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quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Em busca de uma nova escola

Nestes últimos anos a situação financeira foi ficando mais e mais complicada para muitas famílias, inclusive para a minha. "Ai, mas você é professora da federal, deve ganhar super bem...", essa é uma meia verdade, pois proporcionalmente a muita gente eu ganho bem, mas foram tantas as armadilhas e dificuldades afetando os meus que me vi numa situação super delicada e precisei de um tabefe de realidades na minha cara. Doeu, e muito, mas botei tudo no papel, no Excel e na prática, e os cortes foram feitos como fosse eu a Rainha de Espadas.  


De todos os cortes o mais doloroso foi tirar o Benjamin do Medianeira. Eu tentei antes conversar com a escola, afinal minhas filhas mais velhas foram alunas lá por anos e o Benjamin é um ótimo aluno, com pais presentes e bons pagadores desde o primeiro ano, mas a escola mudou bastante e nem mesmo uma reunião para me ouvir eu consegui com eles. Os telefonemas e e-mails foram respondidos com frieza empresarial e com um sádico "tenha uma ótima semana" ao pé da página depois daquele curto parágrafo que informava que a política da escola era clara e que eu não me enquadrava para qualquer tipo de desconto. Fim de uma história, início de outra...

Festa Junina de 2019. :)

Conversar isso com o Benji foi um dos momento mais difíceis... ele tem 13 anos e um grupo de amigos que é todo da escola, construído desde que tinhas 6 anos. 'Devastador" foi a palavra que ele usou quando perguntei como seria se ele tivesse que sair do colégio. Mas a gente conversou, ele ouviu, viu as planilhas, percebeu que iríamos seguir engessados e nos endividando se não fizéssemos esse esforço em família, e como a pessoa super querida e inteligente que é encarou a mudança com coragem, com minha promessa de que assim que for possível ele retorna para a escola (embora eu esteja com um ranço justificável do colégio que já foi tão bom em outros tempos)



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Agora estamos na fila, tentando vaga na escola pública mais próxima aqui de casa, que é uma escola ótima. Se ali não der seguiremos para outra, um pouco mais distante, até acharmos o espaço onde ele vai iniciar essa temporada de mudanças e crescimento. A nossa promessa foi a de seguir acompanhando, participando, e trabalhando para as coisas melhorarem. "Mar calmo não faz bom marinheiro", dizem por ai. Nosso menino agora sabe que navegar é preciso e viver não é.


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Ritos, meninos e passarinhos

Hoje Benja realizou seu primeiro funeral de passarinho, na escola. Ele e dois amigos acharam o filhote morto, enterraram, disseram palavras de despedida e cobriram com folhas e galinhos e flores...Hoje ele também teve que lidar com o cético-cinismo do mundo, pois outros meninos duvidaram que havia um pássaro, fizeram riscos na terra dizendo debochados que tinham enterrado um bicho ali também, esparramaram as flores e folhas do túmulo e só não desenterraram o pássaro porque o sinal do fim do recreio tocou.



Quem saberia a autoria da foto do menino e sua sombra?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Apanhador de sonhos: um projeto amoroso para fazer com os filhos

A amiga Bárbara Clemente, que também está com um filhote em férias, me enviou o link do artbarblog.com, repleto de ideias de atividades legais para fazer com as crianças. Imediatamente me apaixonei pelos APANHADORES DE SONHO, projeto simples e que vinha a calhar com um momento especial do meu pequeno que tem estado um pouco agitado à noite.

Os apanhadores de sonho, ou filtro de sonhos, são  lindos, decorativos mas também são objetos rituais de nativo-americanos que se popularizaram por todo o mundo. São muitas as histórias que os cercam e aqui há uma bonita lenda de sua criação.

Eu creio que tudo depende da substância que você dá, um objeto pode ser apenas um objeto, mas se a sua intencionalidade e sua energia criativa está posta nele com suas intenções ele se torna simbólico. 

Muitas tradições de estudos antropológicos (com  Lévi-Strauss, Mauss, Malinowski, entre outros) se dedicaram a pensar nestes objetos e rituais mágicos que usamos desde tempos remotíssimos para tentar controlar o que racionalmente sabemos não estar sob nosso controle, como os sonhos, mas, enfim: o apanhador de sonhos era nosso projeto de ontem para fazermos arte, nos divertirmos e enchermos sua execução de significados.

