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Revista Brasileira de Ciências Sociais, 2016
O presente artigo procura discutir os fundamentos da etnografia no ciberespaço e as possibilidades teórico-metodológicas abertas pela Teoria Ator-Rede (TAR). A etnografia na perspectiva sociotécnica desenhada pela TAR deixa de ser um atividade eminentemente interpretativa para se tornar uma descrição das séries de conexões em que actantes (“humanos” e “não humanos”) se inscrevem no curso da sua ação. A problemática do “repovoamento” dos elementos visibilizados pela descrição (para além dos “humanos”), os dilemas da escrita sobre a ação e a agência, entendidas como o que ou quem “faz fazer”, além das exigências colocadas pela descrição de redes através dos traços deixados pelos actantes, exigem uma revisão do fazer etnográfico que colocaremos em debate. Assim, serão especialmente abordadas no artigo a noção de simetrização e de descrição com foco na ação, procurando sistematizar os fundamentos de uma etnografia da ação.
InterEspaço: Revista de Geografia e Interdisciplinaridade, 2020
TOWARDS THE COUNTER-ETHNOGRAPHYHACIA LA CONTRA-ETNOGRAFÍARESUMOEste texto se organiza entre os assombros e os encantamentos de minhas descobertas enquanto tentava responder para mim mesma a questão “o que é o poder?”. A partir da encruzilhada contida na pergunta, avancei um pouco no rumo que tomei para respondê-la, mas como é típico da pedagogia de Exu, o dono dos caminhos, todas as outras trilhas que se desdobraram a partir desta me conduziram novamente para o centro da encruzilhada: o que é o poder? Sendo a encruzilhada um lugar de possibilidades abertas, hoje me permito responder com tranquilidade que poder é o controle das narrativas; sobre si e sobre “o outro”. Com base na crítica africano-centrada do pensamento e comportamento europeu (ANI, 1994) esse texto vai contar um pouco dos passos dados para essa descoberta e apontar um caminho de retomada para a autodeterminação: a contra-etnografia.Palavras-chave: Poder; Contra-etnografia; Patrimônio Cultural; Museu; Arquivo.ABSTRACTT...
Revista Vianna Sapiens, 2017
Desde 1980, tem havido significativas intensificações de debates na Teoria das Organizações sobre os impactos do dinamismo e a complexidade das conexões inerentes a globalização, além do grau em que as transformações interferem nos hábitos, valores e costumes tradicionais. Frente a esse panorama, a questão da identidade tem adquirido destaque nos estudos relacionados aos fenômenos sociais contemporâneos, mas aindase faz necessáriona academia pesquisas com posicionamentos epistemológicos que venham utilizar métodos que enfatizam a adoção da observação participante sob uma perspectiva interdisciplinar e não positivista. Dessa forma, o objetivo deste artigo é analisar a identidade organizacional por meio da aplicação da metodologia da etnografia. Para captar, compreender e apreender a diversidade do tema, os pesquisadores da Teoria das Organizações podem adotar o método da etnografia, para revelar "estruturas profundas" de múltiplos sentidos e significados relacionados com o ...
Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia, 2014
A restituicao e uma acao etica, pratica da pesquisa etnografica. A partir das experiencias de formacao cientifica em dois nucleos de pesquisa em antropologia visual na UFRGS, refletimos sobre as aprendizagens nos exercicios de etnografia com imagens e descrevemos formas de socializar as pesquisas com imagens.
SANTOS. Luane Bento dos
Apresentamos o conceito de Etnomatemática a partir de seus principais interlocutores e mostrando as principais correntes que a área possui. Tratamos da sua relevância no âmbito acadêmico para as produções teóricas de ativistas e intelectuais de movimentos sociais que produzem conhecimentos vinculados às suas causas políticas. Abordamos a importância dos estudos etnomatemáticos para as pesquisas que tenham como enfoque os conhecimentos matemáticos presentes nas culturas negras. Discutimos como a etnomatemática contribui para a implementação da lei 10.639/2003 por visibilizar práticas pedagógicas em consonância com a Educação das Relações Etnicorraciais. Palavras-chave: Etnomatemática, Cultura Negra, Produção de Conhecimento
Horizontes Antropológicos, 2014
Aproveitei a última semana de 2013 para fazer meu recadastramento eleitoral biométrico, nesse período em que Brasília fi ca vazia e sem fi las. Fui logo atendida no posto e, com poucas pessoas presentes, passei por duas etapas. Na primeira mesa a que fui levada, apresentei os documentos exigidos: o antigo título de eleitor, a carteira de identidade e o comprovante de residência e, em troca, recebi uma folha impressa com os dados que estavam no sistema, inclusive meu histórico de votação em que constavam as duas vezes em que justifi quei o voto por ausência. Confi rmei as informações que estavam em dia, fi z as correções e introduzi telefones e e-mail, conforme solicitado. Enquanto isso, o funcionário do TRE fazia uma cópia da minha carteira de motorista. Tudo certo, assinei meu nome num tablet depois de ser orientada de que a assinatura deveria ser igual à da identidade. Conduzida à outra mesa, constatei que as informações fornecidas há poucos minutos já estavam disponíveis online para este segundo funcionário, inclusive minha recente assinatura. Com um painel atrás de mim, e um leitor óptico para coletar as impressões digitais, percebi que havia também uma câmera um pouco distante; fui informada pelo jovem que me atendia, muito solícito, aliás, que iria tirar uma fotografi a e que eu "poderia sorrir, se quisesse". * Conferência proferida nas comemorações dos 40 Anos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRGS, em 12 de março de 2014. Agradeço o honroso convite para participar desse momento com os colegas do PPGAS e, especialmente, a extrema gentileza de Cornelia Eckert, organizadora do evento, em todas as etapas da visita. A ideia de refl etir sobre a etnografi a como método foi primeiro testada na VI Jornada dos Alunos do PPGA/UFF em outubro de 2012, e agradeço o estímulo que então recebi.
