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Revisão
Distúrbios do Sono em Pacientes
com Fibromialgia
Sleep Disorders in Fibromyalgia Patients
Maísa Gui1,Cristiane R Pedroni2, Sueli Rossini3, Rubens Reimão4*, Célia Marisa Rizzatti-Barbosa5
RESUMO
Introdução: A fibromialgia é uma doença caracterizada principalmente por dor músculo-esquelética difusa e
crônica. Os distúrbios do sono em fibromiálgicos podem ter papel não somente na etiologia da dor crônica,
mas também na perpetuação dos sintomas, portanto o estudo das condições do sono nestes pacientes é
relevante na medida em que possibilita um entendimento das condições fisiopatológicas e permite uma
abordagem ampla para o tratamento da fibromialgia. Objetivo: Apresentar a relação entre os distúrbios do
sono e os sintomas da fibromialgia e sua importância na avaliação dos fibromiálgicos. Metodologia: Foi
realizado levantamento bibliográfico do período de 1990-2009, nas bases de dados Medline, Pubmed,
Lilacs e Scielo, através das palavras chaves: sleep, fibromyalgia, sleep disorders, insomnia, pain. Resultados:
A literatura demonstra uma alta prevalência de distúrbios do sono em pacientes portadores de fibromialgia e
uma relevante relação entre as anormalidades no padrão do sono e o sintoma da dor crônica.
PALAVRAS-CHAVE: Sono, fibromialgia, distúrbios do sono.
1
Fisioterapeuta, Mestranda em Biologia Buco-Dental, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP), SP, Brasil.
2
Fisioterapeuta, Mestrado e Doutorado, Faculdades Integradas Einstein de Limeira, SP.
3
Psicóloga, Mestrado e Doutorado. Grupo de Pesquisa Avançada em Medicina do Sono do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
4
Neurologista, Professor Livre Docente, Divisão de Clínica Neurológica, Grupo de Pesquisa Avançada em
Medicina do Sono do HC-FMUSP.
5
Cirurgiã Dentista, Mestrado e Doutorado. Departamento de Prótese e Periondontia. Faculdade de Odontologia
de Piracicaba da UNICAMP.
* E-mail:
[email protected]
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ABSTRACT
Background: Fibromyalgia is a disease characterized mainly by musculoskeletal chronic and diffuse pain.
Sleep disorders in fibromyalgia patients appear to play a relevant role not only in the etiology of chronic pain,
but also perpetuating the symptoms, so the study of the sleep characteristics in these patients is relevant
insofar as it permits an understanding of pathophysiological conditions and allows a broad approach for the
treatment of fibromyalgia. Objective: To introduce the relationship between sleep disorders and fibromyalgia
symptoms and its importance in the evaluation of fibromyalgia. Methods: Bibliographic search was performed
of the period of 1990-2009, in the Medline, Pubmed, Lilacs and Scielo databases, using the words: sleep,
fibromyalgia, sleep disorders, insomnia and pain. Results: The literature search showed a high prevalence of
sleep disorders in fibromyalgia patients and a relevant relationship between sleep patterns and sleep disorders
and symptoms of chronic pain.
KEY WORDS: Sleep, Fibromyalgia, Sleep disorders.
INTRODUÇÃO
as bases de dados Medline, Pubmed, Lilacs e Scielo
através dos descritores: sleep, fibromyalgia, sleep
A dor crônica e a sintomatologia variada
presente na fibromialgia dificultam o tratamento e
justificam a busca por informações que ajudem a
esclarecer a fisiopatologia e quadro geral da
doença a fim de melhorar e direcionar o seu
tratamento1, 2,3,4. Distúrbios do sono nestes
pacientes podem ter papel relevante não apenas na
etiologia da dor crônica, mas também perpetuando
os sintomas5. Estímulos nocivos e dolorosos interferem no sono, mas distúrbios no sono parecem
contribuir para experiência da dor 6. Assim, o
conhecimento dos mecanismos normais e das
alterações no padrão do sono pode auxiliar na
avaliação e tratamento destes pacientes7,8,9,10.
A compreensão das possíveis condições
etiológicas da dor crônica e a compreensão dos
fatores contribuintes para o aparecimento dos
sintomas da fibromialgia é de responsabilidade de
todos os profissionais de saúde, uma vez que a sua
abordagem terapêutica multidisciplinar é mais
efetiva11,12,13.
Desse modo o objetivo deste trabalho foi
apresentar uma atualização da correlação entre os
distúrbios do sono e os sintomas da fibromialgia,
bem como a sua relevância na avaliação dos
fibromiálgicos, por meio de levantamento bibliográfico do período de 1990-2009. Foram utilizadas
disorders, insomnia, pain.
