Academia.eduAcademia.edu

Abreu Banco Mundial 2007

1 CONSIDERAÇÕES SOBRE GRANDES VERTEBRADOS SILVESTRES NA PAISAGEM EM MOSAICO NO ALTO RIO PARANÁ, SUL DO BRASIL. Responsável técnico: Kauê Cachuba de ABREU Biólogo, IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas; LABCEAS - UFPR. Instituições: IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas; LABCEAS – Laboratório de Biodiversidade, Conservação e Ecologia de Animais silvestres – Departamento de Zoologia Universidade Federal do Paraná; IAP – Instituto Ambiental do Paraná. Relatório prévio da base de dados encaminhado em junho de 2007 ao DBIO\IAP – Departamento de Biodiversidade \ Instituto Ambiental do Paraná. OBJETIVOS Mostrar Informações atuais, dos principais grupos de animais mamíferos de médio e grande porte, principalmente das espécies encontradas sob alguma categoria de ameaça de extinção no Alto Rio Paraná, MATERIAL E MÉTODOS ÁREA DE ESTUDO O remanescente da planície de inundação do alto Rio Paraná, conhecida também como “Varjão do Rio Paraná” (Macck, 1968; Campos et al., 1994), após o barramento do Rio Paraná pela Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, 40% desse ecossistema foi alagado restando os outros 60% (aproximadamente 3.375 km2) como o último remanescente desse ecossistema no único trecho livre de barragens do Rio Paraná em território brasileiro (entre as coordenadas 23° 15’ a 24° 05’S e 53° 40’ a 54° 17’ W) (Agostinho & Zalewski, 1996). Este remanescente hoje protegido pela Área de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná (APA Federal) (1.003.059,00 Hectares) abrangendo o Parque Nacional de Ilha Grande (PNIG), Parque Estadual das Ilhas e Várzeas do 2 Rio Ivinhema (PEVRI), APA’s dos Municípios Paranaenses e a Estação Ecológica do Caiuá (E.E. Caiuá). Na porção sul deste remanescente localiza-se o Parque Nacional de Ilha Grande (PNIG) (78.875 ha) (23°16’ a 24°04’Sul e 53°43’ a 54°14’Oeste), formado pelo conjunto das ilhas que compõem o arquipélago fluvial das Sete Quedas e por áreas de várzeas marginais ao leito do Rio Paraná. Na região são encontrados importantes remanescentes florestais em propriedades particulares sem proteção mais restritiva, com varias características peculiares e em diferentes estados de conservação, estes tem importante papel na viabilização da manutenção de importantes espécies para uma região altamente modificada. Neste contexto o Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná é composto, principalmente, por zonas úmidas (wetlands) que se estendem por 1 milhão e meio de hectares, ao longo do Rio Paraná e afluentes, desde a fronteira Brasil-Paraguai, passando pelas fronteiras entre Paraná e Mato Grosso do Sul e São Paulo e incorporando áreas florestais protegidas ao longo do Rio Paranapanema (Motta, 2001; Campos et al., 1994; Campos & Agostinho, 1999; Valadares-Padua & Cullen, 1999). MÉTODOS Nas mais importantes áreas dos remanescentes florestais dos complexos ecossistemas associados no alto Rio Paraná, com diferentes dimensões e condições de conservação, delimitam-se algumas Unidades de Conservação de uso indireto e de uso sustentável, onde foram realizados esforços para obter informações sobre as espécies de grandes vertebrados, visando os grandes felinos e suas principais presas. As informações observadas em campo, através de metodologias indiretas, foram plotadas em um mapa de escala 1:50.000, onde observamos os principais pontos de possíveis fontes de recursos para a existência das espécies de grandes vertebrados. Partindo do conhecimento prévio da localização das áreas remanescentes de hábitats potenciais, buscamos contatos com as propriedades particulares 3 encontradas dentro dos limites da APA Federal das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná e áreas do Corredor Caiuá – Ilha Grande, para iniciarmos as amostragens. Para