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Familia crista - o papel de cada um

2019, Familia crista - o papel de cada um

O primeiro mandamento que Deus deu a Adão e Eva foi: "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra" (Gn. 1:28). Nos últimos anos, a ciência está colocando ao al-cance dos casais recursos que possibilitam a limitação de filhos, e até, em muitos casos, a ausência total deles. Todo pai e mãe em perspectiva deve meditar nas palavras do salmista: "Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre o seu galardão... Feliz o homem que enche deles a sua aljava" (Sl. 127:3,5). Os pais são os responsáveis pelo lar. Este é o padrão da sociedade humana. A atmosfera do lar depende muito das atitudes pessoais e da ma-neira de pensar dos pais. Os pais crentes que têm uma base segura dentro da crença num Pai Celestial que os ama e cuida deles, se refletirá nas rela-ções familiares. Os pais cristãos, seguros na liderança de sua família, se-guindo diariamente os ensinos de Jesus, assumem suas responsabilidades como guias do lar e exemplos vivos nas relações com todos os membros de sua família. Vivemos uma época em que a família enfrenta forças destruidoras. As influências da civilização moderna dificultam, em muitos sentidos, a ta-refa dos pais na criação dos filhos. Ainda que a responsabilidade dos pais seja algo indiscutível, é bom lembrar que eles contam com o auxílio do Se-nhor Jesus na consecução dos seus planos, envolvendo, naturalmente, o bem-estar de seus filhos. Deus tem posto os pais por mordomos seus quando lhes confia filhos. O papel de cada um na família

O papel de cada um na família O primeiro mandamento que Deus deu a Adão e Eva foi: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra” (Gn. 1:28). Nos últimos anos, a ciência está colocando ao alcance dos casais recursos que possibilitam a limitação de filhos, e até, em muitos casos, a ausência total deles. Todo pai e mãe em perspectiva deve meditar nas palavras do salmista: “Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre o seu galardão... Feliz o homem que enche deles a sua aljava” (Sl. 127:3,5). Os pais são os responsáveis pelo lar. Este é o padrão da sociedade humana. A atmosfera do lar depende muito das atitudes pessoais e da maneira de pensar dos pais. Os pais crentes que têm uma base segura dentro da crença num Pai Celestial que os ama e cuida deles, se refletirá nas relações familiares. Os pais cristãos, seguros na liderança de sua família, seguindo diariamente os ensinos de Jesus, assumem suas responsabilidades como guias do lar e exemplos vivos nas relações com todos os membros de sua família. Vivemos uma época em que a família enfrenta forças destruidoras. As influências da civilização moderna dificultam, em muitos sentidos, a tarefa dos pais na criação dos filhos. Ainda que a responsabilidade dos pais seja algo indiscutível, é bom lembrar que eles contam com o auxílio do Senhor Jesus na consecução dos seus planos, envolvendo, naturalmente, o bem-estar de seus filhos. Deus tem posto os pais por mordomos seus quando lhes confia filhos. 50 Família Cristã As Responsabilidades dos pais A grande responsabilidade dos pais, segundo a Bíblia é definida claramente por duas passagens: “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais; porque isto é agradável ao Senhor. Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados” (Cl. 3:20,21). “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor”(Ef. 6:1-4). Forte é a influência que os pais exercem sobre os filhos. A disciplina dos filhos envolve o desenvolvimento de suas mentes, o treinamento do seu intelecto, e mais do que isto, o dimensionamento das suas atitudes, das suas emoções, dos seus interesses e dos seus hábitos. Tudo isto refletirá no corpo e no espírito, influindo poderosamente no destino eterno da criança. Vejamos algumas das responsabilidades inerentes aos pais: A) Amar os filhos: O amor dos pais para com o filhos deve ter o seu início desde o momento em que é confirmada a gravidez. Isto é importante devido ao efeito que esse amor tem no