Revista Inovação, Projetos e Tecnologias - IPTEC
e-ISSN: 2318-9851
https://doi.org/10.5585/iptec.v11i2.25530
Recebido: 13 nov. 2023 – Aprovado: 21 nov. 2023
Editora Chefe: Profa. Dra. Cristina Dai Prá Martens
Editora Científica: Profa. Dra. Cristiane Drebes Pedron
PRODUTIZAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL:
ANÁLISE DE CENÁRIOS EM STARTUP DE CONSTRUÇÃO CIVIL
ARTIFICIAL INTELLIGENCE PRODUCTIZATION:
SCENARIO ANALYSIS IN A BUILDING INDUSTRY STARTUP
Fabio Wilson Barreto de Queiroz
Mestre em Engenharia de Produção
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS.
Porto Alegre, RS – Brasil.
[email protected]
Marco Túlio Werneck Martins
Mestre em Engenharia de Produção
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS.
Porto Alegre, RS – Brasil.
[email protected]
Gabriel Sperandio Milan
Doutor em Engenharia de Produção
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS.
Porto Alegre, RS – Brasil.
[email protected]
Luís Felipe Maldaner
Doutor em Estudos Latino Americanos
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS.
Porto Alegre, RS – Brasil.
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8462-1928.
[email protected]
Resumo: As startups com base tecnológica nascem com o desafio de aumentar rapidamente a sua receita para se manterem sustentáveis em
termos econômico-financeiros. Este contexto cria desafios para a tomada de decisão quanto às melhores oportunidades no desenvolvimento de
novas funcionalidades. Se a startup evoluiu no desenvolvimento de funcionalidades, mas não estruturou uma estratégia de produtos
competitiva, especificamente em relação a preço e à distribuição, o lançamento pode impactar negativamente inclusive as versões prévias do
produto. Este estudo, portanto, tratou da análise de cenários de comercialização e precificação para uma funcionalidade de inteligência artificial
desenvolvida por uma startup que atua na construção civil, mas que ainda não tinha uma proposta de mercado formal. A análise demonstrou
que o principal atributo seria a geração de valores para os seus clientes em termos de eficiência. Para tanto, foram criados cenários, desde a
disponibilização de versão com aplicações mais abrangentes em fase de testes para todos os clientes, ou até mesmo a criação de um novo
produto complementar à plataforma principal da startup.
Palavras-chave: Inteligência artificial. Estratégia. Produtização. Startup. Construção civil.
Abstract: Technology-based startups are born with the challenge of quickly increasing their revenue to remain sustainable in economic and
financial terms. This context creates challenges for decision-making regarding the best opportunities in the development of new functionalities.
If the startup has progressed in the development of features, but has not structured a competitive product strategy, specifically in relations to
price and distribution, the launch may negatively impact even previous versions of the product. This study, therefore, dealt with the analysis
of commercialization and pricing scenarios for an artificial intelligence functionality developed by a startup that operates in the construction
industry, but which did not yet have a formal market proposal. The analysis demonstrated that the main attribute would be the generation of
value for its customers in terms of efficiency. Then, scenarios were then created, from making a version available with more comprehensive
applications in the testing phase for all customers, or even creating a new complementary product to the startup’s main platform.
Keywords: Artificial intelligence. Strategy. Productization. Startup. Building.
Cite como
American Psychological Association (APA)
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cenários em startup de construção civil. Revista Inovação, Projetos e Tecnologias - IPTEC, São Paulo, 11(2), 1-17, e25530.
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inteligência artificial: análise de cenários em startup de construção civil
1 Introdução
O desenvolvimento de novas funcionalidades para um produto é uma decisão importante
em uma startup. Pois, além do consumo de recursos uma decisão inadequada quanto ao
roadmap do produto e/ou do serviço pode impactar o time-to-market e, consequentemente, a
geração de valor. Além disso, é importante ressaltar que a essa nova funcionalidade pode
impulsionar o modelo de negócio da startup, pois o modelo de negócio geralmente explica
como um ator está posicionado dentro de uma rede de valor e/ou no mercado (Köche et al.,
2023). Uma das fontes de informação mais relevantes para nortear a decisão de um novo
produto ou funcionalidade é o feedback dos clientes. “Outro bom indicador inicial é a satisfação
e o engajamento do cliente” (Ries, 2019, p. 163).
No entanto, é importante ressaltar que as dificuldades enfrentados pelas startups para
conseguir levar seu produto ao mercado podem afetar o resultado. Dificuldades estas que podem
estar relacionadas à equipe de trabalho, às parcerias com stakeholders (Soetanto &
Geenhuizem, 2005; Chesbrough, 2007). O desafio de conhecer efetivamente as expectativas e
as demandas dos clientes potenciais se torna maior em startups, seja pelo foco no crescimento
exponencial ou por fatores tais como a falta de estrutura ou de processos adequados.