tanto realizamos reuniões comunitárias e debates sobre a relação das atividades humanas e a existência de fontes naturais, papel ecológico das espécies e tópicos referentes à qualidade das atividades de produção e qualidade de vida. Visando uma melhor relação com os campeiros e também um bom funcionamento dos equipamentos, capacitamos alguns indivíduos chaves para atuarem nas atividades pertinentes ao projeto. Para compormos o escopo de áreas satélites, efetivamente amostramos 12 propriedades particulares em áreas do Corredor Caiuá – Ilha Grande, representando em torno de 38% da superfície da APA Federal, representando aproximadamente 61% dos remanescentes florestais da paisagem fragmentada da calha natural do alto Rio Paraná. No período de 2004 e 2005, armadilhas fotográficas foram instaladas em estradas trilhas ou carreiros, dispostas em um grid de amostragem, somando 22 estações de coletas efetivadas, sendo 15 na UC de uso indireto (Parque Nacional de Ilha Grande [Área Prioritária 12]) e 7 estações na UC de uso sustentável (APA Federal das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná e Corredor Caiuá – Ilha Grande). Durante o período de amostragem algumas estações de coletas foram descartadas, devido à falhas ou extravios dos equipamentos ou fatores climáticos como enchentes ou fatores antropomórficos como ocorrência de incêndios criminosos. Juntamente com a ferramenta de armadilhas fotográficas foram realizadas incursões buscando informações através de vestígios das diferentes espécies de médios e grandes mamíferos da região, registrando o uso de áreas com potencial de conectar áreas de remanescentes florestais. RESULTADOS Para uma melhor aproximação e convivência com as pessoas ligadas diretamente as atividades de produção na região, realizamos durante o período de 4 2004 até agosto de 2006, 36 seminários com vários setores da comunidade e 6 capacitações de pessoal para participarem das atividades. Durante o período de amostragem obtivemos 871 negativos, destes 281 são de espécies de mamíferos silvestres (Figura 1). Neste total 133 (69%) são de espécies herbívoras (Figura 2) e 58 (31%) de espécies carnívoras (Figura 3). Temos para a região registrada a ocorrência de 38 espécies de mamíferos (Tabela 1). Sendo 17 por armadilhamento fotográfico, distribuídos em 7 ordens, sendo 16 famílias, com especial importância para algumas espécies (62.% do total de capturas) consideradas raras, ameaçadas de extinção ou com poucas informações para o alto Rio Paraná e outras 21 espécies registradas somente por visualizações diretas e/ou vestígios (Tabela 1). Na APA Federal das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná temos registradas pelas câmeras fotográficas n=16 espécies de animais silvestres, no Parque Nacional de Ilha Grande registramos n=10 espécies (Figura 5 e 6). Ressaltando que muitos dos registros das espécies ameaçadas foram obtidos em estações de coletas nos remanescentes de propriedades particulares ou estações em áreas de influência da APA Federal, tanto no estado do Paraná como no Mato Grosso do Sul. Em uma analise mais refinada dos dados onde consideramos as amostragens separadas em áreas da APA Federal e do Corredor Caiuá – Ilha Grande, temos algumas diferenças significativas de abundância para as diferentes analises. Em áreas que compõem a APA Federal das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná e Corredor Caiuá – Ilha Grande, encontramos que a espécie com maior índice encontramos o Pecari tajacu (cateto): 36,36, seguido de Tapirus terrestris (anta): 16,36; Puma concolor (suçuarana): 12,73; Cerdocyon thous (cachorro-do-mato): 8,18; Hydrochoerus hydrochaeris (capivara): 5,45; Dasypus novemcictus (tatugalinha) e Cebus negritus (macaco-prego): 3,64; Nasua nasua (quati) e Panthera onca (onça-pintada): 2,73; Myrmecophaga tridactyla (tamanduá-bandeira) e Tupinanbis meriani (teiú): 1,82, e valores de 0,91 para Pseudalopex giminocercus (raposa-do-campo), Cavia aperea (preá), Dasyprocta azarae (cutia), Mazama gouazoubira (veado-catingueiro) e Blastocerus dichotomus (cervo-do-pantanal). Sendo que nos limites do Parque Nacional de Ilha Grande temos para a espécie Puma concolor (suçuarana): 42,67; Hydrochoerus hydrochaeris (capivara): 5 24,00; Tapirus terrestris (anta): 10,00; Cerdocyon thous (cachorro-do-mato): 8,67; Myrmecophaga tridactyla (tamanduá-bandeira): 5,33; Dasypus novemcictus (tatugalinha): 4,00; Pseudalopex giminocercus (raposa-do-campo): 2,67; Procyon cancrivorus (mão-pelada): 1,33; Leopardus pardalis (jaguatirica) e Tajacu pecary (queixada) com 0,67%. DISCUSSÃO. Apesar de grande parte da área resguardada pelas UCs de uso indireto ser caracterizada por uma cobertura florestal altamente modificada da original, encontrada hoje em franco processo de regeneração natural, encontramos em muitos pontos das unidades, porções próximas as originais, caracterizando possíveis fontes de espécies nativas dos ecossistemas naturais das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, fato este já demonstrado por Campos (1997; 1999; 2002). Os efeitos das alterações na estrutura de comunidades florestais e animais, como os desequilíbrios populacionais, influenciam a ocorrência e o uso dos remanescentes florestais pelas diferentes espécies (Redford, 1992; 1997; Bodmer, 1989; Cullen et al, 1999; 2001; 2003). Uma vez que o habitat é antropomorfizado, ele pode não ser mais adequado para determinadas espécies. Os registros sugerem para a espécie Tajacu pecary que esta vem a ser um animal raro na região (Figura 5), espécie esta que necessita viver em grandes grupos e grandes extensões de terras, sendo esta espécie classificada para o estado do Paraná com status de criticamente em perigo (Margarido, 2001; Paraná, 2004) Muito do que restou para tentar se preservar no domínio da Floresta Atlântica está em terras privadas e o estabelecimento de uma rede ampla e bem desenhada é fundamental, e hoje em dia reconhecida como indispensável na proteção da biodiversidade (Valladares-Padua & Cullen, 2002; Ditt, 2002; Soares et al., 2002; Crawshaw, 2003; Rambaldi & Oliveira, 2003; Cullen et al., 2005¹, 2005²). Para esta gestão partilhada, é necessário que haja disposição dos diferentes atores, para debater questões polêmicas e difíceis, além de dividir responsabilidades (Soares et al., 2002). 6 Para os remanescentes da APA Federal e Corredor Caiuá – Ilha Grande flagramos com as armadilhas fotográficas 16 espécies de mamíferos de médio e grande porte (Figura 5) (9% das espécies de mamíferos esperadas para o PR), muitas apresentam certa capacidade de deslocamento na paisagem e grandes áreas de vida, demonstrando novamente o importante papel dos remanescentes florestais em terras privadas para a manutenção das populações silvestres da região (Nichols & Conroy, 1996). Esta informação tem maior importância quando temos em mente que não existem evidências de que, nos próximos anos, haverá diminuição das ações antrópicas sobre os remanescentes florestais da região (Ditt, 2002). Em áreas de potenciais corredores foram registradas 14 espécies de grandes vertebrados como Tapirus terrestris (anta), Cerdocyon thous (cachorro-do-mato), Leopardus pardalis (jaguatirica), Pseudalopex giminocercus (raposa-do-campo), Chrysocyon brachyurus (lobo-guara), Procyon cancrivorus (mão-pelada), Hydrochoerus hydrochaeris (capivara), Panthera onca (onça-pintada) e Puma concolor (suçuarana), em paisagens que tem potencial de promover um fluxo entre as áreas fonte e satélites, apesar de alguns dados mostrarem que a utilização de hábitats de estruturas semelhantes ao original não garante a efetividade de conexão almejada por um corredor ecológico (Bennett & Mulongoy, 2006). Porém à diversificação de ambientes que devem compor á área de um corredor aumentam as chances de que um maior número de espécies seja beneficiado (Campos, 2002; Brooks & Rylands, 2003). Por outro lado áreas onde as atividades humanas são cessadas ocorrem a retomada dos processos de sucessão ecológica, onde muitas espécies vegetais que produzem frutos comportam-se como invasoras na re-colonização, propiciando assim uma maior possibilidade de espaço e recursos para diferentes espécies (Oliveira-Filho & Oliveira, 1988, Campos, 1997). Por exemplo, em uma das propriedades onde existem um dos últimos e maiores conjuntos de floresta Estacional semidecidual (Área Prioritária 8) no oeste do estado do Paraná, após a criação do PNIG, combate as atividades de caça predatória, melhorias no manejo dos rebanhos, manejo de solo, juntamente com o isolamento dos fragmentos, os campeiros tem relatado o aumento de encontros com espécies como a anta (Tapirus terrestris) e catetos (Pecary tajacu), além de termos registros diretos e indiretos de espécies criticamente ameaçadas de extinção, como 7 o bugio-ruivo (Alouata guariba clamitans), o lobo-guara (Chrysocyon brachyurus) e onça-pintada (Panthera onca) que não era registrada na área à aproximadamente 20 anos. Com o comprovado uso dos fragmentos florestais da APA Federal e Corredor Caiuá – Ilha Grande por muitas espécies animais é demonstrada a fundamental importância para a manutenção das espécies de grandes vertebrados florestais, principalmente para aqueles com pouca informação ou ameaçadas de extinção para a região do alto Rio Paraná, como o Myrmecophaga tridactila (tamanduá-bandeira), Tapirus terrestris (anta) e Panthera onca (onça-pintada). CONSIDERAÇÕES. Os remanescentes continentais na área do Corredor Caiuá – Ilha Grande e APA Federal das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, muitos de floresta Estacional semidecidual no estado do Paraná e Mato Grosso do Sul, são de fundamental importância para a manutenção e viabilização das populações de grandes vertebrados, promovendo o trânsito e/ou permanência segura de indivíduos residentes ou transeuntes (Anjos, 1998; Primack & Rodrigues, 2001; Campos et al., 1997; Cullen et al., 2003; 2005¹), muitos representantes de espécies criticamente ameaçados de extinção na região (Paraná, 2004). As propriedades particulares representam peças fundamentais para viabilizar o manejo de paisagens em diferentes escalas (Crawshaw, 2003; Tabarelli & Gascon, 2005; Cullen et al., 2005¹, 2005²), e devem ser constantemente incentivadas e envolvidas nos planejamentos e ações locais e regionais. Fatores mostrados neste documento ressaltam a importância da região das Unidades de Conservação de uso indireto (Parque Nacional de Ilha Grande [PR/MS], Parque Estadual das várzeas do Rio Ivinhema [MS], Parque Estadual das Perobas [PR], Estação Ecológica do Caiuá [PR] e Parque Estadual do Morro do Diabo [SP]) e seus remanescentes de influência (Áreas Prioritárias e estratégicas – Paraná Biodiversidade) como local de dispersão e trânsito de muitas espécies de grandes vertebrados no Corredor Caiuá – Ilha Grande. 8 As informações oriundas dos esforços em campo ajudam a embasar e nortear diferentes estratégias para incentivar a manutenção de importantes remanescentes florestais em propriedades privadas, viabilizar estratégias e ações de manejo florestal para propiciar um melhor fluxo de espécies animais na paisagem e garantir uma melhor qualidade de produção nas atividades humanas. Aliados as oportunidades intrínsecas da região, como a proximidade com importantes porções de hábitats fonte distribuídas em mosaico na paisagem do alto Rio Paraná, potenciais rotas para viabilizar corredores florestais, boas ações de uso do solo e envolvimento comunitário. Apontando a necessidade de rápidas e efetivas