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Nos bastidores da teoria da evolução: Wallace e Darwin

2010, História das Ideias: Viajantes, Naturalistas e Ciências na Modernidade

O ano de 2009 foi marcado pela comemoração de uma das mais importantes descobertas na história das ciências naturais. Pelo mundo todo, livros, artigos científicos e de divulgação, reportagens, documentários e congressos discutiram, analisaram e comemoraram os 150 anos da obra A Origem das Espécies de Charles Robert Darwin (1809-1882). Esse ano foi, para muitos, o ano de Darwin, pois, além da comemoração dos 150 anos da Origem das Espécies, também se comemorou o bicentenário do nascimento do naturalista (1809-1888). Apesar de muito se escrever sobre a vida e a obra desse descendente da abastada família Darwin, pouca importância foi dada à obscura história desencadeada a partir de uma carta e um manuscrito por ele recebidos em 1858. Mesmo o dia em que tal carta chegou às mãos de Darwin é hoje motivo de discussão. O autor da carta era Alfred Russel Wallace (1823-1913), um jovem naturalista galês de 35 anos que, da ilha Ternate (atualmente Pulau Ternate, província das Molucas do Norte, Indonésia) enviou para Darwin um manuscrito intitulado Sobre a Tendência de as Variedades se Afastarem Indefinidamente do Tipo Original. Durante um ataque de malária, no delírio da febre, Wallace sonhara com a seleção natural. Ao invés de publicar a descoberta, mandou-a para Darwin.

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