Estatísticas e Indicadores
Sociais
2014
Estatísticas e
Indicadores Sociais, 2013 -2014
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204
© 205, Instituto Nacional de Estatística
PRESIDÊNCIA
Maria Isaltina de Sales Lucas
Presidente
Manuel da Costa Gaspar
Vice-Presidente
Valeriano da Conceição Levene
Vice-Presidente
Ficha técnica
Título:
Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204
Editor:
Instituto Nacio nal de Estatística
Direção de Estatísticas Demográicas, Vitais e Sociais
5º Andar
Av. 24 de Julho nº989, Caixa Postal 493 MaputoTelefones: + 258--49 24
Fax: + 258--4924
E-Mail:
[email protected]
Homepage: www.ine.gov.mz
Direcção:
Cassiano Soda Chipembe
Produção
Mussagy Ibraimo
Análise de Qualidade:
Cassiano Soda Chipembe
Revisão
Laura Duarte
Colaboração:
Carlota Manjate; Dionisia Khossa,
Francisco Manguana;
Jonas Nassabe; Teixeira Mandlate
Design e Graismo:
Mário Chivambo
Tiragem:
500 exemplares
Impressão:
Oicinas Gráicas do INE
2
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LISTA DE ABREVIATURAS
DCO
Dias de Camas Ocupadas
EP1
Ensino Primário do Primeiro Grau
EP2
Ensino Primário do Segundo Grau
ESG1
Ensino Secundário do Primeiro Grau
ESG2
Ensino Secundário do Segundo Grau
Hab
Habitantes
HCM
Hospital Central de Maputo
INAS
Instituto Nacional de Acção Social
INE
Instituto Nacional de Estatistica
INSS
Instituto Nacional de Segurança Social
MIF
Mulher em Idade Fértil
MINEDH
Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano
MISAU
Ministério da Saúde
MITRAB
Ministério de Trabalho
MMAS
Mnistério da Mulher e Acção Social
RGPH
Recenseamento Geral da População e Habitação
SMI
Saúde Materno Infantil
UNESCO
United National Education Science and Cultural Organization
US
Unidade Sanitária
UTS
Unidade de Atendimento de Saúde
Sinais Convencionais
...
3
Sem informação - dados não disponíveis data de publicação
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Índice
Introdução ........................................................................................................................................9
Moçambique Divisão Administrativa e Superfície ................................................................................0
I – POPULAÇÃO .............................................................................................................................11
Gráico 1.1 Evolução da população (em milhões), Moçambique 1950 –2014 .........................................3
Gráico 1.2 Distribuição percentual da população por área de residência, Moçambique 2014 ..................3
Figura . Distribuição da população por idade e sexo, Moçambique 997 e 204 .................................4
Gráico 1.3 Distribuição percentual da população por faixa etária segundo área de residência,
Moçambique 204 .............................................................................................................................4
Taxa de dependência ........................................................................................................................4
Quadro .2 Distribuição da população por sexo e densidade populacional segundo província,
Moçambique 204 ...........................................................................................................................5
População com idade escolar .............................................................................................................5
Quadro 1.3 População em idade escolar (6-12 anos) por sexo, segundo província,
Moçambique 204 ...........................................................................................................................6
II – EDUCAÇÃO ..............................................................................................................................17
Escolas
..........................................................................................................................................9
Gráico 2.1 Numero de escolas do ensino primário, Moçambique 2013-2014 ........................................9
Gráico 2.2 Número de Escolas do ensino secundário, Moçambique 2013-2014 .....................................9
Gráico 2.3 Número de escolas públicas por nível de ensino, Moçambique 203-204
..........................20
Gráico 2.4 Número de Escolas Privadas por nível de ensino, Moçambique 2013-2014 .............................20
Gráico 2.5 Escolas públicas do ensino primário por província, Moçambique 2014 ..................................2
Gráico 2.6 Escolas públicas do ensino secundário por província, Moçambique 2014 ..............................2
Alunos matriculados .........................................................................................................................2
Gráico 2.7 Número de alunos matriculados no ensino primário público por sexo,
Moçambique 2013 - 2014 (em milhões) ............................................................................................22
Gráico 2.8 Distribuição percentual de alunos matriculados no Ensino Primário público do 1º
Grau por província, Mo;ambique, 2014 ..............................................................................................22
Gráico 2.9 Distribuição percentual de alunos matriculados no ensino secundário público
do º Ciclo por província, Mo;ambique, 204
....................................................................................23
Relação aluno por professor .............................................................................................................23
Gráico 2.10 Relação aluno por professor no Ensino Primário do 1º Grau, por província,
Moçambique 204 ............................................................................................................................23
Indicadores de cobertura escolar ........................................................................................................24
Gráicos 2.12 Indicadores de cobertura escolar no Ensino Primário público do 1º grau
Moçambique 204 ..........................................................................................................................24
Gráico 2.11 Relação aluno por turma por nível ensino, Moçambique 2014
..........................................24
Quadro 2. Taxa bruta de admissão na ª Classe por sexo segundo província,
Moçambique 204 ............................................................................................................................25
5
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Quadro 2.2 Taxa bruta de escolarização, no Ensino Primário do º grau, por sexo segundo
província, Moçambique 204 ............................................................................................................25
Quadro 2.3 Taxa líquida de escolarização, no Ensino Primário do º grau por sexo, província,
Moçambique 204 ..........................................................................................................................26
Indicadores de eicácia escolar .........................................................................................................26
Gráico 2.13 Taxa de aproveitamento por nível de ensino, Moçambique 2013 - 2014 ............................26
Quadro 2.4 Taxa de aproveitamento do ensino secundário do º e 2º ciclo por sexo segundo
Província, Moçambique 204 ............................................................................................................27
Gráico 2.14 Taxa anual de desistência por nível de ensino, Moçambique 2014 .....................................28
Quadro 2.5 Taxa anual de desistência no ensino primário por sexo segundo província,
Moçambique 204 ...........................................................................................................................28
Quadro 2.6 Taxa anual de desistência no ensino secundário por sexo segundo província,
Moçambique 204 ..........................................................................................................................29
Ensino Superior ................................................................................................................................29
Gráico 2.15 Número de instituições de nível superior, Moçambique 2000-2014 ....................................29
Gráico 2.16 Estudantes matriculados e graduados do Ensino Superior Público,
Moçambique 200-204 ....................................................................................................................30
Gráico 2.17 Estudantes matriculados e graduados do Ensino Superior Privado,
Moçambique 200-204 ...................................................................................................................30
Quadro 2.7 Distribuição percentual dos estudantes matriculados e graduados no
ensino por área de formação, Moçambique 204 .................................................................................3
Quadro 2.8 Estudantes matriculados e graduados no ensino privado por área de formação,
Moçambique 204 ...........................................................................................................................3
III – SAÚDE
..................................................................................................................................33
Serviços de saúde prestados .............................................................................................................35
Quadro 3. Serviços prestados segundo província, 204
....................................................................35
Unidades sanitárias ..........................................................................................................................36
Gráico 3.1 Número de unidades hospitalares, Moçambique 2013-2014 ...............................................36
Gráico 3.2 Número de unidades hospitalares por 100000 habitantes, Moçambique 2013-2014 ..............36
Quadro 3.2 Unidades hospitalares segundo província, Moçambique 204 .............................................37
Gráico 3.3 Rácio de camas hospitalares por 10000 habitantes, Moçambique 2013-2014 .......................37
Gráico 3.4 Número de camas hospitalares por tipo, segundo província, Moçambique 2014 ...................38
Gráico 3.5 Rácio de camas hospitalares segundo província, Moçambique 2014 .....................................38
Pessoal de Saúde .............................................................................................................................38
Gráico 3.6 Distribuição percentual do pessoal do serviço nacional de saúde, por nível de
escolaridade, Moçambique 203 - 204 .............................................................................................39
Quadro 3.3 Distribuição percentual de pessoal do serviço nacional de saúde por nível de
escolaridade, segundo província, Moçambique,204. ...........................................................................39
Quadro 3.4 Distribuição percentual de proissionais de Serviço Nacional de Saúde por categoria,
segundo provincia, Moçambique 204 ................................................................................................40
Quadro 3.5 Rácio de médicos e enfermeiros em cada 00000 habitantes segundo província,
Moçambique 204 ............................................................................................................................40
6
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Saúde materno infantil .....................................................................................................................40
Gráico 3.7 Taxa de baixo peso a nascença, Moçambique 2012-2014 ....................................................4
Gráico 3.8 Taxa de baixo peso a nascença por província Moçambique, 2014 .........................................4
Vacinação .........................................................................................................................................42
Quadro 3.6 População vacinada segundo o tipo de vacina e grupo alvo, Moçambique 2013-2014.............42
IV – ASSISTÊNCIA SOCIAL ............................................................................................................43
Segurança Social ..............................................................................................................................45
Gráico 4.1 Número de contribuintes e beneiciários do Sistema de Segurança Social,
Moçambique 203-204 ...................................................................................................................45
Quadro 4.1 Distribuição percentual de contribuintes e beneiciários do Sistema de Segurança
Social segundo província, Moçambique, 204 ....................................................................................46
Gráico 4.2 Número de casos subsidiados pelo Sistema de Segurança Social,
Moçambique 203 - 204 .................................................................................................................46
Gráico 4.3 Total de valores (103 MT) pagos aos beneiciários do Sistema de Segurança Social,
Mocambique 203 - 204 ..................................................................................................................47
Gráico 4.4 Distribuição percentual de casos subsidiados pelo Sistema de Segurança Social
por tipo de casos, Moçambique 203 - 204 ......................................................................................47
Gráico 4.5 Distribuição percentual dos valores (103MT) pagos pelo Sistema de Segurança
Social por tipo, Moçambique 203 - 204 ..........................................................................................48
Acção Social .....................................................................................................................................48
Quadro 4.3 Indicadores da área da criança, Moçambique 203-204 ...................................................48
Programas de assistência social directa .............................................................................................49
Gráico 4.6 Número de beneiciários no Programa de Subsídio Social Básico e Apoio Social
Directo, Moçambique 203-204 ........................................................................................................49
Gráico 4.7 Número de beneiciários no Programa de Subsídio Social Básico por sexo,
Moçambique 203-204 ....................................................................................................................50
Gráico 4.8 Número de beneiciários nos Programa de Apoio Social Directo por sexo,
Moçambique, 203-204 ...................................................................................................................50
Gráico 4.9 Número de beniiciários no Programa de Subsídio Social Básico por grupo alvo,
Moçambique 203-204 ...................................................................................................................50
Gráico 4.10 Número de idosos atendidos no Programa de Subsídio Social Basico,
Moçambique 203-204 ....................................................................................................................5
Quadro 4.4 Idosos atendidos no Programa de Subsídio Social Basico, por sexo segundo Província,
Moçambique 203-204 ....................................................................................................................5
Gráico 4.11 Número de deicientes atendidos no Programa de Subsídio Social Básico,
Moçambique 203-204 .....................................................................................................................52
Quadro 4.5 Número de deicientes atendidos no Programa de Subsídio Social por sexo segundo
província básico, Moçambique 203-204 ...........................................................................................52
Gráico 4.12 Número de doentes crónicos atendidos no Programa de Subsídio Social Basico,
Moçambique 203- 204 ...................................................................................................................53
Quadro 4.6 Número de doentes crónicos atendidos no Programa de Subsídio Social Básico por sexo,
segundo província, Moçambique 203 - 204 ....................................................................................53
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Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Introdução
A publicação apresenta informação demográica e social referente aos anos 2013-2014,
nomeadamente: população, educação, saúde e assistência social. A informação resulta da
compilação de dados provenientes de Censos, Inquéritos e de fontes administrativas. A informação está estruturada em 4 capítulos.