A literatura aponta uma alta prevalência
de distúrbios do sono em pacientes portadores de
fibromialgia e uma relevante relação entre as
anormalidades no padrão do sono e o sintoma da
dor crônica5, 6, 14,15,16. O Índice de Qualidade do
Sono de Pittsburgh (Pittsburgh Sleep Quality Index PSQI) e a Escala de Sonolência de Epworth (ESS)
são dois instrumentos para avaliação subjetiva da
qualidade do sono amplamente utilizado para a
investigação dos distúrbios do sono e podem
auxiliar o profissional da saúde na avaliação,
pesquisa e tratamento destes pacientes17,18 .
FIBROMIALGIA
A fibromialgia é uma síndrome reumática
de etiologia em grande parte desconhecida, que
acomete predominantemente mulheres, caracterizada por dor músculo-esquelética difusa e crônica,
além de sítios anatômicos específicos dolorosos à
palpação, chamados tender points. Frequentemente
estão associados outros sintomas, como a fadiga,
distúrbios do sono, rigidez matinal e distúrbios
psicológicos, como a ansiedade e depressão2.
Sabe-se que vários fatores contribuem
para sua ocorrência da fibromialgia, mas não há
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um agente que possa ser responsabilizado como
causador, embora a dor presente seja bem
caracterizada clinicamente19,20,21.
O diagnóstico é baseado somente em
critérios clínicos devido à inexistência de exames
complementares que a identifiquem, como análises
laboratoriais, exames imageológicos ou exames
anatomo-patológicos. Segundo o Colégio Americano de Reumatologia (American College of
Rheumatology) (ACR), foram estabelecidos os
seguintes critérios diagnósticos para fibromialgia:
dor difusa presente no esqueleto axial e em ambos
os hemicorpos, acima e abaixo da cintura; dor em
11 ou mais dos 18 pontos dolorosos (tender points)
e com dor crônica por mais de três meses17.22.
Essa síndrome afeta entre 3 a 5% da
população mundial em uma faixa etária de 40 a 60
anos, podendo ocorrer também na infância e na
terceira idade, sendo mais prevalente em mulheres
do que em homens 22, 23, numa proporção de 1%
para homens em comparação com 4,2% para as
mulheres24.
Há estudos na literatura15,25 que referem
fatores psicossociais influenciando na gravidade dos
sintomas da síndrome da fibromialgia que, num
mecanismo de círculo vicioso, geram incapacidade
funcional, alterações psicológicas e afetivas em
graus variáveis. Frequentemente são associados
sintomas como insônia crônica, sono não
restaurador, fadiga crônica, dor de cabeça e
distúrbios psiquiátricos os quais, adicionados aos
outros sintomas, causam grande comprometimento
na qualidade de vida destes pacientes.
Entretanto, outros estudos clínicos mostraram que distúrbios do sono estão intimamente
ligados a sintomas somáticos dos pacientes com
fibromialgia e não à sua personalidade. Moldofsky
(1997) 26 descreve a fibromialgia como síndrome do
sono não reparador e propõe que ela é resultado
de ritmos biológicos alterados. Bennet (1993)27
ressalta que nenhum defeito muscular global foi
demonstrado nestes pacientes, e sugere a combinação entre microtrauma muscular e distúrbios do
sono como fatores etiológicos da fibromialgia.
Além disso, sintomas como a parestesia,
dificuldade de memorização, palpitação, tontura,
sensação de edema, dor torácica, cefaléia crônica,
ansiedade, depressão, irritabilidade, zumbido, epigastralgia, dispnéia, náusea, dificuldade de digestão, fenômeno de Raynauld, dismenorréia e
síndrome do cólon irritável, são frequentemente
associados com a fibromialgia19,21.
Os pacientes com fibromialgia sentem dor
de forte intensidade, sem evidência de doença
inflamatória, distrófica ou degenerativa28. Outros
autores ainda correlacionaram a dor com maior
déficit cognitivo, e especularam o fato de que a
atenção do paciente é desviada de funções
cognitivas maiores pela dor, embora outros
mecanismos possam estar envolvidos29. A depressão
parece ser uma das graves conseqüências desta
doença15.
DISTÚRBIOS DO SONO RELACIONADOS À
FIBROMIALGIA
A fibromialgia foi apresentada na Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono (CIDS)
de 2005, apêndice A30,31,32, como distúrbios do
sono associado a outras condições médicas, ou
seja, os distúrbios do sono os quais afetam ou
são afetados por condições médicas. Estudos
mostram que o sono não reparador está presente
em 76–90% dos pacientes com fibromialgia,
em comparação com 10-30% dos indivíduos
normais15,30.
