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Ética na Prática da Psicologia Transpessoal

2024, Perspectivas em Psicologia Transpessoal

https://doi.org/10.54715/arque.978-65-84549-42-5.002

A ética é um fator essencial na atividade profissional, especialmente, na área da saúde e do desenvolvimento humano, contexto no qual se insere a Psicologia Transpessoal. O objetivo deste artigo é apresentar os parâmetros da ética para a conduta do profissional que atua com a Psicologia Transpessoal. Trata-se de um estudo qualitativo de caráter exploratório com pesquisa bibliográfica e documental, que se mostrou profícua por propiciar a identificação de material pertinente e classificá-lo por meio da análise qualitativa, de forma a produzir conteúdo relevante sobre valores, com diretrizes norteadores da conduta ética na prática transpessoal. Os resultados evidenciaram seis categorias de valores orientadores da ética na prática transpessoal: afetividade, conhecimento, humanismo, racionalidade, relacionamento e transcendência. Enquanto que nos parâmetros de conduta ética foram identificadas atribuições que estabelecem normas quanto aos deveres e impedimentos (veto) na prática profissional, esclarecimento e orientação para a atuação ética do profissional e três categorias profissionais (terapeuta clínico, educacional e ambiental), com a recomendação de dez orientações que sintetizam os parâmetros de conduta no estudo e prática profissional para promover o desenvolvimento do ser integral, favorecer a emergência de valores do supraconsciente e uma ética genuinamente humana, atemporal, não dogmática e espiritualizada.

Instituto de ASA | Psicologia Transpessoal www.asapsicologiatranspessoal.com.br Como citar este artigo na norma APA: Acciari, A. S. (2024). Ética na prática da psicologia transpessoal in N. R. Veriguine, R. Pereira & F. A. P Fialho (Orgs), Perspectivas em psicologia transpessoal (pp. 27-45). Editora Arquétipos. doi.org/10.54715/arque.978-65-84549-42-5.002. Disponível em https://editoraarquetipos.com.br/produto/perspectivas-em-psicologia-transpessoal/ Ética na Prática da Psicologia Transpessoal doi.org/10.54715/arque.978-65-84549-42-5.002 Arlete Silva Acciari1 RESUMO A ética é um fator essencial na atividade profissional, especialmente, na área da saúde e do desenvolvimento humano, contexto no qual se insere a Psicologia Transpessoal. O objetivo deste artigo é apresentar os parâmetros da ética para a conduta do profissional que atua com a Psicologia Transpessoal. Trata-se de um estudo qualitativo de caráter exploratório com pesquisa bibliográfica e documental, que se mostrou profícua por propiciar a identificação de material pertinente e classificá-lo por meio da análise qualitativa, de forma a produzir conteúdo relevante sobre valores, com diretrizes norteadores da conduta ética na prática transpessoal. Os resultados evidenciaram seis categorias de valores orientadores da ética na prática transpessoal: afetividade, conhecimento, humanismo, racionalidade, relacionamento e transcendência. Enquanto que nos parâmetros de conduta ética foram identificadas atribuições que estabelecem normas quanto aos deveres e impedimentos (veto) na prática profissional, esclarecimento e orientação para a atuação ética do profissional e três categorias profissionais (terapeuta clínico, educacional e ambiental), com a recomendação de dez orientações que sintetizam os parâmetros de conduta no estudo e prática profissional para promover o desenvolvimento do ser integral, favorecer a emergência de valores do supraconsciente e uma ética genuinamente humana, atemporal, não dogmática e espiritualizada. p. 28 Palavras-chave: Ética. Código de Ética. Valores. Psicologia Transpessoal. Ética Profissional. 