The Influence of Intellectual Capital in Performance Evaluation: A Case-Study in The Hospital Sector
The Influence of Intellectual Capital in Performance Evaluation: A Case-Study in The Hospital Sector
The Influence of Intellectual Capital in Performance Evaluation: A Case-Study in The Hospital Sector
Influncia do capital intelectual na avaliao de desempenho aplicada ao setor hospitalar The influence of intellectual capital in performance evaluation: a case-study in the hospital sector
ARTIGO ARTICLE
Departamento de Contabilidade, Faculdade de Administrao, Economia e Contabilidade de Ribeiro Preto, USP. Av. Bandeirantes 3900, Monte Alegre. 14040-900 Ribeiro Preto SP. [email protected]
Abstract This paper contributes to public institutions with the adaptation of a performance evaluation tool based on private companies. The objective is to demonstrate how the impact of an educational activity might be measured in the economic value added for the society of a public university hospital. The paper was divided in four parts, despite the introductory and methodological aspects and the final remarks. First, the hospital sector is explained, specifically in the context of the public university hospitals. Then, the definitions, the nature and measure of the intellectual capital are presented, followed by the disclosure of the main economic performance evaluation models. Finally, an adapted model is presented, under the approach of the value based management, considering adjustments of the return and the respective investment measures, showing the impacts of the intellectual capital management and the education activity on the economic result of those institutions. The study was developed based on a methodology supported by a bibliographical research, using a comparative method procedure in the descriptive modality. At last, it is highlighted the importance of accountability for the society regarding the use of public resources and how this study can help in this way. Key words Intellectual capital, Public management, Health management, Performance evaluation
Resumo Este estudo contribui com a adaptao, para as entidades pblicas, de uma ferramenta de avaliao de desempenho sedimentada nas empresas privadas. O objetivo demonstrar como pode ser mensurado o impacto da atividade de ensino no valor econmico agregado por um hospital universitrio pblico sociedade. Para tanto, o texto foi dividido em quatro partes, alm dos aspectos introdutrios, metodolgicos e das consideraes finais. Inicialmente, ser contextualizado o setor hospitalar, mais especificamente os hospitais universitrios pblicos. Logo aps, sero apresentadas as definies, a natureza e mensurao do capital intelectual, seguidas da demonstrao dos principais modelos avaliao de desempenho econmico. Finalmente, ser apresentado um modelo adaptado, sob o enfoque da gesto baseada no valor, propondo ajuste nos indicadores de retorno e do respectivo investimento, demonstrando os impactos da gesto do capital intelectual e da atividade de ensino no resultado econmico de tais instituies. O estudo foi elaborado por intermdio de uma metodologia consubstanciada em uma pesquisa bibliogrfica, sob o prisma do mtodo de procedimento comparativo descritivo. Ressalta-se, por fim, a importncia da prestao de contas para a sociedade quanto ao uso do recurso pblico. Palavras-chave Capital intelectual, Gesto pblica, Gesto da sade, Avaliao de desempenho
1250
Bonacim CAG, Arajo AMP
Introduo
Desde a dcada de noventa, a gesto pblica no Brasil est passando por grandes mudanas incentivadas por reivindicaes sociais que pedem maior eficincia, transparncia e eficcia na aplicao dos recursos pblicos. A crena de que a melhoria das condies sociais do pas passa pela participao ativa da sociedade civil, nos processos de discusso e de tomada de deciso relacionados s questes e polticas pblicas, determinou o desenvolvimento desta pesquisa, que visa contribuir com uma viso mais integrativa da empresa pblica e de seu relacionamento com o cidado (contribuinte). Todas as empresas necessitam de fundos para desenvolver suas atividades operacionais. As trs formas legais bsicas de organizao de uma empresa so: (1) firma individual - uma empresa de propriedade uma nica pessoa que a opera visando ao seu prprio lucro; (2) sociedade consiste em dois ou mais proprietrios dirigindo conjuntamente um empreendimento, com fins lucrativos; (3) sociedade annima entidade empresarial intangvel, criada por lei, cujos donos so os acionistas, em vista de seu patrimnio na forma de aes1. J as entidades pblicas so as que produzem produtos ou servios que visam ao bem-estar da sociedade [...], as entidades pblicas governamentais so todas as do quadro de administrao direta e indireta da Unio, do estados, do distrito federal e dos municpios, as autarquias e as fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico2. Desta maneira, os cidados (contribuintes) que