Academia.eduAcademia.edu

La última

es estudiante de Letras Hispánicas en la Universidad de (>uadalajara. Ganador del premio Tinta y Whisky (2009, tu Guadalajara, Ediciones Urano y whisky Dewar's) y del Premio Nacional al Estudiante Universitario Sergio Pitol. categoría relato, con el presente trabajo. A Jessica V isto desde el cielo, por los pájaros y en los mapas, el hostal de la Santa Cruz parece equidistante de la playa, los campos de maguey, el peñón con glifos prehispánicos y el balneario de aguas termales. A ras de tierra, lamentablemente, las montañas y el estado de las carreteras lo alejan de todo y al lugar sólo llegan excursionistas desorientados y viajeros con problemas. A pesar de eso, para Juana vale la pena escucharlos cruzar la puerta, ver sus rostros de recién salvados cuando les muestra el dormitorio o cuando les contesta que, efectivamente, puede venderles algo de gasolina. A estos apresurados por seguir viajando suele inducirlos a comer o beber algo, a veces con pequeñas tretas, diciendo que en dos horas le traerán los galones de combustible -que en realidad tiene en la bodega-, o llenándoles de palabras pesadas el camino que les espera: sol, polvo, serpientes, el desierto, la soledad. Casi siempre los convence, pues aunque esté mintiendo, ella sabe de lo que habla. Cada martes un transportista apodado El Conde llega a comer y a leer los periódicos que compra a lo largo de la carretera, pasquines de pueblo que terminan amontonados en el buró de Juana. Antes sentía gusto por verlo llegar, ahora es parte de su rutina. Hubo un tiempo, al principio, en que le daban miedo sus manos gigantes y sus ojos rojizos, su boca temblorosa y su barba espesa que le ocultaba el rostro como si cargara una penumbra personal. Entonces, para hacerle creer que no estaba sola, se asomaba al patio y llamaba a un hijo imaginario que acabó por difuminarse. El Conde corrió la voz de que el hijo se había casado con una fuereña y ahora de verdad está sola. Losjueves, la abarrotera le surte las conservas que después vende como alimentos frescos; los viernes, una carreta se lleva la basura; los domingos, Juana deja su lugar a una joven de la comunidad para ir a escuchar misa o a que algún médico revise su salud; el resto de la semana está ansiosamente abierta a las sorpresas. Quizá por eso el lunes 2 de noviembre recibió entusiasmada al desconocido Emiliano, aunque ya empezaba a cuajar la media noche. Él venía desde las tierras calientes del Sur. Apenas salió de su auto, el viento le heló la cara, y para cuando llegó al portón cerrado del hostal ya se le había metido en todo el cuerpo. El exterior de la finca sugería que adentro todos dormían, por el limen de la puerta se filtraba una oscuridad reposada y tibia que por un momento movió sus escrúpulos, pero que después lo hizo tocar la aldaba como quien mendiga un trozo de pan. "Cosa del karma", pensó, porque en los primeros días del viaje que ahora terminaba no dejó de imaginar a su casero tocando desesperadamente el timbre y husmeando por las ventanas, ansioso de una voz que por lo menos le pidiera otro mes de prórroga. Juana leía los periódicos viejos cuando escuchó los golpes en su puerta, fue como si un espectro le tocara el hombro; dio un salto y trató de ordenar los papeles esparcidos por el cuarto, avergonzada de su pasión por la nota roja. Después abrió un hueco entre las pesadas cortinas de la ventana y alcanzó a ver el capó del coche. Le pareció que se quemaba. No pudo ver que el humo salía de la boca de Emiliano que fumaba bajo el dosel, abrazado a su valija, temblando de algo más que frío porque ahí, parado en la noche de un pueblo elemental, sentía que los golpes de sus manos ateridas semejaban al llamado de la muerte. Últimamente también pensaba mucho en eso. Se dice que la infancia termina cuando se es consciente de la guadaña que pende sobre nosotros; Emiliano sabía que la vejez empieza cuando se le espera sin miedo. Había tenido esa certeza hacía más de dos meses en el velorio de Jesús Carrillo, su mejor amigo de toda la vida. Primero fue una incertidumbre que le brotó en el rostro en forma de tranquilidad, pero después, cuando todos los que regresaban de ver al muerto se detenían junto a él para palmearle la espalda, dos ideas aprisionaron con fuerza su corazón: la primera, que de un tiempo a la fecha sus amigos venían cayendo como 24 • INVIERNO, 2012

