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RIO + 20: ÁFRICA PRESENTE, ÁFRICA EM MOVIMENTO! 1
MAURÍCIO WALDMAN 2
Passados vinte anos, o Rio de Janeiro está novamente no centro das atenções mundiais
em razão de encontro internacional de enorme visibilidade: a Conferência das Nações
Unidas com foco na questão ambiental e o desenvolvimento sustentável.
Essa verdadeira cúpula da Terra tornou-se conhecida, numa referência direta à sua
famosa antecessora, a Eco-92 ou Rio 92, como Rio + 20, insttucionalmente conhecida
como Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ou
United Nations Conference on Eniironeent and Deielopeent: UNCED).
O evento, previsto para os dias 20 a 22 de Junho de 2012, reunirá dezenas de chefes de
Estado com o objetvo precípuo de alavancar polítcas públicas que deem conta do
desafo ambiental. Trata-se de uma questão cuja magnitude, ninguém nos dias de hoje
ousa contestar.
Um parecer que não permite calar é que após vinte anos da realização da Rio 92 e da
divulgação massiva do conceito de desenvolvimento sustentável, os avanços obtdos
foram infelizmente ínfmos.
Pior ainda, observaram-se retrocessos em muitos setores. Conforme divulgado no
relatório Panorama Ambiental Global - confeccionado pelo Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (PNUMA) -, apenas quatro das noventa metas ambientais mais
importantes acertadas nos últmos 40 anos observaram avanço signifcatvo. Outros 40
objetvos avançaram minimamente. Para completar, 24 não apresentaram pratcamente
nenhum progresso.
Quanto ao desenvolvimento sustentável, bastaria recordar um recente pronunciamento
à imprensa oferecido por ninguém menos que Gro Brundtland, referência mundial por
sua partcipação na confecção do relatório Nosso Futuro Comum (Our Coeeon Future),
documento matricial da Rio 92 3.
Considerada “mãe” do conceito de desenvolvimento sustentável, Brundtland advertu
que a sustentabilidade ainda aguarda materialização enquanto prátca real. Mais ainda,
admoestou que o termo é utlizado de forma abusiva, sem a menor conexão com as
intenções que deram origem a Rio 92.
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Sem dúvida alguma, este saldo é enormemente constrangedor em face dos dilemas
ambientais colocados para a sociedade global, agora reapresentados na mesa dos
debates planetários com sentdo de urgência ainda maior.
É indiscutvel também que o mundo de hoje é mais complexo, pois neste ínterim, o
mundo global assistu a uma série de mudanças radicais. Dentre essas, as referentes à
irrupção de novos atores no cenário internacional, vertente na qual podemos situar o
desempenho dos países africanos.
Certamente, nesta perspectva, um aspecto essencial reporta ao magnífco patrimônio
ecológico substantvado na África. O contnente, que é fundamentalmente formado por
terras tropicais, reúne diversos ecossistemas.
São imensas savanas, forestas densas, estepes a perder de vista, desertos e mangues,
no geral, paisagens dispostas lattudinalmente ao Equador. Nas áreas montanhosas, o
perfl altmétrico interfere engendrando nichos ecológicos que se estendem por vastas
faixas ao longo das vertentes (Figura 1).
Tais pré-condições explicam a razão de serem africanos três países catalogados como
megadiversos: a República Democrátca do Congo (RDC), Madagascar e a República da
África do Sul (RSA).
As condições naturais permitem ao contnente abrigar vários exemplares de megafauna,
animais como hipopótamos, girafas, rinocerontes e elefantes. No mais, a África consttui
berço de muitas plantas e animais domestcados, um verdadeiro tesouro genétco com o
qual, o contnente generosamente presenteou o conjunto da Humanidade.
Dentre outras dádivas, são originários da África o quiabo, café, linho, agrião, gergelim,
mamona, tef, o asno, o arroz africano, feijão-fradinho, sorgo, milhete, cevada, fava,
tremoço, índigo, variedades de trigo e inúmeras outras maravilhas.