disponibilizam os recursos para o Estado podem ser equiparados aos proprietrios ou acionistas das empresas privadas. Assim, a sociedade pode cobrar das entidades pblicas governamentais uma atuao mais parecida com a de organizaes privadas e exigir, como eles, eficincia na aplicao dos recursos pblicos. Um relatrio gerado com a avaliao de uma empresa privada capaz de influenciar as percepes dos proprietrios ou acionistas acerca da empresa e suas perspectivas futuras. Da mesma forma, a avaliao do desempenho econmico pode representar uma importante ferramenta para promover a transparncia na gesto pblica e ampliar o grau de accountability (o conceito de accountability adotado neste estudo o de prestao de contas por meio de instrumentos que facilitem a transparncia [...] relatrios que faam com que o cidado possa fazer comparaes com resultados privados e, as-
sim, sentir-se confortvel ao ver que a gesto pblica est sendo eficiente no gasto dos recursos pblicos [...]2). O presente trabalho procura acompanhar o que existe na gesto contempornea de empresas, efetuando a devida adequao s condies das entidades pblicas. Nesse contexto que se justifica a adaptao da teoria de mensurao do capital intelectual com a finalidade de servir como ferramenta para a prtica gerencial de avaliao do desempenho de empresas pblicas. Esse tema vem assumindo um papel de destaque em todo mundo, exigindo dos gestores novos desafios na busca contnua da eficincia e eficcia das atividades. O acelerado avano tecnolgico e a especializao constante dos profissionais despontam de forma desproporcional aos recursos financeiros. A qualidade associada utilizao racional dos recursos deve ser o novo desafio. Desta forma, so estabelecidos alguns indicadores para avaliao. Naturalmente, a discusso sobre o desempenho econmico-financeiro dos hospitais j vem de longa data, mas alguns fatos contriburam para que esta questo alcanasse as propores atuais, em especial os custos da assistncia mdica e a incorporao crescente e progressiva de tecnologia no substitutiva. Alm disto, o novo sculo trouxe consigo uma nova era econmica a era do conhecimento e, com ela, um problema emergiu: como mensurar os fatores econmicos intangveis que afetam o valor dos ativos de uma empresa? Assim, uma empresa administra no s seus ativos tangveis, mas tambm seus ativos intangveis. Desta forma, os indicadores de retorno sobre ativo, calculados para uma empresa em que os ativos intangveis representem uma parcela significante dos ativos totais, estariam ignorando uma parcela importante do clculo, desta maneira mostrando ndices de desenvolvimento diferentes dos reais. Nesse cenrio em que a tecnologia e a economia avanam rapidamente, defende-se que o capital intelectual de uma empresa tem determinado cada vez mais o seu valor econmico. Entenda como capital intelectual de uma empresa o seu conhecimento, experincia, especializao e diversos ativos intangveis (em vez do tangvel, fsico e financeiro)3. Considerando o interesse em contribuir para a melhoria do processo de gesto de avaliao de investimentos realizados pela sociedade (Estado) em hospitais universitrios pblicos, pretendese, com esse estudo, responder seguinte questo orientadora de pesquisa (problema de pes-
1251
Cincia & Sade Coletiva, 15(Supl. 1):1249-1261, 2010
quisa): diante desse contexto, quais indicadores poderiam ser mais adequados? Existem vrios modelos destinados apurao do valor de uma empresa, e respectivos indicadores. Naturalmente, a contabilidade tradicional (apoiada nos princpios contbeis) requer ajustes para atender gesto baseada em valor, dentre eles a depreciao, impostos, investimentos estratgicos e em pesquisa e desenvolvimento. O capital intelectual engloba, alm da capacidade intelectual humana, os nomes de produtos, marcas, fatores como liderana tecnolgica, capacitao de funcionrios, agilidade no atendimento aos clientes, etc., caractersticas estas determinantes nas intuies hospitalares, em especial nos hospitais universitrios4. Assim, em consonncia com a questo estabelecida, o objetivo deste trabalho demonstrar como pode ser mensurado o impacto da atividade de ensino no valor econmico agregado por um hospital universitrio pblico sociedade.
Aspectos metodolgicos
A metodologia empregada neste trabalho foi a de pesquisa bibliogrfica. Apesar de assumir a necessidade de uma pesquisa emprica, o assunto ainda incipiente. A pesquisa bibliogrfica necessria para se conhecer previamente o estgio em que se encontra o assunto a ser pesquisado, independentemente de a qual campo do conhecimento pertena5. Assim, a pesquisa bibliogrfica se constitui num conjunto de conhecimentos reunidos nas obras tendo como base fundamental conduzir o leitor a determinado assunto e produo, [...] e utilizao6. Portanto, o apanhado da bibliografia em conjunto com comparaes qualitativas agrega valor discusso existente formao de um futuro construto ou modelo.