Em estudo multicêntrico de classificação
da fibromialgia desenvolvido por Wolfe et al.
(1995) 31 foi constatado que sintomas de rigidez,
fadiga e distúrbio do sono estavam presentes em
mais de 75% dos pacientes. A existência de queixas
como dificuldade para iniciar o sono, despertar
freqüente durante a noite, dificuldade para
retomada do sono, sono agitado e superficial,
despertar precoce e, como consequência, o sono
não reparador e cansaço podem contribuir para
uma má qualidade de vida5.
Portanto, a presença de sono não restaurador constitui um importante aspecto dentre as
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manifestações da fibromialgia, o que torna necessária a investigação de distúrbios primários do sono
na avaliação dos pacientes acometidos.
Affleck et al. (1996) 32 estudaram a
qualidade do sono e dor de mulheres com
fibromialgia durante 30 anos e concluiu que uma
noite de sono não restaurador estabelece como
conseqüência, um dia significativamente com mais
dor, que é seguida por uma noite de sono não
restaurador, perpetuando os sintomas. Yunus et al.
(1992)33 evidenciaram clinicamente que a
ansiedade, tensão, depressão, alteração do padrão
de sono, fatores climáticos, trabalho excessivo e
determinadas atividades físicas alteram o ciclo de
dor-espasmo muscular e vice-versa.
Alterações na fisiologia do sono promovem anormalidades do traçado eletroencefalográfico e movimentos involuntários periódicos
dos membros. Indivíduos normais, durante a
privação total do sono por períodos de até 200
horas, mostraram sinais de fadiga intensa, mialgia
difusa, alterações da atenção e irritabilidade, com
diminuição acentuada da capacidade discriminativa
e do limiar de dor, desenvolvendo alucinações
(sono REM), transtornos de equilíbrio, da visão e da
linguagem 5,32.
Desta maneira, diversos autores afirmam
que sintomas semelhantes aos da fibromialgia são
produzidos quando indivíduos saudáveis são privados do sono, mas ainda não está claro se esta
anormalidade do sono é causa ou conseqüência da
dor crônica5,6,34.
Os estudos polissonográficos em fibromiálgicos apresentaram um quadro particular de
alterações no sono. Foram encontrados nestes
pacientes padrões anormais de ondas alfa durantes
os estágios 2, 3 e 4 do sono não-REM (NREM)5.
Segundo Teixeira et al. (2001) 5, cerca de
1/3 dos doentes com dor crônica apresenta ritmo
alfa durante o sono NREM, sugerindo que a
magnitude de dor que os doentes experimentam
pode acentuar-se em decorrência da interrupção ou
da ausência de sono.
Em outro estudo foi observado que os
portadores de fibromialgia tinham aumento da
latência do sono, ou seja, a duração do tempo
desde à hora de deitar até o início do sono (estágio
2 do sono NREM)31. O aumento da latência do
sono, baixa eficiência de sono e o aumento na
quantidade de estágio 1 do sono NREM são
aspectos relevantes na fibromialgia. Os pacientes
apresentam também redução na porcentagem do
sono de ondas lentas (NREM), de sono REM,
aumento do número de despertares intermitentes e
dos movimentos de membros inferiores 34,35.
Outro distúrbio do sono particularmente
prevalente em indivíduos que sofrem dor é a
insônia. No estudo realizado por Rossini e Reimão
(2002)15, a insônia crônica foi relatada como de
início concomitante com os sintomas de dor na
fibromialgia em 47% dos 21 pacientes avaliados,
de início precedente em 29% dos pacientes e
com início posterior ao sintoma de dor em 24%.
A insônia presente na fibromialgia, segundo Rossini
(2000)36 ocorre como dificuldade para iniciar o
sono, sendo geralmente ligada à intensidade da
dor, mas principalmente associada com a dificuldade para manter o sono e numerosos
despertares, tendo como conseqüência sono não
restaurador e sensação de cansaço e irritabilidade
na vigília.
Enquanto sujeitos normais têm menos
sensibilidade à dor durante a manhã, os pacientes
com fibromialgia têm sua sensibilidade aumentada
durante a manhã, devido à insônia6.
A insônia, segundo a Classificação
Internacional dos Distúrbios de Sono (CIDS) 30 de
2005, foi dividida em 11 subtipos que devem
preencher três exigências: Oportunidade de sono
adequado; Persistente Dificuldade de Dormir e
Associada à Disfunção Diurna, ou seja, o
diagnóstico de insônia requer a associada disfunção
diurna em adição aos clássicos sintomas noturnos.