Na eventualidade de arrolarmos os destaques propriamente ecológicos do ambiente
africano, teríamos então um polpudo prontuário adereçado de ordens de grandeza
verdadeiramente magnífcas.
Reportando ao documento da 17ª Assembleia da União Africana, realizada em Malabo,
na Guiné Equatorial, em 2011, tomamos conhecimento de que o capital ecológico do
contnente equivale a 40% da biodiversidade planetáriaa 20% das forestasa mais da
metade do potencial energétco do Planeta, tanto pela força das águas dos seus rios,
quanto a dos ventos e do Sol.
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FIGURA 1 - Mapa dos biomas do contnnnnn africano, nitdamnnnn inflnnciados pnlas latnldns, nxcnpnlando
árnas monnanhosas como as do Corno Africano, parnns da África Orinnnal, da rngião dos Grandns Lagos n dn
Madagáscar (Fonnn: < http://biofoclscommlnicatn.nl/colnnrins-africa-map-splin-inno-biomns/ >. Acnsso: 1406-2019)
Todavia, não é sufciente elencar a majestade da natureza africana. A Rio + 20 é um
encontro polítco internacional. Portanto, para esse texto os parâmetros econômicos,
sociais e da governança polítca conquistam projeção especial.
Atentemos para o fato altamente meritório de que a África do ano de 2012 expõe
notáveis contrastes positvos com relação a vinte anos atrás. Ultrapassando obstáculos
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de toda ordem, centenas de povos e dezenas de países independentes criaram uma
realidade nova, perpassada por tremendos avanços econômicos.
A África tem avançado como um trem na noite, seguindo trilhos próprios, que se
diferenciam dos estpulados pelo mundo ocidental. Tornou-se óbvio, mesmo para o
mais recalcitrante dos incrédulos, que já passou da hora de rever as formas deturpadas
de percepção impostas durante séculos ao contnente.
Assim, contrastando com o pessimismo econômico que ronda os países do Hemisfério
Norte, perpassado pelos impactos da recessão e de crise de crescimento, os patamares
de expansão econômica do contnente são auspiciosos.
Hoje em dia, seis das dez economias de crescimento mais rápido do mundo são
africanas. Desde 1995, a economia dos países ao Sul do Saara se expande a taxas anuais
superiores a 5% desde 1995, alcançando 6% em 2012 (Figura 2).
Numa conjuntura gravada por queda da produção em vários países europeus, em 2011
a África cresceu 5,2%, prevendo-se 5,8% para 2012. Para o ano de 2040, acredita-se que
o contnente abrigará um bilhão de jovens em idade produtva.
De acordo com o Banco de Desenvolvimento Africano - African Deielopeent Bank -,
esse desempenho tem sido acompanhado de mudanças que podem indicar passos ainda
mais rápidos nos próximos anos.
Nota-se uma diminuição na mortalidade infantl, contenção da AIDS, tuberculose e
malária, além de melhorias na escolaridade básica. A igualdade de gênero se evidencia
como uma grande conquista do contnente.
Exemplifcando, com base em levantamentos da ONU, em Angola, no ano de 2008, o
segmento feminino ocupava 33% dos cargos governamentais. Neste mesmo ano, eram
mulheres nove ministros, sete vice-ministros, quatro secretários de Estado e três
governadores.
Certo é que essa tendência apresenta muitas dessimetrias. A pobreza, ainda que tenha
recuado em vários pontos, segue na pauta das preocupações urgentes relatvamente ao
bem-estar humano. Não seria demasiado registrar, há muito que avançar nessa direção.
Do mesmo modo, a expansão econômica da África agrega várias contradições, como as
que se estabelecem na relação com o meio ambiente. Erosão dos solos, estresse hídrico,
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o alastramento da desertfcação e a crise urbana, são alguns dos agravos comumente
apontados para o contnente.