Os hospitais universitrios pblicos Os hospitais universitrios (HU) caracterizam-se como sendo centros de sade pblicos vinculados a cursos de graduao em medicina. So conhecidos como hospitais-escola pois servem de laboratrios para os estudantes. Alguns so extremamente conceituados e oferecem tratamento de alta qualidade sem qualquer custo para o paciente. Um hospital universitrio entendido, antes de tudo, como um centro de ateno mdica de alta complexidade, pois: (i) tem importante papel
no atendimento mdico de alta complexidade; (ii) apresenta forte envolvimento em atividades de ensino e pesquisa relacionada ao tipo de atendimento mdico dispensado; (iii) atrai alta concentrao de recursos fsicos, humanos e financeiros em sade; (iv) exerce um papel poltico importante na comunidade que est inserido, dada sua escala, dimensionamento, oramento e custos7. As caractersticas dos HU fazem com que seus custos sejam ainda mais elevados, quando comparados a hospitais no universitrios de alta tecnologia, tais como atividades docente-assistenciais e servios bsicos de sade, quando sua estrutura constituda para oferecer atividades de alta tecnologia. Em 2001, esses hospitais universitrios pblicos foram responsveis por aproximadamente 9% dos leitos, 12% das internaes e 24% dos recursos do SUS destinados ao pagamento de internaes. Tal concentrao reflete maior dimenso mdia e envolvimento significativo com a alta complexidade8. Estes responderam, no mesmo perodo, por cerca de 50% das cirurgias cardacas, 70% dos transplantes, 50% das neurocirurgias e 65% dos atendimentos na rea de malformaes craniofaciais9. O SUS reembolsa os hospitais com base numa tabela de preos nica para cada procedimento. Os hospitais so reembolsados por esses valores, no importando o tempo de permanncia no hospital ou os custos reais incorridos com os pacientes. Percebe-se que este sistema de reembolso, teoricamente, no admite ineficincia, exigindo dos HU um alto grau de eficcia e eficincia na gesto dos recursos escassos. Todavia, os hospitais de ensino encontram-se debilitados10 por serem mais dispendiosos, dado que incorporam atividades de ensino, pesquisa e extenso e por serem um referencial em tecnologia de ponta, quando crescente a exigncia do governo e da sociedade pela racionalizao dos gastos e despesas. Assim, os HU dificilmente poderiam ser competitivos7 em um sistema de reembolso por servio e seriam pouco atrativos aos planos de seguro mdico. A tendncia que se mantenham custeados pelo setor pblico, com boa parte dos servios prestados de forma gratuita ou subsidiados. Assim, os HU tm diante de si o desafio de prover ateno sade a uma crescente populao idosa e arcar com os custos derivados, equacionando a relao entre disponibilidade e acesso versus financiamento adequado. Para que os HU possam fazer tais investimentos, importante que haja recursos. Eles tm
1252
Bonacim CAG, Arajo AMP
basicamente duas maneiras de acumular recursos: (1) gastar menos do que ganham, isto , acumular lucro ou supervit; (2) conseguir recursos extras do governo atravs da aprovao de projetos. Qualquer um dos casos exige que o HU mostre sua eficincia em utilizar os recursos e o retorno que ele tem provido sociedade. Por isso, importante mostrar o valor econmico que o hospital agrega sociedade. Assim como as empresas privadas devem mostram o retorno proporcionado ao acionista, as entidades pblicas devem mostrar o retorno sociedade.
American Medical Colleges realizou, em 1972, estudos de custos em doze escolas mdicas, sendo seis pblicas e seis privadas. Esta comisso definiu, sem a realizao de estudos empricos, um percentual de 35% de dedicao dos profissionais ao ensino. Todos os demais custos das atividades de suporte foram alocados com base neste percentual10. A apurao de custos em hospitais universitrios tem sido tema de debates na literatura cientfica. Outro estudo internacional concluiu que os hospitais que incorporam atividades de ensino possuem os custos elevados em 20% quando comparados com hospitais apenas assistenciais13. Por sua vez, Hosek e Palmer14 consideram que os hospitais de ensino podem ter custos menores que os demais hospitais em decorrncia dos estudantes serem substitutos de mdicos. Porm, o contrrio pode ocorrer devido a diferenas de mix de servios, tcnicas mdicas ou qualidade do atendimento. Neste caso, alegado que mdicos residentes e internos pedem exames e utilizam materiais em demasia e os hospitais de ensino enfatizam excessivamente equipamentos e tcnicas sofisticadas. A metodologia escolhida foi a do custo incremental com base no trabalho de Jones e Korn15 (Quadro 1).
Quadro 1. Metodologias para apurao de custo do ensino em hospitais universitrios. . Metodologias para apurao do custo do aluno da sade Conceito de custos Pergunta Custo incremental Num abiente onde o ensino (pesquisa) e a assistncia mdica so conduzidos em conjunto, como os custos podero aumentar se o programa de ensino for adicionado? Custos diretos do tempo gasto pelo corpo docente no ensino de alunos da rea mdica, suporte direto e indireto de programa de educao. Diviso proporcional Num ambiente onde o ensino (pesquisa) e a assistncia mdica so conduzidos em conjunto, qual a participao proporcional dos custos institucionais totais que podem e devem ser atribudos para o ensino? Custos diretos do tempo gasto pelo corpo docente no ensino de estudantes da rea mdica e atividades relacionadas ao ensino; suporte direto e indireto do programa de educao de estudantes da rea da sade. Uma participao proporcional dos custos totais nas atividades de produtos conjuntos. Custo total Qual o custo dos recursos mnimos para desenvolvimento do ensino? (Identificao do capital intelectual da atividade de ensino e pesquisa). Custos institucionais mais os custos de pesquisa, atividades de estudo e assistncia mdica considerada essencial para o ensino. Os custot totais de todas as atividades de produtos conjuntos.
Componente de custo
Custos alocados somente na extenso em que eles seriam inferiores se o programa de ensino do aluno de sade no existisse.