estratégias de proteção mais restritivas para as porções naturais remanescentes juntamente com ações sócioambientais para uma região com grandes porções de biodiversidade e grandes carências sociais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Anjos, L. 1998. Conseqüências biológicas da fragmentação no Norte do Paraná. Série Técnica IPEF. Vol. 12, nº 32, pag. 87 – 94. Universidade Estadual de Londrina. Agostinho, A. & Zalewski, M.1996. A Planície alagável do alto Rio Paraná: importância e preservação. Maringá. Bodmer, R. E. 1989. Frugivory in Amazonian artiodactyla: evidence for the evolution of the ruminant stomach. Journal of Zoology, 219, 457-467. Brooks, T. & Rylands, A.B. 2003. Species on the brink: critically endangered terrestrial vertebrates. In: C. Galindo-Leal e Câmara, I.G.. The Atlantic Forest of south America: Biodiversity status, threats and outlook, pp360-371. 9 Bennett, G. & Mullongoy, K. J.. 2006. Review of experience with ecological networks, corridors and buffer zones. Secretariat of the Conventin on Biological Diversity – CBD, Montreal, Technical Series N° 23. Campos, J. B.; Costa-Filho, L. V. & Palmeira, S. S. 1994. Reserva da biosfera: uma estratégia para a proteção e conservação de ecossistemas compartilhados. In: III Ecosul-Conferencia Del Mercosur Sobre Medio Ambiente Y Aspectos Transfronteirizos. Assunción. Campos, J. B. & Agostinho, A. A .1997. Corredor de fluxo de Biodiversidade do Rio Paraná: uma proposta para a proteção ambiental de ecossistemas ameaçados. Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação. Anais. Curitiba. Campos, J. B.. 1997. Analise dos desflorestamentos, estrutura dos fragmentos florestais e avaliação do banco de sementes do solo da ilha Porto Rico na planície de inundação do alto Rio Paraná, Brasil. Maringá: UEM. Tese de Doutorado em Ciências Ambientais – Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais. Departamento de Biologia, Universidade Estadual de Maringá. Campos, J. B. & Souza, M. C. 1997. A vegetação. In: Vazzoler, A. E. A. De M.; Agostinho, A. A.; Hahn, N. S. (Eds). A Planície de Inundação do alto Rio Paraná: Aspectos físicos, biológicos e socioeconômicos. Maringá. EDUEM. 1997. p. 333-334. Campos, J. B. 1999. Caracterização Física e Ambiental da Área do Parque Nacional de Ilha Grande. Pp 01-10, in Parque Nacional de Ilha Grande: reconquista e desafios. Ed. Campos, J. B. IAP/CORIPA, Maringá, PR. Campos, J. B. & Souza, M. C.. 2002. Impactos Antrópicos e potencial de recuperação natural na Área de Proteção Ambiental Federal das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná. I Congresso de Unidades de Conservação. Curitiba , Paraná. Cavalcanti, S. 2003. Manejo e controle de danos causados por espécies da fauna, in: Cullen Jr., L.; Valladares-Padua, C. & Rudran, R. 2003. Métodos de 10 estudos em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. Ed. da UFPR; Fundação O Boticário de Proteção à Natureza. Curitiba. 667p. Crawshaw, P. G. J. 1995. Comparative ecology of ocelot (Felis paradlis) and jaguar (Panthera onca) in a protected subtropical forest in Brazil and Argentina. Tese de PhD., University of Florida, 190pp. Crawshaw, P. 2003. Uma perspectiva sobre a depredação de animais domésticos por grandes felinos no Brasil. Natureze e Conservação. Vol. 1. (1). Fundação O Boticário. Cullen Jr., L., R. Bodmer & Valadares-Pádua, C. 1999 Caça e biodiversidade nos fragmentos florestais da mata Atlântica, São Paulo, Brasil. In: Manejo y Conservación de Fauna Silvestre en América Latina. Pg. 125-140 Cullen Jr., L., Bodmer, R. E. & Valladares-Padua, C..2001. Ecological consequences of hunting in Atlantic Forest patches, São Paulo, Brazil. Oryx, vol. 35(2), Abril. Cullen Jr., L.; Valladares-Padua, C. & Rudran, R. 2003. Métodos de estudos em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. Ed. da UFPR; Fundação O Boticário de Proteção à Natureza. Curitiba. 