O primeiro capítulo apresenta as características demográicas da população, o segundo oferece
panorama educacional, enfatizando indicadores de cobertura do Sistema Nacional de Educação
e de algumas instituições do ensino superior, assim como indicadores de eicácia interna do
sistema de ensino. O terceiro versa sobre aspectos inerentes à saúde, tais como: cobertura do
Sistema Nacional de Saúde, nutrição e mortalidade, e o último capítulo apresenta informação
concernente a Segurança Social, Trabalho e Acção Social.
A análise da informação que se apresenta nesta publicação não é exaustiva, por isso, as observações com vista à melhoria das próximas edições serão bem acolhidas e poderão ser endereçadas ao Instituto Nacional de Estatística que, pelo reconhecimento da colaboração directa ou
indirectamente oferecida pelas diversas entidades, endereça os seus agradecimentos.
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Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Moçambique Divisão Administrativa e Superfície
Moçambique ica situado no sudoeste da África, entre os paralelos 10º27’ e 26º52’ de latitude Sul e entre os
meridianos de 30º12’ e 40º51’ longitude Este. É limitado ao norte pela Tanzânia, ao este pelo Oceano Índico,
oeste por Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e Suazilândia e ao sul pela Republica da África do Sul. Toda a Faixa costeira
Este é banhada pelo Oceano Índico numa extensão de 2.470 km. O país tem 11 províncias. Com 799,380 km2 a
província mais extensa é Niassa e a menos extensa a Cidade de Maputo.
0
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
I – POPULAÇÃO
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Os dados históricos dos censos e das projecções demográicas mostram uma tendência crescente no que diz respeito a evolução populacional de Moçambique. Segundo o Gráico 1.1, de
1950, altura em que a população foi estimada em mais de 6 milhões de habitantes, duplicou
no período de 30 anos, atingindo 12 milhões em 1980 e as projecções da população apontam
para mais de 25 milhões de habitantes em 2014, mostrando que o ritmo de crescimento ainda
é elevado.
Gráico 1.1 Evolução da população (em milhões), Moçambique 1950 –2014
30
23,7
25
24,4
25,0
20,6
20
16,0
5
0
2,
6,4
7,5
5
0
950
1960
980
997
2007
202
203
204
Fonte: Direção Nacional de Estatística/Unidade de população e planiicação,1993. INE, II RGPH-1997, III RGPH-2007 e
Projecções da População 2007-2040
O Gráico 1.2 mostra que a maior parte da população moçambicana reside na área rural. Esta
tendência não é diferente dos outros países africanos. O crescimento da população urbana tem
sido muito lento, dados do censo de 1997 apontavam para 28.6% da população que residia
em áreas urbana, tendo passado para 30.1% em 2007 e, segundo as projecções, a população
urbana em Moçambique para ano de 2014, foi estimada em aproximadamente 32%.
Gráico 1.2 Distribuição percentual da população por área de residência,
Moçambique 2014
31,6
Rural
68,4
Urb ano
Fonte: INE 2010, Projecções anuais da População Total, Urbana e rural 2007-2040
A igura 1.1 apresenta a estrutura etária da população moçambicana em 2007 e 2014. Nota-se
um aumento da população em todos grupos de idades para ambos os sexos. Este aumento pode
ter sido inluenciado pelas elevadas taxas de fecundidade e redução gradual da mortalidade.
A Pirâmide do país apresenta uma base larga e o topo ainado sendo este um formato típico
de distribuição da população de Países em desenvolvimento, onde a estrutura etária é muito
jovem. A maior concentração da população na faixa etária de 0-4 anos, representando mais de
45% do total população em 2014.
3
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Figura 1.1 Distribuição da população por idade e sexo, Moçambique 1997 e 2014
(Sombreada 2007) & 2014
Homens
80+
75-79
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
5-9
0-4
5- 9
0- 4
-2 5 00 000
-2 0 00 000
- 5 00 000
Mulheres
- 0 00 000
-50 0 000
0
500 000
000 000
500 000
2 000 000
2 500 000
Fonte: INE 2010, Projecções anuais da População Total, Urbana e rural 2007-2040
O Gráico 1.3 apresenta a distribuição percentual da população resumida em três grandes
grupos de idade: dos jovens (0-14 anos), com 45%, dos potencialmente activos ou adultos (15
a 64 anos), com 52% e dos idosos (65 anos e mais) com apenas 3.1%. Ainda no mesmo gráico,
a distribuição difere por área de residência, sendo a área rural com mais população jovem, com
cerca 48% e a área urbana, com mais adultos com cerca de 58%. Relativamente a população
idosa, destaca-se a área rural com 3.4% diferindo em um ponto percentual da urbana.
Gráico 1.3 Distribuição percentual da população por faixa etária segundo área de
residência, Moçambique 2014
3,
To tal
5,8
45,
Idosa
2,4
Urb ano
Adulta
57,7
39,9
Jovens
3,4
Rural
49,
47,5
0
50
00
Fonte: INE 2010, Projecções Anuais da População Total, Urbana e Rural 2007-2040
Nota: Jovem (0-14 anos), Adulta (15-64 anos) Idosa (65 anos e mais)
Taxa de dependência
A taxa de dependência demográica indica a relação entre a população dependente (0-14 e
65+anos) e a população em idade produtiva (15-64 anos), pode ser calculada para o total, para
os jovens e para os idosos, pela seguinte fórmula: Taxa de dependência = (Idade dependente)
/ (Idade 15-64) *100.
Segundo o Quadro 1.1, a taxa de dependência total é de cerca 93 dependentes em cada 100
pessoas activas. A área rural apresenta maior taxa de dependência, sendo de cerca de 104, 97
e 7 para o total, jovens e para os idosos respectivamente.
4
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Quadro 1.1 Taxa de dependência demográica, Moçambique 2014
Taxas de Dependência
Total
Urbana
Rural
Total (0-14) +(65+)
92,6
72,1
103,8
Jovens (0-14)
86,7
68,0
96,9
Idosos (65+)
5,9
4,1
6,9
Fonte: INE 2010, Projecções Anuais da População Total, Urbana e Rural 2007-2040
O Quadro .2 mostra a população total por sexo e densidade populacional segundo província em
204. As províncias de Nampula e Zambézia, continuam sendo as que apresentam maior número
da população. Maputo Cidade tem o menor número de habitantes apresenta a densidade mais
elevada do país, com mais de 4 mil habitantes por quilómetro quadrado e com tendência a
aumentar. Este facto pode estar associado a menor superfície que a capital apresenta e a maior
concentração populacional devido ao seu desenvolvimento económico. Por ser a capital política
e económica, sofre inluência de imigrações internas sendo que muita gente de varias províncias
procura ixar residência nesta Província em busca de melhores condições de vida.
Quadro 1.2 Distribuição da população por sexo e densidade populacional segundo
província, Moçambique 2014
Província
Total
Homens
Mulheres
Pop/km2
25 041 922
12 082 782
12 959 140
31,3
Niassa
1 593 483
782 879
810 604
12,3
Cabo Delgado
1 862 085
901 617
960 468
22,5
59,9
País
Nampula
4 887 839
2 413 164
2 474 675
Zambézia
4 682 435
2 261 254
2 421 181
44,6
Tete
2 418 581
1 182 933
1 235 648
24,0
Manica
1 866 301
899 425
966 876
30,3
Sofala
999 309
97 089
028 220
29,4
Inhambane
1 475 318
661 775
813 543
21,5
Gaza
1 392 072
633 279
758 793
18,4
Maputo Província
1 638 631
785 143
853 488
62,9
Maputo Cidade
1 225 868
590 224
635 644
4 086,2
Fonte: INE 2010, Projecções Anuais da População Total, Urbana e Rural 2007-2040
População com idade escolar
Segundo o Quadro .2, as Províncias de Nampula e Zambézia são as mais populosas do País, e
como consequência, a população em idade escolar, também é maior, sendo mais de 900 mil para
cada uma das províncias. Comparando por sexo, com excepção de Gaza, as restantes províncias, tem maior número da população em idade escolar do sexo feminino (Quadro 1.3).
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Quadro 1.3 População em idade escolar (6-12 anos) por sexo,
segundo província, Moçambique 2014
Província
País
Total
Homens
Mulheres
4 931 788
2 454 208
2 477 579
Niassa
306 288
152 009
154 279
Cabo Delgado
357 834
177 619
180 215
Nampula
937 216
467 745
469 472
Zambézia
947 832
473 533
474 299
Tete
500 169
248 901
251 268
Manica
392 280
94 028
98 252
Sofala
411 917
204 951
206 966
Inhambane
308 160
152 375
155 786
Gaza
285 169
142 803
142 366
Maputo Província
293 367
145 105
148 262
Maputo Cidade
191 555
95 140
96 415
Fonte: INE 2010, Projecções Anuais da População Total, Urrbana e Rural 2007-2040
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II – EDUCAÇÃO
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A produção das estatísticas de educação é feita através de fontes administrativas do Ministério
de Educação e Desenvolvimento Humano, de censos e inquéritos realizados pelo INE. O MINEDH
realiza censos escolares periódicos que abrangem os diferentes níveis e tipos de ensino, são
realizados anualmente dois censos escolares conhecidos como o levantamento escolar a 3 de
Março e o levantamento sobre o aproveitamento no inal do ano lectivo.