FIGURA 2 - Gráfco das nconomias dn mais rápido crnscimnnno da África ao Sll do Saara (GDP rnal grownh nm
%). No plano contnnnnal, lm nnrço das nconomias da África crnscnm 6% ol mais por ano, balizadas por novas
nxpornaçõns dn minérios, pnlo rnnorno da paz n nambém, por roblsna nxpansão dn snnorns não-nxnratvos.
Annnnn-sn qln mlinas nconomias africanas slplannam os panamarns dn nxpansão dn paísns como a Índia,
Brasil, Fndnração Rlssa n a China (Fonnn: Dnvnlopmnnn Prospncns Grolps, Thn World Bank (Banco Mlndial),
Projncnnd GDP Grolwnh, in: < https://www.impatnnnoptmisns.org/Posns/2012/10/Africas-Economs-isGrowing-Fasn#.XQPqqxZKjIV >. Acnsso: 14-06-2019)
Contudo, retenha-se que em vários aspectos, os problemas ambientais que acometem o
contnente são impingidos aos africanos como sequela de desequilíbrios gerados a uma
distância ponderável da África.
Um desses é indiscutvelmente o global wareing ou aquecimento global. Como se sabe,
o mecanismo das mudanças climátcas é essencialmente dinamizado pelas emissões de
Gases de Efeito Estufa (GEE), partcularmente o dióxido de carbono, grande parte das
quais, são de responsabilidade dos chamados países afuentes.
Sublinhe-se que os impactos provocados pelas alterações dos equilíbrios climátcos são
dramátcos num contnente onde as atvidades agrícolas e pecuárias permanecem como
atvidades primordiais. Calcula-se que 70% das populações que vivem ao Sul do Saara
dependem do que plantam e colhem.
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Para o Painel Internacional de Mudanças Climátcas (International Panel on Clieate
Change: IPCC), dá-se como certo que em 2020 poderão ser 250 milhões de africanos
com difculdade no acesso à água em razão do aquecimento global. Pelo mesmo motvo,
levantamentos da mesma fonte estmam que em 2020 a pluviosidade possa retroagir
em até 50% (Figura 3).
FIGURA 3 - Mapa da África com dnmarcação nnrrinorial consoannn os qlocinnnns dn lmidadn. Como é possívnl
obsnrvar, nodas as rngiõns sahnlianas, qln são lma nspécin dn annnssala do Saara, o hinterland da Etipia n da
África Orinnnal, vasnas parnns da África Alsnral n linoral glinnano, nsnão dirnnamnnnn amnaçados pnlos avanços
do global warming (Fonnn: < https://oxfamblogs.org/fp2p/whan-arn-african-colnnrins-alrnads-doing-no-adapnno-climann-changn/ >. Acnsso: 12-06-2019)
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Ponderação que se impõe em face do que expusemos, os problemas ambientais se
tornaram pauta obrigatória para a governança polítca no contnente. Conforme
declarou em Maio desse ano a Ministra do Meio Ambiente de Angola, a Sra. Fátma
Jardim, existe uma grande expectatva na Rio + 20 em termos das proposições positvas
que ela venha a promover.
Nessa variável, e no que justamente a África pode explicitar enquanto diferencial, as
benesses alcançadas pela paz, pelo reforço da governabilidade e fortalecimento das
relações multlaterais, mostram que há lugar para o otmismo e esperança.
Contrariando concepções enviesadas pelas quais o contnente seria um mero campo de
batalha opondo tribos, uma interpretação que além falsear totalmente a realidade,
expressa preconceitos arraigados voltados contra os poios africanos, o contnente tem
dado mostras de uma enorme vitalidade das suas relações multlaterais, com muitos
exemplos de cooperação apontando para a união do contnente.
Desta maneira, a Conferência Ministerial Africana para o Meio Ambiente (African
Ministerial Conference on the Eniironeent: AMCEN), fórum permanente de debates que
reúne os ministros do meio ambiente de toda a África, tem contribuído para concertar o
núcleo principal do temário pertnente aos problemas ambientais africanos, e pari
passu, consensar a colaboração intergovernamental para conter a degradação do
ambiente.
