Uma análise do padrão de comunicação política dos três principais candidatos à presidência do Brasil em 2010 Camilo Aggio 1 Resumo: A utilização da internet por partidos e candidatos em disputas eleitorais já deixaram, há muito, de se...
moreUma análise do padrão de comunicação política dos três principais candidatos à presidência do Brasil em 2010 Camilo Aggio 1 Resumo: A utilização da internet por partidos e candidatos em disputas eleitorais já deixaram, há muito, de se restringir à composição e manutenção de websites. Com o advento e popularização dos sites de redes sociais, as chamadas campanhas online se depararam com novos ambientes digitais para se comunicar com os eleitores e, em linha de princípio, novas regras e modos de uso inerentes à sociabilidade construída pelos usuários desses canais. Embora o Brasil tenha conhecido, efetivamente, sua primeira experiência com campanhas na internet nas eleições de 2010 -uma vez que a legislação eleitoral vetava até então a utilização de quaisquer recursos que não os websites dos candidatos -a utilização dos sites de redes sociais pelos candidatos à presidente gerou grande repercussão pública e lançou luz para novos modos possíveis de comunicação política. Com este artigo, pretende-se discutir os potenciais das campanhas políticas empreendidas na internet e as questões que complexificam a interface das campanhas online, principalmente no que se refere ao Twitter. Posteriormente, verifica-se como atuaram os principais candidatos à presidência do Brasil em 2010 neste site especificamente, verificando quais os níveis de compreensão das campanhas no que tange aos potenciais da ferramenta e as regras tácitas que coordenam os modos de utilização estabelecidos. Por fim, a partir das categorias analíticas criadas, é apresentado o padrão de comunicação política estabelecido no Twitter pelos então candidatos José Serra, Marina Silva e Dilma Rousseff ao longo dos dois meses que antecederam as eleições do 1° turno. Palavras-chave: Internet -Campanhas Online -Twitter As eleições para presidente do Brasil em 2010 foram responsáveis por inaugurar novas características e elementos à comunicação política das campanhas no país. Livre das amarras da legislação eleitoral que, até então, restringia as campanhas online aos websites dos candidatos, pudemos observar e vivenciar as novas possibilidades de aquisição de informação e interação com os candidatos, bem como as diversas repercussões mediáticas que a utilização de ferramentas digitais online pelas campanhas promoveu. As novas possibilidades de comunicação mencionadas, sem dúvida, foram condicionadas pela imersão das campanhas nos sites de redes sociais (ou media sociais) como Facebook, Twitter e Orkut, além dos sites de compartilhamento de vídeos Youtube e Vimeo. Tais recursos acrescentaram novas dinâmicas à comunicação política eleitoral na medida em que imprimiram novas cadeias de práticas e significados