Adicionalmente pode-se destacar como desafios para os empreendedores poderem “escalar
prematuramente o processo de validação da ideia e o timimg de implementação” (Goecking et
al., 2020, p. 14).
Este estudo, portanto, tratou da análise de cenários de comercialização e precificação
para uma funcionalidade de inteligência artificial desenvolvido por uma startup que atua na
construção civil, mas que ainda não tinha uma proposta de mercado formal. Adicionalmente, é
importante destacar que este trabalho procurou cobrir uma lacuna em trabalhos acadêmicoempíricos no sentido de conectar o curso de Doutorado Profissional da Universidade com
startups incubadas em seu Parque Tecnológico.
Esta atividade de pesquisa proporcionou aos doutorandos um entendimento da realidade
das empresas nascentes incubadas em um Parque Tecnológico. Por outro lado, contribuiu para
que os empreendedores da startup estudada pudessem ter a oportunidade de receber insights e
sugestões de melhoria na sua atuação no mercado, com impactos significativos no
redirecionamento da fase go-to-market da empresa.
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2 Revisão de literatura
De acordo com Ries (2012), uma startup de base tecnológica se propõe a solucionar
problemas do mundo real, num modelo de negócio escalável num ambiente de extrema
incerteza. O ambiente de incerteza é uma variável que se torna um desafio aos empreendedores.
Neste sentido, a pesquisa de Goecking et al. (2020), que realizaram uma análise dos artigos
publicados em periódicos científicos sobre as dificuldades e desafios das startups, classificou a
dificuldade dos empreendedores de lidar com as incertezas como um dos fatores críticos de
sucesso.
O DNP – Desenvolvimento de Novos Produtos em startups não necessariamente segue
o roteiro das empresas tradicionais, como descrito na pesquisa de Barczak e Kahn (2012), em
que são evidenciadas que as práticas de DNP são delineadas em sete dimensões de
gerenciamento. Estas práticas incluem cultura e clima organizacional, estratégia, formas de
comercialização, métricas de desempenho, pesquisa de mercado e processo. Nas startups esse
processo é mais simplificado porque está diretamente relacionado ao problema a ser resolvido
com a utilização da metodologia do design thinking, e a equipe pode estar resumida aos
desenvolvedores que, ao mesmo tempo, são os sócios da empresa (Luchs et al., 2015).
Depois de finalizada a etapa do desenvolvimento do MVP – Mínimo Produto Viável,
ou de ampliar a funcionalidade de um produto já desenvolvimento na startup, inicia-se o
processo de ir ao mercado (go-to-martket). O MVP é o protótipo do produto que exigiu pouco
investimento para sua produção e pode ser testado no mercado (Ries, 2012; Khana et al., 2018).
Este protótipo também serve para fazer o teste de mercado antes de finalizar o produto, porque
uma vez finalizado e não obtém o volume de vendas esperado, o equívoco reside em não se
utilizar do MVP (Ries, 2012; Moock, 2012; Khana et al., 2018).
Ressalta-se que adicionar uma funcionalidade a um produto já desenvolvido pela startup
é uma ação que pode ser equiparada a uma inovação incremental. Segundo Schumpeter (1984),
as pequenas modificações de melhoria ou ampliação de aplicações aos produtos, processos ou
organização da empresa podem ser assim consideradas. Dessa forma, a nova funcionalidade
que a startup estudada está colocando no mercado pode ser classificada como uma inovação
incremental.
Em relação à construção civil no Brasil, pode-se dizer que o processo de implantação
de inovações tecnológicas na gestão operacional das obras civis não tem avançado, como,
inclusive, no desenvolvimento de novos materiais. Mas merece destaque a utilização do
software BIM – Building Information Modelling (Meirelles et al. 2023): Inclusive, Meirelles et
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Queiroz, F. W. B., Martins, M. T. W., Milan, G. S., & Maldaner, L. F. (2023, jul./dez.). Produtização da
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al. (2023, p. 2) comentam que:
Nas últimas décadas ocorreu uma evolução nos sistemas de comunicação em rede,
bem como nos softwares aplicáveis ao projeto. Neste sentido, o sistema de
comunicação por satélite GPS (Global Positioning System) permite o
georreferenciamento da obra. A outra ponta é a rede de internet Wi-Fi que permite a
comunicação e gestão da obra em diferentes locais do mundo e a realização dos
diferentes projetos a partir de um único modelo paramétrico com o BIM (Building
Information Modelling). Este permite coordenar os diferentes projetos executivos da
obra, e os dados podem ser atualizados em tempo real pelos projetistas, portanto
permite integrar, os custos e os orçamentos, o planejamento das etapas da obra, até o
acompanhamento do ciclo de vida do edifício com a gestão de manutenção.