O AMCEN auferiu prestgio enquanto espaço decisório viabilizador de convenções
regionais, da harmonização das polítcas ambientais e igualmente, para o fortalecimento
e coesão da capacidade de intervenção das nações africanas nas negociações
internacionais.
É importante rubricar o papel de proa desempenhado nas artculações desenvolvidas
pelo AMCEN por vários dos blocos regionais que hoje em dia, estão cada vez mais
presentes no multlateralismo africano.
Nessa declinação, poderíamos mencionar as seguintes grandes organizações regionais
interestatais:
➢
União do Magreb Árabe (L'Union du Maghreb Árabe: UMA)a
Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Econoeic Coeeunity of
Western African States: ECOWAS)a
➢
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Coeunidade Econôeica dos Estados da África Central (Econoeic Coeeunity of
Central African States: ECCAS)a
➢
Mercado Comum da África Oriental e Meridional (Coeeon Market for Eastern and
Southern Africa: COMESA)a
➢
Comunidade de Desenvolvimento da África Meridional (Southern African
Deielopeent Coeeunity: SADC).
➢
Essa ampla coalizão polítca inter-regional tem demonstrado capacidade polítca em
ratfcar acordos e unifcar posições em diversos campos nos quais pesam os interesses
de todo o contnente.
A saber, pontfcam os temas referentes ao combate da desertfcação, preservação de
áreas úmidas, monitoramento de espécies invasivas e/ou exótcas, manejo costeiro,
criação de áreas de conservação transfronteiriças e o aquecimento global.
Arrematando, a exuberância ambiental do contnente propicia a adoção de tecnologias,
logístcas e modelos na linha do desenvolvimento limpo. Um exemplo muito claro deste
potencial é a energia solar.
Amplamente presente em todas as terras africanas, o Sol pode, por intermédio linhas de
crédito preferenciais para projetos ambientais, inverter rapidamente as defciências de
milhões de africanos no acesso à energia.
Por extensão, permitria alterar para melhor o quadro da qualidade de vida e do bemestar social, não apenas com base em projetos de escala, mas também lançando mão de
instalações modulares de energia solar de pequena e média escala, que aliás, tem sido
implementadas em todo o contnente em nível comunitário e residencial (Figura 4).
Nessa avaliação, não esqueçamos que a África já deu mostras de que é possível superar
as adversidades com o empenho dos seus povos.
Por exemplo, em 1977, Wangari Maathai abandonou sua cátedra universitária para
voltar-se ao trabalho de motvar as mulheres do meio rural para a defesa do meio
ambiente. Esta decisão foi o cerne do Moiieento do Cinturão Verde do Quênia, iniciado
com a semeadura de sete árvores em cinco de junho de 1977.
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FIGURA 4 - Painnl solar nm opnração no mnio rlral da Tanzânia. Mlinas naçõns africanas pnrpnnlamnnnn
nnsolaradas, nais como o Nígnr, Snnngal, Somália, Djiblt, Sldão, Malrinânia, Mali, Chadn, Erinrnia, África do
Sll n Namíbia, podnm connar com a capnação da nnnrgia do Sol nm larga nscala graças à vastdão da slpnrfcin
nnsolarada dos snls nnrrinirios. Embora ainda incipinnnn, o aprovninamnnno da nnnrgia solar nnm crnscido
nxponnncialmnnnn nm nodo o contnnnnn. Na África, no nriênio 2010-2012, a nnnrgia fonovolnaica crnscnl 3,2
vnzns, nxistndo prognistcos dn nxpansão para clrno prazo, nornando o contnnnnn lm grandn mnrcado nnsnn
sngmnnno (Fonnn: < https://www.forbns.com/sinns/lsndsnsgilpin/201//10/19/rnnnwabln-nnnrgs-is-aboln-noboom-in-africa-and-wn-nnnd-no-pas-attnnton-no-in/#6n74a7da/f1f >. Acnsso: 11-06-2019)
Após quinze anos, o trabalho de Wangari Maathai já havia distribuído sete milhões de
mudas, plantadas e protegidas por camponesas em 22 distritos em todo o Quênia. Em
reconhecimento, Maathai foi laureada com o Prêmio Nobel da Paz de 2004, o primeiro a
ser concedido a uma mulher africana e a um militante do meio ambiente.
