UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ)
FACULDADE NACIONAL DE DIREITO (FND)
GRADUAÇÃO EM DIREITO – DISCIPLINA ELETIVA
PLANO DE AULA – 2018/1
AULAS: segundas-feiras, das 16h40 às 18h20
DELAÇÃO PREMIADA E JUSTIÇA CRIMINAL NEGOCIAL:
A COLABORAÇÃO DO ACUSADO EM TENSÃO COM OS FUNDAMENTOS
DO PROCESSO PENAL
Prof. Dr. Vinicius Gomes de Vasconcellos
(pós-doutorando UFRJ)
[email protected]
lattes.cnpq.br/9628659956663949
orcid.org/0000-0003-2020-5516
publons.com/a/1174099/
I. SÚMULA
Análise do instituto da delação premiada e da justiça criminal negocial em relação às tendências
de expansão dos espaços de consenso no processo penal contemporâneo; e exame crítico da
regulamentação e da jurisprudência relacionadas a tal temática introduzida pela Lei 12.850/2013.
II. OBJETIVOS E PROBLEMAS
O tema a ser desenvolvido apresenta inúmeras possibilidades de problematizações, tanto em
suas premissas teóricas quanto em relação à regulamentação introduzida pela Lei 12.850/13.
Assim, elenca-se abaixo algumas questões fundamentais para incentivar o debate com os alunos,
as quais serão complementadas e debatidas durante as aulas. Por exemplo:
1) Quais as características e consequências do cenário contemporâneo de expansão dos espaços de
consenso (justiça criminal negocial) no processo penal?
2) Considerando-se que o processo penal, necessariamente concebido como instrumento de
limitação do poder punitivo estatal, tem como premissa fundamental a presunção de inocência,
que, como regra probatória, impõe o ônus da produção de prova lícitas suficientes ao seu
rompimento integralmente à acusação, questiona-se: a justiça negociada desvirtua os contornos
do processo penal democrático ao afastar tal carga probatória da acusação?
3) As tendências de expansão dos espaços de consenso são opções legítimas para acelerar a
imposição de sanções penais em um Estado Democrático de Direito?
4) Qual postura deve ser adotada diante do regime de colaboração premiada no processo penal
brasileiro?
5) O juiz ao decidir o caso penal fica vinculado aos termos de acordo de colaboração premiada
entre MP e acusado anteriormente homologado e cumprido? Como se determina o benefício que
será oferecido ao acusado?
6) Quais são os critérios que devem determinar a realização do acordo de colaboração premiada? A
decisão do acusador para oferecer ou aceitar o acordo é discricionária?
7) O acordo de colaboração premiada pode conter cláusulas que imponham a renúncia de qualquer
direito fundamental do acusado, concedam benefícios distintos ao regime normativo brasileiro ou
imponham obrigações não previstas na lei?
III. METODOLOGIA
Aulas expositivas e debates acerca dos problemas analisados, inicialmente a partir das
referências bibliográficas indicadas, promovendo a discussão acerca das tensões ocasionadas pelas
tendências de expansão dos espaços de consenso no processo penal contemporâneo,
especialmente em relação à delação premiada. Além disso, serão realizados seminários para
aprofundamento nas temáticas.
IV. AVALIAÇÃO
Para avaliação dos alunos inscritos, será realizada prova com questões dissertativas e objetivas,
além da apresentação de seminário de aprofundamento. Também será valorada a participação em
aula, a partir da leitura dos textos indicados.
V. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Visão geral da justiça criminal negocial: conceitos e princípios básicos.
2. Panorama internacional e brasileiro: a expansão do consenso no processo penal e suas
justificações.
3. Críticas e problemas relacionados à negociação na justiça criminal.
4. A colaboração premiada: denominação, conceito, natureza e fases principais.
5. O panorama legislativo brasileiro: conflito de normas e legislação atual.
6. A proposta de acordo, seus pressupostos e requisitos: existe um direito do réu à
colaboração premiada?