 Já começou bacana: enquanto eu separava um espaço na bancada ele pegou o novelo e o bastidor e, inspirado naquele cara do programa Art Attak criou um desenho que disse ser "A Terra, a Lua e as órbitas". ;)


 Seguimos as instruções (mais ou menos) do tutorial ARTBAR.COM e ele cobriu o bastidor com durex colorido.


 Depois chegou a hora de criar as teias. Ele ficou interessado em criar formas estrelares e vibrava ao efeito de cada nova volta do novelo no aro.


 A lã matizada e com texturas era um restinho de novelo e conferiu uma graça especial ao nosso apanhador, não?


 Ficou assim, arrematamos com um nó e deixamos um fio comprido para pendurar a peça.



 Ele foi à sua caixa de "Achados do Chão" e escolheu os objetos que queria pendurar. Pensamos no que lhe dava segurança...ele disse que a mãe, o pai, as irmãs, as avós. Então escolheu um objeto para cada um: a pena para o pai (que achou a pena com ele e é escritor), a folha de pata-de-vaca para mim pois tem forma de coração, a pérola de plástico para a irmã mais velha que tem um brinco parecido, a semente que voa para a irmã do meio que gosta de plantar (e já voou para sua própria casa, eu pensei), uma peça de biju dourada para as avós pois parecia antiga :).
Escolhemos ainda uma conchinha redonda para ser ele mesmo e duas virtudes: CORAGEM- representada pela grimpa de pinheiro e ALEGRIA- representada pela conta colorida.


 Amarramos cada peça, enquanto conversávamos sobre elas.



 Todas amarradas,dispomos na mesa para pensar no arranjo final.



 Ele no meio, pai e mãe de cada lado, as irmãs, as avós e as virtudes.



 Penduramos na porta do quarto.


Achei lindo e nunca esquecerei do processo de fazermos isto juntos. Mais uma memória desta infância.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Presente feito à mão para meninos e meninas: Almofada Raposa, kit para a hora de dormir


Dias de correria...eu entreguei um capítulo da tese e nem preciso dizer que entre bloqueios criativos, procrastinações sofridas e coisas da vida em geral me vi numa pressão como a tempos eu não sofria...mas foi, tá entregue e eu achei que não ficou de todo ruim...
Para comemorar decidi fazer umas costuras que estavam faz tempo na lista (uma toalha de mesa com um pano estampado de rosquinhas maravilhoso que comprei na 25 de março e uma lancheira toda linda que depois eu vão ganhar post) e também um presente pro Benjamin levar ao primeiro aniversário na casa de um amigo ♥ para o qual foi convidado.
O presente do Amigo Chico é uma mistura de ideias que ficaram em ebulição na cabeça depois de uma conversa de facebook com umas amigas: fiz um kit pra hora de dormir unindo a ideia da almofada raposa (facinha, tutorial aqui) macia de flanela xadrez,com a ideia do porta pijama + livro (acho que fui  eu fui  quem inventou isso, heheheh) num bolso atrás da raposa ...tudo meio dentro da vibe do Pequeno Príncipe. Saiu muito barato, o mais caro foi o livro de 17 reais e ficou um presente diferente, que poderá não ser o favorito na hora da festa com todos os brinquedos legais que vão aparecer, mas que depois, de noitinha,quando o cansaço bater será bem aconchegante...Acho que  vai cativar.

domingo, 19 de agosto de 2012

Aprendendo a brincar sozinho: brinquedos quietinhos

Fui orientadora educacional por anos e a queixa top ten de professores e pais era: "essa criança não para quieta, não consegue se concentrar, não sossega, tem bicho carpinteiro..." isso me incomodava muito pois eu sempre achei que o limite entre uma vivacidade saudável e esperada de uma criança, com a qual muita gente tem dificuldade de  lidar, e "O" problema era muito difícil de determinar.
Tenho pensado muito nisso por conta de meu interesse em brinquedos artesanais e livros infantis: cheguei à livraria com o Benjamin e ele imediatamente se direcionou para os livros grandes e que tinham botões para emitir barulho. Os canais infantis abundam em desenhos cantados/gritados, os brinquedos falam, latem, buzinam, acendem e fazem muito barulho.
Nas andanças por sites pesquisando bonecas de pano e afins descobri uma categoria de brinquedos bastante comum nos EUA e Austrália: os quiet toys...isso: Brinquedos silenciosos, normalmente usados pelos pais para distrair a criança durante o serviço religioso, as esperas em consultórios, eventos e restaurantes. Eu adoro a ideia de proporcionar às crianças oportunidades de brincar em silêncio, não por não gostar de ouvi-las mas sim por gostar tanto que gostaria que elas tivessem a chance de ouvir a si mesmas enquanto brincam tendo que criar os próprios sons e enredo da história. É uma maneira gostosa de aprender a dominar o seu "bicho carpinteiro interior".
Livros de pano chamados de quiet books como estes, com peças destacáveis de feltro fazem parte da minha lista de "brinquedos quietinhos" que quero fazer.
Já fiz alguns tapetes de brincar como este para carrinhos e este para dinossauros, que tem links para os tutoriais.