Outros avanços que têm sido apresentados na construção civil se referem à
sustentabilidade na utilização de materiais, bem como em questões relacionadas ao
reaproveitamento de recursos hídricos, além de materiais de resistência térmica e acústica.
Neste horizonte, Campos et al. (2023) salientam que a introdução do tijolo ecológico na
construção civil é usada quando se pretende ter uma edificação de baixo custo. Por outro lado,
a utilização de novas tecnologias como a impressora 3D na construção civil é um avanço
importante, segundo ressaltam Lima et al. (2023). Para os autores, este método conseguiu
simplificar o processo de construção civil, tornando a obra mais limpa e com menos
desperdício, além de encurtar o tempo dispendido na construção.
Da mesma forma que Meirelles et al. (2023), Silva e Silva (2023) mencionam que o
acompanhamento da obra é de extrema importância para evitar perdas e retrabalho. Para eles o
advento do sistema em 3D permite um acompanhamento da obra em tempo real e à distância
no decorrer do ciclo de construção da edificação. Segundo os autores, tal sistema fornece uma
ferramenta que pode auxiliar na tomada de decisão dos administradores da obra.
Assim sendo, a utilização da IA – Inteligência Artificial para realizar este
acompanhamento à distância, com redução de custos e de tempo dos engenheiros tende a ser
uma solução adequada. É de se ressaltar que o tema da IA tem se tornado objeto de interesse
empresarial, especialmente no que se refere às novas possibilidades que a sua utilização
oportuniza. Nesta direção, Biondi e Cerne (2023, p. 2) publicaram um estudo de caso
envolvendo uma startup que desenvolveu uma solução “para captura de imagens e posterior
processamento e análise dos dados e integração com os sistemas dos seus clientes”. O objetivo
da empresa era o de conquistar clientes de diversos setores, como, por exemplo, os setores
financeiro, varejista e de energia.
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3 Método
Este estudo foi desenvolvido em uma startup com sede no Rio Grande do Sul (RS),
fundada em 2019, e com clientes em diferentes estados brasileiros. A startup atua no
desenvolvimento de tecnologias para gestão no segmento da construção civil. Este artigo
tecnológico é resultado de um trabalho realizado num projeto de pesquisa sobre a atuação dessa
startup na fase de go-to-market. O objetivo do estudo, portanto, foi o de construir opções de
posicionamento de mercado para funcionalidades de inteligência artificial, a partir de
diagnóstico da situação atual e de modelos de referência de mercado.
Sendo assim, a abordagem desta pesquisa pode ser classificada como qualitativa, de
caráter exploratório e descritivo (Malhotra, Nunan, & Birks, 2017), tendo por finalidade
explicar a relação da startup pesquisada com o mercado em que atua. Para Remler e Van Ryzin
(2015), este tipo de pesquisa tem como objetivo a exploração de informações e a descrição das
características de determinado fenômeno ou contexto investigado, estabelecendo relações entre
os temas em análise.
A coleta de dados, por sua vez, além da observação direta (Remler & Van Ryzin, 2015),
foi baseada em uma série entrevistas com os empreendedores da startup estudada, bem como
com três de seus clientes. Foram realizadas seis entrevistas individuais em profundidade
(Brinkmann & Kvale, 2018) no período de agosto a novembro de 2022, via a plataforma digital
Microsoft Teams, e cada um destes encontros teve uma duração média em torno de uma hora.
As entrevistas foram gravadas e transcritas, utilizando-se o recurso que o próprio
software Microsoft Teams oferece. Importante salientar que a análise das entrevistas se deu em
encontros mensais durante o período de quatro meses, como atividade prática, com a
participação de todos os pesquisadores e gestores da empresa.
Vale ressaltar que, de acordo com Prodanov e Freitas (2013, p. 51), as entrevistas “têm
como finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto que será estudado”. Dessa
forma, nesta pesquisa, foi utilizada uma abordagem semiestruturada, conduzindo-se as
entrevistas por meio de um roteiro básico de questões (Brinkmann & Kvale, 2018; King,
Horrocks, & Brooks, 2019), no sentido de compreender o contexto da startup e de sua atividade
de busca pelo mercado.