1253
Cincia & Sade Coletiva, 15(Supl. 1):1249-1261, 2010
A escolha entre as tipologias depende da misso do hospital universitrio (HU) em que ser apurado o custo. Assim, considerando a primeira alternativa a realizao apenas de atividades assistenciais no HU e a segunda, a realizao tanto de atividades assistenciais como de ensino, a diferena entre estas duas alternativas seria considerada o custo do ensino. O referido trabalho recomenda o mtodo de entrevistas para segregar os custos conjuntos. Este mtodo estima as funes de custo com base em anlises e opinies sobre os custos e seus direcionadores, obtidas de vrios departamentos da organizao atravs de entrevistas estruturadas com os profissionais envolvidos diretamente com as atividades. Para os autores, a credibilidade do mtodo depende da reunio de conhecimentos especficos, como a acurcia das estimativas efetuadas pelo pessoal que fornece os dados (entrevistas). Este mtodo no se limita a identificar o volume de tempo da mo de obra consumida em determinada atividade. Por meio das entrevistas, tambm se pode determinar como os custos que no sejam de pessoal devem ser distribudos pelos centros de custo das atividades. Da atividade de ensino, decorrem diversos fatores com impacto nos custos dos hospitais universitrios. Alunos e residentes podem utilizar mais recursos mesmo quando no executam nenhum procedimento como, por exemplo, luvas e mscaras para observar a manipulao de um medicamento quimioterpico. Ou ainda, dosar um medicamento incorretamente, necessitando do preparo de outra dosagem. A instituio pode adquirir um nmero maior de microscpios, por exemplo, para as atividades de ensino.
Capital intelectual
O conceito de capital intelectual teve seu incio na dcada de oitenta, mais especificamente em 1986, quando Sveiby publicou o livro The Know-How Company, com indicaes de como gerenciar ativos intangveis, na Sucia. Em 1991, na Escandinvia, a empresa Skandia instituiu o cargo de diretor de capital intelectual, a ser ocupado por Edvinsson16. O capital intelectual pode ser entendido e definido a partir de pontos distintos de observaes. O capital intelectual deve ser dividido em quatro categorias de ativos: (1) de mercado; (2) humanos; (3) de propriedade intelectual e (4) de infraestrutura17. Contudo, existe uma outra pro-
posio de diviso do capital intelectual em trs dimenses: (1) competncia dos empregados; (2) estrutura interna e (3) estrutura externa18. Neste contexto, o conhecimento s pode ser criado por indivduos19. A organizao precisa apoiar os indivduos criativos e lhes proporcionar contextos para a criao do conhecimento. Alm disso, o capital intelectual um capital no financeiro representando a lacuna oculta entre o valor de mercado e o valor contbil4, sendo, portanto, a soma do capital humano e do capital estrutural. Conforme os autores, muitos gestores consideram o capital intelectual como sendo o recurso mais importante para a criao de valor econmico das empresas, j que o seu gerenciamento atravs de mtodos de mensurao tende a se tornar relevante para o desenvolvimento das estratgias de sucesso das organizaes. Existem medidas para o gerenciamento do capital humano em forma de indicadores. Estes se relacionam com a reputao dos empregados da companhia junto a empresas de colocao de empregados, anos de experincia na profisso, taxa de empregados com menos de dois anos de experincia, satisfao dos empregados, proporo dos empregados dando novas idias e sugestes e proporo implementada e valor adicionado por empregado e por unidade monetria de salrio20. Deste modo, imprescindvel que as organizaes reconheam, identifiquem, invistam e mensurem a importncia das pessoas, da capacidade humana e do uso da informao21. Esta mensurao e o consequente monitoramento sistemtico fornecem informaes, proporcionando aos gestores condies para a tomada de deciso estratgica dentro da empresa. Ento, o capital humano est relacionado aos conhecimentos (explcito e tcito)22 teis para as empresas que tm, em sua estrutura, pessoas e suas equipes, assim como sua capacidade de renovao. Diversos modelos podem ser utilizados na mensurao de capital intelectual. Alguns conhecidos atualmente so enumerados: (1) o mtodo Skandia de Edvinsson; (2) o mtodo Sveiby; (3) o mtodo do navegador do capital intelectual de Stewart; (4) o mtodo Q de Tobin e (5) o mtodo Market-to-Book . Contudo, existem mtodos de mensurao alternativos23. Muitas das informaes divulgadas a respeito das empresas demonstram em vrias situaes que o valor das empresas no mercado e por mercado entenda-se bolsa de valores apresenta montantes superiores a seu valor contbil. Esse valor, o contbil, apurado mediante o va-
1254
Bonacim CAG, Arajo AMP
lor patrimonial demonstrado no balano contbil, sugerindo certa fragilidade da contabilidade em mensurar tal valor. Uma das maneiras de esclarecer a diferena entre o valor das aes demonstrado no balano patrimonial e o valor de mercado das empresas a ocorrncia da entrada de novos valores. Esses podem ser oriundos da capacidade tcnica de seu corpo de funcionrios em gerar benefcios futuros denominados de capital intelectual.