início da primeira fase da vida da criança. A criança tem o direito de ser desejada e bem recebida como bênção da parte do Senhor. “Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão” (Sl. 127:3). Quando nenê ela precisa muito mais de amor, que é o melhor passo para assegurar-lhe um futuro feliz. Ainda que seja um ser completo, o nenê é uma pessoa inteiramente dependente dos pais e precisa receber doses específicas e regulares de amor. Mas, o que é o amor? Este elemento em nossas vidas tem, muitas facetas e usamos outras palavras para definir em parte o seu sentido, como: entendimento, paciência, simpatia, disciplina, confiança, etc. O nenê, no lar cristão, precisa sentir tal atmosfera de amor. As outras fases não são diferentes. Dos 3 aos 6 anos ela está descobrindo muita coisa. Seu mundo inclui agora mais pessoas ela aprende muito por imitação dos acontecimentos do lar, ela quer ser independente, ela pergunta sobre tudo etc. No meio de muita coisa nova, ela precisa aprender dos seus pais sua relação pessoal para com Deus e seu próximo. Semeador 51 É preciso que os pais entendam as características desta idade e disciplinem suas crianças com sabedoria e amor. Quando na fase de criança, diríamos que o fator-chave para a expressão do amor dos pais por seus filhos, está no tempo dedicado à eles. Um momento de comunhão, uma carícia, um passeio, um cântico, uma oração, uma história, uma brincadeira etc. são gestos de fundamental importância à sensibilidade da criança. A experiência mostra que uma criança freqüentemente afagada pelos pais, torna-se mais dócil, e mais fácil de ser conduzida. Na fase da adolescência as mudanças são grandes. Os pais sábios reconhecem a necessidade do adolescente assumir algumas responsabilidades para sua vida, mas ao mesmo tempo dão uma orientação para que seu filho não tenha más experiências. A atmosfera no lar cristão deve ser livre o suficiente, para que o adolescente sinta a liberdade de falar com sua família sobre coisas importantes da sua vida. Um psicólogo disse, que um lar bom é o lugar onde o adolescente pode trazer uma nota baixa, sem medo. O amor em ação num lar assim, pode enfrentar desapontamentos e fracassos com entendimento e encorajamento para o futuro. Os pais provam o amor por seus filhos quando, assumem deliberadamente toda a responsabilidade sobre eles. Por isso, o amor dos pais leva a sacrifícios do conforto e bem-estar próprio. Paulo na carta aos Efésios 5:1,2, mostra como podemos alcançar o ideal cristão: “Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como Cristo também vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave”. Os pais também devem ter o cuidado de não mostrar predileção por um filho. Deve ter o cuidado de não destacar amor por um filho em detrimento dos outros. Isto cria ciúmes e rivalidades entre eles. Por preferir a José, Jacó teve muitos problemas com os demais filhos. A prudência manda que os pais cristãos tenham muito cuidado quanto a esse tipo de atitude. B) Nutrir espiritualmente os filhos: Uma vida espiritualmente nutrida é que habilita a criança a experimentar um relacionamento perpétuo com o seu Criador. Nutrir espiritualmente os filhos é conduzi-los a um crescimento gradual e sucessivo, quanto a seus ideais, sua lealdade, suas convicções espirituais e a consciência da presença de Deus em suas vidas. Criar os filhos nos caminhos do Senhor, e 52 Família Cristã nutri-los com a Palavra de Deus, é uma tarefa difícil, requer dos pais constante comunhão com o Senhor. Uma vez compreendido o alto valor de nutrir espiritualmente os filhos, vale a pena considerar as seguintes questões: - Porquê instruir os filhos. Deus deu a cada criança a capacidade de saber e fazer, e elas são inseparáveis. Portanto, cabe aos pais contribuir para o desenvolvimentos dos filhos. O treinamento controla o saber, enquanto que a educação, providencia o conhecimento de como fazer o que se sabe. Criar os filhos na “admoestação do Senhor” significa criá-los de tal forma que possam agir como pessoas preparadas para o serviço do Senhor, e, com as faculdades da alma, do