7. Negociações e cláusulas do acordo: benefícios, renúncias e obrigações.
8. O papel do judiciário: o juízo de homologação e o sentenciamento.
9. A situação dos corréus delatados diante da colaboração premiada: direito de defesa, sigilo,
impugnação do acordo e contraditório.
10. Valoração probatória dos elementos produzidos a partir da colaboração premiada.
11. Retratação e rescisão do acordo de colaboração premiada.
12. A hipótese de não oferecimento da denúncia (art. 4o, par. 4o, 12.850/13).
VI. CRONOGRAMA
AULA 1 – 12/03/2018
• Apresentação do curso e objetivos
• Metodologia: exposição introdutória (30 min), debate (15 min), seminário (30 min), debate
(15 min)
• Avaliação: participação, seminário e prova final
• Orientações para seminários + esquema debate
• Bibliografia e compartilhamento (Dropbox/Google Drive) + lista e-mails
•
Introdução expositiva: Visão geral da justiça criminal negocial: conceitos/princípios
básicos.
19/03/2018 – sem aula
AULA 2 – 26/03/2018
•
Conteúdo geral: Panorama internacional e brasileiro: a expansão do consenso no
processo penal e suas justificações.
• Bibliografia básica para debate:
ZILLI, Marcos. No acordo de colaboração entre gregos e troianos o cavalo é o prêmio.
Boletim do IBCCRIM, n. 300, novembro 2017, p. 3-5.
VASCONCELLOS, Vinicius G. Barganha e Justiça Criminal Negocial. São Paulo: IBCCRIM,
2015. p. 127-141.
•
Seminário de aprofundamento: A expansão da barganha no Brasil por meio das
resoluções do CNMP.
AULA 3 – 02/04/2018
• Conteúdo geral: Críticas e problemas relacionados à negociação na justiça criminal.
• Bibliografia básica para debate:
COUTINHO, Jacinto N. M.; CARVALHO, Edward Rocha de. Acordos de delação premiada e o
conteúdo ético mínimo do Estado. Revista de Estudos Criminais, São Paulo, ano VI, n. 22,
p. 75-84, abr./jun. 2006.
TROTT, Stephen S. O uso de um criminoso como testemunha: um problema especial. Trad.
Sérgio Fernando Moro. Revista CEJ, Brasília, Ano XI, n. 37, p. 68-93, abr./jun. 2007.
•
Seminário de aprofundamento: Justiça Negocial e efetividade da defesa técnica – como o
advogado deve se posicionar e como assegurar a ampla defesa?
AULA 4 – 09/04/2018
• Conteúdo geral: A colaboração premiada: denominação, conceito, natureza e fases
principais.
• Bibliografia básica para debate:
MENDONÇA, Andrey Borges de. A colaboração premiada e a nova Lei do Crime Organizado
(Lei 12.850/13). Revista Custos Legis, vol. 04, p. 01-38, 2013.
BECHARA, Fábio R.; SMANIO, Gianpaolo P. Colaboração premiada segundo a teoria geral da
prova nacional e estrangeira. Caderno de Relações Internacionais, vol. 7, n. 13, ago./dez.
2016.
•
Seminário de aprofundamento: O panorama legislativo brasileiro – conflito de normas e
legislação atual – hipóteses de cabimento.
AULA 5 – 16/04/2018
•
Conteúdo geral: Negociações e a proposta de acordo – pressupostos e requisitos
• Bibliografia básica para debate:
ROSA, Alexandre Morais. Para entender delação premiada pela teoria dos jogos.
Florianópolis: EModara, 2018. p. 179-196.
VASCONCELLOS, Vinicius G. Colaboração premiada no processo penal brasileiro. São Paulo:
RT, 2017. p. 116-146.
•
Seminário de aprofundamento: Existe um direito do réu à colaboração premiada? Como
orientar a decisão do acusador?