Entretanto, ocorre a prevalncia de programas como cursos de orientaes para novos empregados, programas para executivos, programas de capacitao de empregados, prmios por metas atingidas, participaes nos lucros se objetivos forem alcanados, etc. Estes gastos so feitos com expectativa de futuro retorno, uma vez que fazem com que os empregados aumentem o potencial de servios e, consequentemente, de resultados. Pode-se verificar a aceitao por parte de contadores em registrar o capital humano como sendo um ativo, mas fazendo objees a sua exposio com base no fato de que ele no pode ser objetivamente medido. A prtica contbil atual trata todos os gastos com desenvolvimento de recursos humanos como despesa em vez de ativo. Essa conveno resulta numa mensurao distorcida do retorno de uma organizao sobre seus investimentos. Nesse caso, deixa de refletir a realidade econmica da organizao. A aplicao do recurso do conhecimento nas organizaes gera benefcios intangveis, alm dos tangveis, e a contabilidade est procurando uma maneira de mensurar esse valor, para cumprir com eficcia sua funo primria, ou seja, fornecer informaes relevantes a seus usurios para a tomada de decises. Na sociedade do conhecimento, muitos princpios, conceitos e normas contbeis devem ser reavaliados, como, por exemplo, o princpio do registro pelo valor original custo de aquisio e devidos ajustes: depreciao pacificamente aceita para avaliar os ativos da empresa, no se aplica aos ativos intelectuais. Por exemplo, um sistema de custos contbil que considera apenas o custo do material e da mo de obra no responde adequadamente a essa nova realidade. Nesse estudo, observa-se que muitos dos componentes do custo de um produto ou servio (hospitais) se referem aos ativos intelectuais. Existem empresas que mantm em seus quadros de funcionrios cientistas e pesquisadores. Esses indivduos so pagos pela empresa e sua contraprestao a realizao de investimentos em construo do conhecimento. A contabilizao desse caso deveria ser feita na conta (plano de contas contbil) ativo diferido, para ser amortizada posteriormente, medida que so recuperadas, por meio da realizao de receitas oriundas dessas pesquisas. Apesar de grande repercusso patrimonial dos ativos intelectuais, a contabilidade no os tem levado em considerao como faz com os demais ativos, na avaliao patrimonial e divulgao de suas informaes. Entretanto, vrias
1255
Cincia & Sade Coletiva, 15(Supl. 1):1249-1261, 2010
iniciativas vm ocorrendo no sentido de buscar definir uma metodologia adequada para mensurar este novo tipo de capital.
Ativo
Balano oficial
Capital intelectual
Parte oculta
Foco financeiro
HISTRICO
Foco no cliente
FOCO HUMANO
Foco no processo
HOJE
AMANH
Ambiente operacional
RAZO VALOR DE MERCADO/VALOR CONTBIL ndice de rotatividade ndi ce de rot at i MEDIDAS DE ndice de reteno MEDIDAS de trabalh ad o de trabalhadores do e de reteno de eclientes CAPITAL DO DE CAPITAL conhecim e cli en tes conhecimento CLIENTE HUMANO V Venda de novos Valor daa pr produtos como % marca do do total de vendas Satisfaoo do cliente
as /cust os Razo vendas/custosd e gerai & de vendas, geraiss& administrativos A Atitude dos f funcionrios
de banco de dados
1256
Bonacim CAG, Arajo AMP
Por fim, a mdia aritmtica dos ndices permite coloc-los em uma porcentagem nica. A medida de capital intelectual em funo da quantidade de investimentos, medidos monetariamente, realizados nos elementos que podem ser mensurados objetivamente. Para isto, o modelo de gerenciamento do capital intelectual deve levar em considerao que o valor da organizao provm da interao entre capital humano, estrutural e ainda capital de clientes. Embora o capital intelectual tenha seu reconhecimento conceitual explcito por rgos internacionais como o International Accounting Standards Committee (IASC), o Financial Accounting Standards Board (FASB) e a Securities Exchange Comission (SEC), no existe um modelo padro para a divulgao do capital intelectual.
1257
Cincia & Sade Coletiva, 15(Supl. 1):1249-1261, 2010
de de produo anual (ou suas receitas anuais) por uma taxa, conhecida como mltiplo. Neste contexto, um dos problemas desse mtodo que diferentes momentos de vendas implicam diferentes avaliaes e ainda que as caractersticas de mercado em que atua cada empresa implicam diferentes potenciais de riqueza futura. Alm disso, o termo goodwill pode ser definido operacionalmente como o resduo existente entre a soma dos itens patrimoniais mensurados individualmente e o valor total da empresa28. Assim, goodwill pode ser considerado como um excesso de valor em um processo de avaliao. Ento, os modelos baseados no goodwill procuram determinar o valor da empresa atravs de uma estimativa que combina o valor de seus ativos lquidos adicionados a um ganho de capital proveniente do valor de futuros lucros. J os modelos baseados no fluxo de caixa procuram determinar o valor de uma empresa pela estimativa dos fluxos de caixa que devem ser gerados no futuro e ento descontam esses valores a uma taxa condizente com o risco do fluxo. So modelos muito aceitos no mercado de consultoria e tambm amplamente citados e divulgados na bibliografia que versa sobre avaliaes de ativos e avaliaes empresariais. Sendo assim, o valor de uma empresa o valor presente de seus fluxos de caixa previstos ao longo de sua vida29. Os modelos baseados no fluxo de caixa tm sido mais utilizados, dada a concluso do aspecto pouco cientfico dos modelos anteriormente apresentados. J o Economic Vallue Added (EVA - marca registrada da Stern Stewart)30 utilizado para calcular a riqueza criada em determinado espao de tempo; busca exatamente o clculo da rentabilidade real de um capital aplicado. Trata-se de um indicador do valor econmico agregado, permitindo aos gestores e investidores, de uma forma geral, avaliarem com clareza se o capital empregado num determinado negcio est sendo bem aplicado ou no. Um conceito muito relacionado ao do EVA o do Market Value Added ou MVA, outra marca registrada da Stern Stewart. O MVA um indicador que mede a criao de valor de uma empresa em relao aos recursos atribudos ao negcio, em termos de mercado, ou seja, a diferena entre o valor de mercado da empresa e o capital investido. O MVA mede a gerao de valor de uma empresa em relao aos investimentos realizados. Percebem-se, no contexto atual, alguns fatos, como o acentuado distanciamento entre o valor de mercado e o valor contbil das empresas e o
alto teor de intangibilidade no valor real das empresas. Portanto, nas avaliaes, no h como prescindir de certa dose de subjetividade na definio do valor de uma empresa, tomando-se a premissa de que alguns modelos se baseiam em resultados esperados obtidos do comportamento do mercado.