No que é bastante estmulante num mundo em que os interesses comuns são com
frequência, atropelados por posições exclusivistas, a África que atuará em 2012 na Rio +
20 não é propriamente uma bancada de países africanos.
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Com maior propriedade, serão lideranças africanas que oportunamente em Malabo
(Guiné Equatorial, 2011), Adis Abeba (Etópia, 2012) e em muitos outros encontros e
seminários, defniram cuidadosamente quais são as prioridades do contnente.
Quem sabe, tal como na 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima, que ocorreu em dezembro de 2009 (também conhecida como
COP 15), a África possa demonstrar novamente que seus representantes são fadores de
um contnente inteiro, agindo unidos em prol do bem comum.
Este rol de pressupostos anima e incentva o contnente inteiro para trabalhar com
afnco visando o sucesso da Conferência Rio + 20.
E que assim seja! Os povos de todo mundo agradecem!
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POST-SCRIPTUM 4
Desde 2012, quando o artgo África Presente, África Ee Moiieento! foi publicado, o
tempo, por si mesmo, impõe atualização de informações do campo econômico, no mais,
imprescindíveis no cenário mutante que conforma o cenário internacional.
Neste senso, é importante frisar que embora o crescimento africano tenha apresentado
oscilações principalmente no biênio de 2015-2016 em razão da desaceleração das
demandas chinesas por insumos e na mesma direção, por indicadores mais modestos de
protagonismo econômico global, importaria rubricar que a economia contnental tem
confrmado a pertnácia que a caracteriza.
Deste modo, apesar da instabilidade da economia mundial e de difculdades regionais, a
economia africana manteve-se estável em 2015. O contnente permaneceu na segunda
posição na lista das regiões com maior expansão econômica, perdendo apenas para a
Ásia Oriental.
Tal como afrmou em 2016 Abebe Shimeles, Diretor Interino do Departamento de
Investgação sobre Desenvolvimento do Banco Africano de Desenvolvimento: “Os países
africanos, entre os quais se encontram alguns dos campeões mundiais em termos de
crescimento econômico, demonstraram uma notável resiliência perante as adversidades
da economia mundial”.
A mais ver, note-se, tomando por base os Estados associados à União Africana, que o
contnente reúne 55 países, cada um dos quais marcados por diferentes especifcidades,
mercados e desafos, sendo que por sua vez, o conjunto destas nações, lado a lado com
inferências externas, é balizado pela performance das economias mais dinâmicas, como
Nigéria, Etópia, Angola e a República da África do Sul (RSA), seja regionalmente, seja no
prisma da África como um todo.
Neste sentdo, de acordo com o Relatório Africa Pulse, elaborado pelo Banco Mundial, o
ritmo mais moderado de expansão econômica refete a retomada gradual da expansão
das três maiores economias africanas, Nigéria, Angola e África do Sul, que pesam sobre
a situação econômica da África e por tabela, nas médias gerais do contnente.
Mas ainda assim, as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), antecipam para
2019, uma taxa de crescimento do PIB de 3,4% no nível agregadoa uma melhora em
relação à taxa de crescimento real de 2,9% de 2018.
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Para mais, quando as três grandes economias são excluídas das planilhas, a projeção de
crescimento para os demais países da África Subsaariana ultrapassa 5%, uma vez que
dezoito países devem crescer para além deste índice em 2019. Anote-se que nos últmos
anos, países como a Costa do Marfm, Etópia, Ruanda, Gana e Tanzânia, excederam de
modo consistente a taxa média de crescimento do PIB africano.