667p. Cullen Jr, L.; Abreu, K.C.; Sana, D. & Nava, A. 2005¹. As onças-pintadas como detetives da paisagem no corredor do Alto Rio Paraná, Brasil. Natureza & Conservação, v. 3, n. 1, p. 43-58. Cullen Jr.; L., Keith, A. & Rambaldi, D.M. 2005 ². Reforma agrária e conservação da biodiversidade no Brasil nos anos 90: conflitos e articulações de interesses comuns. In: Megadiversidade 11 Dirzo, R & Miranda, A. 1990. Contemporary neotropical defaunation and florest structure, function and diversity – a sequel to John Terborgh. Conservation Biology. 4 444-449. Ditt, E.H. 2002. Fragmentos florestais no Pontal do Paranapanema. São Paulo. Ed. Annablume. IPE.IIEB. Pp. 17-109. Hoogesteijn R., A Hoogensteijn, E. Mondolfi, 1993 Jaguar predation and conservation: cattle mortality causad by felines on three ranches in the Venezuelan Llanos. In: N. Dunstone, M. L.. Gorman. Simposium of the Zoological Society of London number 65 Oxford University press.pg. 367-386 Hoogesteijn, R. & Hoogesteijn, A.. 2005. Manual sobre os problemas de predação causados por onças em gado de corte. Jaguar Conservation Program. Wildlife Conservation Society. Jacob, A.A. 2002. Ecologia e Conservação da jaguatirica (Leopardus pardalis) no Parque Estadual do Morro do Diabo, Pontal do Paranapanema, São Paulo. Dissertação de Mestrado. Karanth, K. U. & Nichols, J. D. 2002. Monitoring tigers and their prey: a manual for researchers and conservationists in Tropical Asia. Center for Wildlife Studies.Bangalore,India. Maack, R. 1968. Geologia física do Estado do Paraná. Edit. José Olympio. 2 ed. Rio de janeiro; Curitiba: Secretaria de Cultura e do Esporte do Estado do Paraná. Margarido, T.C.C. 2001. Aspectos da história natural de Taiassu pecari (Link 1795)(Artiodactila, Taiassuidae) no Estado do Paraná, sul do Brasil. UFPR. Dissertação de Doutorado. Universidade Federal do Paraná. Miquelle, D.G.; Smirnov, E.N.; Merrill, T.W.; Myslenkov, A.E.; Quigley, H.B.; Hornocker, M.G. and Schleyer, B. 1999. Hierarchical spatial analysis of Amur tiger relationships to habitat and prey. Pp. 70-99. In: Riding the tiger: Tiger conservation in 12 human dominated landscapes (Eds:J. Seidensticker, S. Christie and P. Jackson). Cambridge University Press, Cambridge, UK. Mittermeier, R.A.; Myers, N.; Gil, P.R. & Mittermeier, C.G. 1999. HotsPots: earth’s biologically richest and most endangered terrestrial ecorregions. Mexico: CEMEX/Conservation International. Myers, N.; Mittermeier, R.A.; Mittermeier, C.G.; Fonseca, G.A.B. & Kent, J. 2000. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature 403: 853-845. Motta, M. N J..2001. Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná. Versão preliminar. Nichols, J.D. & Conroy, M.J. 1996. Techniques for estimating abundance and apecies richness. In: Measuring and monitoring biological diversity. Smithsonian Institution. Pp. 177-235. Paraná. 2004. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Lista vermelha das espécies ameaçadas de extinção no estado do Paraná. SEMA/IAP/Mater Natura. Curitiba. Primack, R. B. E Rodrigues, E. 2001. Biologia da Conservação. Londrina. Rabinowitz, 1986 Jaguar predation on domestic livestock in Belize. Wildl. Soc. Bull. 14: pg.170-174 Rambaldi, D.M. & Oliveira, D.A.S. 2003. Fragmentação de ecossistemas: causas, efeitos sobre a biodiversidade e recomendações de políticas públicas. Ministério do Meio Ambiente, Brasília. Redford, Q.E..1992 The empty forest. BioScience. Vol 42, n°6.pg412-422 13 Redford, Q.E. 1997. A floresta vazia. In Valladares-Padua, C.; Bodmer, R.E. E Cullen, L.Jr. 1997. Manejo e Conservação de Vida Silvestre no Brasil. Brasília, D.F.: CNPq/ Belém, PA: Sociedade Civil Mamirauá, MCT. Sunquist, M. E.. 1981. The social organization of tiger (Panthera tigris) in Royal Chitawan National Park, Nepal. Smithsonian Contributions to Zoology 336:1 - 98. Silva, J.L.