1258
Bonacim CAG, Arajo AMP
vendem ou mantm suas aes. O cidado era visto (at ento) pelo setor pblico como apenas um contribuinte, o equivalente a um cliente no setor privado. Ele (cidado) no necessitava de uma detalhada prestao de contas. Isso significa que a entidade pblica deve prestar contas sociedade tal qual empresas privadas devem prestar contas para o acionista. Assim, quando se pensa em calcular o valor econmico agregado por uma entidade pblica, devese pensar no valor adicionado para a sociedade, ou seja, deve-se calcular a quantidade de valor econmico que a entidade agrega sociedade.
Proposio de ajustes no modelo de avaliao de desempenho econmico para hospitais universitrios sob o enfoque da gesto baseada em valor (GBV)
Feita as consideraes acerca dos modelos de mensurao do capital intelectual, sob o enfoque da avaliao econmico-financeira tradicional, a atividade de ensino representa um custo adicional, influenciando a atratividade econmica de um hospital universitrio. O EVA ou VEA (valor econmico agregado) pode ser determinado analiticamente33 por: VEA = (ROI-WACC) x investimento, onde: ROI o retorno sobre investimento e o WACC (Weighted Average Cost of Capital) o custo mdio ponderado do capital (CMPC). Para tanto, o ROI calculado de acordo com a seguinte expresso: ROI = lucro operacional/ investimento. Por sua vez, o WACC calculado de acordo com a seguinte expresso: WACC = Ki x p1+ Ke x p2, onde: Ki o custo do capital de terceiros e o Ke o do capital prprio e p1 e p2 as respectivas propores (%). J a apurao do VEA exige algumas adaptaes34, por exemplo, a apropriao de gastos com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), normalmente lanados como despesa do perodo, diminuindo o resultado de forma distorcida, j que so investimentos em produtos e processos que traro benefcios (receitas) no futuro. Dessa forma, na gesto baseada em valor, esses gastos devem ser considerados investimentos, representados por ativos diferidos, devendo ser periodicamente amortizados. A apropriao da despesa passa a ser feita a partir da comercializao efetiva do produto. Alm disso, so propostos outros ajustes contbeis35, como o da excluso das despesas finan-
ceiras no lucro operacional (decises de financiamento), do diferimento de impostos, do reconhecimento de eventuais contingncias, em que o problema est em como reconhecer incertezas de eventos futuros; na gesto baseada em valor, o importante que a contingncia seja reconhecida pelo critrio do valor presente, entre outros. Contudo, existem algumas crticas36 gesto baseada em valor e ao EVA, em especial relacionadas a sua aplicao em empresas em capital intelectual. O modelo apresentado a seguir evidencia ajustes relacionados aos custos incrementais da atividade de ensino e ao tratamento de investimentos pertinentes ao capital intelectual. Segundo tais autores, outra crtica relacionada ao EVA refere-se aos numerosos ajustes necessrios para a sua efetiva aplicao. Entretanto, o valor intangvel da empresa advm de diversos fatores que a contabilidade no reconhece, relacionados, como, por exemplo: (1) a organizao interna da empresa; (2) o relacionamento com funcionrios; (3) a condio de mercado e (4) a localizao. Todas essas situaes apresentam caractersticas de difcil mensurao contbil. Embora definir o goodwill de maneira justa e coerente seja subjetivo, proceder a um ajuste interferindo no processo de avaliao objetivando alcanar realidade da empresa passa a ser relevante e, em alguns casos, extremamente necessrio. Assim, deve-se considerar a proposio do modelo EVA e seus ajustes como a proposio um modelo de gesto baseada em valor, ou seja, no se trata apenas de uma mtrica (mensurao), mas de um modelo de gesto que deve ser ajustado para a realidade das empresas, no caso, hospitais universitrios. Cumpre ser ressaltado que o modelo prope ajustes nos indicadores de retorno e dos respectivos investimentos, mas mantm fixo o custo mdio ponderado do capital (CMPC). Trata-se de uma abordagem analtica da atratividade dos investimentos e com os ajustes: lucro operacional a = lucro operacional t + custo da atividade de ensino e pesquisa, ou seja, sem os efeitos da atividade de ensino e de pesquisa; investimento a = investimento t - investimento correspondente ao capital intelectual (competncia e tecnologia), ou seja, sem os efeitos dos investimentos em capital intelectual, tem-se o ROIa, ou o retorno sobre investimentos para a atividade assistencial, exclusivamente. Da: ROIa = lucro operacional a / investimento a. E, assim, tm-se: VEA a = (ROI a -WACC) x investimento a. Portanto, com a mensurao da variao VEA = VEAt VEAa , podero ser demonstra-