O objectivo principal desses levantamentos é fornecer informações e estatísticas para a realização de diagnósticos e análises sobre a realidade do sistema educacional do País, subsidiando a
deinição e a implementação de políticas orientadas para a promoção da equidade, efectividade
e qualidade do ensino.
O Sistema de ensino em Moçambique, comporta diferentes níveis de ensino sendo estes o
primário, secundário, técnico e superior, e estes dividem-se em público e privado.
Escolas
Em Moçambique mais de 90% das escolas primárias são do ensino público. Segundo o Gráico
2., o número de escolas do ensino primário público aumentou em 784, enquanto no privado
veriicou-se um aumento de 5 escolas de 2013-2014.
Gráico 2.1 Numero de escolas do ensino primário, Moçambique 2013-2014
18 000
16 828
16 044
16 000
14 000
12 000
10 000
Publicas
8 000
Privadas
6 000
4 000
2 000
324
319
0
2013
2014
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar 203 e 204
No nível de ensino secundário, mais de 70% são escolas públicas. Segundo o Gráico 2.2, veriicou-se um ligeiro aumento do número de escolas do ensino secundário público e privado na
ordem 23 e 5 de 203 para 204 respectivamente,
Gráico 2.2 Número de Escolas do ensino secundário, Moçambique 2013-2014
700
655
632
600
500
400
Publicas
300
265
250
200
00
0
203
204
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar 203 e 204
9
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Privadas
De acordo com o Gráico 2.3 mostra que no país existem mais escolas de ensino primário do
primeiro grau (EP1) do que dos restantes níveis de ensino. O gráico também mostra que em
cada nível de ensino, o número de escolas tem registado um aumento de ano para outro.
Gráico 2.3 Número de escolas públicas por nível de ensino,
Moçambique 2013-2014
4 000
2 000
742
457
0 000
203
8 000
6 000
204
5 086
4 587
4 000
2 000
458
74
470
85
0
EP
ESG 1
EP2
ESG 2
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar 203 e 204
Analisando as escolas privadas por nível de ensino, nota-se um certo equilíbrio na sua distribuição com cerca de 31% para o EP1, 24% para o EP2, 26% para o ESG1 e 19% para o ESG2.
O número de escolas privadas por nível de ensino aumentou com excepção do EP que reduziu
em duas escolas, Gráico 2.4.
Gráico 2.4 Número de Escolas Privadas por nível de ensino,
Moçambique 2013-2014
200
82
80
80
160
44
37
40
5
156
20
99
09
203
00
80
204
60
40
20
0
EP
EP2
ESG 1
ESG 2
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar 203 e 204
As províncias de Zambézia e Nampula apresentam maior número de escolas do ensino primário
público, sendo de 4.236 e 2.940 respectivamente (Gráico 2.5). Este número de escolas pode
estar relacionado ao facto destas serem as províncias mais populosas do País, consequentemente apresentam maior efectivo em idade escolar (6-12 anos), enquanto Maputo Cidade e
Maputo Província são as que possuem menor número de escolas a nível do País.
20
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Gráico 2.5 Escolas públicas do ensino primário por província, Moçambique 2014
93
0
Cidade Maputo
285
Maput o
459
328
Gaza
77
652
78
In hambane
Sofala
339
Manica
347
Tete
332
816
EP2
739
EP
099
1168
Zambézia
3 068
869
Nampula
2 07
397
Cabo Delgado
902
276
Niass a
989
0
500
000
500
2000
2500
3000
3500
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar, 204
O Gráico 2.6 apresenta o número de escolas do ensino secundário público. A semelhança
do ensino primário, as províncias de Nampula e Zambézia são as que possuem mais escolas
secundárias, enquanto, as províncias de Cabo Delgado e Niassa são as que apresentam menor
número de escolas.
Gráico 2.6 Escolas públicas do ensino secundário por província, Moçambique 2014
5
Cidade Maputo
39
16
Maput o
29
7
Gaza
4
20
In hambane
43
5
Sofala
Manica
2
Tete
2
32
ESG 2
4
ESG 1
49
23
Zambézia
67
38
Nampula
9
Cabo Delgado
8
Niass a
0
0
78
22
29
20
30
40
50
60
70
80
90
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar 203 e 204
Alunos matriculados
O aumento da cobertura escolar tem como objectivo assegurar que todas crianças de 6 a 12
anos de idade, ou seja as crianças em idade escolar estejam a frequentar o ensino primário.
O Gráico 2.7 mostra o número de alunos matriculados total e por sexo, no ensino primário
público. O número de matriculados tende a aumentar no período em análise para ambos sexos.
Neste nível, os alunos do sexo masculino tem maior representatividade.
2
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Gráico 2.7 Número de alunos matriculados no ensino primário público por sexo,
Moçambique 2013 - 2014 (em milhões)
6
5,7
5,5
5
4
3,0
2,9
3
2,6
203
2,7
204
2
0
To tal
Homens
Mul heres
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar 203 e 204
Do universo dos matriculados no ensino primário público do 1º grau, cerca de 26% concentravam-se na Província de Zambézia, seguida de Nampula com 18.1% (Gráico 2.8). A menor
percentagem de alunos matriculados é de Maputo Cidade com cerca de 3% de alunos neste
nível. Importa referir que esta distribuição é proporcional ao tamanho da população em cada
província.
Gráico 2.8 Distribuição percentual de alunos matriculados no Ensino Primário
público do 1º Grau por província, Mo;ambique, 2014
Maput o Cidade
2,8
Maput o
5,4
Gaza
5,3
6,0
Niass a
5,6
In hambane
Cabo Delgado
7,3
Manica
7,2
7,6
Sofala
Tete
8,9
Nampula
8,
Zambezia
25,9
0,0
5,0
0,0
5,0
20,0
25,0
30,0
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar, 204
O Gráico 2.9 apresenta a distribuição percentual de alunos matriculados no ensino secundário
do primeiro ciclo em 204. As escolas das províncias de Nampula, Zambézia e Maputo Cidade
tiveram maior percentagem de alunos matriculados, enquanto Cabo Delgado e Niassa apresentaram menor percentagem, e são as províncias com menor número de escolas no ensino
secundário, como ilustra o Gráico 2.6.
22
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Gráico 2.9 Distribuição percentual de alunos matriculados no ensino secundário
público do 1º Ciclo por província, Mo;ambique, 2014
Cabo Delgado
3,5
Niass a
5,
Tete
7,
Manica
8,4
Gaza
9,0
Maput o
9,5
Sofala
8,
In hambane
,
Maput o Cidad e
,7
Zambezia
3,
Nampula
3,4
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
0,0
2,0
16,0
4,0
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar, 204
Relação aluno por professor
A relação aluno por professor, isto é, número médio de alunos assistidos por um professor,
representa um indicador de qualidade de educação. Um dos objectivos do sistema de educação
é melhorar a qualidade de ensino, e qualidade depende também da relação alunos por professor. Se o número de alunos por professor for reduzido melhora a assistência aos seus alunos.
O Gráico 2.10 apresenta a relação aluno por professor no ensino primário do 1º Grau por
províncias, onde Inhambane e Gaza, apresentaram o rácio mais baixo com cerca de 47 e 48
alunos por professor respectivamente, enquanto Cabo Delgado, Nampula e Zambézia têm
elevado número de alunos por professor cerca de 70.
Gráico 2.10 Relação aluno por professor no Ensino Primário do 1º Grau, por
província, Moçambique 2014
63,2
Maput o Cidad e
Maput o
58,3
Gaza
48,3
In hambane
47,3
Sofala
59,4
Manica
50,2
62,7
Tete
Zambezia
70,
Nampula
69,9
Cabo Delgado
70,4
65,3
Niass a
0,0
0,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar 204
Relação aluno por turma
É a relação entre o número de alunos matriculados e as turmas existentes, signiica número
médio de alunos que podem estar dentro duma sala de aulas. Para melhorar a qualidade
da educação não é suiciente apenas ter a relação aluno professor, rácio recomendado pela
UNESCO, mas também para garantir isso, é necessário que existam turmas suicientes para o
efeito.
Assumindo que uma turma está para um professor, pode-se constatar que as escolas privadas
têm em média menos alunos por turma comparados ao ensino público, estando estes muito
23
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
próximos de atingirem números recomendados pela UNESCO que são de aproximadamente 50
alunos para um professor no ensino primário, e 40-45 alunos no ensino secundário (Gráico
2.11). De referir que ensino privado apresentou relação óptima do número de alunos por turma
em quase todos níveis, com a excepção do Ensino Secundário Geral do primeiro ciclo.
Gráico 2.11 Relação aluno por turma por nível ensino, Moçambique 2014
65,8
70,0
60,0
65,2
52,9
47,9
46,8
50,0
40,
39,5
36,4
40,0
Publico
30,0
Privado
20,0
0,0
0,0
EP
ESG 1
EP2
ESG 2
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar , 204
Indicadores de cobertura escolar
Os indicadores de cobertura relectem a qualidade, deiciência, limitação do Sistema Nacional
de Educação, visando a melhoria do mesmo, assegurando que a população em idade escolar
esteja dentro do sistema.
A taxa bruta de admissão é a proporção entre o total de alunos que frequentam a a classe pela
primeira vez e, a população com idade escolar oicial (6 anos). A taxa bruta de escolarização no
EP é a proporção entre o total de alunos frequentando o EP e, a população do grupo etário
oicial (6 – 10 anos).
A taxa líquida de escolarização no EP é a proporção entre os alunos que frequentam o EP com
idade de 6 aos 10 anos, e a população dessa mesma idade.
Os indicadores de cobertura com a excepção das taxas líquidas das mulheres, apresentaram
taxas acima de 100%, facto que se deve ao número de alunos inscritos fora da idade correspondente a classe. As taxas líquidas de escolarização estão abaixo de 100, o que signiica existência
de alunos com idade oicial para estudar ainda fora do sistema de educação, facto este que
pode estar associado a deiciência da rede escolar em responder a demanda por vagas. As taxas
dos alunos do sexo masculino são elevadas em todos indicadores de cobertura apresentados
no Gráico 2.12.