23/04/2018 – feriado
30/04/2018 - feriado
AULA 6 – 07/05/2018
• Conteúdo geral: Cláusulas do acordo: benefícios, renúncias e obrigações.
• Bibliografia básica para debate:
JARDIM, Afrânio Silva. Acordo de cooperação premiada. Quais são os limites? Revista
Eletrônica de Direito Processual, ano 10, vol. 17, n. 1, p. 2-6, jan./jun. 2016.
BOTTINO, Thiago. Colaboração premiada e incentivos à cooperação no processo penal: uma
análise crítica dos acordos firmados na "Operação Lava Jato". Revista Brasileira de
Ciências Criminais, São Paulo, v. 24, n. 122, p. 359-390, ago. 2016.
•
Seminário de aprofundamento: O acordo de colaboração premiada pode prever a
definição em concreto da pena específica a ser cumprida?
AULA 7 – 14/05/2018
• Conteúdo geral: O papel do judiciário - o juízo de homologação e o sentenciamento.
• Bibliografia básica para debate:
COURA, Alexandre C.; BEDÊ JR., Américo. Atuação do juiz no acordo de colaboração
premiada e a garantia dos direitos fundamentais do acusado no processo penal brasileiro.
Revista dos Tribunais, ano 105, v. 969, p. 149-159, jul. 2016.
SANTORO, Antônio E. R. A incompatibilidade do princípio da imparcialidade da jurisdição
com a colaboração premiada regulada pela Lei no 12.850/2013. In: ESPIÑEIRA, Bruno;
CALDEIRA, Felipe (orgs.). Delação Premiada. Belo Horizonte: D’Plácido, 2016.
•
Seminário de aprofundamento: Qual o conteúdo e os limites do juiz na decisão de
homologação do acordo de colaboração premiada?
AULA 8 – 21/05/2018
• Conteúdo geral: A situação dos corréus delatados diante da colaboração premiada - direito
de defesa, sigilo, impugnação do acordo e contraditório.
• Bibliografia básica para debate:
CAPEZ, Rodrigo. O acordo de colaboração premiada na visão do Supremo Tribunal Federal.
Cadernos Jurídicos, São Paulo, ano 17, n. 44, p. 117-130, jul./set. 2016.
DIDIER JR., Fredie; BOMFIM, Daniela. Colaboração premiada (Lei n. 12.850/2013):
natureza jurídica e controle da validade por demanda autônoma – um diálogo com o
Direito Processual Civil. Civil Procedure Review, v. 7, n. 2, p. 135-189, mai./ago. 2016.
•
Seminário de aprofundamento: Como conciliar o direito de defesa dos delatados com as
medidas de proteção do colaborador? Exemplo do “testemunho sem rosto”.
28/05/2018 – sem aula
AULA 9 – 04/06/2018
• Conteúdo geral: Valoração probatória dos elementos produzidos a partir da colaboração
premiada.
• Bibliografia básica para debate:
ESSADO, Tiago Cintra. Delação premiada e idoneidade probatória. Revista Brasileira de
Ciências Criminais, São Paulo, ano 21, v. 101, p. 203-227, 2013.
MENDONÇA, Andrey B. A colaboração premiada e a criminalidade organizada: a
confiabilidade das declarações do colaborador e seu valor probatório. In: SALGADO,
Daniel R.; QUEIROZ, Ronaldo P. (orgs.). A prova no enfrentamento à macrocriminalidade.
2a ed. Salvador: JusPodivm, 2016.
•
Seminário de aprofundamento: A hipótese de não oferecimento da denúncia (art. 4o,
par. 4o, 12.850/13).
AULA 10 – 11/06/2018
• Conteúdo geral: Retratação e rescisão do acordo de colaboração premiada
• Bibliografia básica para debate:
VASCONCELLOS, Vinicius G. Colaboração premiada no processo penal brasileiro. São Paulo:
RT, 2017. p. 247-260.