1259
Cincia & Sade Coletiva, 15(Supl. 1):1249-1261, 2010
Consideraes finais
O estudo procurou analisar a importncia do reconhecimento dos investimentos em competncia e tecnologia e seus respectivos custos incrementais, quando do tratamento de indicadores de desempenho. O objetivo deste artigo era o de demonstrar como pode ser mensurado o impacto da atividade de ensino no valor econmico agregado por um hospital universitrio pblico sociedade. Assim, foi feita reviso bibliogrfica sobre o assunto e desenvolveu-se um modelo com o intuito de capturar tais impactos. O clculo do presente valor econmico agregado sociedade pelo hospital universitrio pblico pode servir como referncia para outros estudos, em especial estudos de aplicao do modelo terico desenvolvido (construto). Ressalta-se que as concluses delineadas neste estudo no podem ser generalizadas a todos os hospitais universitrios pblicos, pois as caractersticas culturais da entidade, sua relao com a universidade, o grau de desenvolvimento econmico e social da regio, etc. so fatores determinantes na conduo das polticas assistncias promovidas. Contudo, a medida de valor desenvolvida neste trabalho representa uma importante contribuio enquanto ferramenta de avaliao de desempenho pelo fato de incorporar o conceito de custo de oportunidade. Esta permite uma anlise mais segura do quanto do investimento pblico devolvido para a sociedade. Espera-se que tal medida de valor econmico tenha a capacidade demonstrar o potencial das entidades pblicas na prestao de servio que agregue valor, tal qual servio privado, pois as medidas de avaliao de desempenho convencionais (lucro e suas variaes) no consideram o custo de oportunidade do capital investido, sendo que para as entidades pblicas, um parmetro para o custo de oportunidade a taxa Sistema Especial de Liquidao e Custdia (SELIC), taxa que remunera a dvida pblica do Estado brasileiro. Quando o governo altera o valor da taxa SELIC, automaticamente afeta o custo do capital
a ele confiado pela sociedade. A medida de valor proposta tem a sensibilidade de demonstrar os impactos proporcionados pelas polticas econmicas no valor econmico agregado pelas entidades pblicas. Assim, um aumento na taxa bsica de juros aumenta o custo de oportunidade do capital investido pela sociedade, exigindo maior eficincia operacional (medida pelo resultado econmico operacional) das entidades pblicas, como acontece no setor privado. Com efeito, pde-se verificar por meio do referencial bibliogrfico que os hospitais universitrios possuem alta concentrao de investimentos em competncia e tecnologia, at ento desprezados pela contabilidade tradicional no quesito mensurao. A gesto baseada em valor, mesmo com dificuldades relacionadas ao processo de implantao em especial a resistncia cultural e os inmeros ajustes criticados por alguns autores parece ser a mais indicada. Os investimentos em tecnologia e a especializao constante dos profissionais so demandados de forma desproporcional aos recursos financeiros obtidos. Desta forma, a avaliao de desempenho, pelo modelo adaptado, permite demonstrar a relao entre o investimento em capital intelectual (competncia e tecnologia) e os custos gerados (atividades de ensino e pesquisa). Se os investimentos gerarem custos inferiores aos benefcios, ser corroborada a atratividade econmico-financeira da empresa (sob a perspectiva da gesto baseada em valor), alm de sinergia dos recursos e alto desempenho. Seno, trar subsdios para que os gestores possam reordenar suas polticas estratgias, em especial as de investimento e operacionais em tempo oportuno. As variveis propostas para o clculo do valor econmico agregado sociedade podem ser aprimoradas com o desenvolvimento de estudos que incorporem variveis representativas das condies demogrficas e de renda da regio atendida pelo hospital universitrio pblico. Um ltimo ponto a se destacar a questo da aproximao da gesto pblica e da gesto privada. Cabe ento sociedade cobrar do governo esta transparncia em sua gesto. E a academia tem muito a contribuir, especialmente trazendo ferramentas de avaliao de desempenho que aproxime a gesto pblica da sociedade.
1260
Bonacim CAG, Arajo AMP
Colaboradores
CAG Bonacim e AMP Arajo participaram igualmente de todas as etapas da elaborao do artigo.