3.1 Contexto e realidade investigada
A empresa desenvolveu uma plataforma que permite a gestão remota de obras. O
negócio se baseia no princípio de captura de imagens por um usuário que esteja presente na
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obra, e que ficarão armazenadas e disponíveis para outros usuários que estejam remotos. Esta
captura pode ser realizada por diferentes tecnologias, mas a startup optou pelo uso de câmeras
omnidirecionais (360 graus), devido à qualidade e eficiência que gera ao longo do processo.
Além das imagens, os usuários da plataforma podem interagir por meio de anotações nas
próprias imagens analisadas.
A empresa optou por um modelo de SaaS – Software as a Service, por meio do qual os
clientes não precisam de infraestrutura própria, pois a plataforma fica hospedada na nuvem. O
modelo de precificação da empresa não fica disponível em seu site. De acordo com Saltan
(2021), as definições a seguir detalham como o SaaS é concebido e utilizado, atualmente, com
os processos únicos e inovações por trás deste modelo. Tal autor menciona que, em geral, o
modelo SaaS tem os seguintes cinco aspectos:
a) Aprovisionamento do serviço automaticamente, sob demanda: as soluções SaaS
são alocadas automaticamente conforme demandado pelos clientes sem qualquer
interação humana. Recursos necessários e os serviços são monitorados,
controlados e otimizados pelos provedores;
b) Acesso amplo pela rede: os clientes podem acessar os recursos dos provedores de
SaaS através do Internet a qualquer hora e em qualquer lugar a partir de diferentes
tipos de dispositivos. Os clientes podem satisfazer todas as suas necessidades ou
demandas através de um serviço de rede usando um laptop ou um telefone celular;
c) Elasticidade e escalabilidade: os recursos de computação podem ser rápidos e
elásticos provisionados e liberados com base na demanda do cliente. Provedores
de SaaS podem adicionar novos servidores com pequenas modificações na
infraestrutura e no software;
d) Multi-host: um provedor de SaaS fornece serviços a vários clientes ao mesmo
tempo. Estes clientes são executados na mesma instância de um software e
compartilhar recursos em nível da rede, do host e do aplicativo sem influenciar
uns aos outros ou tendo acesso aos dados entre si;
e) Preços baseados em assinatura: os clientes devem pagar um preço recorrente a
intervalos regulares para acessar a solução SaaS. O preço é definido pelo uso e
métricas baseadas no usuário. Além do acesso à solução SaaS, os pagamentos
cobrem todos os serviços associados como armazenamento de dados, mão-deobra para manutenção.
Apesar dos muitos desafios enfrentados pela adoção do modelo (Asatiani, 2015), o SaaS
se tornou parte integrante do mercado software e do atual cenário de TI – Tecnologia da
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Informação. O mercado de SaaS é composto por dois tipos de empresas: novas, estabelecidas
desde o início como empresas de prestação de serviço; e empresas que entraram neste mercado
a partir do mercado tradicional de produtos de software com serviços de software desenvolvidos
com base no software de produtos existente (Labes, Hanner, & Zarkenov, 2017).
As empresas do primeiro tipo seguiram a abordagem do desenvolvimento a partir do
zero para SaaS, considerando os recursos e capacidades do modelo desde o início. Em contraste,
o segundo tipo foi a reengenharia para SaaS, sendo planejado complementarmente o software
licenciado já existente como o SaaS específico ou para implementar a transformação completa
dentro de algum período de tempo (Baliyan & Kumar, 2014).
No seu primeiro ano, a empresa já contava com mais de 30 clientes de médio e grande
portes e de diferentes segmentos de atuação, e com mais de 90 mil imagens cadastradas na
plataforma. Os clientes identificaram o potencial de eficiência que a plataforma de gestão
desenvolvida pela startup gerava para a gestão remota de obras.
Após três anos de sua fundação a startup já havia desenvolvido uma base de clientes, e
ao ouvir as necessidades dos clientes, iniciou o desenvolvimento de uma solução de inteligência
artificial sem uma validação do potencial de mercado.
4 Diagnóstico da situação problema e oportunidades identificadas
A startup enxergou uma oportunidade na união de sua capacidade de análise de dados
ao banco de dados de fotos de seus clientes. Para isso, a empresa desenvolveu uma solução que
permitiria identificar objetos nas fotos utilizando IA – Inteligência Artificial. A solução foi
desenvolvida inicialmente para um dos principais clientes da empresa, utilizando as fotos e os
elementos que seriam necessários para o acompanhamento pela empresa.
Na visão dos gestores da startup, a funcionalidade poderia ser utilizada principalmente
para o acompanhamento de marcos determinados de um projeto, como por exemplo, o término
da instalação de um equipamento ou do forro de drywall. Esta funcionalidade economizaria o
tempo dos engenheiros que estariam remotos na análise da evolução da obra.