corpo e do espírito para cumprir a Sua vontade. O desenvolvimento dos valores e das virtudes são parte importante na nutrição moral, intelectual e espiritual dos filhos. - Como instruir os filhos. Instrução é comunicação do conhecimento secular ou religioso, enquanto que, treinar, visa o desenvolvimento das faculdades humanas. Deste modo o treinamento ajuda a criança a fazer aquilo para o que foi instruído. Quanto à instrução religiosa, sábios são pais que conseguem conduzir os filhos pelos retos caminhos do Senhor sem força e violência; que conseguem que eles os olhem com respeito como seus guias espirituais, e lhes sigam os conselhos para se tornarem crentes fiéis. Enquanto o barro está mole, o oleiro faz dele o vaso que desejar. Assim é com a criança, nunca é demasiadamente cedo para ensinarlhe o bem, em admoestá-la nas verdades do Senhor. “E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor” (Ef. 6:4). C) Ser exemplo para os filhos: Uma das primeiras leis a serem seguidas é que os pais demonstrem com suas próprias vidas os frutos que eles querem que os filhos produzam. Por isto os pais devem ter em mente que a instrução depende muito mais de exemplo do que de preceito. “Tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo?” (Rm. 2:21). Quando Deus deu ordens a Israel quanto à maneira correta dos pais instruírem os filhos disse: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te” (Dt. Semeador 53 6:6,7). A expressão “estarão no teu coração” diz que estarão bem guardadas, afim de não perdê-las. A vida dos pais deverá agir em torno das seguintes palavras: “que hoje te ordeno” e, conseqüentemente, de serem sempre lembradas, ensinando-as aos filhos a todo tempo, em todo lugar. Os pais que têm autoridade e liberdade para ensinar aos filhos, e que estes, lhes tem respeito e a disposição de seguirem os seus conselhos são chamados bem-aventurados. Vivendo um relacionamento nestes moldes, pais e filhos estarão concorrendo para a unidade do lar e no sentido de que o nome de Deus seja glorificado. Provérbios 20:7 nos diz: “O justo anda na sua integridade; felizes lhe são os filhos depois dele”. A criança tem a capacidade inata de estar sempre aprendendo. A cada momento ela recebe impressões que afetam as suas atitudes, seu comportamento, sua fé, sua personalidade e seus hábitos. Muito do que ela aprende vem através da observação das ações dos adultos, principalmente dos pais. Pelo fato de nascer com a natureza pecaminosa, ela copia e imita o mal com mais facilidade do que o bem. Por isto, os pais devem dar o melhor exemplo diante dos filhos. Se o exemplo dos pais não se coadunar com a conduta cristã, eles serão responsáveis diretos pelo afastamento dos filhos dos caminhos de Deus. Que se cumpra a profecia de Isaías 54:13: “E todos os teus filhos serão ensinados do Senhor; e a paz de teus filhos será abundante”. D) Disciplinar os filhos: Disciplinar significa literalmente tornar discípulos. Deste modo, toda autêntica autoridade para disciplinar procede de Deus, pois Ele próprio disciplina a seus filhos. “E já vos esquecestes da exortação que vos admoesta como a filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, nem te desanimes quando por ele és repreendido” (Hb. 12:5). Assim, métodos de disciplina iguais aos que o Pai celestial usa, devem ser usados pelos pais cristãos no trato com seus filhos. A disciplina possui dois aspectos: - A Instrução. Ensino que tem o alvo de instruir, moldar, fortalecer e aperfeiçoar o caráter. - A Correção. Castigar com amor e com propósito. A disciplina, em sentido pleno, emana de Deus, acerca do que diz a Bíblia: “O Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho. É para disciplina que sofreis; Deus vos trata como a filhos; pois qual é o filho a quem o pai 54 Família Cristã não corrija?” (Hb. 12:6,7). Deus corrige por amor e com amor. Então vem o resultado: “Na verdade, nenhuma correção parece no momento ser motivo de gozo, porém de tristeza; mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos que por ele têm sido exercitados” (Hb. 12:11). Disciplinar os filhos não