Nesta semana fiz, a pedido da minha amiga Marília, este tapete para brincar de fazendinha, que pode ser um brinquedo quietinho delicioso, somado a uns bichinhos de plástico ou tecido. Ele tem bolsinhos para guardar a coleção de bichinhos e pode ser transportado enrolado para todo lado.







Aproveito o silêncio para mostrar o livro lindo que a irmã do Benjamin por coincidência  trouxe pra ele: O livro do Silêncio!

Estar quieto não significa perder a liberdade; ficar consigo mesmo enquanto relaxa e brinca é uma aprendizagem cada dia mais necessária nos dias de tanta zoeira que vivemos.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Feito à mão para meninos - e meninas: tapete pra brincar de dinossauro


                                 


O desafio de costurar roupas para meu menino me levou a tirar da lista de projetos "talvez um dia" algumas coisas que eu arquivava pensando no Benjamin. Este tapete pra brincar com dinossauros eu descobri quando pesquisava ideias para o "Tapete pra brincar de carrinhos" que fiz ano passado. Finalmente eu fiz e foi bem rápido. Ele é pequeno, fiz do tamanho de um jogo americano, assim fica prático pra carregar na bolsa e é uma excelente opção de jogo silencioso para levar para restaurantes, salas de espera e lugares chatos em geral  para um criança... lol!
Eu copiei a olho o desenho simples da paisagem deste tutorial em um jogo americano de plástico, usei giz de quadro mesmo.O Benjamin também copiou sua versão em outro lugar americano, rsrsrsrs
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Depois copiei dali cada parte com papel de seda e cortei no feltro...usei um feltro cinza como base e sobre ele montei a cena - foi um trabalho de colagem bem gostoso de fazer com o Benji junto.

                                    
Depois eu costurei tudo com ponto zig-zag da minha deliciosa Máquina Nova! EEEEEHHHHH!!!
Hoje cedo o Benji já era o paleontólogo da casa e desafia qualquer lógica ao promover o desafio: Backyardigans X Dinossauros. Uarrrr!

                                  


sexta-feira, 27 de abril de 2012

Costurando para o menino: "agora eu era o herói"

"E meu cavalo era um tigrão!





Bem...o desafio de costurar para meu menino por ao menos uma hora ao dia esta semana tem sido bem divertido. Depois da saruel de flanela acolhi a sugestão de uma querida amiga e decidi fazer umas fantasias (até porque arrumei as  gavetas do Benji e constatei que graças às "heranças" de primos e amigos mais velhos ele não está precisando muito de roupas de brincar, mas fantasia ele tem só uma). Eu fiz uma capa de cetim preta pois pode ser base pra muitos personagens (Mágico, Zorro, Batman) é a fantasia "total-flex", rsrsrsr ...

   
A Capa, beeeeem rodada tem acabamento em viés e um botãozinho pra fechar pois cordinhas de amarrar são super perigosas nesta idade. Fiz as máscara do Zorro e do Batman e um bigodão, tudo em feltro com entretela termocolante atrás; e - claro- o Batman foi o favorito. Ele está nesse minuto correndo pela casa com sua super capa e fazendo uma sonoplastia com a boca para seu voo veloz: fshshshshsfshshshhs...que delícia de barulho.



domingo, 8 de janeiro de 2012

Aniversário de 2 anos: festa do Pocoyo - ou quase isso!