La última zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA kk Oscar Guillermo Solano Óscar G u i l l e r m o S o l a n o García ( G u a d a l a j a r a , 1 9 8 4 ) e s zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE u n a c a r r e t a se l l e v a l a b a s u r a ; l o sd o m i n g o s , Ju a n a e s t u d i a n t e d e L e t r a s Hispánicas e n l a U n i v e r s i d a d d eja s u l u g ar a u n a j o v e n d e l a c o m u n i d a d p ara i r a d e ( > u ad alajara. G a n a d o r d e l p r e m i o T i n t a y W h i s k y ( 2009, e s c u c h a r m i s a o a q u e al g ú n m é d i c o r e v i s e s u s a l u d ; t u G u ad alajara, Ed i c i o n e s U r a n o y w h i s k y D e w ar' s) y d el e l r e s t o d e l a s e m a n a está a n s i o s a m e n t e a b i e r t a a l a s P r e m i o N a c i o n a l al Es tu d i an te U n i v e r s i t a r i o Se rg i o Pi to l . s o r p r e s a s . Q uiz á p o r e s o e l l u n e s 2 d e n o v i e m b r e r e c i - catego ría r e l a t o , c o n e l p r e s e n t e t r a b a j o . b ió e n t u s i a s m a d a a l d e s c o n o c i d o e m p e z ab a a cuajar la m e d i a Em iliano ,aunque ya noche. Él v enía d e s d e l a s t i e r r a s c a l i e n t e s d e l S u r . A p e n a s A Jessica salió d e s u a u t o , e l v i e n t o l e h e ló l a c a r a , y p a r a cuando lleg ó a l p o rtó n c e r r a d o d e l h o s t a l y a s e l e h ab ía m e t i d o V i s t o d e s d e e l c i e l o , p o r l o s p ájaro s y e n l o s m a p a s , e n t o d o e l c u e r p o . E l e x t e r i o r d e l a finca su g ería q u e el ho stal d e l aSanta C r u z p arece a d e n t r o t o d o s d o rm í an , p o r e l l i m e n d e l a p u e r t a s e equid istante d e l a p l a y a , l o s c a m p o s d e m a g u e y , e l p eñó n c o n g l i f o s p re h isp án ic o s y e l b a l n e a r i o d e a g u a s A termales. r a s d e t i e r r a , l a m e n t a b l e m e n t e , l a s m o n tañ as y e l estad o d e l a sc arre te ras filtraba u n a o sc u rid ad rep o sad a y tibia q u e p o r u n m o - m e n t o m o v ió s u s e sc rú p u lo s, p e r o q u e d esp u és l o h i z o to car la ald aba c o m o q u i e n m e n d i g a u n tro z o d e p an . l o alejan d e to d o y a l lu g ar " C o s a d e l k a r m a " , p e n só , p o r q u e e n l o s p r i m e r o s só lo l l e g a n e x c u r s i o n i s t a s d e s o r i e n t a d o s y v i a j e r o s c o n d ías d e l v i a j e q u e a h o r a t e r m i n a b a n o d e jó d e i m a g i - p r o b l e m a s . A p e s a r d e eso , p a r a Ju a n a vale l a p e n a nar a s ucasero to c and o d esesp erad am ente el timbre e s c u c h a r l o s c r u z a r l a p u e r t a , v e r s u s r o s t r o s d e re c ié n y h u s m e a n d o p o r las v e n t a n a s , a n s i o s o d eu n a v o z q u e salvad o s c u a n d o le s m u e s t r a e l d o r m i t o r i o o p o r l o m e n o s l e p i d i e r a o t r o m e s d e p ró rro g a. cuando les c o n t e s t a q u e , e f e c t i v a m e n t e , p u e d e v e n d e r l e s algo d e g as o l i n a. A esto s a p r e s u r a d o s p o r s e g u i r v i a j a n d o suele i n d u c i rl o s a c o m e r o b e b e r alg o , a veces c o n pe- Ju a n a leía l o s p e ri ó d i c o s v i e j o s c u a n d o los go lpes e n s u p u e rta, f u e c o m o e sc u c h ó si u nesp ectro l e t o c a r a e l h o m b r o ; d i o u n s a l t o y trató d e o r d e n a r l o s q u e ñ as t r e t a s , d i c i e n d o q u e e n d o s h o r a s l e trae rán l o s papeles galo nes d e co m bustible - q u e e n realid ad tiene e n l a p asió n p o r l a n o t a r o j a . D e sp u é s ab ri ó u n h u e c o bodega-, l a s p e s a d a s c o r t i n a s d e l a v e n t a n a y al c an z ó a v e r e l o lle n án d o le s d e p a l a b r a s p e s a d a s e l c a m i - esparcido s p o r e l cuarto , avergo nzad a d e s u entre n o q u e les e sp e ra: so