No entanto, a empresa cliente não demonstrou que estaria disposta a pagar pela
funcionalidade. Como ainda não havia um contrato estabelecido os clientes, a empresa
precisaria obter receitas a partir dessa funcionalidade. O processo de implementação ocorreu
por meio de quatro etapas: Etapa 1: Apresentação da Solução para Clientes; Etapa 2:
Consolidação dos Feedbacks; Etapa 3: Posicionamento da Estratégia de Preços; e Etapa 4:
Posicionamento Comercial.
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4.1 Rodada de feedback com clientes
A apresentação da solução aos clientes permitiu entender que a funcionalidade de IA
teria diferentes usos ou aplicações pelos clientes. Desta forma, ao estabelecer um único caso de
uso, a startup pode limitar as aplicações. Uma alternativa poderia estar na disponibilização da
solução para clientes beta para permitir a produtização da solução comercializada.
4.1.1 Cliente A
O cliente relatou que sente falta de um comparativo entre o cronograma projetado da
empresa e o realizado. A solução de IA não eliminaria o trabalho de verificação porque ainda
precisam verificar a qualidade, por exemplo, na atividade de pintura. Demonstraram interesse
por especificidades da empresa, tais como área externa, mobiliário, e comunicação visual.
O cliente não conhecia aparentemente IA e precisaram investir um tempo para explicar
o conceito. A apresentação trouxe muitos aspectos técnicos, mas poderia ajustar ter um speech
com o impacto financeiro. Vale avaliar se o perfil de obras com muitas especificidades são
interessantes ou são um desafio. Por exemplo, poderia comparar o resultado da leitura da
imagem com a avaliação de qualidade para medir a qualidade do fornecedor, mas são tantos
detalhes com tão poucos clientes que o esforço não compensaria.
Os participantes tinham o perfil de usuários mais próximos da operação. Usam soluções
mais “simples” para acompanhamento. Os critérios de sucesso da PoC – Prova de Conceito
foram verbalizados, mas é importante formalizá-los. Aproveitar o teste que fariam com um
projeto (Londrina 4 ou Parati) para estimar o custo de onboarding.
Os possíveis caminhos para o cliente A seriam: (i) cobrança de onboarding aos clientes;
(ii) escalar o uso da IA criando produto “freemium” (premium e gratuito) para entender a sua
aderência; (iii) solução de gestão: Disponibilizar APIs – Application Programming Interface,
com informações para consumo em outra plataforma de gestão; e (iv) avaliar a funcionalidade
de classificação de qualidade, para criação de um indicador de medição de qualidade versus o
avanço físico da obra.
4.1.2 Cliente B
O cliente B aparentou ver mais valor na solução de IA, e talvez seria mais simples de
implementar por ter menos itens a serem acompanhados, algo entre dois a três itens. O cliente
solicitou uma solução de integração dos dados gerados com algum produto de gestão.
Demonstrou interesse em converter em percentual de avanço. O cliente comentou que tem
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menor complexidade porque algumas dimensões são padronizadas.
Um dos possíveis direcionadores de custo pode ser a quantidade de elementos
encontrados nas imagens. Outro aspecto levantado seria a possibilidade da solução enviar para
o cliente o início e/ou o término de uma fase da obra.
4.1.3 Cliente C
O cliente C realizou um teste com um produto cerca de um ano antes da apresentação,
e atua fundamentalmente como cliente não regular. A funcionalidade de IA atuou para
demonstrar que o produto da empresa evoluiu no período. O cliente demonstrou necessidades
que poderiam ser atendidas pelas funcionalidades mais simples da plataforma, tais como a
organização das imagens (fotos) e possível validação dos locais relativos às imagens.
O cliente também visualizou outras possíveis aplicações para a funcionalidade de IA
envolvendo a identificação de diferentes pavimentos, possíveis riscos e níveis de estoque. O
que demonstra que a funcionalidade de IA pode ter diferentes aplicações, e o conhecimento
prévio poderia ter ampliado o valor da funcionalidade.
4.2 Posicionamento de estratégia de preços
Segundo Özer et al. (2012), o preço pode ser definido como o processo de tomada de
decisão na determinação da compensação monetária e condições relacionadas dos bens e
serviços oferecidos ao cliente. De acordo com Saltan (2021), o preço é um elemento essencial
do modelo de negócios e da estratégia do produto, fazendo a ponte entre diferentes funções e
unidades de negócios. A tomada de decisão em precificação é baseada em uma análise integrada
de diferentes perspectivas e fluxos de informação.
