karma. Mas, hoje, estou aqui, casada e feliz da vida. Tenho uma pessoa impecável do meu lado, amo-o de paixão, é o meu melhor amigo, melhor namorado, melhor marido e quero enchê-lo de mimos até ao fim dos meus dias (ok, momento lamechas/piroso do post).
Achei que também devia partilhar um pouquinho da minha história com vocês (ainda que de forma muito resumida), quanto mais não seja pelo facto de não terem hesitado em partilhar a vossa. Agradeço mesmo que o tenham feito, que tenham aberto o vosso coração aqui para a vossa Gata e demais leitores, mesmo que isso tenha significado levantar fantasmas do passado. Nunca se esqueçam que o que realmente importa é o presente e o futuro. Não que tenhamos de esquecer o passado, até porque faz parte de nós, da nossa história, e acredito que há situações que não se esquecem. Mas não devemos deixar que nos persiga e que não nos deixe avançar e dar o passo em frente. Deve servir meramente como lição/experiência de vida e para nos ajudar a crescer e a tornar-nos mais fortes. Porque o que não mata, fortalece. E, mais cedo ou mais tarde, o verdadeiro príncipe acaba por chegar. Não quando nós queremos, mas quando tiver de ser. E olhem que há acasos bem bonitos na vida e que até acabam em casamento! Ah! E lembrem-se sempre de algo muito importante: a nossa felicidade nunca pode depender de terceiros. Temos de saber ser felizes por nós mesmo. Sejam felizes, sim? =))
E proooontos, segunda-feira (se não for antes), vamos a votos.