l, p o l v o , se rp i e n te s, e ld e s i e rto , l a c ap ó d e l c o c h e . L e p are c i ó q u e s e q u e m a b a . N o p u d o s o l e d a d . C a s i s i e m p r e l o s c o n v e n c e , p u e s a u n q u e esté v e r q u e e l h u m o salía d e l a b o c a d e E m i l i a n o q u e f u - m i n t i e n d o , ella sabe d el o q u e m a b a bajo habla. e l dosel, abraz ad o a s uv alija, t e m b l a n d o Conde d e a l g o m ás q u e f río p o r q u e ah í, p a r a d o e n l a n o c h e l l e g a a c o m e r y a l e e r l o s p e rió d ic o s q u e c o m p r a a l o d e u n p u e b l o e l e m e n t a l , se ntía q u e l o s g o l p e s d e s u s Cad a martes u n transpo rtista ap o d ad o El l a r g o d e l ac a r r e te r a , p a s q u i n e s d e p u e b l o q u e termi- n a n a m o n t o n a d o s e n e l b u ró d e J u a n a . A n t e s sentía g u sto p o r v e rl o llegar, a h o r a es p arte d e s u r u ti n a . H u b o u n t i e m p o , al p ri n c i p i o , e nq u e l ed a b a n miedo m a n o s aterid as sem ejab an al llamad o d e la muerte. Ú l ti m am e n te tam b i é n p e n s a b a m u c h o e n e s o . Se d i c e q u e l ai n f a n c i a t e r m i n a c u a n d o se e s c o n s c i e n t e d e l a g u ad añ a q u e p e n d e s o b r e n o s o t r o s ; Emi- sus m a n o s g i g a n te s y sus o jo s ro ji z o s , s ub o c a t e m b l o - l i a n o sabía q u e l a v e j e z e m p i e z a c u a n d o s e l e e s p e r a s i n ro sa y su b arb a espesa q u e l eo cultaba e lro stro como m i e d o . H ab ía t e n i d o e s a c e r t e z a hac ía m ás d e d o s m e s e s para e n e l v e l o r i o d e Je sú s C a r r i l l o , s u m e j o r a m i g o d e t o d a hac erle c re e r q u e n o estab a so la, se a s o m a b a a l p a ti o l a v i d a . P r i m e r o f u e u n a i n c e r t i d u m b r e q u e l e b ro tó y l l a m a b a a u n h i j o i m a g i n a r i o q u e ac ab ó p o r d i f u m i - e n e l r o s t r o e n f o r m a d e t r a n q u i l i d a d , p e r o d esp ués, n a r s e . E l C o n d e c o rri ó l a v o z d e q u e e l h i j o s e h ab ía cuando c a s a d o c o n u n a f u e re ñ a y a h o r a d e v e r d a d está s o l a . d etenían j u n t o a él p a r a p a l m e a r l e l a e s p a l d a , d o s i d e a s L o s j u e v e s , l a a b a r r o t e r a le s u r t e las c o n s e r v a s a p r i s i o n a r o n c o n f u e r z a s u c o raz ó n: l a p r i m e r a , q u e d e si c a r g a r a u n a p e n u m b r a p erso nal. Ento nc es, d esp u és v e n d e 24 • como I N V I ER N O , a l i m e n t o s fresco s; 2012 que los v iernes, to d o s los q u e re g re sab an d e v er a l m u e r t o se u n t i e m p o a l a f e c h a s u s a m i g o s v enían c a y e n d o como Sergio Elefal1l(': ,Vl'ofiiJeralislIlO (r/e{ofll') moscas; la segunda, que Jesús Carrillo pudo haber pensado lo mismo. Quizá la misma tarde en que se vieron por última vez; Jesús frunciendo el ceño por el sol que le daba de frente y él cambiándose de mano el bastón para saludarlo desde la otra acera, sin sospechar que pasados tres días lo visitaría una mujer para contarle lo de la broncoaspiración y darle los datos de la funeraria. Maldita vejación del tiempo que te pone de rodillas dolientes, sin oportunidad siquiera de erguirte para mirar qué es ese peso que te va dejando cada vez más enano, más feo, más lento, que te engarruña los dedos como si hubieras jalado siempre un mismo gatillo y gastado las balas de la vida en tiros al aire. Cuando regresó del sepelio se sentó frente a su comedor que la desidia había llenado de recibos, cuentas por cobrar y avisos de desahucio, sin miramientos los amontonó en un extremo y no se molestó porque algunos cayeran al piso. Tomó una libreta y una pluma, y con su caligrafía desesperada anotó los nombres de todos los amigos que recordaba. Los vecinos de infancia: Jesús Carrillo, Dolores Carcía, Braulio Solano, Karen Fullerton, Adrián Parrilla, Viridiana Camacho, Amanda Brambila ... ; los amigos de la escuela técnica: Alfonso Murguía, Cerardo Sedano, Jorge Fernández, Ricardo Pérez, Fabián Navarro, Jacqueline Padilla, Judith Hernández, Angélica