Gráicos 2.12 Indicadores de cobertura escolar no Ensino Primário público do
1º grau Moçambique 2014
200,0
80,0
173,6
80,2
167,1
160,0
32,2
40,0
38,7
25,7
20,0
0,0
04,0
00,0
Total
98,
Homens
80,0
Mulheres
60,0
40,0
20,0
0,0
Taxa bru ta d e ad imi ssao na a classe
Taxa bru ta d e es colariz acao
Taxa liqui da de es colari zacao
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar 204
24
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
O Quadro 2. mostra a taxa bruta de admissão da ª classe. Em 204 houve um registo de
cerca de 74% de matriculados com idade não oicial. A nível das províncias, destaca-se a Província da Zambézia com 246% onde cerca de 146% dos matriculados não tinham idade oicial
para frequentar a ª Classe. A Cidade de Maputo é a única com com taxa abaixo de 00 o que
signiica que não foram preenchidas todas vagas existentes para esta classe, existindo deste
modo cerca de 10%.
Quadro 2.1 Taxa bruta de admissão na 1ª Classe por sexo segundo província,
Moçambique 2014
Província
Total
Homem
Mulher
173,6
180,2
167,1
Niassa
178,6
185,1
172,2
Cabo Delgado
186,0
194,0
178,2
País
Nampula
172,3
178,5
166,2
Zambézia
246,0
257,0
235,1
Tete
160,2
164,6
155,8
Manica
45,7
52,3
39,3
Sofala
48,9
58,
39,7
Inhambane
38,5
43,
34,0
Gaza
145,3
147,2
143,4
Maputo Província
20,9
22,2
9,7
89,7
90,
89,4
Maputo Cidade
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar 203
Com a excepção da Província da Zambézia e Maputo Cidade, as restantes províncias apresentaram taxas brutas de escolarização situadas entre 100% à 140%. Maputo Cidade apresentou
cerca de 97% indicando que tem tido admissão de alunos com idade oicial para frequentar o
nível.
Quadro 2.2 Taxa bruta de escolarização, no Ensino Primário do
1º grau, por sexo segundo província, Moçambique 2014
Província
Total
Homem
Mulher
132,2
138,7
125,7
Niassa
126,9
132,4
121,6
Cabo Delgado
130,6
137,9
123,4
País
Nampula
125,1
131,6
118,7
Zambezia
176,4
187,6
165,3
Tete
5,9
9,7
2,
Manica
119,6
126,7
112,7
Sofala
2,4
30,4
2,5
Inhambane
120,2
123,6
116,9
Gaza
122,7
123,9
121,6
Maputo Província
2,7
25,0
8,5
96,6
98,4
94,8
Maputo Cidade
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar 204
O Quadro 2.3 mostra que as taxas líquidas de escolarização nas províncias da Zambézia, Maputo
e Niassa estão acima de 100%. Estas elevadas taxas podem estar associadas a não declaração
da idade real, a idade não correspondente ao nível, entre outras causas. Com a excepção de
Maputo Cidade o sexo masculino apresentou taxas acima de 90 em todas províncias.
25
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Quadro 2.3 Taxa líquida de escolarização, no Ensino Primário do 1º grau por sexo,
província, Moçambique 2014
Provincia
País
Niassa
Cabo Delgado
Total
Homem
Mulher
101,0
104,0
98,1
00,4
03,2
97,7
97,0
0,0
93,2
Nampula
89,3
92,2
86,6
Zambezia
2,3
4,9
09,7
Tete
9,2
92,7
89,9
Manica
88,3
9,3
85,3
Sofala
94,
98,9
89,5
Inhambane
9,4
9,2
9,5
Gaza
Maputo Província
Maputo Cidade
93,4
91,4
95,3
0,7
0,7
0,7
90,5
89,9
9,0
Fonte: MINEDH, Levantamento Escolar 204
Indicadores de eicácia escolar
Indicadores de eicácia permitem saber o número de alunos inscritos que terminam com sucesso
um nível dentro do tempo oicial e avaliam a relevância dos objectivos educacionais, programas
e métodos de ensino. Permitem também analisar a relação entre os vários factores internos e
externos relacionados com a frequência, desempenho académico, avaliar, monitorar a eicácia
dos luxos de estudantes e fazer projecções futuras.
A taxa de aproveitamento é um dos indicadores de eicácia interna e qualidade de ensino. A
análise do aproveitamento é feita tomando em conta as taxas de aprovação, desistências e
reprovações.
Esta taxa é a proporção entre os alunos aprovados e os alunos matriculados no início do ano
lectivo. Esta proporção, também, pode ser calculada entre os alunos aprovados e os existentes
no inal do ano lectivo.
O Gráico 2.13 mostra a taxa de aproveitamento escolar por nível de ensino, em quase todos
os níveis houve uma tendência no aumento da taxa de aproveitamento durante o período em
análise com excepção do ESG2 que registou uma ligeira redução. O ESG2 apresentou as taxas
de aproveitamento mais baixas nos dois anos comparados aos de outros níveis.
Gráico 2.13 Taxa de aproveitamento por nível de ensino, Moçambique 2013 - 2014
90,0
84,2
83,7
78,7
77,6
80,0
66,3
70,0
68,7
74,2
72,9
60,0
50,0
203
40,0
204
30,0
20,0
0,0
0,0
EP
EP2
ESG 1
Fonte: MINEDH, aproveitantamento Escolar, 203 e 204
26
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
ESG 2
Segundo o Quadro 2.4, para o ensino secundário de º grau, a provincia de Inhambane foi a
que melhor aproveitamento registou com 72.8%. Maputo Cidade e Gaza são as províncias com
taxas mais baixas sendo de 65.8% e 66.0% respectivamente.
Em relação a análise por sexo importa referir que em todas províncias os homens apresentam melhor taxa de aproveitamento comparativamente as mulheres, excepto Maputo Cidade e
Provincia para o ESG1 enquanto para o ESG2 as mulheres foram as que melhor aproveitamento
registou.
Analisando o comportamento da taxa de aproveitamento por sexo segundo província no ensino
secundário do 2º ciclo, Maputo Cidade com 77.6% apresenta a maior taxa de aproveitamento
contra 65.2 % de Cabo Delgado.
Quadro 2.4 Taxa de aproveitamento do ensino secundário do 1º e 2º ciclo por sexo
segundo Província, Moçambique 2014
Provincia
ESG1
ESG2
Total
Homens
Mulheres
Total
Homens
Mulheres
País
68,7
69,1
68,2
72,9
73,7
72,1
Niassa
63,3
64,0
62,3
69,3
69,9
68,4
Cabo Delagado
68,2
68,8
67,3
65,2
67,1
62,7
Nampula
70,6
72,3
68,3
73,6
73,3
74,0
Zambézia
67,8
69,0
65,9
72,3
73,2
70,8
Tete
71,8
72,3
71,1
70,4
73,8
66,2
Manica
71,2
71,9
70,2
71,8
74,1
68,4
Sofala
67,1
67,3
66,8
73,3
73,2
73,4
72,4
Inhambane
72,8
7,0
74,2
73,8
75,5
Gaza
66,0
66,1
65,9
75,4
76,2
74,8
Maputo Província
68,2
67,9
68,4
71,9
72,9
71,2
Maputo Cidade
65,8
64,8
66,5
77,6
77,1
78,0
Fonte: MINEDH, aproveitantamento Escolar 204
A taxa de desistência é obtida pela diferença entre o número de alunos registados no início do
ano lectivo (levantamento estatístico de 3 de Março) e o número de alunos existentes no im
do ano lectivo (levantamento estatístico sobre o aproveitamento escolar feito no im do ano
lectivo). Os movimentos de entradas e saídas de alunos causados por transferências e outros
motivos, não são considerados por falta de informação.
O Gráico 2.14, mostra que a taxa de desistência é mais acentuada no ensino primário comparativamente ao ensino secundário.
De referir que neste período em analise, as taxas de desistências no EP2 e ESG2 aumentaram,
reduziram no ESG1 e enquanto que no EP1 mantiveram se constantes.
27
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Gráico 2.14 Taxa anual de desistência por nível de ensino, Moçambique 2014
0,0
8,8
9,0
8,0
7,0
8,2
7,9
6,8
6,8
5,9
5,7
6,0
203
5,0
204
3,8
4,0
3,0
2,0
,0
0,0
EP
ESG 1
EP2
ESG 2
Fonte: MINEDH, aproveitantamento Escolar 204
Segundo o Quadro 2.5, de uma forma geral são registadas mais desistências no ensino primário
do 2º Grau relativamente ao do 1º Grau. Maputo Província e Cidade são as que apresentam as
menores taxas. No geral as mulheres são as que mais dexistem comparados aos homens.
Quadro 2.5 Taxa anual de desistência no ensino primário por sexo segundo
província, Moçambique 2014
Provincia
País
Niassa
EP1
EP2
Total
Homens
Mulheres
Total
6,8
7,1
7,0
8,8
Homens
9,0
Mulheres
9,2
11,3
11,5
12,5
12,8
11,9
16,3
Cabo Delagado
7,3
7,8
7,2
10,3
9,6
12,4
Nampula
8,2
8,7
8,3
,
,3
2,
Zambézia
5,9
5,8
6,4
9,2
9,5
9,6
Tete
8,2
8,6
8,6
12,9
12,8
15,1
Manica
6,8
7,1
7,0
9,9
10,5
10,0
Sofala
7,7
7,5
8,5
0,0
9,4
2,
Inhambane
3,6
4,1
3,1
5,9
6,6
5,5
Gaza
5,0
5,7
4,3
6,8
7,7
6,5
Maputo província,
4,2
4,8
3,9
3,8
3,3
4,5
Maputo Cidade
3,6
3,7
3,7
3,4
4,0
2,9
Fonte: MINEDH, aproveitantamento Escolar 204
De acordo com Quadro 2.6 as taxas de desistências são mais elevadas no ESG1 em relação ao
ESG2 com destaque para as Mulheres que é de 7.1%.
A província do Niassa apresenta taxas mais elevadas de desistências em todos ciclos com
destaque para o ESG2 com 18%. As taxas mais baixas estão em Maputo Cidade tanto no ESG1
como no ESG2. No geral as mulheres apresentam taxas mais elevadas.
28
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Quadro 2.6 Taxa anual de desistência no ensino secundário por sexo segundo
província, Moçambique 2014
ESG1
Provincia
ESG2
Total
Homens
Mulheres
Total
Homens
5,7
4,9
7,1
5,9
5,6
6,6
11,1
9,1
16,1
12,5
10,6
18,0
Cabo Delagado
3,0
3,5
2,3
7,0
7,4
7,
Nampula
5,8
2,7
11,2
6,2
6,6
6,0
Zambézia
5,7
4,8
7,6
4,7
6,0
3,0
Tete
7,9
7,2
9,5
6,8
4,7
10,3
Manica
9,9
0,0
0,9
8,7
7,
2,2
Sofala
7,
5,
0,7
8,0
8,4
8,0
Inhambane
6,6
6,9
6,8
7,1
5,6
9,0
Gaza
4,6
4,7
4,9
5,0
5,5
4,9
Maputo província.