1. INTRODUÇÃO A questão da ética permeia a história da humanidade e torna-se tema central nas relações profissionais, especialmente entre as disciplinas relacionadas à saúde e ao desenvolvimento humano, como é o caso da Psicologia. Não se trata de estabelecer o que é certo ou errado, bom ou mau, mas sim, de encontrar pontos de convergência que orientem as práticas para o bem comum (Boff, 2014). A ética profissional resgata e atualiza o sentido e a razão de ser das profissões, produz relações humanizadas e proporciona à sociedade bens e serviços que contribuem para a conquista de uma vida digna e plena. O trabalho profissional e ético vai além do cumprimento de regras, normas, obrigações ou proibições, uma vez que se define por uma ação baseada em 1 Psicóloga (USF), Doutora e Mestra em Ciências (FCM-UNICAMP) e Especialista em Psicologia Transpessoal (ALUBRAT). Criadora do ASA-Instituto de Psicologia Transpessoal. Atua com a abordagem transpessoal no âmbito da clínica, educação e pesquisa. E-mail: [email protected]. p. 29 Instituto de ASA | Psicologia Transpessoal www.asapsicologiatranspessoal.com.br valores que dão sentido ao exercício da profissão e a sua representatividade diante das pessoas e da sociedade (Rosales, 2007). A Psicologia Transpessoal (PT) é também conhecida como a Psicologia da Consciência, por se dedicar a compreender a consciência e seus múltiplos estados no processo de desenvolvimento humano, visando a transcendência do ego e a conexão com o “verdadeiro EU” ou Self, advinda dos processos de expansão da consciência que favorecem o contato com o supraconsciente e valores universais como a ética. Trouxe ampliações na visão antropológica de homem, buscando compreendê-lo em sua multidimensionalidade, que inclui o nível físico, emocional, mental, social, cultural, espiritual e cósmico, ampliando a compreensão sobre o ser humano, o relacionamento consigo, com o outro e com o ambiente, sua ação no mundo, e também, as práticas de cuidado e bem-estar. Integrou, em seus fundamentos, saberes da Psicologia do Ocidente e do Oriente e seus paradigmas se assentam no campo da transdisciplinaridade. Todos estes elementos lhe conferem uma proposta inovadora e atual em Psicologia, contudo, é uma abordagem que apresenta um campo não hegemônico, no que concerne aos aspectos teóricos e práticos, apresentando uma diversidade de abordagens em seu ensino e aplicação. Além disso, por ser uma disciplina que atualmente se situa no campo da especialização, congrega profissionais graduados em Psicologia e também em outras áreas, p. 30 tornando relevante um parâmetro ético comum aos profissionais da PT, independentemente de sua graduação. Dessa forma, o objetivo deste artigo é apresentar os parâmetros da ética para a conduta do profissional que atua com a PT. 2. REFERENCIAL TEÓRICO Pierre Weil, pioneiro da PT no Brasil, foi também, um dos psicólogos que participaram do processo de regulamentação da Psicologia no Brasil. Este autor, apresentou questionamentos ao modelo de ética moralista e normatizante, esclarecendo que em nome da paz se cultiva a raiva e nos preparamos para a guerra; em nome da tolerância agimos com intolerância contra os intolerantes; em nome da igualdade, os orgulhosos são combatidos e isto, podemos chamar de orgulho; em nome do amor, aqueles que se mostram frios e insensíveis são criticados, e com isso, se mostra a ampla falta de sensibilidade e de compreensão, e isto, é falta de amor (Weil, 1993). Não há dúvida, de que está em curso uma grave crise mundial de valores, provocando um obscurecimento ético (Boff, 2014). Para Weil (1993), este modelo de ética moralista e normatizante é falho por ser racional e dogmático, visto que nega os valores essenciais, profundos e universais. Este autor propõe um modelo que se denominou de ética espontânea, fundamentada no supramental, região psíquica, na qual a sabedoria e o amor complementam a razão e a liberdade de escolha, favorecendo a ação responsável, comprometida, cooperativa e generosa. Possibilitando assim, a emergência dos valores universais, a transcendência da fragmentação e da atitude egoísta e narcísica. Contudo, estabelece dez condições parâmetros norteadores para uma escala de valores (Weil, 1993. p. 65): I. Ser suficientemente simples para que todo mundo possa compreendê-lo; II. Ser