Rojas ... ; los compañeros en la empresa de ferrocarriles: Cerardo Valenzuela, Alejandro Carrillo, Leopoldo López, Roberto Carcía, José Nuño, Joaquín Monroy, Víctor Castro, Ricardo Rivera ... ; los amigos que el azar trajo y no se llevó: Berenice Cutiérrez, Arturo Macías, Jorge Ortiz, Jesús Camacho, Enrique Ortega, Misael Rubio, amar Jiménez ... Al amanecer seguía corrigiendo apellidos, añadiendo personas. Tenía los ojos rojos y los sentía amarillos, como si llevara más de dos vigilias en cada uno. Sintió que no resistía más, sólo entonces -quizás aprovechando su estado semi inconsciente- se dedicó a coronar con cruces la mayoría de los nombres. Después subió a su Melmoth 1975 con la intención de darles una sorpresa a los amigos que le quedaban y se difuminó entre la ventolera de la huida y el humo del escape, dejando atrás una memoria de fantasma y en el cielo un anuncio como de tormenta. Juana alisó las arrugas de su bata y compuso el nudo que la sujetaba a su cintura. Apagó la luz en un último intento por ocultar el aspecto de su habitación y bajó la escalera a tientas. El roce de los peldaños metálicos en sus tobillos le hizo notar que sólo llevaba LA PALABRA Y EL HOMBRE • 25 - p u e s t a u n a d e l a s m e d i a s ; p e n só e n r e g r e s a r p o r l a h a s t a m ás allá d e l s u e l o y q u e p o r él s e l e e sc u rría e l o tra y d e paso alma. to m ar l alinterna, pero lo s llamados e m p e z a b a n a v o l v e r s e ag ó n ic o s. En — ¿ G u s ta t o m a r a l g o ? - l a a n f i t r i o n a n o d e s p e r d i - c u a n t o ab rió e l p o rtó n recibió u n a bocanada d e tabaco y aliento cansad o . E m i l i a n o q u iso d isculpar- s e p e r o e l l a l o p erd o nó a n t e s , inv itánd o lo a p a s a r c o n l a ciaba n i n g u n a o p o r t u n i d a d d eg anar d i n e r o extra. — N o tengo d inero ... — L e cambio u n c af é p o r u n c i g a r r o - E m i l i a n o vo z d estem p lad a d e q u i e n llev a m u c h o t i e m p o sin hablar. ac e p tó p a r a n o i r s e a l a n o c h e c o n e l e stó m ag o v ac ío , — N o r m a l m e n t e n o a b r o d esp u és d e l a s o n c e - d i j o p e r o tam b i é n , d e u n a m a n e r a t o n t a , p a r a d a r t i e m p o d esp u és, y te m i ó s o n a r e n é rg i c a p o r q u e m ás b i e n q u e - a q u e al g ú n m i l a g r o o c u r r i e r a y a p a r e c i e r a e l b i l l e t e ría s o n a r b o n d a d o s a d e c i e n p e s o s q u e l o ac o m p añab a d e s d e G u a d a l a j a r a . y h a s t a i n d e f e n s a ; c re ía d e s d e s i e m p r e q u e l a su m isió n e r a e l m e j o r m e d i o p a r a c o n - Sab ía q u e te n ía e l e n c e n d e d o r e n e l p l i e g u e d e l a j u r a r l a s m a l a s i n t e n c i o n e s . S i n i r m ás l e j o s , así h ab ía v a l i j a , p e r o p alp ó t o d o s s u s b o l s i l l o s a n t e s d e o f r e c e r l e e m p e z a d o s u h i s t o r i a c o n E l C o n d e , c u a n d o él l e p r e - f u e g o y p e d i r l e p e r m i s o d e u s a r e l b añ o . A c t i t u d s o s - g u n tó s i n o l e d a b a m i e d o e s t a r t a n s o l a e n u n l u g a r pecho sa, t a n r e m o t o y e l l a c o n te stó q u e sí, p e r o q u e m i e n t r a s él p e rió d ic o s d e J u a n a .zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS La Gaceta Policial a f i r m a b a q u e e l e s t u v i e r a h o s p e d a d o n o te n d ría n a d a q u e m an i áti c o d e M o n t e B e l l o g u a r d a b a n a v a j a s e n t r e s u s temer. — T e n g o t o d a s las h a b i t a c i o n e s d e s o c u p a d a s tinu ó , n u e v a m e n t e e n e l d o b l e filo-, -con- l a d e los b an d i d o s q u e p o b l ab an l o s r o p a s , La Voz de Valles q u e l o s d e l i n c u e n t e s a m e n u d o pe- t i e n e n t i c s n e r v i o s o s , y l o s p o lic ías q u e e s t u v i e r o n d e cincuenta p aso u n m e s antes p l ati c aro n alg o acerca d el leng u aje so n o chenta s o s p o r d ía e n e l d o r m i t o r i o c o l e c t i v o y c i e n t o como por u n o privado. E m i l i a n o h u rg ó e n s u b o l s i l l o d e