2,8
2,8
2,9
3,0
2,8
3,3
Maputo Cidade
1,6
0,3
2,7
1,7
0,0
3,1
País
Niassa
Mulheres
Fonte: MINEDH, aproveitantamento Escolar 204
Ensino Superior
A informação apresentada é recolhida pelo Ministério de Ciência, Ensino Superior e Ensino
Técnico Proissional, nas diferentes instituições de ensino superior existente no País. As instituições do ensino superior classiicam-se em: universidades, institutos superiores, escolas superiores, institutos superiores politécnicos e academias.
A procura pela formação de superior no País tem vindo a registar uma tendência crescente.
Houve um crescimento considerável das instituições públicas e privadas entre 2000 e 2013. De
2013 para 2014 não houve registo de novas instituições (Gráico 2.15).
Gráico 2.15 Número de instituições de nível superior, Moçambique 2000-2014
35
30
30
8
8
30
25
2
7
20
22
7
2
5
Publico
0
Privado
5
4
5
0
2000
2005
200
202
203
204
Fonte: MINEDH, Estatísticas do Ensino Superior 204
O número de estudantes matriculados não é proporcional ao número dos graduados (licenciados), este facto pode estar associado as reprovações, desistências, entre outros. De 2010 à
204, o número de estudantes matriculados tende aumentar, correspondendo a um crescimento
em cerca de 45%, enquanto dos graduados diminui em 19% (Gráico 2.16).De referir que
essas categorias são referentes a casos registados em cada um dos anos independentemente
de serem ou não estudantes acumulados dos outros anos, não se tem em conta a um ciclio de
graduação que varia de 4-5 anos.
29
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Gráico 2.16 Estudantes matriculados e graduados do Ensino Superior Público,
Moçambique 2010-2014
20 000
04 979
97 04
00 000
80 000
72 54
79 333
8 576
7 28
7 533
60 000
40 000
20 000
0 606
7
8 88
203
204
0
200
20
202
Graduados
Matriculados
Fonte: MINEDH, Estatísticas do Ensino Superior 204
O Gráico 2.17 mostra que não existe muita diferença entre ensino superior publico e privado,
em termos da tendência entre número de matriculados e graduados, isto é, em ambos sistemas
há mais matriculados do que graduados. Neste ensino, veriicou-se um aumento do número de
matriculados em cerca de 82% de 2010 para 2014, embora tenha havido uma redução em cerca
de 36% de 2012 para 2013. O número de graduados aumentou em 52% de 2010 para 2014.
Gráico 2.17 Estudantes matriculados e graduados do Ensino Superior Privado,
Moçambique 2010-2014
60 000
52 452
50 000
42 203
40 000
33 454
30 969
28 82
30 000
20 000
0 000
2 799
2 84
200
20
3 755
3 44
4 252
203
204
0
202
Matriculados
Graduados
Fonte: MINEDH, Estatísticas do Ensino Superior 204
O Quadro 2.7 apresenta distribuição percentual de estudantes matriculados e graduados por
área de formação no ensino superior público cerca de 37% matriculados no ensino superior
público estão matriculados na área de Ciências sociais Gestão, direito sendo as mulheres com
maior representatividade, seguido de Educação com 28% e com um equilíbrio no género, e nas
áreas não especiicadas com menor percentagem de matriculados. O mesmo padrão veriica se
para os graduados, com uma diferença clara na educação onde os homens graduam mais que
as mulheres.
30
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Quadro 2.7 Distribuição percentual dos estudantes matriculados e graduados no
ensino por área de formação, Moçambique 2014
Áreas de Formação
Matriculados
Graduados
Feminino
Masculino
Total
Feminino
Masculino
N
40 258
64 721
104 979
3 449
5 432
8 881
Total
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
28,0
28,04
28,03
33,49
37,48
35,93
4,32
3,83
4,02
3,02
2,80
2,88
Ciências sociais, gestão, direito 45,45
31,14
36,63
43,87
32,33
36,81
3,16
4,33
3,87
Educação
Letras e humanidades
Ciências naturais
Total
4,34
9,06
7,25
Engenharias, indústrias e
construção
4,10
14,78
10,68
1,77
6,04
4,38
Agricultura
4,45
5,9
4,9
3,54
4,75
4,28
Saúde e bem-estar
6,79
4,25
5,22
8,61
6,00
7,01
Serviços
2,48
3,67
3,21
2,49
6,28
4,81
Áreas não especiicadas
0,07
0,04
0,05
0,06
0,00
0,02
Fonte: MINEDH, Estatísticas do Ensino Superior 204
O Quadro 2.8 apresenta o número de estudantes matriculados e graduados por área de formação
no ensino superior privado, diferentemente do público este não apresenta áreas não especiicadas. Em 2014 foram matriculados mais de 52 mil estudantes. Sendo 62.56% estudantes
matriculados na de ciências sociais, gestão, direito seguido de educação com 19.01. A área
de Serviços foi a que teve menor número de estudantes matriculados. Na Educação há mais
homens que mulheres e o inverso na área de Ciências sociais, gestão, direito.
Foram graduados cerca de 4000 estudantes no ensino superior privado em 204, sendo os
estudantes do sexo feminino em maior número. A área de ciências sociais, gestão, direito foi a
que mais estudante graduou.
Importa referir que tanto para o ensino superior público como para o privado há maior procura
pelas áreas de ciências sociais.
Quadro 2.8 Estudantes matriculados e graduados no ensino privado por área de
formação, Moçambique 2014
Áreas de Formação
Matriculados
Graduados
Feminino
Masculino
Total
25611
26841
52452
2200
100,00
100,00
100,00
100,00
15,61
22,25
19,01
8,18
10,28
0,45
0,51
0,48
0,36
1,22
0,78
68,58
56,82
62,56
73,45
66,47
70,08
Ciências naturais
1,71
6,92
4,38
2,59
5,99
4,23
Engenharias, indústrias e construção
2,72
7,39
5,11
2,41
5,07
3,69
N
Total
Educação
Letras e humanidades
Ciências sociais, gestão, direito
Feminino Masculino
2052
Total
4252
100,00 100,00
9,20
Agricultura
0,90
1,45
1,18
2,86
3,90
3,36
Saúde e bem-estar
9,34
4,40
6,81
9,32
6,68
8,04
Serviços
0,69
0,25
0,47
0,82
0,39
0,61
Áreas não especiicadas
…
Fonte: MINEDH, Estatísticas do Ensino Superior 204
3
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
…
III – SAÚDE
33
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Neste capítulo faz se abordagem sobre recursos humanos, infraestruturas, saúde infantil,
materna, doenças e serviços prestados pelo serviço nacional de saúde.
Dias de camas ocupadas ou dias de internamento (DCO’s) - Refere-se ao somatório dos
dias de internamento durante um determinado período em análise (semana, mês, trimestre,
semestre, ano). O indicador dias de camas ocupadas/10000 hab, obteve-se pela divisão dos
dias de camas ocupadas pela população total multiplicada por 0000.
Partos institucionais, compreende ao total de partos ocorridos nas unidades sanitárias num
determinado período. O Indicador de partos institucionais, mede número de partos ocorridos
por cada 10000 Mulheres em Idade Fértil (MIF), num dados período, e obtém-se dividindo
número de partos pelo total de mulheres em idade fértil e multiplicado por 0000.
Vacinação por 10000 habitantes – é a razão entre o número total de vacinas administradas
dividido pelo total da população multiplicado por 0000.
Rácio consultas externas é a razão entre o total de consultas por doenças externas ao nível
de todas unidades de saúde por total da população desse ano.
Rácio contacto saúde materno infantil por mulheres 15-49 anos é a razão entre as
consultas materno infantil sobre o número total da população feminina de 5-49 anos.
Serviços de saúde prestados
O Quadro 3. mostra a distribuição de serviços de saúde prestados pelas unidades de atendimento de saúde ao nível nacional e provincial. Maputo Cidade registou maior número de dias
de camas ocupadas em cada 0000 habitantes e Nampula foi a província com maior cobertura
em camas ocupadas.
Os dias de camas ocupadas em 204 foram acima de 500 em cada 0000 habitantes. Em
relação aos partos institucionais existiam em média acima de 300 partos em cada 0000
mulheres em idade fértil, sendo as províncias de Niassa e Nampula com maior frequência
de partos com 1640 e 1521.5 respectivamente. Em média foram vacinadas cerca de 7235.3
pessoas em cada 0000 habitantes. Cerca de 3 mulheres gravidas procuraram pelos serviços
maternos e infantil, e em relação ao rácio consultas externas por habitante é de .3 em média.
No País, existe cerca de 4 hospitais para cada 00000 habitantes, sendo as províncias de Sofala
e Maputo Cidade com maior número.
Quadro 3.1 Serviços prestados segundo província, 2014
Provincia
Dias de camas
ocupados/
10 000 hab
País
Racio
Racio contactos
Partos /
Vacinacao/ Saude Materno consultas
10 000
nfantil/mu- externa/
10 000 hab
MIF
lheres 15-49
hab
Racio hospitalar por
100 000
hab
1 534,0
1 322,5
7 235,3
3,1
1,3
4,2
Niassa
1 095,4
1 640,0
7 900,6
3,8
1,2
3,9
Cabo Delgado
1 770,0
1 446,0
7 503,4
3,7
1,5
4,8
Nampula
1 696,5
1 521,5
8 574,7
3,2
1,1
4,3
Zambézia
858,4
1 233,9
7 415,6
2,7
0,9
3,1
3,2
Tete
1 060,7
1 321,7
7 142,4
2,7
0,9
Manica
1 244,4
1 382,2
7 509,9
3,6
1,5
4,3
Sofala
2 178,4
1 481,8
7 446,8
3,0
1,8
5,3
Inhambane
1 447,3
1 132,8
6 320,1
3,7
1,7
4,6
Gaza
1 466,2
1 227,2
6 238,8
3,2
1,9
4,7
Maputo Provincia
1 011,4
689,9
4 733,6
2,5
1,4
3,5
Maputo Cidade
4 881,4
1 244,8
4 930,7
2,3
1,7
7,6
Fonte: MISAU, Direcção Nacional de Planiicação e Cooperação
35
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Unidades sanitárias
O atendimento melhorado, na prestação de serviços de saúde está também associado ao
aumento quantitativo e qualitativo de unidades hospitalares. Entre 203 e 204, houve aumento
de unidades hospitalares em todas categorias com destaque para hospitais e centros de saúde,
porém, o número de hospitais aumentou de 53 para 58, enquanto os centros de saúde passaram
de 1233 em 2013 para 1277 em 2014 (Gráico 3.1).