Ademais, ainda que a atual taxa agregada de crescimento do PIB não seja forte o
sufciente para absorver choques econômicos repentnos ou gerar transformações mais
incisivas em curto prazo em todo o contnente, não deixa de ser alvissareiro que em
2019, são africanas seis dentre as dez economias de crescimento mais rápido do mundo
(Figura 5).
FIGURA / - Prnvisão dn crnscimnnno nconômico das dnz nconomias mais dinâmicas do ranking innnrnacional
para oano dn 2019. As naçõns africanas nsnão idnntfcadas por barras vnrmnlhas (Fonnn: Flndo Monnnário
Innnrnacional, in: < https://www.bloombnrg.com/nnws/artclns/2019-04-10/ghana-is-nhn-snar-in-imf-s-2019nconomic-grownh-forncasn-charn >. Acnsso: 18-0/-2019)
Note-se que avanços nas polítcas e reformas econômicas têm desempenhado um papel
importante na retomada da expansão. Assinale-se que o Banco Mundial informou no
início de 2019, que uma em cada três melhorias regulatórias de negócios observadas
entre junho de 2017 e maio de 2018 tveram por palco a África Subsaariana, que por
sinal, é a região do mundo com o maior número de reformas a cada ano nos últmos
sete anos.
O setor privado, especialmente o setor de serviços, é o maior benefciário do ambiente
de negócios aprimorado, contribuindo com mais da metade da produção econômica da
região. O setor de serviços desempenhou um papel mais proeminente com uma taxa
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média de crescimento de mais de 6% nos últmos dez anos. Espera-se que a tendência
de crescimento da África contnue a curto e médio prazo, que para arrematar, supera
diuturnamente a média global.
Portanto, a África Subsaariana demonstra tendência em recuperar-se do gap resultante
do recuo conjuntural do mercado de coeeodities, que reduziu no ano de 2016 a taxa
de crescimento do PIB do contnente para 1,4%, o percentual mais baixo da África em
décadas.
Atualmente, estma-se que a África terá mais de 160 milhões de membros nas classes
médias até 2030. A África oferece oportunidades enormes de negócios e investmentos
em muitos setores, incluindo transporte, tecnologia da informação e comunicação (TIC),
habitação e educação.
Daí que a África contnua a ser peça chave para o crescimento e expansão do mercado
global.
(Malrício Waldman, 17-06-2019)
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Revista África e Africanidades, ano 2, nº. 8, edição de Fevereiro de 2010, e com o
mesmo ttulo, por Cultura - Jornal Angolano de Artes e Letras (Luanda, República de
Angola), nº. 65, pp. 28-30, edição de 15-28/09/2014. Texto masterizado e incorporado à
Série Africanidades Nº. 19. São Paulo (SP): Editora Kotev. Texto disponível on line em:
< htp://mw.pro.br/mw/africanidades_19.pdf >. Acesso em: 28-05-2019. 2019a
__________. A Eco-92 e a Necessidade de ue Noio Projeto. In: Ecos da Rio-92: Geografa,
Meio Ambiente e Desenvolvimento em Questão, pp. 20-32. Fortaleza (CE): Associação dos
Geógrafos Brasileiros (AGB), Seção de Fortaleza. 1992. Texto masterizado e incorporado à
seriação Meio Ambiente: Coleção Memória e Debate 1. São Paulo (SP): Editora Kotev.