r e c h o y no tó u n a g u j e r o q u e a n t e s n o e s t a b a , sintió q u e e r a p r o f u n d o c o r p o r a l q u e a h o r a n o p o d ía p r e c i s a r . (—¿Qué b u s c a e ste v i e j o ? ) — ¿ P u e d o p a s a r a l b añ o ? L o s b añ o s d e l a p l a n t a b a j a e s t a b a n c e r r a d o s ; an- tes q u e i r p o r l a l l a v e y d e j a r l o a s o l as c o n l a c a ja r e g i s t r a d o r a , p ref irió p e r m i t i r l e p a s a r a s u b añ o p r i v a d o e n l o s a l t o s . D e sp u é s d e t o d o , tam b i é n e l l a te n ía q u e s u b i r p a r a p r e p a r a r e l c af é p r o m e t i d o . L o s p asito s esf o rz ad o s c o n q u e E m i l i a n o sub ió las e s c al e r as a l i v i a r o n b u e n a p a r t e d e s u n e r v i o s i s m o ; d e p r o n t o s e s u p o m ás f u e r t e , m ás ág il, c a s i j o v e n e n c o m p arac i ó n . ( — L a m a l a p re m o n i c i ó n f u e p o r q u e a l g u i e n v e ría m i d e s o r d e n , n a d a m ás.) L a lám p ara titiló a n t e s d e i l u m i n a r s u a l c o b a y r e v e l a r u n a e s c e n a q u e b i e n p o d ría s e r l a d e u n c r i m e n . D e i n m e d i a t o s e p u s o a t e r m i n a r d e r e c o g e r l o s p erió dico s, repasando s i nq u e r e r l o s ti tu l a r e s , q u e r i e n d o e n c o n t r a r s u m e d i a i z q u i e r d a , t a n t o m ás e s q u i v a por s e r t r a n s p a r e n t e . E m i l i a n o c ru z ó e l c u a r t o t r a t a n d o d e n o p isar los d iario s. " N o te n g a c u i d ad o , s o n basura", e sc u c h ó c u a n d o c e r r a b a l a p u e r t a d e l b añ o , p e r o l a s p i l a s d e n ú m e ro s v i e j o s b a j o e l l a v a b o l o c o n v e n c i e r o n d e l o c o n t r a r i o . A p o y ó s u v a l i j a e n e l e x c u s a d o y ab rió l a c r e m a l l e r a d e u n tiró n. U n a p e r s o n a m e n o s n e r v i o s a q u e J u a n a h ab ría p e n s a d o q u e a q u e l s o n i d o e r a si- m i l a r a u n a r i s a o q u e e l h o m b r e e n e l b añ o a c a b a b a d e bajarse los p an tal o n e s; p e r o p ar a ella f u e c o m o una m e t r a l l a o u n c h i l l i d o . C o g i ó l o m ás q u e p u d o y e n tró e n l a co cineta c arg and o e l f a r d o d e p erió d ic o s. A hí, m i e n t r a s e s p e r a b a a q u e h i r v i e r a e l a g u a p a r a e l c af é, s e d ed ic ó a o r d e n a r l o s , d e e s p a l d a s a l a p u e r t a , s i n t i e n d o l alu z p l o m i z a d e l al u n a e n s u cabello el v i e n t o a z o t a n d o s u esbeltez entrecano , c a s i tísica y c o lánd o se p o r s u r e p e n t i n o e s c o t e , p r o v o c a d o m ás p o r l a e s c a s e z < S e r g i o E l e f a n t e : Elefante volador La l á m p a r a t i t i l ó an t es d e i l u m i ­ m i r , n o ac e p té q u e d a r m e m ás d e d o s d ías a u n q u e m e insistieran d eb u e n a fe. n ar su al co b a y r ev el ar u n a es­ — E l m u e r t o y e l a r r i m a d o . . . - E m i l i a n o sintió e s t o ú ltim o c o m o u n rev és. E n e l b añ o h ab ía v a c i a d o s u v a l i - cen a q u e b i en p o d r í a ser l a d e j a y n o só lo n o e n c o n tró s u b i l l e t e , tam b ié n s e d i o c u e n t a d e q u e y a hab ía g a s t a d o t o d o s s u s v a l e s d e g a s o l i n a . — P o r e s o n u n c a lle g u é a l t e r c e r u n cr i m en .zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA De inmediato se puso a d ía. A d e m ás . . . a u n o d e l o s p r i m e r o s q u e e n c o n tré l e d i j e ¿ te a c u e r d a s terminar d e recoger los periódicos, repa­ d e m í? C ó m o n o m e v o y a a c o r d a r d e t i , m e c o n te stó , s i é ram o s l o s m e j o r e s a m i g o s . N o e s n o s t a l g i a , sando sin querer los titulares, queriendo pero e s e " é r am o s " d e jó e n c l a r o q u e e l t i e m p o h ab ía p a s a do , m e n o s m a l que n o d ijo "f u im o s". encontrar su media izquierda, tanto más — ¿ D e l o s p r i m e r o s q u e e n c o n tró ? O s e a q u e anda los buscando... esquiva por ser transparente. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA — Y o d iría q u e a n d o d e p e r e g r i n o . Hace tiempo m e ac o rd é d e l o s a m i g o s , y a u n q u e n u n c a t u v e e l d o n de l asangre d e s e n o s q u e p o r l a v o l u n t a d d e l s a s t r e . Esc u c h ó p a s o s liviana, hice m u c has amistad es q u e se f u e r o n q u e d a n d o atrás p o r q u e l a v i d a n o j a l a a t o d o s ac e rc ánd o se , d e r e o j o v i o u n a s o m b r a d e s l i z a r s e p o r e l p a r a e l m i s m o l a d o . D e j o v e n trab ajé e n l o s f e r r o c a r r i - b a r a n d a l p e l i g r o s a m e n t e b a j o , re c o rd ó l a c h a r l a d e l o s l e s , así q u e y a s e i m ag i n ará s i c o n o c í g e n t e . p o licías s o b r e e l l e n g u a j e c o r p o r a l y a s u m e m o r i a s e ag re g aro n los r u m o r e s e sc u c h ad o s e n el p u e b l o acerca — A v e n t u r e r o ¿ e h? , c o m o los m a r i n e r o s : c o n u n a m o r e n c a d a p u e r t o . ¿ Pu e d e d a r m e otro d e u n áng el e x t e r m i n a d o r , u n a v e d e m a l ag ü e ro c o m o las l e c h u z a s o las m a r i p o s a s n e g r a s q u e d e j a b a n muer- te p o r d o n d e p a s a b a n ; v i o s u a r s e n a l d e c u c h i l l o s c o l g a d o s e n l a p a r e d , l a flama s o b r e l a h o r n i l l a haciendo visible e lgas... y l u e g o E m i l i a n o a su lad o , c o n la v alija ab ierta y p e n d i e n d o d esu h o m b r o d e re c ho , a la a l tu r a d e l a m a n o . ¿ Pero p o r q u é t e m e r ? C u a l q u i e r a d e e s a s c o s a s p o d ía s e r m o r t a l , p e r o j u n t a s f o r m a b a n u n a s i t u a ció n d e m a s i a d o p lástica p a r a s e r p e l i g r o s a , demasiado p a r e c i d a a l a s n o v e l a s p o l i c i a c a s q u e leía e n l a j u v e n t u d y m u y al e jad a d e l as i m p l e r e a l i d a d q u e n a r r a b a n lo s p erió d ic o s. U n a n o t a e nzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA El Mirador d e l 3 d e o c t u b r e , p o r ejemplo , d aba a co no cer que u n anciano depresivo - " a n i m a d o p o r u n a v i s i t a e l d ía a n t e r i o r " , m a t i z a b a e l r e p o r t e r o - salió a c a m i n a r p o r l a m añ an a y t r a s una c aíd a m u rió e n m e d i o d e l b o s q u e ; o e l o b i t u a r i o m a sivo p a g a d o p o r l a emp resa d eferrocarriles e n h o n o r a t r e s d e s u s e x e m p l e a d o s , c o m p añ e ro s e n s u t i e m p o , q u e m u r i e r o n u n o tras o t r o a l o larg o d eu n a semana. — ¿ V a d e p a s o . . . ? - p r e g u n t ó o af i rm ó J u a n a , m a c h a c a n d o e ne l p i s o l ac o l i l l a d e s u c i g a r r o . — Sí, voy de —¿Y a d o n d e —Vo y paso . va? d e paso , v e n g o d e v isitar a u n o s buenos amigos. — Bu e n o s amig o s p ero n o leo freciero n u n a c am a - J u a n a so n rió y só lo d esp u és s e d i o c u e n t a d e q u e s u c o m entario era im p ru d e n te . — T a n b u eno s q u e llev o meses d u r m i e n d o e n cam a s p restad as. Pe r o t a m p o c o e s b u e n o s e r enc ajo so ; si b i e n l l e g a b a a l a h o r a d e l a c o m i d a y m e g u s t a b a q u e d a r m e hasta tard e p ara q u e m e inv itaran a d o r- S e r g i o E l e f a n t e : M etamorfosis • cigarro? el b o r d e d e s u taz a, q u e r i e n d o d i s i m u l a r las c o n e x i o nes que em p ez ab a a h ac e r e n tr e lo s r u m o r e s , los p e- rió d ic o s y e l h o m b r e q u e te n ía e n f r e n t e , q u e tard aba e n b e b e r s u c af é q u ié n s a b e p o r q u é m o t i v o . — D e Te c u án , d e V a l l e s . . . , d e t o d a l a re g ió n. — ¿ Para qué v i s i t a b a a s u s amigos? — P a r a v e r l o s p o r ú l ti m a v e z , o p a r a q u e m e v i e r a n p o r ú l ti m a v e z ; e s i g u a l p e r o n o e s l o m i s m o . E l p o s o d e l c af é l e d i o e l v a l o r q u e s i e m p r e d a e l ú ltim o t r a g o . Sac ó d e s u v a l i j a e l p e d a z o d e m a p a que h ab í a s i d o s u c o p i l o t o d u r a n t e e l v i a j e , u n re c tán g u l o q u e c o