prático e de aplicação à vida cotidiana familiar e profissional; Instituto de ASA | Psicologia Transpessoal www.asapsicologiatranspessoal.com.br III. Ser universal, isto é, ter aplicações claras e evidentes nas diversas áreas da cultura e atividade humana, mais particularmente na educação e saúde; IV. Permitir a qualquer pessoa se situar quanto aos seus próprios valores, dando uma visão clara do que lhe falta para ir adiante; V. Levar em consideração a evolução do ser humano, partindo de sua vida instintiva ou pulsional até a transcendência; p. 31 VI. Levar em conta a energia e a sua transformação no homem; isto é, considerar o homem um transformador de formas densas da energia para formas mais refinadas; VII. Permitir a distinção de etapas, fases claras da evolução; VIII. Em cada fase, distinguir os valores construtivos e destrutivos; IX. Considerar o conflito e a contradição interna ou externa como um fator de despertar da consciência; X. E, enfim, é essencial expressar a realidade de uma ética natural, espontânea, sensível a uma educação para o despertar, em cada um, o verdadeiro sentido da nossa existência. E também, propõe um modelo de compreensão da ação ética baseado em valores com o referencial dos sete principais centros energéticos (chakras) descritos na cultura hindu, iogue, estudo da teosofia e consciensiologia. Neste aspecto, cada centro representa um estado de consciência com um conjunto próprio de valores. 1. Segurança: refere-se ao princípio de preservação, está ligado ao sistema ou instinto de defesa do indivíduo identificado com as necessidades do seu corpo físico, como a proteção contra as intempéries, alimentação, locomoção e defesa contra agressão. Medo e raiva são emoções destrutivas. A dualidade principal é a questão do ataque-defesa. Enquanto que a força vital, confiança e capacidade de concretude são os aspectos positivos. Predomínio do impulso, instinto e sensações; 2. Sensualidade: está ligado ao princípio de preservação da espécie, reprodução e sexo. É o centro da sensualidade, do prazer sexual e do hedonismo. A dualidade principal é o prazer-dor. Também é tido como o centro da vida e da conexão com o outro para existir. Predomínio do instinto, sensações, desejos e fantasias; 3. Poder: depois da preservação do indivíduo em si e da espécie, vem a preservação e a manutenção da sociedade e da vida social. Este é o centro do poder pessoal e a dualidade principal é a ascendência-submissão. Pois, a vida social, para poder se manter, exige certa ordem, hierarquia e disciplina. E para tanto, entra em cena a questão do poder nas relações interpessoais e intrapessoais. Como me sinto diante de mim e diante do outro? Em virtude disso, este centro também está fortemente relacionado às emoções e às relações. Predomínio do ego, das emoções e da razão. 4. Amor: quando o indivíduo se equilibra nos três primeiros centros a sua consciência ascende ao nível do altruísmo. Nesse contexto, o amor é querer bem e contribuir para a felicidade de todos. É uma porta que se abre para a conexão com o ser que somos. A dualidade neste centro é no eixo altruísmo-egoísmo. Predomínio do sentimento e da conexão com o Self; 5. Inspiração: uma vez aberto o coração para o mundo, as pessoas recebem inspirações com mais frequência. É o centro da expressão do ser e de sua criatividade. Está relacionado a p. 32 Instituto de ASA | Psicologia Transpessoal www.asapsicologiatranspessoal.com.br comunicação e a capacidade de escuta. A dualidade está no eixo criação-autoanulação. Predomínio da imaginação e intuição. 