& Strahl, S. D. 1991. Humam impact on populations of chachalacas, cracideos, and curassows (Glliformes Cracidae) in Venezuela. Sunquist, M. E. 1981. The social organization of tiger (Panthera tigris) in Royal Chitawan National Park, Nepal. Smithsonian Contributions to Zoology 336:1 - 98. Tabarelli, M. & Gascon, C. 2005. Lições da pesquisa sobre fragmentação: aperfeiçoando políticas e diretrizes de manejo para a conservação da biodiversidade. In: Megadiversidade. Conservação Internacional. 1: 181-188 Valladares-Padua, C. & Cullen, L. 1999. Corredor Morro do Diabo – Ilha Grande. I Congresso de Unidades de Conservação. Valladares-Padua & Cullen, 2002. Within and surrounding the Morro do Diabo Stet Park: Biological value, conflictis, mitigation and sustainable development alternatives. Environmental Science and Policy 5. 14 FIGURAS E TABELAS. Tabela 1-Espécies registradas no Parque Nacional de Ilha Grande e área de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná. Espécie Forma de Registro 1 2 3 Marsupialia Didelphidae Didelphis albiventris D. aurita Chironectes minimus VD VD VD, EI 4 5 Xenartra Dasypodidae Dasypus novencictus Euphractus sexinctus VD, CF VD, EI 6 7 Myrmecophagidae Tamandua tetradactyla Myrmecophaga tridactila VD, EI EI, CF 8 Primates Cebidae Cebus nigritus 9 10 Atelidae Alouatta caraya Alouatta guariba VD, EI VD 11 12 Carnivora Procyonidae Procyon cancrivorus Nasua nasua VD, EI, CF VD, EI, CF 13 14 15 Canidae Cerdocyon thous Pseudalopex gymnocercus Chrysocyon brachyurus VD, EI, CF VD, EI, CF VD, EI 16 17 18 19 20 21 22 Felidae Leopardus tigrinus L. wiedii L. pardalis Oncifelis colocolo Herpailurus yagouaroundi Puma concolor Panthera onca VD, EI VD, EI VD, EI, CF VD VD, EI VD, EI, CF VD, EI, CF VD, EI, CF 15 Mustelidae Eira bárbara Galictis cuja 23 24 25 26 27 Conepatus chinga Pteronura brasiliensis Lontra longicaudis VD, EI VD, EI EI VD, EI VD, EI 28 Perissodactyla Tapiridae Tapirus terrestris VD, EI, CF 29 30 31 32 33 Artiodactyla Cervidae Mazama guazoubira Blastocerus dichotomus Ozotocerus bezoarticus Tayassuidae Pecary tajacu Tajacu pecari VD, CF VD, EI, CF VD, EI VD, EI, CF EI, CF 34 Rodentia Caviidae Cavia aprea VD, EI 35 Agoutidae Agouti paca EI 36 Myocastoridae Myocastor coypus VD, EI 37 Dasyproctidae Dasyprocta azarae VD, EI, CF 38 Hydrochaeridae Hydrochaeris hydrochoerus VD, EI, CF Forma de registro: VD – Visualização direta; EI – Evidencia indireta; CF - Captura fotográfica. 16 Figura 1 – Proporção total de capturas no Parque Nacional de Ilha Grande e Área de Proteção Ambiental Federal das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná. 450 400 350 300 250 Total de Capturas 200 150 100 50 0 N.º TOTAL DE CAPTURAS PNIG ENTORNO 17 Figura 2 – Registros da freqüência das espécies herbívoras na Área de Proteção Ambiental Federal das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná e Parque Nacional de Ilha Grande. Especies herbivoras 70 60 50 40 Entorno PNIG 30 20 10 0 Taiassu tajacu Tapirus terrestris Hidroqueris hidrocaeris Myrmecophaga tridactila Dasypus novencinctus Cebus negritus Dasyprocta azarea Mazama americana Blastocerus dichotonus 18 Figura 3 – Registros da freqüência das espécies carnívoras na APA Federal das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná e Parque Nacional de Ilha Grande. Especies de carnivoros 70 60 50 40 Entorno PNIG 30 20 10 0 Puma concolor Cerdocium thous Nassua nasua Panthera onca procium cancrivorus leopardus pardalis 19 Figura 4 - Dados comparativos das capturas por armadilhas fotográficas de Pecari tajacu (cateto) e Tajacu pecari (queixada) no Parque Nacional de Ilha Grande e Área de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná. 70 60 50 40 Tayassu tajacu Tayassu pecarri 30 20 10 0 N.º TOTAL DE CAPTURAS PNIG ENTORNO