rtó a m a n o p a r a a d e c u a r l a g e o g raf í a d e l p aís a sus p r o p i o s h o r i z o n t e s ; c o n c i u d a d e s c e r c e n a d a s por n o te n e r l u g a r e n su p a s a d o n i e n su f u t u r o ; sin playas, sin mares, a blanco y neg ro . — Sa l í d e G u a d a l a j a r a e l 2 9 d e a g o s t o - d i j o señal a n d o u n p u n t o e n e l m a p a - . Só l o llev é c o n m i g o tres c a m b i o s d e r o p a , l o s v a l e s d e g a s o l i n a d e l a s ú ltim as p ensio nes y to d o e ld i n e r o e nefectiv o q u e m e q ued aba... - E m i l i a n o hu b iera q u e rid o co ntarle l a pereza d e l M e l m o t h e n l o s p r i m e r o s kiló m e tro s, e l m o d o e n q u e c aía l a l u z e l d ía q u e salió d e l a c i u d a d , l o s n u b a rro n e s so bre l aav e nid a In g late rra, los charco s lág rim as q u e p i s a b a n como l a s n i ñ as u n i f o r m a d a s e n l a c alle L i s b o a , p e r o l a m i r a d a d e Ju a n a a t e n t a a l re l o j l e o b lig ó a s a l t a r s e l o s d e t a l l e s i m p o r t a n t e s y p a s a r a l o s d a t o s d u r o s . L a s sú p lic as s u f r e n u n a d e s g a n a e n l a ú l ti m a sílab a q u e l a s h a c e c a e r s e d e l a b o c a , para a p u n t a l a r l a s s u y a s ; E m i l i a n o l e m o stró l a l i s t a , c o n s u ín d ic e h u e s u d o l a re c o rri ó h a s t a d a r c o n u n nombre e n c e r r a d o e n u n c í rc u l o y c o n ti n u ó : — Este es e l m u c h ac h o q u e m e sustituy ó e n e l p u e s t o c u a n d o m e re tiré d e l o s t r e n e s . L o h ab í a d e j a d o e n e l d e p a r t a m e n t i t o d e v e l a d o r h a c e t r e i n t a año s y ah í m i s m o l o e n c o n tré . N o t u v e p r o b l e m a s p a r a r e c o n o c e r l o p o r q u e l o co no cí c o n e l r o s t r o y a f o r j a d o , S e r g i o E l e f a n t e :zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Poesía escargot él sí t u v o q u e e s f o r z a r s e . C r e o q u e l o i n c o m o d é . M e d e jó s u c a m a y él y s u m u j e r d u r m i e r o n e n l a s a l a . - E m i l i a n o s e ale g ró , p o r q u e l a c o nv ersac ió n s e a l a r g a - A l o t r o d ía v isité... a éste. Y a h ab í a m u e r t o . b a , y s e e ntriste c ió p o r n o p o d e r s e n t i r e s a o t r a ale g ría salí d e l a c i u d a d , p e r o s i e m p r e s i g u i e n d o l a s v ías d e l Luego d e j u v e n t u d , p o r c o m p r e n d e r q u e Ju a n a n o l e e stab a t r e n p a r a n o p e r d e r m e y p o r q u e m e g u s t a b a i r así: co queteando v o l v i e n d o s o b r e m i s r u e d a s , c o m o q u i e n d i c e . Ll e g u é y n o t e n e r s i q u i e r a e l ánim o d e m a l i n - t e r p r e t a r l a , p u e s a u n q u e e l l a e r a v i s i b l e m e n t e m ás j o - a . . . L a V e n t a . E l a m i g o d e ah í e s t a b a v i v o p e r o n i s e v e n , l a re c o n o c i ó c o m o u n o d e s u s p a r e s ; u n a p e r s o n a e n te ró d e m i v i s i t a . T e n í a u n p r o b l e m a e n l a m e m o - a c o s t u m b r a d a a lm u n d o , c o n o c e d o r a del oficio d e v i- r i a , y s i d o r m í e n s u c a s a f u e p o r c o rte sía d e s u h i j o , s u v i v o r e t r a t o . E l l e d ec ía " e s t e e s t u a m i g o E m i l i a n o , vir y e ne m ig a d ed ar ro d eo s. — N o , n u n c a t u v e e s e d o n - c o n t i n u ó d esp u és d e d e los f e rro c arrile s" y e lo t r o c o ntestab a c o n l a cabe- t e n d e r l e l ac a j e t i l l a - , y a las p o c a s n o v i a s q u e t u v e n o z a , d i c i e n d o q u e sí, p e r o s i n s a b e r c u ál d e l o s d o s las q u i e r o v i s i t a r ; a esas las d e j o p l a n t a d a s e n l a m e m o - e l a m i g o y c u ál l o s f e r r o c a r r i l e s . M e d i o m ás lástim a r i a , ah í q u e m e e s p e r e n , s i n q u e c a m b i e n n i q u e q u e e l m u e r t o . A f o r t u n a d a m e n t e y o to d av ía sé l o q u e nada hago... m a l o les p ase . — ¿ A ho ra d e d o n d e 28 era viene? — ¿ Sa b e l o q u e h a c e ? - e x c l a m ó J