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CAPITAL DO REINO NOTAS

A cidade de Coimbra está intimamente ligada à fundação da nacionalidade, já que o primeiro rei, D. Afonso Henriques a converteu em capital do reino e assim se manteve durante os séculos XII e XIII. Em 1064, Coimbra torna-se a cidade mais importante da linha defensiva do Mondego governada, à data, por D. Sesnando. Em 1111, o Conde D. Henrique e D. Teresa concedem carta de Foral à cidade, fazendo desta sua residência. Em 1131, D. Afonso Henriques transfere a Capital do Condado Portucalense de Guimarães para Coimbra, o que veio a revelar-se de extrema importância para a independência e fundação do Reino de Portugal, em 1143. A importância e relevo que a cidade teve na reconquista cristã, na formação de Portugal e na identidade de um povo, levou a que, em Coimbra, se tivessem construído alguns dos mais belos e importantes monumentos nacionais, nomeadamente o Mosteiro de Santa Cruz. Este mosteiro, fundado em 1131, com o incentivo de D. Afonso Henriques, para a Ordem de St.º Agostinho, foi o mosteiro com mais influência na cidade, tendo contribuído para o desenvolvimento cultural, económico e político do Reino. Atualmente é onde repousam os restos mortais dos fundadores do Reino. Foi em Coimbra que nasceram quase todos os reis da primeira dinastia (1143-1383). Testemunho da história de um país e de um povo, foi cenário de importantes acontecimentos da vida da nação Portuguesa. Um dos eventos mais significativos teve lugar na atual Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra, que corresponde à antiga Sala do Trono do Paço Real. Foi nesse local que, em 1385, decorreu a reunião das cortes que aclamaram D. João I, mestre de Avis, rei de Portugal, dando início à segunda dinastia e assegurando uma solução independentista perante a ameaça Castelhana de conquista e anexação.

CAPITAL DO REINO NOTAS A cidade de Coimbra está intimamente ligada à fundação da nacionalidade, já que o primeiro rei, D. Afonso Henriques a converteu em capital do reino e assim se manteve durante os séculos XII e XIII. Em 1064, Coimbra torna-se a cidade mais importante da linha defensiva do Mondego governada, à data, por D. Sesnando. Em 1111, o Conde D. Henrique e D. Teresa concedem carta de Foral à cidade, fazendo desta sua residência. Em 1131, D. Afonso Henriques transfere a Capital do Condado Portucalense de Guimarães para Coimbra, o que veio a revelar-se de extrema importância para a independência e fundação do Reino de Portugal, em 1143. A importância e relevo que a cidade teve na reconquista cristã, na formação de Portugal e na identidade de um povo, levou a que, em Coimbra, se tivessem construído alguns dos mais belos e importantes monumentos nacionais, nomeadamente o Mosteiro de Santa Cruz. Este mosteiro, fundado em 1131, com o incentivo de D. Afonso Henriques, para a Ordem de St.º Agostinho, foi o mosteiro com mais influência na cidade, tendo contribuído para o desenvolvimento cultural, económico e político do Reino.  Atualmente é onde repousam os restos mortais dos fundadores do Reino. Foi em Coimbra que nasceram quase todos os reis da primeira dinastia (1143-1383). Testemunho da história de um país e de um povo, foi cenário de importantes acontecimentos da vida da nação Portuguesa. Um dos eventos mais significativos teve lugar na atual Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra, que corresponde à antiga Sala do Trono do Paço Real. Foi nesse local que, em 1385, decorreu a reunião das cortes que aclamaram D. João I, mestre de Avis, rei de Portugal, dando início à segunda dinastia e assegurando uma solução independentista perante a ameaça Castelhana de conquista e anexação. Hoje, destinada a acolher as cerimónias mais importantes da Universidade, a Sala dos Capelos ainda exibe grandes telas com as figuras dos reis de Portugal, desde D. Afonso Henriques (1143) até D. Manuel II, com exceção da Dinastia Filipina. Destacam–se ainda a Capela de São Miguel, construída para servir de oratório aos monarcas que em Coimbra viveram e estabeleceram as suas cortes. Na antiga residência real, encontra–se também a Sala de Armas, onde estão guardadas as armas da antiga Guarda Real, atualmente Guarda de Honra da Universidade – Archeiros. A instalação      definitiva da Universidade, em Coimbra, no antigo Paço Real, veio aumentar a responsabilidade da cidade, na formação intelectual da sociedade portuguesa, iniciada no século XII, no então Mosteiro de Santa Cruz.