Referncias
1. 2. 3. Gitman LJ. Princpios de administrao financeira. 7 ed. So Paulo: Harbra; 1997. Slomski V. Controladoria e governana na gesto pblica. So Paulo: Atlas; 2005. Klein DA. A gesto estratgica do capital intelectual: recursos para a economia baseada em conhecimento. So Paulo: Qualitymark; 1999. Edvinsson L, Malone MS. Capital intelectual. So Paulo: Makron Books; 1998. Santos JA, Parra Filho D. Metodologia cientfica. So Paulo: Futura; 1998. Fachin O. Fundamentos de metodologia. So Paulo: Atlas; 1993. Medici AC. Hospitais universitrios: passado, presente e futuro. Rev. Ass. Med. Bras. 2001; 47(2):149156. Hospitais Universitrios e de ensino no Brasil: desafios e solues. Linha Direta UnB n 46/2002. [acessado 2004 ago 15]. Disponvel em: http:// www.unb.br/reitor/reitoria-informa/linhadireta/ linha_direta 46.htm Albano M. Dvida estrangula hospitais universitrios federais. FolhaOnline [peridico na Internet] 2002. [acessado 2005 jun 15]. Disponvel em: http:/ /www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305 u11911.shtml Silva EP, Costa OS, Morgan BF. Aplicabilidade das informaes de custo em Hospitais Universitrios: o caso do Hospital Universitrio de Braslia. In: Anais do XI Congresso Brasileiro de Custos; 2004; Porto Seguro (BA). [CDROM] Verry D, Davies B. University costs and outputs. New York: Elsevier Scientific Publishing Company, Inc.; 1976. Gander JP. Academic research and teaching productivities: a case study. Technological Forecasting and Social Change. Technological Forecasting and Social Change 1995; 49(2):311-319. Sloan FA, Feldman RD, Steinwald AB. Effects of teaching on hospital costs. J. Health Econ. 1983; 2:1-28. Hosek JR, Palmer AR. Teaching and hospital costs: the case of radiology. Journal of Health Economics 1983; 2:29-46. Jones RF, Korn D. On the cost of educating a medical student. Academic Medicine 1997; 72(3):200-210. Almeida MGM, Hajj ZS. Mensurao e avaliao do ativo: uma reviso conceitual e uma abordagem do goodwill e do ativo intelectual. Caderno de Estudos 1997; 9(16):66-83. Brooking A. Intellectual capital: core asset for the third millennium enterprise. New York: International Thomson Business Press; 1996. Sveiby KE. The New Organizational Wealth: managing and measuring knowledge-based assets. San Francisco: Berrett-Koehler Publishers, Inc.; 1997. Nonaka I, Takeuchi H. Criao de conhecimento na empresa. Rio de Janeiro: Campus; 1997.
4. 5. 6. 7.
8.
9.
10.
11.
12.
13. 14.
15. 16.
17.
18.
19.
1261
Cincia & Sade Coletiva, 15(Supl. 1):1249-1261, 2010
20. Padoveze CL. Aspectos da gesto econmica do Capital Humano. Revista de Contabilidade do CRCSP 2000; 14:4-10. 21. Matheus LF. Uma anlise da identificao e da gesto do capital intelectual nas usinas sucroalcooleiras e da prtica dos princpios delineadores do conceito de avaliao de empresas na sua gesto econmica-financeira: um estudo exploratrio em dez usinas paulistas [dissertao]. So Carlos (SP): Escola de Engenharia de So Carlos, USP; 2003. 22. Arnosti JC, Gil AL, Neumann RA. A mensurao do Capital Intelectual: desafio para a profisso contbil. In: Anais da XXV Conferncia Interamericana de Contabilidade; 2003; Panam. 23. Bontis N. Assessing knowledge assets: a review of the models used to measure intellectual Capital. Santa Clara, Califrnia: KM World; 2000. 24. Hendriksen ES, Van Breda MF. Teoria da contabilidade. So Paulo: Atlas; 1999. 25. Stewart TA. Capital intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. 7 ed. Rio de Janeiro: Campus; 1998. 26. Martins E, organizador. Avaliao de empresas: da mensurao contbil econmica. So Paulo: Atlas; 2001. 27. Assaf Neto A. Finanas corporativas e valor. So Paulo: Atlas; 2003. 28. Martins E. Contribuio avaliao do ativo intangvel [tese]. So Paulo (SP): Faculdade de Economia, Administrao e Contabilidade, Universidade de So Paulo; 1972. 29. Damodaran A. A face oculta da avaliao. So Paulo: Makron Books; 2002. 30. Assaf Neto A. Estrutura e anlise de balanos. 7 ed. So Paulo: Atlas; 2002. 31. Olak PA. Bases para a eficcia na aplicao do contrato de gesto nas organizaes sociais brasileiras [tese]. So Paulo (SP): Faculdade de Economia, Administrao e Contabilidade, Universidade de So Paulo; 2000. 32. Pereira CA. Avaliao de resultados e desempenhos. In: Catelli A. Controladoria: uma abordagem da gesto econmica. So Paulo: Atlas; 1999. 33. Ross SA, Westerfield RW, Jaffe JF. Administrao financeira. So Paulo: Atlas; 1995. 34. Rappaport A. Gerando valor para o acionista. So Paulo: Atlas; 2001. 35. Araujo AMP. Ajustes na contabilidade tradicional para uma contabilidade baseada em valor [tese]. So Paulo (SP): FEA-USP; 2002. 36. Young SD, OByrne S. EVA e Gesto Baseada em Valor. Porto Alegre: Bookman; 2002.