Akrópolis - Revista de Ciências Humanas da UNIPAR, 2021
Neste trabalho, objetivamos apresentar alguns estudos sobre a escrita acadêmico-científica, focalizando o tratamento dado as pesquisas do Letramento Acadêmico, bem como os trabalhos tematizados na especificidade da área denominada Escrita nas Disciplinas a fim de levantar inquietações teóricas que abram vias para um deslocamento teórico-metodológico. Para isso, são apresentados elementos teóricos que, em diálogo, são reflexões que envolvem: o ensino de escrita, o contexto acadêmico de seu acontecimento e os estudos da escrita disciplinar. Para tratar do letramento acadêmico, trazemos a discussão de Lea e Street (2006). Sobre a visão teórico-metodológica para o ensino de escrita que pretendemos aproximar da escrita nas disciplinas, apresentamos, de maneira específica, em Corrêa (2013) as bases teóricas para o seu ensino. Por fim, procedemos à apresentação de pesquisas que se desenvolvem a respeito da escrita em campos cujo escopo não é centralmente a linguagem, sobretudo as da área d...
O objetivo da Antropologia é, creio eu, o de buscar um entendimento generoso, comparativo, não obstante crítico, do ser humano e do conhecimento em um mesmo mundo no qual todos nós habitamos. O objetivo da etnografia é o de descrever as vidas das pessoas que não nós mesmos, com uma precisão e uma afiada sensibilidade através da observação detalhada e da experiência de primeira mão. Minha tese é a de que a antropologia e a etnografia são empreitadas de ordens bem diferentes. Isso não é reivindicar que uma é mais importante que a outra, ou mais honrosa. Nem é negar que elas dependem uma da outra de maneiras significativas. É simplesmente afirmar que elas não são a mesma coisa. De fato, isso pode parecer uma afirmação óbvia e, assim sendo, não está longe o fato de se tornar lugar comum -ao menos no último quarto de século -para escritores de nossa área tratar as duas como virtualmente equivalentes, trocar antropologia por etnografia mais ou menos como um capricho conforme o humor os leva ou mesmo explorar o suposto sinônimo como um dispositivo estilístico para evitar a repetição verbal. Muitos colegas, a quem eu tenho informalmente colocado a questão, têm me falado que nos seus pontos de vista há uma pequena, se há, distinção entre o trabalho antropológico e o etnográfico. Muitos estão convencidos que a etnografia reside no núcleo do que é a antropologia. Para eles, sugerir o contrário parece quase anacrônico. É como se voltássemos aos malfeitos velhos tempos -os tempos, alguns poderão dizer, de Alfred Reginald Radcliffe-Brown. Pois, foi ele quem, sedimentando as fundações do que -nas primeiras décadas do século XX -foi a nova ciência da antropologia social, insistiu na absoluta distinção entre etnografia e antropologia. Ele fez isso em termos de um contraste, muito debatido na época, porém pouco ouvido nos dias de hoje, entre investigação idiográfica e nomotética. Uma investigação idiográfica, 1 Tradução e revisão para a língua portuguesa brasileira feita por Caio Fernando Flores Coelho e Rodrigo Ciconet Dornelles, de acordo com texto original publicado em: INGOLD, Tim. Epilogue: "Anthropology is not Ethnography." In: ______. Being Alive. Routledge: London and New York, 2011. pp. 229-243. Algumas notas de rodapé deste texto, originais ao livro, fazem referência a capítulos deste.
Dal chiostro alla città. Le monache cappuccine tra Italia e Spagna (secoli XVI-XIX), 2024
Africains et Européens en Sénégambie du Sud: Interactions et transversalités, 2023
Zeitschrift für Medienwissenschaft, 2011
Alcanate. Revista de Estudios Alfonsíes, 2020
Knowledge, Discipline and Power in the Middle Ages, 2000
Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 2022
Glasgow Mathematical Journal, 2020
European review for medical and pharmacological sciences, 2012
Neural Networks, 1988
Cognizance Journal of Multidisciplinary Studies