2018. Texto disponível on line em Formato PDF:
< htp://mw.pro.br/mw/eco_92_e_a_necessidade_de_um_novo_projeto.pdf >. Acesso
em: 10-07-2018. 2018a
WALDMAN, Maurício. O Papel de Angola na África Centro-Meridional: Recursos Hídricos,
Cooperação Regional e Dinâeicas Socioaebientais. Relatório de Pesquisa de PósDoutorado. São Paulo (SP) e Brasília (DF): Departamento de Sociologia da Faculdade de
Filosofa, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP) e Conselho Nacional de Pesquisa e
Desenvolvimento Tecnológico (CNPq). 2014a
17
WALDMAN, Maurício. Blocos Regionais Africanos: Coepilação Estatstica Essencial, Anobase 2010. Levantamento técnico de subsídio para a pesquisa O Papel de Angola na África
Centro-Meridional: Recursos Hídricos, Cooperação Regional e Dinâeicas Socioaebientais.
Levantamento estatstco divulgado preliminarmente junto ao XVIII Curso de Difusão
Cultural do Centro de Estudos Africanos da USP (CEA-USP) e posteriormente endossado
pela Câmara de Comércio Afro-Brasileira (AFRO-CHAMBER). Abril de 2013. Documento
disponível on line em:
< htp://www.mw.pro.br/mw/serie_professor_mourao_04.pdf >. Acesso em: 14-01-2018.
2013ba
WALDMAN, Maurício et alli. Meeória D'África: A Teeática Africana ee Sala de Aula. São
Paulo (SP): Cortez Editora. 2007.
1 Rio+20: África Prnsnnnn, África nm Movimnnno! é um artgo originalmente
publicado por Bureau Polcomune - Notcias sobre Polítca e Comunidade Negra,
Junho de 2012 e pela revista Brasil Angola Magazine, nº. 5, páginas 22-23. Os dados
amealhados no texto decorrem do segundo Pós-Doutorado do autor, investgação
desenvolvida sob supervisão do Professor Fernando Augusto Albuquerque Mourão,
no campo das Relações Internacionais na Faculdade de Filosofa, letras e Ciências
humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). A presente edição deste texto
foi revisada e masterizada em Junho de 2019 pela Edinora Konnv (Konnv ©), para fns
de acesso livre em formato PDF na Internet. Levemente ampliada relatvamente ao
texto original, esta edição incorpora cinco novas imagens e adota as regras
atualmente vigentes quanto à norma culta da língua portuguesa, cautelas de estlo e
normatzações editoriais inerentes ao formato PDF. A edição eletrônica de Rio+20:
África Prnsnnnn, África nm Movimnnno! contou com a Assistência de Editoração
Eletrônica, Pareceres Técnicos e Tratamento Digital de Imagem do webdesigner
Francesco Antonio Picciolo, Contato E-mail:
[email protected], Site:
www.harddesignweb.com.br. Rio+20: África Prnsnnnn, África nm Movimnnno! é um
material gratuito, sendo vedada qualquer forma de reprodução comercial e de igual
modo, divulgação em qualquer veículo de comunicação sem consentmento prévio
da Edinora Konnv (Kotev©). A citação de Rio+20: África Prnsnnnn, África nm
Movimnnno! deve obrigatoriamente incorporar referências ao autor, texto e
apensos editoriais conforme padrão modelar que segue: WALDMAN, Maurício.
Rio+20: África Presente, África ee Moiieento! Série Africanidades Nº. 29. São Paulo
(SP): Editora Kotev. 2017. 2018.