Existem muitas abordagens sobre como projetar e sistematizar preços. No entanto, um
dos primeiros aspectos fundamentais da precificação é a escolha de uma abordagem ou
estratégia de preços. Atualmente, é comum distinguir entre preços baseados em valor, preços
baseados nos concorrentes e preços baseados em custos (Wu, Buyya, & Ramamohanarao,
2020):
a) Preços Baseados em Valor: baseiam-se no valor percebido pelo cliente em
comparação com o que é entregue. A necessidade de avaliar esse valor e os desafios
associados tornam essa estratégia muito mais subjetiva em comparação com outras
estratégias de precificação. A principal vantagem da precificação baseada em valor
é sua justiça subjetiva para os consumidores, que podem comparar suas despesas
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com os benefícios obtidos. No entanto, é um desafio construir porque o valor
percebido é medido principalmente pela satisfação do cliente individual, ou seja,
pode haver uma forte heterogeneidade entre os clientes, o que pode exigir
segmentação adicional;
b) Preços Baseados nos Concorrentes: esta abordagem se baseia na análise do
equilíbrio de mercado da procura e da oferta e da concorrência no mercado. A
precificação baseada no mercado leva em consideração dois tipos de impactos na
precificação: sensibilidade ao preço e competitividade do mercado para serviços
similares. Alguns pesquisadores e profissionais sugerem a distinção entre preços
baseados em concorrentes e preços premium como abordagens separadas dos
preços baseados no mercado;
c) Preços Baseados em Custos: esta estratégia de preços é fundamentada na análise
da estrutura de custos de um fornecedor. Uma das principais razões para adotar
essa estratégia é que ela é concreta e tangível. Também pode ser considerado como
um preço baseado em fatos. A precificação baseada em custos pode articular um
custo unitário e fornecer uma medida para comparação de benchmarking. É uma
das ferramentas gerenciais para muitos tomadores de decisão para impulsionar o
desempenho dos negócios.
Neste contexto, Wu, Buyya e Ramamohanarao (2020) mencionam que nem todas as
abordagens de preços discutidas são mutuamente exclusivas, e muitas empresas usam
abordagens híbridas que combinam recursos de diferentes modelos. Embora todas as três
estratégias de preços existam na prática, sua frequência de uso é difícil de estimar, pois depende
muito do contexto. Para produtos de software, muitos especialistas em preços enfatizam as
vantagens da precificação baseada em valor, tais como, possibilidade de maior agregação de
valor na solução a ser entregue aos clientes, além de potencial de maiores taxas de lucro e de
rentabilidade.
Os baixos custos variáveis para produtos de software fazem com que os preços baseados
em custos não sejam diretamente aplicáveis aos produtos de software. No entanto, muitas
empresas da indústria de software ainda dependem convencionalmente de preços baseados em
custos e baseados no mercado. Se houver falta de foco na precificação nos níveis estratégico,
tático ou operacional, o produto e a empresa provavelmente falharão.
Embora o preço seja uma das fontes de sucesso mais potentes para geração de vantagem
competitiva na comercialização de soluções SaaS, em muitos casos, é a função de negócios
menos explorada por empresas que oferecem este serviço. A transição para o SaaS criou e
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ampliou o número de mecanismos de concepção, experimentação e controle de preços
disponíveis. Exemplos de tais mecanismos incluem, mas não estão limitados a taxas de
assinatura recorrentes, novos métodos para garantir a discriminação eficiente de preços e o
rastreamento de uso em tempo real (Dutt, Jain, & Kumar, 2018).
No entanto, essas novas oportunidades também podem representar obstáculos para
empresas no processo de compreensão de como os novos processos e práticas de precificação
devam ser realizados (Ojala, 2016). Todavia, preços eficientes exigem uma tomada de decisão
sofisticada e análise, bem como coordenação e encontrar compromissos entre as muitas funções
de negócios envolvidas.
A transição para o modelo de negócios SaaS permitiu novas oportunidades para
empresas de software em desenvolvimento, entrega e operação de software. O preço vai além
da taxa de licença para soluções SaaS e incorpora taxas recorrentes de serviço e manutenção
(Cusumano, 2008). Como resultado, o papel do marketing de relacionamento com o cliente
aumentou substancialmente e, juntamente com os preços, tornou-se um instrumento essencial
na aquisição, na retenção e na monetização de clientes.
4.3 Modelo de comercialização
De acordo com Vo (2019), existem três modelos de comercialização de SaaS que
possuem variáveis baseadas em duas componentes, preço e a complexidade do produto. O preço
está relacionado com a oferta e demanda, influenciado por indicadores como agregação de valor
para o cliente. Ao mesmo tempo, pode-se dizer que o preço poderá limitar as ações de venda
que podem ser utilizadas pelo provedor de SaaS. Preços baixos necessitam de grandes volumes
de venda, além de rapidez na efetivação da venda. Um preço médio poderá diminuir o tamanho
do mercado e, consequentemente, redução na demanda.