Gráico 3.1 Número de unidades hospitalares, Moçambique 2013-2014
400
277
233
200
000
203
800
204
600
400
57
200
160
64
58
0
Hos pitais
post os de saude
Centros d e s au de
Fonte: MISAU, Direcção Nacional de Planiicação e Cooperação, 2013 e 2014
O Gráico 3.2 mostra que em média no País existem cerca de 6 Unidades de unidades hospitalares para cada 00000 habitantes.
Gráico 3.2 Número de unidades hospitalares por 100000 habitantes,
Moçambique 2013-2014
20
5
0
5,94
5,99
203
204
5
0
Fonte: MISAU, Direcção Nacional de Planiicação e Cooperação, 2013 e 2014
O Quadro 3.2 mostra a distribuição de unidades hospitalares por província, onde predominam
mais centros de saúde em relação as restantes unidades. A Província de Zambézia tem maior
número com um total de 233 Unidades Sanitárias (US), seguido de Nampula com um total de
23 US, isto pode estar associado ao facto de essas serem as províncias mais populosas do País.
De referir que em todas as províncias existe pelo menos um hospital com categoria de central
ou provincial.
36
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Quadro 3.2 Unidades hospitalares segundo província, Moçambique 2014
Provincia
Hospitais*
Hospitais
distritais
Centro de
Saude
Posto de
Saude
Total
16
48
1 277
160
1 501
Niassa
País
1
2
166
0
169
C. Delgado
4
04
8
7
Nampula
3
8
59
43
23
Zambézia
1
6
194
32
233
Tete
2
4
107
3
116
Manica
4
00
3
08
Sofala
1
5
125
25
156
Inhambane
4
2
0
27
Gaza
1
4
99
28
132
Maputo Provincia
3
8
8
93
Maputo Cidade
3
4
30
0
37
Fonte: MISAU, Direcção Nacional de Planiicação e Cooperação, 2014
*Hospitais Centrais e Provinciais
O Gráico 3.3 apresenta o rácio de camas hospitalares por maternidades e outras enfermarias.
Existem cerca de 4 camas de maternidade para 0000 MIF e 8 de outras enfermarias.
Gráico 3.3 Rácio de camas hospitalares por 10000 habitantes,
Moçambique 2013-2014
20,0
5,0
4,
3,7
0,0
8,4
8,3
Matern idade
Outras
5,0
0,0
203
204
Fonte: MISAU, Direcção Nacional de Planiicação e Cooperação 2013 - 2014
As províncias de Nampula e Maputo Cidade são as que apresentam maior número de camas de
outras enfermarias enquanto Gaza e Niassa são as que tem o menor número. Quanto ao número
de camas de maternidades destacam-se as províncias de Zambézia e Gaza, que apresenta maior
número, e as províncias de Manica e Maputo Província com menor número (Gráico 3.4).
37
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Gráico 3.4 Número de camas hospitalares por tipo, segundo província,
Moçambique 2014
Cidade de Maputo
2 265
866
Maput o
547
632
595
Gaza
In hambane
1 064
826
629
Sofala
228
805
Manica
Outras
Matern idade
774
484
Tete
738
847
1 165
Zambezia
Nampula
974
Cabo Delgado
967
73
40
2 89
620
57
Niass a
500
000
500
2 000
2 500
Fonte: MISAU, Direcção Nacional de Planiicação e Cooperação 2014
O Gráico 3.5 apresenta o rácio de camas hospitalares por cada 10 mil habitantes e mulheres em
idade reprodutiva. A província de Gaza destaca-se com maior rácio de camas de maternidade
seguida pela Maputo Cidade com mais de 24 camas por 0000 MIF e a Província de Nampula
é a que tem menor rácio de camas de maternidade.
Gráico 3.5 Rácio de camas hospitalares segundo província, Moçambique 2014
8,5
Maput o Cidad e
3,9
Maput o
23,9
2,3
4,3
Gaza
3,
5,6
In hambane
7,4
6,1
Sofala
16,9
4,
Manica
,2
3,5
Tete
Matern idade por 0 .00 0 MIF
2,5
Zambezia
12,6
4,5
Nampula
Outras camas 0 .00 0 hab
3,5
8,2
5,2
Cabo Delgado
16,5
3,9
Niass a
0,0
5,0
5,4
0,0
5,0
20,0
25,0
30,0
35,0
Fonte: MISAU, Direcção Nacional de Planiicação e Cooperação 2014
Pessoal de Saúde
De acordo com o Gráico 3.6, pode se constatar que o pessoal com nível elementar teve maior
representatividade com 38% no período em análise. O pessoal de nível superior registou um
aumento em 0.6 pontos percentuais. Importa referir que há uma tendência de aumento do
pessoal com nível superior e médio e redução do pessoal básico e elementar.
38
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Gráico 3.6 Distribuição percentual do pessoal do serviço nacional de saúde, por
nível de escolaridade, Moçambique 2013 - 2014
45,0
38,4
40,0
37,9
35,0
27,7
30,0
29,4
25,2
203
23,2
25,0
20,0
204
5,0
0,0
9,0
9,6
5,0
0,0
Sup erior
Medio
Bas ico
Elementar
Fonte: MISAU, Direcção Nacional de Planiicação e Cooperação, 2013 - 2014
O Quadro 3.3 apresenta a distribuição percentual do pessoal do serviço nacional de saúde por
nível de escolaridade segundo provincia.Das cerca de 44 mil pessoas do Serviço Nacional de
Saúde existentes no pais, destaca se o pessoal de nível elementar seguido do de nível médio
com cerca de 38% e 29% respectivamente. Maputo Cidade seguida de Safola com 19.7%
e 11.0% respectivamente são as províncias com maior percentagem do pessoal com nível
superior.
Quadro 3.3 Distribuição percentual de pessoal do serviço nacional de saúde por
nível de escolaridade, segundo província, Moçambique,2014.
Superior
Médio
País
9,6
29,4
23,2
Niassa
5,9
32,4
24,8
37,0
00,0
2 830
C. Delgado
7,0
32,5
24,7
35,8
00,0
3 058
6 125
Província
Básico Elementar
37,9
Total
N
100,0
44 081
Nampula
7,1
31,2
22,6
39,1
100,0
Zambézia
6,1
30,4
23,7
39,9
100,0
6 022
Tete
6,7
32,4
28,1
32,7
100,0
2 515
Manica
7,9
32,7
24,4
35,0
00,0
2 872
11,0
28,1
23,7
37,2
100,0
4 684
Inhambane
6,5
30,1
27,3
36,1
100,0
2 820
Gaza
6,3
29,7
28,1
35,8
100,0
2 761
Maputo Provincia
9,8
26,2
21,7
42,3
100,0
2 819
19,7
24,1
16,8
39,3
100,0
7 575
Sofala
Maputo Cidade
Fonte: MISAU, Direcção Nacional de Planiicação e Cooperação, 2014
O Quadro 3.4 apresenta a distribuição percentual de proissionais de Serviço Nacional de Saúde
por categoria, segundo província em 2014. Dos 12.764 proissionais existentes em todo o país
14.2% são médicos, 85.8% são enfermeiros. A nível provincial, Maputo Cidade, Nampula,
Zambézia e Sofala são as apresentam maior número de efectivo com 20, 2002, 57 e 395
respectivamente e Maputo Província com menor número.
39
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Quadro 3.4 Distribuição percentual de proissionais de Serviço Nacional de Saúde
por categoria, segundo provincia, Moçambique 2014
Província
País
Niassa
Medicos
Enfermeiros
Total
N
14,2
85,8
100,0
12 764
861
8,7
91,3
100,0
C. Delgado
2,7
87,3
00,0
774
Nampula
0,5
89,5
00,0
2 002
Zambézia
9,4
90,6
100,0
1 571
Tete
10,1
89,9
100,0
869
Manica
0,8
89,2
00,0
888
Sofala
13,5
86,5
100,0
1 395
Inhambane
10,6
89,4
100,0
832
9,3
90,7
100,0
870
Maputo Provincia
14,3
85,7
100,0
691
Maputo Cidade
31,7
68,3
100,0
2 011
Gaza
Fonte: MISAU, Direcção Nacional de Planiicação e Cooperação, 2014
O País tem disponível cerca de 7 médicos e 44 enfermeiros para cada 00000 habitantes, sendo
Maputo cidade, que apresenta maior rácio e a Província de Zambézia apresenta menor.Em
relação aos enfermeiros, o maior rácio foi também observado em em Maputo Cidade, 2.
Quadro 3.5 Rácio de médicos e enfermeiros em cada 100000 habitantes segundo
província, Moçambique 2014
Provincia
Medicos
Enfermeiros
7,23
43,74
Niassa
4,7
49,33
Cabo Delgado
5,26
36,3
Nampula
4,32
36,64
Zambezia
3,4
30,4
Tete
3,64
32,29
Manica
5,4
42,44
Sofala
9,45
60,32
País
Inhambane
5,96
50,43
Gaza
5,82
56,68
6,04
36,13
52,04
2,
Maputo Provincia
Maputo Cidade
Fonte: MISAU, Direcção Nacional de Planiicação e Cooperação, 2014
Saúde materno infantil
A saúde materna infantil congrega indicadores da qualidade de vida de mães e ilhos, e estes
indicadores são de maior importância para avaliar, planiicar e aprimorar as condições de saúde
da mulher, durante o ciclo gestacional.
Para avaliar a sobrevivência e o estado de saúde das crianças à nascença, são normalmente
usados dois indicadores, a taxa de mortalidade infantil, e a taxa do baixo peso à nascença.
40
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Taxa de baixo peso a nascença é a percentagem de crianças que nascem com peso inferior
a 2.500 gramas. Este é um indicador sensível do estado de nutrição materna e tem consequências graves, pois se relecte na mortalidade infantil, uma vez que as crianças deste grupo que
nascem com baixo peso apresentam elevado risco de morbi-mortalidade.