•
Seminário de aprofundamento: É possível a nulidade do acordo de colaboração
premiada? Quais as consequências em relação à derivação de ilicitude às provas
decorrentes?
AULA 11 – 18/06/2018 - Prova Final
VII. BIBLIOGRAFIA
VII.I BIBLIOGRAFIA BÁSICA
COUTINHO, Jacinto N. M.; CARVALHO, Edward Rocha de. Acordos de delação premiada e o conteúdo ético
mínimo do Estado. Revista de Estudos Criminais, São Paulo, ano VI, n. 22, p. 75-84, abr./jun. 2006.
LOPES JR., Aury. Justiça Negociada: utilitarismo processual e eficiência antigarantista. In: CARVALHO, Salo;
WUNDERLICH, Alexandre (org.). Diálogos sobre a Justiça Dialogal. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.
MENDONÇA, Andrey Borges de. A colaboração premiada e a nova Lei do Crime Organizado (Lei 12.850/13).
Revista Custos Legis, vol. 04, p. 01-38, 2013.
PEREIRA, Frederico Valdez. Delação Premiada. Legitimidade e Procedimento. 3a ed. Curitiba: Juruá, 2016.
ROSA, Alexandre Morais. Para entender delação premiada pela teoria dos jogos. Florianópolis: EModara, 2017.
SANTOS, Marcos Paulo Dutra. Colaboração (Delação) Premiada. Salvador: Juspodivm, 2016.
VASCONCELLOS, Vinicius G. Barganha e Justiça Criminal Negocial: análise das tendências de expansão dos
espaços de consenso no processo penal brasileiro. São Paulo: IBCCRIM, 2015.
VASCONCELLOS, Vinicius G. Colaboração premiada no processo penal brasileiro. São Paulo: RT, 2017.
• Dossiê “Colaboração Premiada e Justiça Criminal Negocial”. Revista Brasileira de Direito Processual Penal,
Porto Alegre, vol. 3, n. 1, jan./abr. 2017. https://doi.org/10.22197/rbdpp.v3i1
VII.II BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ALSCHULER, Albert W. The Defense Attorney's Role in Plea Bargaining. Yale Law Journal, vol. 84, n. 6, p.
1179-1314, maio/1975.
ALSCHULER, Albert W. The Trial Judge's Role in Plea Bargaining, Part I. Columbia Law Review, vol. 76, n. 7, p.
1059-1154, nov./1976.
ALSCHULER, Albert W. The changing plea bargaining debate. California Law Review, n. 69, p. 652-730, 1981.
ANITUA, Gabriel Ignacio. El juicio penal abreviado como una de las reformas penales de inspiración
estadunidense que posibilitan la expansión punitiva. In: MAIER, Julio B. J.; BOVINO, Alberto (comps.). El
procedimiento abreviado. Buenos Aires: Del Puerto, 2005. p. 137-160.
ANSELMO, Márcio A. Colaboração Premiada. O novo paradigma do processo penal brasileiro. Doutrina e
Prática. A visão do delegado de polícia. Rio de Janeiro: Mallet, 2016.
BADARÓ, Gustavo Henrique. Processo Penal. 4a ed. São Paulo: RT, 2016.
BECHARA, Fábio R.; SMANIO, Gianpaolo P. Colaboração premiada segundo a teoria geral da prova nacional e
estrangeira.
Caderno
de
Relações
Internacionais,
vol.
7,
n.
13,
ago./dez.
2016.
https://doi.org/10.22293/2179-1376.v7i13.415
BITTAR, Walter Barbosa (coord.). Delação Premiada. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
BOTTINO, Thiago. Colaboração premiada e incentivos à cooperação no processo penal: uma análise crítica dos
acordos firmados na "Operação Lava Jato". Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, v. 24, n.
122, p. 359-390, ago. 2016.
BRITO, Michelle B. Delação premiada e decisão penal. Belo Horizonte: D’Plácido, 2016.