6. Conhecimento: o conhecimento está intimamente ligado ao valor da verdade. Existem várias formas de procurar a verdade: uma é sensorial, racional e intelectual; a outra é por meio do sentimento, da emoção e da intuição; a terceira, a sabedoria que une e harmoniza as duas primeiras, depois de ter despertado a consciência ou, o conhecimento do conhecimento. A dualidade está no eixo do certo-errado. Predomínio da percepção e intuição, quando em desequilíbrio, o julgamento; 7. Transpessoal: os seis sistemas precedentes constituem a pessoa humana que ainda se percebe como separada do universo, cosmo, natureza, espaço primordial, Deus ou o todo. No estado de supraconsciência ou transpessoal, esta separação se dissolve; conhecedor, conhecimento e conhecido se integram. Experiência de união, integração e espiritualidade. A dualidade está no eixo conexão-separatividade. Predomínio da intuição e experiência de integração e unidade. Segundo Weil (1993) o valor de cada centro energético determina um certo estado de consciência, que por sua vez, influencia o comportamento 35 e os parâmetros éticos de uma pessoa. Para Maslow (1982) e Assagioli (2013) é fundamental, que de forma espontânea ou por escolha consciente, a pessoa tenha acesso às experiências culminantes e ao supraconsciente, pois assim, estará propensa a expressar valores superiores como a verdade, bondade, beleza, plenitude, vitalidade, unicidade, perfeição, necessidade, culminância, justiça, ordem, simplicidade, riqueza, facilidade, diversão, autossuficiência. Conferindo assim, o potencial necessário para expressar a ética espontânea, pois o acesso aos estados superiores de consciência favorece a conexão com os valores elevados de cada centro energético proposto por Weil (1993). 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Trata-se de um trabalho qualitativo de caráter exploratório. Segundo Minayo (2001), por meio da abordagem qualitativa é possível buscar respostas que não podem ser quantificadas, mas é possível compreender significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes. Visando atingir o objetivo proposto, optou-se por uma revisão da literatura associada a uma pesquisa documental sobre o tema da ética em PT, publicados em livros, artigos e documentos divulgados de forma impressa ou em bases de dados online. Segundo Gil (2002), a finalidade da pesquisa bibliográfica é colocar o pesquisador em contato com o que já foi produzido sobre o tema pesquisado e publicado, principalmente, em livros e artigos científicos. Por outro lado, a pesquisa documental é semelhante à pesquisa bibliográfica, porém, o que as diferencia é a natureza das fontes, sendo que neste caso, o material não recebeu tratamento analítico, apresenta fonte rica e estável de dados e estes podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. A pesquisa bibliográfica e documental foi realizada sem delimitação de data nas seguintes bases de dados online PubMed, PsycINFO e Google Schoolar, a partir dos seguintes descritores: ética e psicologia transpessoal, ética na abordagem transpessoal e ética transpessoal; valores e psicologia transpessoal, valores na abordagem transpessoal, valores e p. 33 Instituto de ASA | Psicologia Transpessoal www.asapsicologiatranspessoal.com.br transpessoal. Além da pesquisa em livros da biblioteca pessoal, por material correlato ao tema da ética na PT. O critério de inclusão dos textos e documentos foi a relevância da ética na prática da PT p. 34 e a congruência de pressupostos e paradigmas da PT no campo científico. Dessa forma, foram identificados cinco documentos e três foram selecionados e analisados por indicarem diretrizes éticas para a prática transpessoal: Código de Ética de Psicologia e Coaching Transpessoal, Código Ética da Escola de Desenvolvimento Transpessoal e as orientações do Colégio Internacional dos Terapeutas. Para a análise dos resultados foi utilizado o método de análise de conteúdo segundo Bardin (1977), por permitir a exploração qualitativa do material e possibilitar divulgação clara e objetiva dos resultados na forma de categorias. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. PSICOLOGIA TRANSPESSOAL, ÉTICA E VALORES A PT foi oficializada nos Estados Unidos em 1968 por um grupo de psicólogos, psiquiatras e pesquisadores. Entre eles destacam-se: Abraham Harold Maslow, (psicólogo e, na época, presidente da Associação Americana de Psicologia), Antony Sutich (psicólogo), Victor Frankl (psiquiatra), Stanislav Grof (psiquiatra) e James Fadiman (bacharel em artes, mestre e doutor em Psicologia). Destaca-se por ser uma abordagem em Psicologia que atualizou a visão antropológica de homem, bem como, as perspectivas de cuidado e desenvolvimento humano por considerar a vida psíquica sistêmica e multifatorial, influenciada por fatores bioquímicos, psíquicos (mental-emocional), sociais, culturais e espirituais. Integra em sua fundamentação teórica e métodos de aplicação, conhecimentos da psicologia do ocidente e do oriente (Saldanha, 2006 e 2008; Acciari 2014; Saldanha & Acciari, 2019). A PT se insere no contexto do paradigma transdisciplinar, que segundo Nicolescu (1999) é uma abordagem que tece considerações mais significativas na elaboração do conhecimento por não se opor ao holismo nem ao reducionismo, mas por considerá-los aspectos do conhecimento integrado em um mundo multifatorial, multidimensional e multidiferencial, ou ainda, o mundo da pluralidade complexa e da unidade aberta. Ao buscar os fundamentos éticos da prática transpessoal, os dados da literatura informam que no Brasil, a atuação psicológica antecedeu à regulamentação da profissão do psicólogo, que se deu em 27 de agosto de 1962, por meio da Lei nº 4119 e o Código de Ética profissional do Psicólogo foi aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia em 20 de dezembro de 1971, pela Lei nº 5.766. No período anterior a esta data, os serviços de Psicologia eram compartilhados entre profissionais da Medicina, Serviço Social, Pedagogia, Filosofia e profissionais de outros campos disciplinares, com conhecimento psicológico advindo da especialização ou experiência advinda do exercício profissional (CFP, 2005; Bezerra, 2019). Ou seja, ocorria de forma transdisciplinar, como ocorre no campo de atuação da PT desde meados de 1970 (Nicolescu, 1999; Saldanha & Oliveira, 2012). Rosales (2007) esclarece que no âmbito da ética profissional, o significado dos valores profissionais e os ideais com os quais os profissionais se identificam, aderem livre e voluntariamente, visando orientar a prática profissional para a realização do bem comum. Nesse sentido, foram selecionados quatro trabalhos que dialogam com esta proposta e apresentam um grupo de valores que podem orientar a prática profissional na PT (Tabela 1) p. 35 Instituto de ASA | Psicologia Transpessoal www.asapsicologiatranspessoal.com.br Tabela 1 - Valores orientadores da prática na PT Fonte Valores Antônio (2010) Interconectividade, empatia e cuidado. Lindsay (2009) Respeito, competência, responsabilidade e integridade (Meta-código de Ética da Federação Europeia de Associações de Psicólogos). Maslow (1982) Verdade, bondade, beleza, plenitude, vitalidade, unicidade, perfeição, necessidade, culminância, justiça, ordem, simplicidade, riqueza, facilidade, diversão, autossuficiência. Weil (1993) 1º centro-segurança (vitalidade, confiança e concretude positiva vida), 2º centrosensualidade (conexão com a via e com o outro para existir); 3º centro-poder (relacionamento intrapessoal e interpessoal, ordem, hierarquia e disciplina); 4º centro-amor (altruísmo e conexão com o self); 5º centro-inspiração (criatividade, comunicação e escuta); 6º centro-conhecimento (verdade e sabedoria); 7º centro-transpessoal (união, integração e espiritualidade). Fonte: elaborado pela autora (2024) Para contextualizá-los no âmbito da prática profissional na PT foram classificados em p. 36 categorias, segundo o método de análise de conteúdo de Bardin (1977), considerando o seu fim na prática transpessoal e não a etimologia ou significado das palavras (Tabela 2). Assim, obtivemos seis categorias dos valores fundamentais para orientar a prática profissional na PT. Tabela 2 - Categorias dos valores orientadores da prática na PT Categoria Valores Afetividade Bondade, confiança, vitalidade. Conhecimento Competência, concretude positiva para a vida, facilidade, necessidade, sabedoria. Humanismo Altruísmo, integridade, justiça, respeito, responsabilidade. Racionalidade