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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

De alguma nuvem, Feliz Natal


Há dias, iniciei a viagem de volta da Austrália. Minha impressão, porém, é a de que estacionei em alguma nuvem, a meio caminho entre Sydney e Maceió: ainda não aterrissei, realmente. Me sinto flutuando no ar, com estranhas ondulações pelo corpo, sem vontade de fazer coisa alguma, rebelde a horários, dormindo durante o dia e quase nada à noite, logo eu, ser essencialmente diurno, de repente transformada em ser das madrugadas (como agora, 2:36 da manhã), sem saber direito o que fazer. É o jet lag, me explicam, não há outro jeito a não ser conformar-se, passa.

Enquanto não passa, daqui da minha nuvem — que no início era modesta, mas agora, devido aos vários dias em que nela me encontro e às voltas que o mundo dá, tornou-se bem grande, confortável, dotada de vários compartimentos, sempre fofa —, daqui da minha nuvem, em meio às várias impressões da linda Austrália (que, a certo momento, deixei de relatar aqui no blog, porque simplesmente não conseguia viajar e escrever ao mesmo tempo, a aventura da viagem sobrepondo-se à da escrita), daqui da minha nuvem, entre visões de cangurus, koalas, walabies, demônios da Tasmânia, praias deslumbrantes a rodear desertos interiores, cidades pujantes, energia de população jovem e país rico, em meio a essas impressões — que cada vez mais se misturam às visões dos coqueiros, jegues, cajus e mangas, praias paradisíacas, carroças, miséria de grande parte da população, afetividade, espetáculos de cores, ruídos altos e luminosidade escancarada do meu Nordeste brasileiro — , daqui desta minha nuvem particular envio a vocês todos, queridos amigos, abraços carinhosos e votos de um

Natal de paz, solidariedade e alegrias!

domingo, 28 de dezembro de 2008

Ainda o Natal: uma sugestão de Saramago


"Nestes dias em que se celebra o nascimento do Cristo, outra ideia me acudiu, talvez mais provocadora ainda, direi mesmo que revolucionária, e que em pouquíssimas palavras se enuncia. Ei-la. Se é verdade que Jesus, na última ceia, disse aos discípulos, referindo-se ao pão e ao vinho que estavam sobre a mesa: “Este é o meu corpo, este é o meu sangue”, então não será ilegítimo concluir que as inumeráveis ceias, as pantugruélicas comezainas, as empaturradelas homéricas com que milhões e milhões de estômagos têm de haver-se para iludir os perigos de uma congestão fatal, não serão mais que a multitudinária cópia, ao mesmo tempo efectiva e simbólica, da última ceia: os crentes alimentam-se do seu deus, devoram-no, digerem-no, eliminam-no, até ao próximo natal, até à próxima ceia, ao ritual de uma fome material e mística sempre insatisfeita. A ver agora que dizem os teólogos."
[José Saramago, O Caderno de Saramago]
Parece-me ideia muito bem pensada.
Nós, brasileiros, mantemos uma relação muito estreita com a antropofagia. Desde nossas origens mais remotas, fomos estigmatizados, por europeus, como antropófagos. A partir do século XX, desde o modernismo, resolvemos nos assumir como antropófagos, ou seja, nos assumir como aqueles que devoram e digerem dos outros o que desejam.
Por isso, acho que nós, brasileiros — preconceitos religiosos à parte —, poderemos compreender a sugestão de Saramago, e mais: brincar com ela. É a minha sugestão. Fica o convite.

* Foto daqui, da pintura "Santa Ceia", de autoria da artista Bete Brito.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O truque do gênio


Hoje, Natal, é dia de festa e brincadeiras em família.

Nesse espírito, repasso a vocês este joguinho que encontrei no Idelber e achei sensacional.

Um gênio tenta acertar — e, em geral, consegue! — o personagem em que você pensou. Vale tudo: personagem vivo, morto, real, ficcional, em qualquer área.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Natal na ilha do Nanja















Na Ilha do Nanja, o Natal continua a ser maravilhoso. Lá ninguém celebra o Natal como o aniversário do Menino Jesus, mas sim como o verdadeiro dia do seu
[O texto de Cecília Meireles continua aqui]