Agora 2012 começou para mim. É que às festas de fim de ano segue o aniversário de meu caçula, Benjamin, então é sempre um período muito corrido.
A festa foi ontem e este ano fizemos algo muito mais simples que a Festa do Circo do Benjamin, que tem os mais populares posts aqui blog.
A começar pelo tema: eu queria fazer uma festa de robôs, pois o Benji curte bastante e eu sempre fui chata em relação aos produtos licenciados com personagens para festas infantis: quanta tralha, não? Mas o Benjamin foi sempre enfático e quando falavamos da festa ele dizia "Festa do Pocoyo", seu desenho favorito. Creio que o fazia por se identificar muito - ele "é" o Pocoyo, entendem?- e por ter assistido vário episódios em que os personagens de Pocoyo estão fazendo festas de aniversário.
Acabei convencida depois de conversar com minha amiga Danielle Sinhorelli do Bananacraft e ela me dar uma ideia ótima: misturar o mundo do Pocoyo com o mundo do Benjamin, mundos bem parecidos em grande parte.
Pegamos esta ideia e decidimos que o mote maior da festa seriam as cores que aparecem nas bandeirolas que ilustram a abertura do desenho: laranja, azul, verde, roxo, vermelho e amarelo.
Como tempo e dinheiro andam curtinhos deste lado de cá da tela usamos bastante papel na decoração: bandeirolas, cataventos e dobraduras para colocar as balas - para cortar, colar e dobrar tanta papelada contei com a ajuda do marido, das filhas mais velhas e de minha sobrinha Paula. Comprei umas lanternas japonesas bem baratinhas -as festas do Pocoyo sempre tem lanternas - e enfeitamos com bandeirolinhas pequenas (se as lanternas não tivessem estampa teriam ficado mais bonitas, mas só encontrei estampadas - que seja!

Enfeitamos a mesa com brinquedos que o Benjamin já tinha e que o Pocoyo tem :trenzinhos, avião, torres de blocos, cataventos.



As lembrancinhas foram bolha de sabão, corneta e peteca.Nas cores da festa e decoradinhos com adesivos do Pocoyo. Misturamos às coisas feitas à mão umas outras poucas compradas prontas e com a imagem do personagem.


Sobre as comidas uma curiosidade: reencontrei pelo facebook uma amiga de infância e descobri que ela tem uma sorveteria. Conversa vai, conversa vem ela decidiu encomendar umas bonecas comigo e então troquei as bonecas por um monte de sorvete para a festa. O bolo foi outra coisa legal: fiz o Rainbow Cake que minha amiga Simone Arrais mostrou no blog Linhas Matizadas. Um bolo super festivo e nas cores da festa.

Além disso, os docinhos e salgadinhos que a minha sogra providenciou e os cupcakes que a minha sobrinha Carol fez.
Simples, simples, mas o Benjamin aproveitou bastante e parecia imensamente feliz. E o menino feliz é a razão da festa, não?

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Um dia de cada vez...


Não tenho uma larga experiência em feiras e bazares mas já participei de alguns e não tem jeito: sempre temo não conseguir produzir coisas o suficiente para levar. Desta vez eu estendi a produção por três semanas, costurando sempre entre 21h e 1 da manhã(o Benjamin dormiu, as coisas se alcalmaram na casa e aí é que começa a costurança- quem tem família, trabalho e produz artesanato sabe como é). O resultado (além de um cansaço monumental) está nas fotos abaixo tiradas aqui em casa. Fiquei muito feliz em ver a mesa cheia e saí para o Bazar "cheia de amor pra dar"... mas no "planeta comércio" as coisas são imprevisíveis e NÂO VENDI NADINHA no primeiro dia apesar dos elogios e carinho dos passantes - é, o mundo "fofurítico" também pode ser dureza! Fiquei meio chateada, mas já passou e amanhã e sexta eu volto, então aguardem as cenas dos próximos capítulos e torçam para que eu venda o suficiente para pagar ao menos as despesas do proprio bazar!



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cavalo de pau - e de meia...


O blog esta meio devagar, eu sei...mas tenho trabalhado muito nas coisas do Doutorado e nos preparativos para um Bazar que acontecerá na semana que vem. É o Bazar Charneira, que faz parte da Semana Acadêmica de Design da PUC. Pois bem, minha casa anda um caos...parece a casa da Bruxa de Blair, com cabeças de gato, de cavalo e até de alce - tudo de pano, é claro- espalhadas pelas mesas e prateleiras esperando para receber acabamento.
Um dos projetos finalizados, testados e aprovados eu aprendi aqui.
Tudo começa com a bagunça colorida da foto acima: meias, feltros, fitas, fibra e botões...o Benjamin, meu fiel escudeiro de crafts, estava super curioso com a nova invenção da mamãe!
Depois de um pouco de trabalho aí estão os Cavalinhos de Pau,prontinhos para brincar com o povo da Charneira. Eu me apaixonei pela simplicidade deste brinquedo. Vai tentar?



Para o alto e avante!!

  No último post eu contei dos dias difíceis, de decepções, contenções, cortes e fim de ciclos confortáveis. Falei também de espera e resili...