Resumen: el presente artículo tiene como objetivo analizar las prácticas de resistencia y protestas en los establecimientos penitenciarios de Córdoba en Argentina y reflexionar sobre las representaciones mediáticas de dichas prácticas....
moreResumen: el presente artículo tiene como objetivo analizar las prácticas de resistencia y protestas en los establecimientos penitenciarios de Córdoba en Argentina y reflexionar sobre las representaciones mediáticas de dichas prácticas. Este artículo se centra en las construcciones sociales e históricas que se han reificado a través del tiempo en los medios de comunicación sobre una determinada narrativa respecto de las cárceles, los presos y los motines. En este trabajo se busca proponer perspectivas locales y discutir con la exclusividad del motín como única práctica de resistencia instalada en el imaginario social. Por tal razón, se abordan los sentidos nativos en su propio contexto de uso, a través del análisis de situaciones en las que los actores actualizan sus representaciones sobre su propio mundo social. Para cumplir con esta intención se parte de una etnografía con personas privadas de su libertad y sus familiares. Se concluye que las percepciones locales de las protestas carcelarias no necesariamente coinciden con las significaciones que se hacen de estas desde los medios de comunicación. Es de interés demostrar en este análisis cómo las subjetividades construidas históricamente a través de las imágenes que circulan en los medios sobre las cárceles influyen en la constitución del imaginario punitivista en la actual coyuntura del Aislamiento Social Preventivo y Obligatorio (ASPO) para enfrentar la pandemia por la covid-19. Este trabajo, realizado entre julio y octubre del año 2020, aporta a la profundización y complejización de los estudios sobre las prácticas de protestas y resistencias en las cárceles. Lo hace a través del análisis de las asignaciones de sentido que los protagonistas les imprimen. Este texto es una apuesta a cuestionar desde la academia las clasificaciones sociales que en las representaciones mediáticas recaen sobre las personas privadas de la libertad.
Palabras claves: cárceles, protestas, representaciones mediáticas, resistencias, violencias.
An Ethnography of the Representations and Media Constructions of Protests and Resistance in the Prisons of Córdoba
Abstract: The purpose of this article is to analyze the practices of resistance and protests in the prisons of Córdoba in Argentina, and to reflect on the media representations of these practices. This article focuses on the social and historical constructions that have been reified over time in the media about a certain narrative on prisons, prisoners, and riots. The purpose of this paper is to propose local perspectives and discuss with the exclusivity of the riot as the only practice of resistance installed in the social imaginary. Accordingly, the native meanings are approached in their own context of use, through the analysis of situations in which the actors actualize their representations of their own social world. Following this intention, an ethnography with persons deprived of their liberty and their relatives is used as a starting point. It is concluded that local perceptions of prison protests do not necessarily coincide with the meanings attributed to them by the media. n this analysis, it is of interest to illustrate how the subjectivities historically constructed through the images that circulate in the media about prisons influence the constitution of the punitivist imaginary in the current situation of Preventive and Compulsory Social Isolation (ASPO) to tackle the Covid-19 pandemic. Conducted between July and October 2020, this work contributes to the deepening and complication of studies on the practices of protests and resistance in prisons, through the analysis of the meanings assigned to them by the protagonists. This text proposes a questioning, from an academic perspective, of the social classifications of persons deprived of their liberty in the media representations.
Keywords: Media representations, prisons, protests, resistances, violence.
Uma etnografia das representações e das construções midiáticas dos protestos e das resistências nas prisões de Córdoba
Resumo: o objetivo deste artigo é analisar as práticas de resistência e protestos nos estabelecimentos penitenciários de Córdoba, na Argentina, e refletir sobre as representações midiáticas dessas práticas. Neste artigo, centraliza-se nas construções sociais e históricas que vêm sendo reificadas no tempo nos meios de comunicação sobre uma determinada narrativa a respeito das prisões, dos presos e dos motins. Neste trabalho, pretende-se propor perspectivas locais e discutir com a exclusividade do motim como única prática de resistência instalada no imaginário social. Por isso, são abordados os sentidos nativos em seu próprio contexto de uso, por meio da análise de situações nas quais os atores atualizam suas representações sobre seu mundo social. Para cumprir com esse objetivo, parte-se de uma etnografia com pessoas privadas de sua liberdade e seus familiares. Conclui-se que as percepções locais dos protestos carcerários não necessariamente coincidem com as significações que são feitas destes a partir dos meios de comunicação. É de interesse demonstrar, nesta análise, como as subjetividades construídas historicamente mediante imagens que circulam na mídia sobre as prisões influenciam na constituição do imaginário punitivista na atual conjuntura do Isolamento Social Preventivo e Obrigatório (ASPO) para enfrentar a pandemia ocasionada pela covid-19. Este trabalho, realizado entre julho e outubro de 2020, contribui para aprofundar e tornar complexo os estudos sobre as práticas de protesto e resistências nas prisões e faz isso por meio da análise das designações de sentido que os protagonistas dão a elas. Trata-se de uma aposta para questionar, a partir da academia, a forma como as representações midiáticas classificam socialmente as pessoas privadas de liberdade.
Palavras-chave: prisão, protesto, representações midiáticas, resistências, violências.