Vender softwares é uma tarefa de alta complexidade e exige esforço e interação da
equipe de vendas com seus clientes. Os três modelos de comercialização que se originam da
composição de matizes de complexidade e preço, de acordo com Vo (2019, p. 10-11), são os
seguintes:
Empresarial: os representantes de vendas alcançam as pessoas certas dentro da
empresa e passam regularmente meses trabalhando com clientes em potencial.
Existem alguns desafios dos recursos SaaS que os fornecedores de TI precisam
superar para fechar negócios: SaaS como modelo de auto inscrição, produto pronto e
na nuvem (...) Os requisitos são altos, assim como as expectativas. A equipe de vendas
deve considerar o compromisso sobre o valor que as soluções realmente trarão para a
empresa, e que é necessário tempo para estudar o pedido de proposta e garantir que o
produto seja adotado.
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Transacional: a venda transacional é a mais comum e mais escalonável entre os três
modelos. Pequenas e médias empresas normalmente recebem assinaturas de receitas
recorrentes caracterizadas por telefonemas ou pessoalmente. À medida que os preços
aumentam, os clientes exigem um serviço mais personalizado para pagar. O preço
transacional estimula as startups a se tornarem sofisticadas com poucas mudanças em
seus produto e modelo de negócios.
Modelo de vendas de autoatendimento do cliente: a modelo de vendas SaaS de
autoatendimento ao cliente normalmente abre um atalho para o acesso do cliente às
funcionalidades e é capaz de escalar até milhares de clientes e gerar receitas
significativas. Os fornecedores precisam oferecer, no início, um portal de base de
conhecimento de autoatendimento e produtos no aplicativo, além de automação e
ferramentas para fácil integração que permitam aos clientes resolver quaisquer
problemas que eles encontram.
De acordo com Kumar (2014), o modelo de comercialização freemium – uma
combinação de “grátis” e “premium” – tornou-se o modelo de negócios dominante entre as
empresas iniciantes da Internet e os desenvolvedores de aplicativos para smartphones. A lógica
por trás deste modelo se baseia na oferta aos usuários de recursos básicos de um SaaS sem
nenhum custo e, agindo como estímulo para que acessem funcionalidades mais avançadas por
uma taxa de assinatura.
Como os recursos gratuitos são uma poderosa ferramenta de marketing, o modelo
permite que um novo empreendimento cresça e atraia uma base de usuários sem gastar recursos
em campanhas publicitárias caras ou em uma força de vendas tradicional. Ainda segundo
Kumar (2014), as taxas de assinatura mensal, normalmente cobradas, estão provando ser uma
fonte de receita mais sustentável do que o modelo de publicidade predominante entre as
empresas online no início dos anos 2000. Outra alternativa seria utilizar o freemium
condicionado a divulgação via redes sociais. Assim, muitos serviços oferecem incentivos para
indicar amigos (o que é mais atraente quando o produto é gratuito).
Em acréscimo, Kumar (2014) salienta que o modelo freemium é mais bem-sucedido do
que os testes gratuitos de trinta dias ou outras ofertas de prazo limitado, porque os clientes
ficaram cautelosos com os processos de cancelamento complicados e acham o acesso gratuito
por tempo indeterminado mais atraente.
Dois exemplos típicos para comercialização via o modelo freemium são as seguintes:
(i) oferecer ao cliente uma versão inicial básica e gratuita, como experimentação (por
exemplo, utilizando recursos tais como Dropbox e Hubspot CRM); e (ii) oferecer ao cliente a
possibilidade de utilizar a versão completa do software, também como experimentação, mas
por um período definido, findo o qual, o cliente deverá efetuar a aquisição definitiva ou
interromper a sua utilização (Ex: Netflix, Amazon Video e ActiveCampagn). A escala atingida
pelas empresas citadas mostra que essa alternativa tem sido efetiva na busca por novos clientes.
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4.4 Análise da situação problema e recomendações
A indústria de software tem características de receita, preços e gestão de custos únicos.
Primeiro, o gerenciamento de receita na indústria de software é principalmente sobre definir o
preço certo e os clientes certos. Em segundo lugar, a maioria das empresas de software tem uma
disparidade considerável entre os custos fixos e custos variáveis, que criam economias de escala
do lado da oferta (Kittlaus & Clough, 2009). Por fim, a indústria de software é frequentemente
caracterizada por efeitos de rede que condicionam o valor percebido e a disposição a pagar ao
número real de clientes (Buxmann, Hess, & Lehmann, 2008). Estas três características do
software e da sua indústria confirmam o papel da precificação como chave impulsionador do
sucesso do mercado e do crescimento da receita.