O Gráico 3.7, mostra uma tendência de redução das taxas de baixo peso a nascença, o que
pode estar associado a existência de vários programas que visam melhorar o estado de saúde
da mulher e da criança, levando a diminuição da subnutrição da mulher durante a gravidez.
Gráico 3.7 Taxa de baixo peso a nascença, Moçambique 2012-2014
8
6,8
7
5,6
6
4,6
5
4
3
2
0
202
203
204
Fonte: MISAU, Direcção Nacional de Planiicação e Cooperação, 2012 – 2014
O Gráico 3.8 apresenta taxa de baixo peso a nascença por província onde Cabo Delgado destaca
se com taxas mais altas,cerca de 6% das crianças nasceram com peso inferior a 2500gramas, e
Maputo Província tem as taxas mais baixa com 2.7%, nas das restantes províncias a taxa varia
entre 4% e 5%.
Gráico 3.8 Taxa de baixo peso a nascença por província Moçambique, 2014
Maput o Cidad e
4,5
Maput o Provinci a
2,7
Gaza
5,
In hambane
4,
Sofala
5,2
Manica
4,0
Tete
3,9
Zambezia
4,3
Nampula
4,4
6,2
Cabo Delgado
Niass a
4,9
0,0
,0
2,0
3,0
4,0
5,0
Fonte: MISAU, Direcção Nacional de Planiicação e Cooperação, 2014
4
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
6,0
7,0
Vacinação
A vacinação, além da proteção pessoal, tem benefícios para toda a comunidade, pois quando
a maior parte da população estiver vacinada maior é a prevenção de transmissão de certas
doenças.
Neste capítulo descreve-se vacinas aplicadas a determinados grupos alvos aos programas, como
é o caso de mulheres grávidas, mulheres em idade fértil, crianças na escola e trabalhadores. O
Quadro 3.6 mostra informação sobre o número de pessoas que receberam os vários tipos de
vacinas. Veriica-se um crescimento considerável no número de população vacinada. O destaque
vai para as mulheres em idade fértil (15-49 anos) o maior grupo alvo com mais de 4 milhões,
seguido de mulheres grávidas com aproximadamente 3 milhões.
Quadro 3.6 População vacinada segundo o tipo de vacina e grupo alvo,
Moçambique 2013-2014
Descrição
Total
Grupo alvo (0-11meses) Sarampo/(dose única)
2013
2014
13 683 512
13 983 459
841 664
891 471
BCG (dose única)
1 025 910
1 080 106
DPT +HB
025 90
050 784
DPT 3+HB
890 298
950 708
1 012 858
1 029 410
Pólio (I dose)
Pólio (III dose)
Sub total
890 298
913 842
5 745 235
5 916 321
Outros grupos alvos
Grávidas
2 771 554
2 997 496
Mulheres (15-49)
4 242 871
4 623 262
890 756
419 004
Crianças nas escolas
Trabalhadores
Sub total
33 096
27 376
7 938 277
8 067 138
Fonte: MISAU, Direcção Nacional de Planiicação e Cooperação, 2013 - 2014
42
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
IV – ASSISTÊNCIA SOCIAL
43
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Segurança Social
O Sistema de Segurança Social visa garantir assistência material ao trabalhador, nas situações
de falta ou diminuição da capacidade para o trabalho. O sistema abrange também aos familiares dos trabalhadores em casos de morte segundo o artigo nº 2 da Lei nº 05/89 de 8 de
Setembro.
A informação sobre segurança social retrata o número de contribuintes e beneiciários no
sistema de segurança social no País, os valores pagos aos beneiciários pelos diferentes casos
subsidiados. Os trabalhadores (beneiciários) podem ser inscritos ou activos.
Beneiciário Activo são trabalhadores assalariados inscritos no INSS que pagam as suas
contribuições, enquanto os inscritos são trabalhadores assalariados registados no sistema de
Segurança Social mas que não canalizam as contribuições.
Os contribuintes referem-se as empresas que podem ser inscritas ou activas. Contribuintes
inscritos são empresas registadas no sistema, e activos as que cumprem com suas obrigações
sociais.
O Gráico 4.1 mostra a evolução de número de contribuintes e dos beneiciários no sistema
de segurança social. Tanto os contribuintes como os beneiciários registaram uma tendência
crescente, tendo passado de cerca de 50 mil contribuintes em 203 para mais de 58 mil em
2014, enquanto o número de beneiciários aumentou atingiu 129 mil em 2014.
Gráico 4.1 Número de contribuintes e beneiciários do Sistema de Segurança
Social, Moçambique 2013-2014
400 000
290 93
164 88
200 000
203
000 000
800 000
204
600 000
400 000
200 000
50 085
58 045
0
Contrib uintes
Ben eficiario s
Fonte: MITRAB, Estatísticas do Trabalho, 203-204
O Quadro 4.1 mostra que nos dois anos em analise, Maputo Cidade apresenta mais de 35% de
contribuintes e 36% de beneiciários e a província de Niassa com 3% e 2.0% de contribuintes
e beneiciários respectivamente é a menos representativa.
Analisando o Quadro 4.1, nota-se que no geral, houve pequenas alterações na distribuição de
contribuintes e beneiciários por províncias de 2013 para 2014. Houve um aumento de contribuintes em Cabo Delgado, Nampula, tete, Inhambane e Maputo Província e uma redução nas
províncias de Sofala e Maputo cidade. Para os beneiciários, houve aumento em Cabo Delgado,
Nampula, Zambézia, Manica e Inhambane e redução nas províncias de Sofala, Gaza, Maputo
Província e Maputo Cidade.
Tanto para os contribuintes como para os beneiciários a maior redução veriicou-se em sofala,
sendo de .2 e .8 pontos percentuais de 203 para 204 respectivamente.
45
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Quadro 4.1 Distribuição percentual de contribuintes e beneiciários do Sistema de
Segurança Social segundo província, Moçambique, 2014
Contribuintes
Provincia
País
Beneiciarios
2013
2014
2013
2014
50 085
58 045
1 164 881
1 290 931
Total
100
100
100
100
Niassa
3,0
3,0
2,2
2,2
Cabo Delgado
4,2
4,5
2,9
3,0
Nampula
8,6
9,0
7,4
9,3
Zambézia
9,2
9,2
4,9
5,
Tete
4,3
4,6
4,8
4,8
Manica
6,2
6,5
5,2
5,3
Sofala
0,5
9,3
3
,2
Inhambane
5,
5,2
3,4
3,5
Gaza
4,8
4,8
3,5
3,4
Maputo Província
7,9
8,3
16,2
15,5
36,1
35,7
36,7
36,6
Maputo Cidade
Fonte: MITRAB, Estatísticas do Trabalho, 203-204
Os Gráicos 4.2 e 4.3 mostram que no geral houve um aumento de casos subsidiados e de
valores pagos pelo sistema de segurança social no País. O aumento foi cerca de 6% de casos
subsidiados e em cerca de 28% valores pagos, de 2013 para 2014.
Gráico 4.2 Número de casos subsidiados pelo Sistema de Segurança Social,
Moçambique 2013 - 2014
61 000
60 244
60 000
59 000
58 000
57 000
56 605
56 000
55 000
54 000
203
204
Fonte: MITRAB, estatísticas do Trabalho, 203-204
Em 2013 e 2014, o gráico 4.4 mostra que pensão de sobrevivência e de velhice tem sido de
maior predominância no no sistema de segurança social, enquanto que os de internamento tem
sido de menor importância
Gráico 4.4 Distribuição percentual dos casos subsidiados pelo sistema de Segurança social por
tipo de casos, Moçambique 204
46
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Gráico 4.3 Total de valores (103 MT) pagos aos beneiciários do Sistema de
Segurança Social, Mocambique 2013 - 2014
2 500 000
2 22 084
2 000 000
729 532
500 000
000 000
500 000
0
203
204
Fonte: MITRAB, estatísticas do Trabalho, 203-204
Em 2013 e 2014, o gráico 4.4 mostra que pensão de sobrevivência e de velhice tem sido de
maior predominância no no sistema de segurança social, enquanto que os de internamento tem
sido de menor importância
Gráico 4.4 Distribuição percentual de casos subsidiados pelo Sistema de
Segurança Social por tipo de casos, Moçambique 2013 - 2014
35,7
34,04
Pensao de S obreviven cia
2,
2,34
Pensao de Invalidez
34,9
33,78
Pesao de Velhice
Abono de Vel hice
,3
,02
Abono de Sobrevivencia
,0
,0
204
3,2
2,54
Sub sidio de Maternidade
203
0,0
0,02
Sub sidio de Internamento
Sub sidio de Funeral
Sub sidio de Morte
4,
4,3
4,0
4,02
13,6
Sub sidio por Doenca
0,00
5,00
0,00
5,00
16,06
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
Fonte: MITRAB, Estatísticas do Trabalho, 203-204
Segundo o Gráico 4.5, a maior parte do valor gasto pelo sistema de segurança social, nos
dois anos, foi para o pagamento de pensão de velhice com mais de 50%, seguido de pensão
de sobrevivência com cerca de 29%. Com excepção do subsídio de morte com cerca de 7%,
os restantes casos representam cada um menos de 3% do valor pago em relação ao total do
valor.
47
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Gráico 4.5 Distribuição percentual dos valores (103MT) pagos pelo Sistema de
Segurança Social por tipo, Moçambique 2013 - 2014
30,3
29,4
Pensao de S obreviven cia
2,5
2,6
Pensao de Invalidez
55,0
54,2
Pesao de Velhice
0,3
0,6
0,3
0,5
2,2
2,5
0,0
Abono de Vel hice
Abono de Sobrevivencia
Sub sidio de Maternidade
Sub sidio de Internamento
204
203
6,7
0,5
0,5
Sub sidio de Funeral
6,7
6,9
Sub sidio de Morte
2,
2,8
Sub sidio por Doenca
0,0
0,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
Fonte: MITRAB, Estatísticas do Trabalho, 203-204
Acção Social
Em Moçambique a educação pré- escolar ainda é muito limitada, é constituída por centros
infantis públicos e privados. Este nível de ensino e aprendizagem abrange crianças do 0-5 anos
de idade, sendo este sector da responsabilidade do Ministério de Género, Crianças e Acção
Social.