CAPEZ, Rodrigo. O acordo de colaboração premiada na visão do Supremo Tribunal Federal. Cadernos Jurídicos,
São Paulo, ano 17, n. 44, p. 117-130, jul./set. 2016.
CASARA, Rubens R. R. O Acordo para Aplicação da Pena: novas considerações acerca da verdade e do
consenso no processo penal brasileiro. In: COUTINHO, Jacinto de Miranda; CARVALHO, Luis Gustavo
Grandinetti. O Novo Processo Penal à Luz da Constituição. Vol. 2. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
COURA, Alexandre C.; BEDÊ JR., Américo. Atuação do juiz no acordo de colaboração premiada e a garantia
dos direitos fundamentais do acusado no processo penal brasileiro. Revista dos Tribunais, ano 105, v. 969,
p. 149-159, jul. 2016.
CRUZ, Flávio A. Plea bargaining e delação premiada: algumas perplexidades. Revista Jurídica da Escola
Superior de Advocacia da OAB-PR, Curitiba, v.1, n. 2, p. 145-219, dez. 2016.
DAMAŠKA, Mirjan. Negotiated Justice in International Criminal Courts. In: THAMAN, Stephen C. (ed.). World
Plea Bargaining. Consensual Procedures and the Avoidance of the Full Criminal Trial. Durham: Carolina
Academic Press, 2010. p. 81-106.
DERVAN, Lucian E.; EDKINS, Vanessa. The Innocent Defendant’s Dilemma: An Innovative Empirical Study of
Plea Bargaining’s Innocence Problem. Journal of Criminal Law and Criminology, v. 103, n. 1, p. 01-48,
mai./2012.
DIAS, Jorge de Figueiredo. Acordos sobre a sentença em processo penal. O “fim” do Estado de Direito ou um
novo “princípio”? Porto: Conselho Distrital do Porto, 2011.
DIDIER JR., Fredie; BOMFIM, Daniela. Colaboração premiada (Lei n. 12.850/2013): natureza jurídica e
controle da validade por demanda autônoma – um diálogo com o Direito Processual Civil. Civil Procedure
Review, v. 7, n. 2, p. 135-189, mai./ago. 2016.
DIPP, Gilson. A “delação” ou colaboração premiada. Brasília: IDP, 2015.
ESPIÑEIRA, Bruno; CALDEIRA, Felipe (orgs.). Delação Premiada. Belo Horizonte: D’Plácido, 2016.
ESSADO, Tiago Cintra. Delação premiada e idoneidade probatória. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São
Paulo, ano 21, v. 101, p. 203-227, 2013.
FERNANDES, Antonio Scarance. Teoria Geral do Procedimento e O Procedimento no Processo Penal. São Paulo:
RT, 2005.
FISHER, George. Plea Bargaining’s Triumph. A history of plea bargaining in America. Stanford: Stanford
University Press, 2003.
GIACOMOLLI, Nereu José. Legalidade, Oportunidade e Consenso no Processo Penal na Perspectiva das
Garantias Constitucionais. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
JARDIM, Afrânio Silva. Ação penal pública: princípio da obrigatoriedade. 3a ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
JARDIM, Afrânio Silva. Acordo de cooperação premiada. Quais são os limites? Revista Eletrônica de Direito
Processual, Rio de Janeiro, ano 10, vol. 17, n. 1, p. 2-6, jan./jun. 2016.
LANGBEIN, John H. Torture and Plea Bargaining. The University of Chicago Law Review, vol. 46, n. 1, p. 3-22,
1978.
LAUAND, Mariana de Souza Lima. O valor probatório da colaboração processual. 2008. Dissertação (Mestrado
em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo.
LEITE, Rosimeire Ventura. Justiça Consensual e Efetividade do Processo Penal. Belo Horizonte: Del Rey, 2013.