Disciplina, hierarquia, ordem, simplicidade, verdade. Relacionamento Comunicação, cuidado, empatia, escuta, integração, relacionamento interpessoal e intrapessoal, união. Transcendência Autossuficiência, beleza, conexão com a vida, com o outro para existir e com o Self, criatividade, culminância, diversão, espiritualidade, interconectividade, perfeição, plenitude, riqueza, unicidade. Fonte: elaborado pela autora (2024) Compreende-se que para a excelência da ética na atuação do profissional em PT é fundamental que o mesmo faça investimento no desenvolvimento pessoal e profissional para conduzir a sua prática a partir de um relacionamento afetivo com o seu cliente, dentro da racionalidade profissional, fundamentando a sua ação em conhecimentos que possibilitem a ação humanitária e em uma perspectiva transcendente. Para tanto, é necessária a formação de qualidade, atualização constante, manter-se em psicoterapia e supervisão de um profissional qualificado na PT. Estes princípios estão contemplados, mesmo que de forma indireta, nos trabalhos de Maslow (sd, 1982 e 1994), Assagioli (2013), Saldanha (2008 e 2006), Acciari (2014) e Acciari & Saldanha (2019). Instituto de ASA | Psicologia Transpessoal www.asapsicologiatranspessoal.com.br Estes valores e princípios, são preconizados em documentos importantes e orientadores da ética universal, que dialogam com os princípios e objetivos da prática transpessoal. Entre estes, destacam-se: Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948), Carta da Transdiciplinaridade (UNESCO, 1994) e a Declaração de Veneza (UNESCO, 1996). p. 37 Dado o aspecto transdisciplinar da PT, considerando que a formação dos profissionais se dá no âmbito da pós-graduação e que o conhecimento psicológico advém no nível da especialização, recomenda-se que a disciplina de ética faça parte da grade curricular em todos os cursos e que estes documentos sejam disponibilizados e estudados. 4.2. CÓDIGO DE ÉTICA EM PSICOLOGIA TRANSPESSOAL Na perspectiva de identificar um Código de Ética orientativo das práticas transpessoais, foram identificadas três iniciativas atuais na direção da organização de parâmetros éticos no âmbito da prática transpessoal e suas diretrizes foram classificadas, destacando as orientações de conduta em cada documento. 4.2.1. CÓDIGO DE ÉTICA DE PSICOLOGIA E COACHING TRANSPESSOAL Organizado pelo psicólogo Luiz Eduardo Valiengo Berni, com o objetivo de orientar os profissionais do Campo Transpessoal, foram estabelecidos padrões de conduta profissional e de ética nos serviços prestados pelos mencionados profissionais. Visando assim, garantir aos usuários serviços de excelência quanto a competência e conduta profissional ética para o bemestar dos indivíduos e da sociedade. Berni (2019) estabelece cinco parâmetros para nortear a conduta ética do profissional em PT: I. Deveres: conhecer e cumprir este código de ética, manter-se atualizado e prestar serviço de qualidade a partir dos fundamentos teóricos e recursos práticos da PT da Transdiciplinaridade, das Técnicas Integrativas e Práticas Tradicionais somente com a devida mediação de cunho teórico e prático da PT. Respeitar a diversidade das abordagens na PT, compreender que ambos estão inseridos num contexto multiprofissional laico e que visam o autoconhecimento e a autonomia de escolha. Sustentar o trabalho sob a égide do respeito à dignidade e da escuta ativa, garantindo o protagonismo e autonomia da pessoa em sua individualidade. Garantir o sigilo, a confiabilidade e os registros dos atendimentos devidamente organizados. Discernir os casos que extrapolem o seu escopo profissional e que devem ser encaminhados para outros profissionais e serviços; II. É vetado ao profissional: utilizar única e exclusivamente de saberes tradicionais, práticas religiosas ou exotéricas para caracterizar atendimento profissional em PT. Desenvolver trabalho com cunho ideológico ou incutir crenças de qualquer natureza. Prolongar desnecessariamente, o seu trabalho ou induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a