Outro distúrbio do sono encontrado na
fibromialgia são os transtornos respiratórios do
sono. Há em pacientes com fibromialgia aumento
dos transtornos respiratórios com manifestação de
sonolência diurna, ronco e apnéias confirmados por
meio de polissonografia.
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Há também correlações entre as disfunções neuroendócrinas e o sono no quadro de
fibromialgia. Bagge et al. (1998)37 avaliaram 10
mulheres com fibromialgia e 10 controles saudáveis, e verificaram que a secreção do hormônio do
crescimento (GH) foi significativamente menor nas
fibromiálgicas do que no grupo controle. Landis
et al. (2001) 38 verificaram que as médias de
concentração sérica do GH e também de
Prolactina, no inicio do período do sono, foi maior
no grupo controle do que nas com fibromialgia.
Estes resultados, de acordo com Reimão
(2001)31 reforçam a hipótese de que a regulação
inadequada dos sistemas neuroendócrinos durante
o sono pode representar um papel fundamental
na fisiopatologia da fibromialgia, uma vez que
algumas características clínicas da fibromialgia são
similares as da síndrome de deficiência do GH no
adulto, como fadiga e dor músculo esquelética
dispersa, cansaço e distúrbios do sono.
Quando comparados com outras populações os portadores de fibromialgia relataram
condições piores de sono. No estudo realizado por
Belt et al. (2009) 39 os pacientes com fibromialgia
relataram mais sintomas relacionados à insônia do
que os pacientes portadores de Artrite Reumatóide
ou da amostra da população geral. A maior
prevalência de sintomas relacionados à insônia
entre os pacientes com fibromialgia não foi
explicada por depressão ou dor. Ambos os grupos
de pacientes relataram um pouco mais curta a
duração do sono noturno do que a população em
geral.
Portanto a análise da qualidade do sono
na anamnese, não só dos fibromiálgicos, mas de
todos os pacientes com dor crônica, auxilia na
avaliação, diagnóstico, tratamento e também em
protocolos de pesquisa18. Uma ferramenta utilizada
para avaliação subjetiva da qualidade do sono em
seus aspectos gerais é o Índice de Qualidade do
Sono de Pittsburgh (PSQI)41,42, validado em
português por Bertolazi (2008)18, que fornece um
índice de gravidade e natureza do distúrbio do sono
no último mês.
No estudo realizado por Osório (2006)17
com 60 voluntárias, todos os componentes do
PSQI, exceto medicações para dormir, foram
significativamente maiores nos pacientes com
fibromialgia do que nos controle. Nestes pacientes,
as disfunções do sono mais freqüentes foram:
Latência do Sono, Distúrbios do Sono e Disfunções
Diárias.
A má qualidade do sono foi observada
em 99% dos voluntários no estudo realizado por
Theadom et al. (2007) 43 em 101 pacientes diagnosticados com fibromialgia e avaliados pelo
PSQI. E a qualidade do sono foi significativamente
preditiva da dor, fadiga e funcionamento social em
pacientes com fibromialgia. Outra ferramenta
utilizada é a Escala de Sonolência de Epworth (ESS)
que foi desenvolvida para avaliar a ocorrência de
sonolência diurna excessiva44. Em outro estudo,
onde a ESS foi utilizada em 30 voluntários
fibromiálgicos, a ocorrência de sonolência diurna,
nesses pacientes, foi associada a uma maior
gravidade da fibromialgia com alterações mais
acentuadas nas polissonografias45.
AVALIAÇÃO SUBJETIVA DA QUALIDADE DO
SONO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entre os sintomas que levam os portadores
de fibromialgia a procurar ajuda médica estão a
insônia crônica, fadiga crônica, dores de cabeça,
cansaço durante o dia ou manifestações
comportamentais relacionadas com o sono em si, e
queixa sonolência diurna excessiva15,40.
Estudos recentes46, 47 demonstraram o
impacto significante que a fibromialgia tem sobre a
qualidade do sono na vida dos pacientes, já outros
estudos3, 4 colocam os distúrbios do sono como
fatores etiológicos ou perpetuadores dos sintomas
nesta doença. Portanto, a qualidade do sono tem
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implicações para a saúde e qualidade de vida
quando relacionada à fibromialgia.
Desse modo, as intervenções destinadas a
melhorar a qualidade do sono podem ajudar a
melhorar a saúde e qualidade de vida para
pacientes com fibromialgia sendo relevante a
avaliação do sono e novas pesquisas na busca por
tratamento adequado aos distúrbios do sono nestes
pacientes.
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