é puni-los impiedosamente; é corrigi-los, e isso implica amor. Ao praticar a correção, os pais deverão usar o bom senso, serem moderados, disciplinando por amor e com amor, e não com ira. A vara usada com ira terá efeitos desastrosos. Os propósitos da disciplina são: desenvolver o senso de respeito à autoridade; estabelecer a prática da obediência; formar bons hábitos e corrigir maus hábitos. O adulto de amanhã não saberá como respeitar leis, regras e autoridades, se hoje, enquanto criança, for criado fazendo o que bem quer. Por isso a disciplina começo desde o berço. A correção deve ser aplicada no exato momento da falta cometida; não deve ser guardada para outra hora. O filho não merece punição cruel, mas apenas a correção. Através da disciplina no lar, o filho aprende a estabelecer os limites da sua liberdade. Isto é indispensável como base da boa disciplina pela influência que ela pode exercer sobre a sua vida espiritual e social. E) Acompanhar o desenvolvimento dos filhos: É muito importante que os pais preparem e cuidem do lar, pois a criança necessita dele para crescer e se desenvolver. Não é obrigatório que seja rico e luxuoso. O que importa é ser aconchegante, limpo, agradável e provido do necessário. - O desenvolvimento físico da pessoa depende do suprimento das suas necessidades. Aos pais cabe a responsabilidade de provê-los de boa alimentação, vestimenta, educação, lazer etc., e acompanhar de perto as fases de desenvolvimento do filho: gestação, bebê, criança, jovem, adulto. - O desenvolvimento mental e emocional, deve ser acompanhado pelos pais desde o berço. Os pais devem ter conhecimento sobre as leis naturais do crescimento de uma criança, para compreender e ajudar a cada desejo e inclinação dela. - O desenvolvimento espiritual deve ser priorizado desde o nascimento no sentido de orientar a criança na direção de Deus. Isso inclui levar o bebê à Casa de Deus para ser dedicado; levar a criança a ter um contato diário com a Bíblia; fazer com que memorize passagens da Bí- Semeador 55 blia, ore e conheça cânticos; levá-la a participar do culto doméstico, etc. Esses são passos que a criança está dando no caminho que a leva a Deus. O homem como pai A sociedade moderna precisa compreender o verdadeiro papel do pai, examinando-o em relação a três pontos de referência. Primeiro, o modelo de paternidade adotado em nossa cultura é completamente inadequado. Precisamos de um melhor. Segundo, o relacionamento entre marido e esposa também se acha um pouco nebuloso, cheio de conflitos e confusões. Precisa ser bem demarcado, em linhas claras. Terceiro, a direção que a família está seguindo tornou-se vaga e indefinida. Precisamos de uma boa carta náutica para que o pai possa projetar o curso sem dificuldades, tendo certeza do que está fazendo. Daremos a seguir três pontos de referência em torno dos quais deve girar um novo conceito de pai, e dos quais deve brotar uma nova direção para a vida em família. Um modelo as ser seguido Alguns psicólogos e antropólogos afirmam que Deus é uma projeção da imagem paterna. A Bíblia tem um ponto de vista bem diverso. Nossa idéia da paternidade de Deus não se fundamenta numa analogia com humana. O oposto é que é verdade. A paternidade humana é que se inspira na divina. A paternidade divina opera de acordo com um princípio que, igual a ela, também é eterno; e, que foi inserido na própria natureza da criação. I Coríntios 11:3, diz: “Quero porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo” . A paternidade de Deus se projeta na esfera humana através desse princípio de liderança. Então, de acordo com o modelo proposto por Deus, ser pai é atuar como “cabeça” da família. Qual é a palavra que associamos mais facilmente à expressão “cabeça da família”? A grande maioria responderá autoridade. Entretanto o conceito de autoridade não é o principal no que se refere ao cabeça da família. É o segundo em importância. O primeiro é submissão. O homem só começa realmente a compreender sua função de cabeça da família quando reconhece que ele próprio se acha sob autoridade. Ele deve entender que tam-