2 MAURÍCIO WALDMAN é professor universitário, pesquisador acadêmico,
jornalista, editor, consultor e antropólogo africanista, com Graduação em Sociologia
(USP, 1982), Mestrado em Antropologia (USP, 1997), Doutorado em Geografa (USP,
2006), Pós-Doutorado em Geociências (UNICAMP, 2011), Pós-Doutorado em
Relações Internacionais (USP, 2013) e Pós-doutorado em Meio Ambiente (PNPDCAPES, 2015). Dois dos ttulos das pesquisas do autor, Mestrado em Antropologia
(USP, 1997) e Pós-Doutorado em Relações Internacionais (USP, 2013), consttuem
trabalhos com área de concentração em África. Waldman foi colaborador de Chico
Mendes (1988), integrou o Centro Ecumênico de Documentação e Informação (CEDI,
1988-1990) e atuou como membro da diretoria da Associação dos Geógrafos
Brasileiros - Seção São Paulo (AGB-SP, 2002-2003). No campo do conhecimento
africanista, atuou como consultor internacional da Câmara de Comércio AfroBrasileira (2013-2017), e durante dez anos (2004-2014), como professor nos cursos
de difusão cultural do Centro de Estudos Africanos da USP (CEA-USP). Waldman foi
consultor do Insttuto Paulo Freire no campo temátco de África e realidade negra
brasileira, e na mesma linha, desenvolveu palestras e conferências sobre África &
Africanidades em dezenas de cidades brasileiras. Maurício Waldman responde pela
autoria de 210 artgos, resenhas, projetos e textos cientfcos centrados no temário
de África & Africanidades. Dentre outros veículos de mídia impressa, os textos de
Waldman foram regularmente publicados pela revista África (CEA-USP), Jornal
Cultura (Luanda, Angola), revista Brasil-Angola Magazine (São Paulo), revista
Contemporartes (Curitba) e Portal Insttuto Afro (São Paulo). É autor de
Africanidade, Espaço e Tradição: A Topologia do Ieaginário Espacial Tradicional
Africano na fala griot sobre Sundjata Keita do Mali (Revista África, coedição CEAUSP/Editora Humanitas, 1997-1998, volume 20/21, pp. 219-268), paper considerado
internacionalmente relevante pelo Centre National de la Recherche Scientiifue
(CNRS), o mais infuente centro de investgações mantdo pelo governo da França
(Confra Ficha Catalográfca: < htp://mw.pro.br/mw/cat.inist.fra_2017_kotev.pdf >).
Maurício Waldman é coautor de Meeória D’África: A Teeática Africana ee Sala de
Aula (Cortez Editora, 2007), obra de referência no campo africanista brasileiro.
Mais Informação:
Pornal do Profnssor Malrício Waldman: www.mw.pro.br
Malrício Waldman - Tnxnos Masnnrizados: htp://mwtextos.com.br/
Clrrícllo Lattns-CNPq: htp://lates.cnpq.br/3749636915642474
Vnrbnnn Wikipndia (BrE): htp://en.wikipedia.org/wiki/Mauricio_Waldman
Connano Email:
[email protected]
3 Gro Harlem Brundtland (1939- ), é uma polítca, diplomata e médica norueguesa.
Membro do Partdo Trabalhista da Noruega, foi a primeira mulher chefe de governo
do seu país, exercendo este mandato por duas gestões.
4 Texto baseado em informações coligidas em FREY, 2019a NAIDOO et WALLACE,
2019a THE WORLD BANK, 2018a CASA ÁFRICA. PERSPECTIVAS ECONÔMICAS NA
ÁFRICA, 2016.
SAIBA MAIS SOBRE A ECONOMIA AFRICANA
http://mw.pro.br/mw/africanidades_04.pdf
SAIBA MAIS: BLOCOS REGIONAIS AFRICANOS
http://www.mw.pro.br/mw/serie_professor_mourao_04.pdf
SAIBA MAIS: ECONOMIA AFRICANA HOJE
http://mw.pro.br/mw/africanidades_14.pdf
SAIBA MAIS: ÁFRICA E ECONOMIA GLOBAL
http://mw.pro.br/mw/africanidades_20.pdf
CONHEÇA A SÉRIE AFRICANIDADES
http://mwtextos.com.br/serie-africanidades/
Os debates sobre ÁFRICA & AFRICANIDADES são um pilar central de atuação da EDITORA KOTEV,
publicadora digital que entrou em atividades no ano de 2016. Também trabalhamos com temas
relacionados com RELAÇÕES INTERNACIONAIS, EDUCAÇÃO POPULAR E EDUCAÇÃO AMBIENTAL.
Saiba mais sobre a EDITORA KOTEV. Acesse nossa página: http://kotev.com.br/
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