O Quadro 4.3 mostra que o número de instituições de educação pré-escolar reduziu de 1046
para 954 de 203 para 204 e o número de crianças atendidas aumentou, de mais de 70
mil para mais de 80 mil no mesmo período. Houve uma redução de 48 centros infantis
privados, encerrados por se constatar que não apresentavam condições para funcionamento
e um aumento de 58 escolinhas comunitárias onde foram atendidas cerca de 70% do total de
crianças. O número de centros para crianças em situação difícil aumentou, passando de 98 em
2013 para 116 em 2014 e o número de crianças em situação difícil atendidas também aumentou
de cerca de 2 mil para 29 mil.
Quadro 4.3 Indicadores da área da criança, Moçambique 2013-2014
Educação Pré-Escolar
Total
Nº Centros
Nº Crianças Atendidas
2013
2014
2013
2014
1 046
954
71 652
81 566
Centros Infantis Públicos
11
9
1680
1508
Centros Infantis Privados
449
30
9 897
27 597
Escolinhas comunitárias
52 461
586
644
50 075
Criança em Situação Difícil Total
98
116
26 047
29143
Centros da/na Rua
80
97
24 148
26 876
Infantários Estatais
8
8
2
28
Infantários Privados
10
11
778
986
Fonte: MMAS, Direcção Nacional de Acção Social, Relatórios de 2013 e 2014.
48
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Programas de assistência social directa
Existem vários Programas de assistência social directa focalizados à pessoas extremamente
pobres e sem capacidade física para trabalhar, entre eles estão crianças, idosos, pessoas com
deiciências, doentes crónicos, mulheres grávidas e mulheres chefes de agregados familiares.
Estes programas de acção social são desenvolvidos pelo INAS.
O Programa de subsídio social básico- é o conhecido como Programa Subsídio de Alimentos
(PSA) é o principal programa de protecção social básica do governo de Moçambique, em termos
de cobertura. Foi criado em 1990 para ajudar os idosos destituídos (mulheres acima de 55
anos e homens acima de 60), pessoas que vivem com deiciências, doentes crónicos e seus
dependentes, provendo uma transferência mensal
O Programa de Apoio Social Directo (PASD)- fornece apoio material à pessoas indigentes
precisando de apoio pontual, geralmente sob a forma de alimentação básica, material escolar
para crianças vulneráveis, ou em bens domésticos. Os beneiciários são selecionados baseandose numa avaliação caso a caso. Este apoio pode ser concedido a indivíduos, agregados familiares ou instituições (ex. Infantários, Centros de Apoio a Velhice, entre outras).
Analisando os dois programas ao longo o período em análise (Gráico 4.6), constatou-se que
houve um aumento de beneiciários para o maior programa que é o do subsídio social básico, e
de 203 para 204 uma redução para o programa Apoio Social Directo.
Gráico 4.6 Número de beneiciários no Programa de Subsídio Social Básico e Apoio
Social Directo, Moçambique 2013-2014
400 000
338 216
350 000
304 596
300 000
250 000
Apoio Social Directo
200 000
Sub sidio Social Basi co
50 000
00 000
5 44
43 742
50 000
0
203
204
Fonte: INAS, Relatório Anual 2013 - 2014
Segundo o Gráico 4.7, os beneiciários do programa de subsídio social básico, são na sua
maioria do sexo feminino. De 2013 para 2014 veriicou-se um aumento em mais de 24 mil
beneiciários do sexo feminino contra o aumento de mais de 9 mil do sexo masculino.
49
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Gráico 4.7 Número de beneiciários no Programa de Subsídio Social Básico por
sexo, Moçambique 2013-2014
250000
25227
9574
200000
50000
22989
3022
Masculino
Feminino
00000
50000
0
203
204
Fonte: INAS, Relatório Anual 2013 - 2014
o programa de Apoio Social Directo, nota-se também que os maiores beneiciários são os do
sexo feminino. De 2013 para 2014 houve uma redução do número de beneiciários de ambos
os sexos.
Gráico 4.8 Número de beneiciários nos Programa de Apoio Social Directo por
sexo, Moçambique, 2013-2014
35000
28686
30000
26167
22728
25000
7575
20000
Masculino
5000
Feminino
0000
5000
0
203
204
Fonte: INAS, Relatório Anual 2013 - 2014
O Gráico 4.9, apresenta os beneiciários do programa subsidio social básico por grupos alvos
em 203 e 204. Nota-se um aumento em todos grupos alvos, com destaque para os idosos que
é o maior grupo alvo deste programa, com mais de 300 000 beneiciários, o que corresponde a
mais de 90% em relação ao total de beneiciários neste programam nos dois anos. Em seguida
temos os portadores de deiciência com mais 17 mil beneiciários em 2014 e por último o grupo
menos assistido foram os doentes crónicos.
Gráico 4.9 Número de beniiciários no Programa de Subsídio Social Básico por
grupo alvo, Moçambique 2013-2014
350000
322106
304576
300000
203
250000
200000
204
50000
00000
50000
5927
7044
3896
4334
0
Id osos
Pessoas com Deficiencia
Fonte: INAS, Relatório Anual 2013 - 2014
50
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
D. Cronicos
Dos idosos atendidos, o programa de subsídio social basico registou maior número de mulheres
beneiciárias em relação aos homens nos dois anos. Importa referir que houve um aumento
do número de beneiciários para ambos os sexos com destaque para o sexo masculino (Gráico
4.10).
Gráico 4.10 Número de idosos atendidos no Programa de Subsídio Social Basico,
Moçambique 2013-2014
250000
94287
9574
200000
50000
2789
203
3002
204
00000
50000
0
Homens
Mul heres
Fonte: INAS, Relatório Anual 2013 - 2014
O Quadro 4.4 apresenta o número de idosos atendidos no programa subsídio social basico por
sexo segundo província. Nampula, Gaza e Manica são as províncias com mais idosos atendidos.
Houve elevação do número de idosos atendidos em quase todas as Províncias com destaque a
Província de Tete.
As províncias de Sofala, Inhambane, Gaza e Maputo Cidade registaram uma redução do número
de idosos atendidos de 203 a 204.
Quadro 4.4 Idosos atendidos no Programa de Subsídio Social Basico, por sexo
segundo Província, Moçambique 2013-2014
Provincia
País
2013
2014
HM
H
M
HM
H
M
304 576
113 002
191 574
322 106
127 819
194 287
Niassa
25 978
9 479
16 499
26 082
9 282
16 800
Cabo Delgado
26 165
8 793
17 372
29 660
9 468
20 192
31 355
Nampula
51 379
24 675
26 704
58 703
27 348
Zambézia
29 046
13 497
15 549
32 578
14 704
17 874
Tete
30 722
9 877
20 845
32 353
16 219
16 134
Manica
30 799
15 899
14 900
33 250
8 987
24 263
Sofala
28 282
9 201
19 081
26 750
8 344
18 406
Inhambane
26 237
8 390
17 847
26 173
8 257
17 916
Gaza
36 029
9 265
26 764
35 657
21 187
14 470
Maputo Província
Maputo Cidade
8 777
1 489
7 288
12 426
2 662
9 764
11 162
2 437
8 725
8 474
1 361
7 113
Fonte: INAS, Relatório Anual 2013 - 2014
O Gráico 4.11 mostra o número de pessoas com deiciência atendidas no programa de subsídio
social básico de 2013 a 2014 por sexo. Houve redução de beneiciários atendidos para ambos
sexos neste programa, tendo passado de 8 680 para 9 232 beneiciários do sexo masculino, e
de 7 247 para 7 82 para o sexo feminino.
5
Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Gráico 4.11 Número de deicientes atendidos no Programa de Subsídio Social
Básico,
0000
9232
8680
782
8000
7247
6000
203
204
4000
2000
0
Homens
Mul heres
Fonte: INAS, Relatório Anual, 2012-2013
O Quadro 4.5 mostra o número de pessoas com deiciencia atendidas no programa de subsídio
social basico por sexo e segundo província.. Registou-se aumento de beneiciários atendidos em
cerca de 7%, onde os do sexo masculino tiveram maior numero. O número aumentou quase em
todas as províncias, com a excepção Tete Manica e Maputo Cidade.
Quadro 4.5 Número de deicientes atendidos no Programa de Subsídio Social por
sexo segundo província básico, Moçambique 2013-2014
2013
Provincia
2014
HM
H
M
HM
H
M
Total
15 927
8 680
7 247
17 044
9 232
7 812
Niassa
559
782
777
794
892
902
Cabo Delgado
1 846
939
907
2 234
1 114
1 120
Nampula
3 231
2 042
1 189
3 765
2 363
1 402
Zambezia
653
1 024
653
1 781
1 113
668
Tete
1 919
923
996
1 867
904
963
Manica
1 675
964
711
1 305
701
604
Sofala
1 806
911
895
1 830
918
912
Inhambane
566
321
245
635
360
275
Gaza
930
466
464
1 070
539
531
Maputo Província
344
143
201
398
164
234
Maputo Cidade
374
165
209
365
164
201
Fonte: INAS, Relatório Anual, 2012-2013
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Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
Em 2013 existiam mais de 3 mil doentes crónicos beneiciários no programa de subsídio de
alimentos e aumentou em cerca de 11%, atingindo mais de 4 mil em 2014. Os doentes do sexo
feminino constituíram a maioria nos dois anos..
Gráico 4.12 Número de doentes crónicos atendidos no Programa de Subsídio Social
Basico, Moçambique 2013- 2014
2500
2307
2136
298
2000
589
500
203
000
204
500
0
Homens
Mul heres
Fonte: INAS, Relatório Anual, 2013-2014
A Província de Zambézia foi a que atendeu, mais doentes crónicos sendo as mulheres a maioria
em quase todas as províncias, e Sofala com menor atendimento (Quadro 4.6).
Quadro 4.6 Número de doentes crónicos atendidos no Programa de Subsídio Social
Básico por sexo, segundo província, Moçambique 2013 - 2014
Provincias
2013
2014
HM
H
M
HM
H
M
3 896
1 589
2 307
4 334
2 136
2 198
Niassa
426
157
269
701
261
440
Cabo Delgado
461
194
267
478
340
138
Nampula
461
227
234
558
258
300
Zambézia
848
403
445
1 139
623
516
Tete
660
249
411
592
354
238
Manica
472
178
294
253
77
176
Sofala
20
9
24
3
Inhambane
38
7
2
40
7
23
País
Gaza
405
130
275
442
171
271
Maputo Provincia
39
0
29
42
9
33
Maputo Cidade
66
15
51
65
15
50
Fonte: INAS, Relatório Anual 2013-2014
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Instituto Nacional de Estatística - Estatísticas e Indicadores Sociais, 203-204 - Moçambique
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