MANDARINO, Renan Posella. Limites probatórios da delação premiada frente à verdade no processo penal. In:
IASP/CIEE. Aspectos penais controversos da colaboração premiada. São Paulo: IASP, 2016.
MENDES, Soraia da Rosa (org.). A Delação/Colaboração Premiada em Perspectiva. Brasília: IDP, 2016.
MENDONÇA, Andrey B. A colaboração premiada e a criminalidade organizada: a confiabilidade das declarações
do colaborador e seu valor probatório. In: SALGADO, Daniel R.; QUEIROZ, Ronaldo P. (orgs.). A prova no
enfrentamento à macrocriminalidade. 2a ed. Salvador: JusPodivm, 2016.
NARDELLI, Marcella Alves Mascarenhas. A expansão da justiça negociada e as perspectivas para o processo
justo: a plea bargaining norte-americana e suas traduções no âmbito da civil law. Revista Eletrônica de
Direito Processual, v. 14, n. 1, 2014.
PRADO, Geraldo. Transação Penal. 2a ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006.
SANTORO, Antônio E. R. A incompatibilidade do princípio da imparcialidade da jurisdição com a colaboração
premiada regulada pela Lei no 12.850/2013. In: ESPIÑEIRA, Bruno; CALDEIRA, Felipe (orgs.). Delação
Premiada. Belo Horizonte: D’Plácido, 2016.
SCHÜNEMANN, Bernd. Um olhar crítico ao modelo processual penal norte-americano. In: SCHÜNEMANN,
Bernd; GRECO, Luís (org.). Estudos de direito penal, direito processual penal e filosofia do direito. São
Paulo: Marcial Pons, 2013.
SILVA, Eduardo Araújo da. Organizações Criminosas. Aspectos penais e processuais da lei n o 12.850/13. São
Paulo: Atlas, 2014.
SUXBERGER, Antonio H. G.; GOMES FILHO, Demerval F. Funcionalização e expansão do Direito Penal: o
Direito Penal negocial. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 1, p. 377-396, 2016.
TROTT, Stephen S. O uso de um criminoso como testemunha: um problema especial. Trad. Sérgio Fernando
Moro. Revista CEJ, Brasília, Ano XI, n. 37, p. 68-93, abr./jun. 2007.
VALLE, Juliano Keller do. Crítica à Delação Premiada: uma análise através da teoria do garantismo penal. São
Paulo: Conceito Editorial, 2012.
VASCONCELLOS, Vinicius G. Barganha no processo penal e o autoritarismo "consensual" nos sistemas
processuais: a justiça negocial entre a patologização do acusatório e o contragolpe inquisitivo. Revista dos
Tribunais, São Paulo, n. 953, p. 261-279, mar. 2015.
VASCONCELLOS, Vinicius G. Lide na justiça criminal? Sobre a importância do conflito de interesses entre as
partes processuais e sua irrelevância para a necessidade do Processo Penal. Revista Brasileira de Ciências
Criminais, São Paulo, v. 119, p. 165-199, abr./jun. 2016.
VASCONCELLOS, Vinicius G.; CAPPARELLI, Bruna. Barganha no processo penal italiano: análise crítica do
patteggiamento e das alternativas procedimentais na justiça criminal. Revista Eletrônica de Direito
Processual, vol. 15, p. 435-453, jan./jun. 2015. https://doi.org/10.12957/redp.2015.16880
VASCONCELLOS, Vinicius G.; MOELLER, Uriel. Acordos no processo penal alemão: descrição do avanço da
barganha da informalidade à regulamentação normativa. Boletín Mexicano de Derecho Comparado, vol. 49,
n. 147, p. 13-33, set.-dez. 2016. https://doi.org/10.22201/iij.24484873e.2016.147.10638
ZILLI, Marcos. No acordo de colaboração entre gregos e troianos o cavalo é o prêmio. Boletim do IBCCRIM, n.
300, novembro 2017, p. 3-5.