Embora o sucesso comercial das empresas de software dependa de preços adequados,
as decisões sobre a concepção e implementação de preços sempre foram desafiadoras (Bontis
& Chung, 2000). Como resultado, muitas vezes, as empresas tomam todas as decisões em
relação aos preços como parte dos últimos ciclos de desenvolvimento e lançam software sem
ativar totalmente seu potencial de preços. Alcançar o preço certo em empresas de software
requer um alinhamento mais estreito entre o gerenciamento de preços e os processos de
desenvolvimento do que em qualquer outro setor.
Por isso, a precificação é considerada parte integrante do gerenciamento de produtos de
software, com as responsabilidades correspondentes recaindo sobre a responsabilidade dos
gestores de produto (Kittlaus & Fricker, 2017). Inclusive, Cusumano (2008) menciona que uma
empresa que possui seu modelo de negócios como o SaaS, utiliza-se do recurso de cobrança de
uma taxa mensal ou anual pela utilização do software. Além disso, há empresas que oferecem
treinamento ou outro input como parte opcional do pacote de serviços.
5 Conclusões e contribuições tecnológicas
Lançar e desenvolver uma empresa de software como serviço (SaaS) e ter sucesso nesta
empreitada não é tarefa fácil. Uma empresa de SaaS B2B, durante seu processo de escalar seu
negócio e crescer sua base de clientes, enfrenta vários obstáculos como geração de novos
produtos ou novas funcionalidades, altos custos de aquisição de clientes, preocupação com
churn (deserção ou perda de clientes) e retenção de clientes, e ciclo de vida do cliente muitas
vezes incertos etc. Com a startup analisada, este processo não foi diferente.
É oportuno destacar que a startup em estudo não possuía uma estratégia de crescimento
clara, que é fundamental para alavancar novos negócios e traduzir um conjunto de táticas e
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iniciativas (ações) de negócio usadas para impulsionar a aquisição de clientes, desenvolvimento
do portfólio e expandir o alcance de seus produto SaaS.
A análise realizada abordou, entre outros pontos, o processo de gestão do
desenvolvimento de produtos e a estratégia de go-to-market da funcionalidade de inteligência
artificial. Havia dúvida de como este recurso poderia ser posicionado, um novo produto ou
funcionalidade de produto existente. Questões de precificação e posicionamento tornaram o
processo complicado. Para tornar a situação mais desafiadora, a empresa “se apaixonou” pela
solução, o que dificulta mapear os caminhos para desatar o nó presente na estratégia de negócios
e crescimento para esta funcionalidade/produto.
Potencialmente, a estratégia de preços desempenhará um papel crucial no processo
crescimento da empresa. Dentre diversas possibilidades analisadas, entendeu-se que se deva ir
por partes. Entende-se que os clientes contatados para avaliar o produto ainda não
tangibilizaram o valor monetário da solução. Diversos autores mencionam a estratégia de
degustação como lucrativa na indústria de SaaS, seja através do produto completo grátis por
tempo limitado visando uma avaliação gratuita antes de uma assinatura paga. Também é
mencionado por autores um upsell de clientes para recursos premium pagos a partir do modelo
freemium de recursos básicos.
Separar o novo recurso do produto atual como um novo produto ou adicionar o recurso
ao produto já utilizado pelos clientes era o outro desafio abordado. A indústria de SaaS está em
constante evolução e mudança, e melhorar e inovar seu produto é fundamental. Com a
facilidade de deixar de ser cliente, quem não evolui ficará para trás. Os clientes da startup em
estudo seguramente têm altas expectativas e estão sempre procurando soluções que ofereçam
mais valor. A recomendação realizada é adaptar a solução SaaS já existente para incorporar este
novo recurso, modificando-a e enriquecendo-a com o modelo freemium.
Além de potencialmente melhor atender às necessidades dos clientes em seus mercados
ou regiões geográficas recém-segmentadas pode-se trabalhar com os clientes para capturar
feedbacks de uso e realizar ajustes ao longo do uso.
Via métodos ágeis e DevOps – Desenvolvimento e Operações, que compreendem uma
metodologia para desenvolvimento de sistemas.
Por fim, ressalta-se que, atualmente, o negócio não parece ser escalável o suficiente para
uma situação clássica de uma startup. A empresa tem agilidade e desejo em prosperar no
mercado, mas o produto e a estratégia de go-to-market, de uma pequena empresa, devem ser
mais bem equalizados. Garantir uma identidade clara (posicionamento de mercado) é função
também da estratégia de crescimento da empresa, que ainda parece estar difusa.
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