u a n a abriendo — D e M o n t e Bello . sus o jo s g ig an te s p a r a a b a r c a r a E m i l i a n o e n t o d a s u — ¿ Y a n te s d e M o n t e B e l l o ? - p r e g u n t ó m o r d i e n d o l o c u r a , e n m e d i o d e l a m a d r u g a d a , c o n s u l i s t a d e zyxwvutsrq • I N V I ER N O , 2012 Un a p er so n a co n u n m i l l ó n d e resabio d el tabaco e m p e z ab a a m a r e a r l a . E n l a calle e l v i e n t o b arrí a l a o s c u r i d a d d e u n l a d o a o t r o y l o s am i g o s t i en e aseg u r ad o s u n m i ­ l a d r i d o s d e lo s p e r r o s n o c o n t a b a n co sas b u e n as. V i o a E m i l i a n o trastab i l l ar a l salir, q u e d a r s e q u i e t o e n e l llón d e d ías co n p an y c a m a . Yo u m b r a l c o m o e s p e r a n d o a q u e l an o c h e l ec u p i e r a e n las p u p i l a s ; t a n v i e jo , t a n c a n s a d o , ció , q u e te r m i n ó p o r i n v i t a r l o a t en g o m en o s.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Tenía menos y ya los gas­ t a n f rág il l e p a r e - p asar. A l amanecer sería p l e n o m a r t e s y E l C o n d e e staría e n l a c a s a , él té... Déjeme dormir aquí, se me cierran los p o d rí a c a r g a r c u a l q u i e r f é re tro . ojos d e sueño y el coche me d a lumbago. ­ Emiliano tomó su mano con la confianza de los amigos; el l a cr ey ó est ar es­ cu ch an d o el an zu el o co n q u e se p esca a l o s b u en o s sam ar i t an o s. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA m u e r t o s y m u r i e n t e s , c o n s u m a p a s i n sim b o lo g ía c r u z a d o p o r u n a lín e a r o j a q u e i b a d e G u a d a l a j a r a a l a m i tad d el a nad a, d ib u jad a c o n m u y b u e n p u lso como p ara haber sido hec ha so bre el c am i n o , c o m o p ara hab e r s e d e t e n i d o e n s u h o s t a l a l m i s m o t i e m p o e n q u e él l o h i z o - . ¿ Estab a e n s u s p l a n e s l l e g a r h a s t a aq u í? — E r a u n a p o s i b i l i d a d . L e s o y s i n c e r o . Y a v isité a t o d o s l o s a m i g o s q u e m e q u e d a b a n . C u a n d o m arq u é m i s p a r a d a s n o c re í c o m p l e t a r l a s t o d a s . H a c e mucho q u e m e s i e n t o e n l a s ú ltim as, p e r o e s i n e v i t a b l e n o p e n s a r e n d esp u és. Te n í a u n b i l l e t e ¿ sab e? , p a r a pagar esta n o c h e , p e r o l o h e p e r d i d o . — ¿ P o r q u é n o v o lv ió a s u c a s a ? — L a s p e n s i o n e s están a t r a s a d a s y d ejé u n a d e u d a d e n u e v e m e s e s d e r e n t a . U n a p e r s o n a c o n u n milló n d e a m i g o s t i e n e a s e g u r a d o s u n m i l l ó n d e d ías c o n p a n y c a m a . Y o t e n g o m e n o s . Te n í a m e n o s y y a l o s g asté... D é je m e d o r m i r aq u í, s e m e c i e r r a n l o s o j o s d e su e ñ o y e l c o c h e m e d a l u m b a g o . - E m i l i a n o to m ó s u m a n o c o n l a c o n f i a n z a d e l o s a m i g o s ; e l l a c rey ó e s t a r escu- c h a n d o e la n z u e l o c o n q u e se p esc a a lo s b u e n o s sam a r i t a n o s . N o c o n te stó y a h í s e c i f r a b a t o d o : q u i e n c a l l a n o o t o r g a , e l q u e c a l l a o b v i a l a n e g ac i ó n : " H a g a el f av o r d e larg arse y n o m o l e s t a r m e o t r a vez". E m i l i a n o n o insistió . D o b ló c o n c ari ñ o s u l i s t a y s u m a p a y c am i n ó d e l a n t e d e J u a n a r u m b o a l a n o c h e . N u e v a m e n t e s u l e n t i t u d h i z o q u e J u a n a s e d e t u v i e r a d e m ás e n c a d a esc aló n, o t r a v e z sintió l o h e l a d o d e l m e t a l e n s u t o b i l l o i z q u i e r d o y vo lvió a p e n s a r e n l a m e d i a e x t r a v i a d a . A h o r a tend ría t i e m p o p a r a b u s c a r l a , s e l o c o ntaría a E l C o n d e c u a n d o l e p r e g u n t a r a p o r las n o v e d a d e s . S e ad e lan tó p a r a a b r i r e l p o rtó n y sintió q u e e l S e r g i o E l e f a n t e :zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG Animales sublimes LA PA LA BRA Y EL H OM BRE • 29 30 • I N V I ER N O , 2012