sua prestação de serviços; III. Realização de estudos e pesquisas na produção de conhecimento: deve pautar-se pelos padrões éticos deste Código de Ética e aquele de sua graduação e seguir procedimentos e normas elevadas da academia; p. 38 Instituto de ASA | Psicologia Transpessoal www.asapsicologiatranspessoal.com.br IV. Relacionamento com outros profissionais: manter relação cordial e respeitosa. Partilhar informações sobre seus atendimentos apenas em contexto acadêmico e de supervisão, sob a égide do sigilo; V. Valores e publicidade: é vedado publicidade sensacionalista, previsão taxativa de resultados e utilizar valores como forma de atrair clientes. 4.2.2. CÓDIGO ÉTICO DA ESCOLA DE DESENVOLVIMENTO TRANSPESSOAL Trata-se de um Código de Ética organizado por um campus virtual de cursos livres em Portugal (http://escolatranspessoal.com/codigo-etico), visando orientar e estabelecer parâmetros para a atuação dos profissionais formados por esta escola. Tal código contempla cinco parâmetros norteadores éticos para o profissional da PT: I. O Campo de atividade do terapeuta, consultor ou educador transpessoal: exerce atividade de assessoria, desenvolvimento pessoal e autoconhecimento, o que não equivale ao tratamento ou diagnóstico psicológico, psiquiátrico ou médico, âmbito da saúde clínica, salvo quando este tiver formação em psicologia ou medicina. Cabe ao profissional discernir quando a questão do cliente não se enquadrar em seu escopo de atuação, informá-lo e encaminha-lo ao especialista correspondente. Especialmente, em casos de transtorno psicopatológicos (transtornos psicóticos e de personalidade, esquizofrenia, bipolaridade, p. 39 síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo, depressão, etc), transtornos alimentares, do déficit de atenção, do espectro autista, entre outros; II. Exercício de autorresponsabilidade: implica em firme e constante processo de atualização e desenvolvimento profissional, cabe a estes responsabilizarem-se pelos aspectos legais do seu próprio exercício profissional e reconhecer, quando a situação profissional ultrapasse as suas competências; III. Gerar espaço seguro e de confidencialidade: oferecer espaço físico e relacional seguro, de sigilo e de confidencialidade, sem estabelecer relacionamento pessoal durante o processo de acompanhamento e assessoria; IV. Atitude respeitosa e inclusiva: adotar postura empática numa perspectiva transcultural e isenta de julgamentos, guiando-se pelo propósito de favorecer a ampliação da consciência para propiciar autoconhecimento e crescimento nas pessoas que requeiram os seus serviços; V. Dignificar o próprio trabalho: estabelecer contrato de trabalho esclarecendo a natureza e finalidade do serviço prestado, local, dia, horário e valores para o mesmo no início do processo. Ser transparente e não garantir resultados. 4.2.3. ORIENTAÇÕES DO COLÉGIO INTERNACIONAL DOS TERAPEUTAS O Colégio Internacional dos Terapeutas (CIT), foi concebido na França em 22 de julho de 1990 por Jean-Yves Leloup e no Brasil, faz parte da rede da Universidade da Paz (UNIPAZ) desde 08 de setembro de 1992. É uma “escola de sabedoria” que congrega profissionais com formação em PT e estabelece três categorias profissionais: terapeuta clínico, educacional e ambiental. Além disso, preconiza a fidelidade à prática de dez orientações que sintetizam os parâmetros de conduta no estudo e prática profissional em PT (CIT, 2008): Instituto de ASA | Psicologia Transpessoal www.asapsicologiatranspessoal.com.br I. Antropologia: reconhecer, respeitar e cuidar do ser humano na sua tríplice condição existencial, físico, psíquico e espiritual, visando o cuidado integral do indivíduo; p. 40 II. Ética: cuidar do Ser em si mesmo e no outro com respeito à inteireza, jamais reduzindo o ser humano a um rótulo, também cuidando, nele, daquilo que não é doente, a partir do qual uma dinâmica de cura é ativada; III. Silêncio: prática diária meditativa do silêncio, visando a centralidade e abertura à transcendência; IV. Estudo: prática diária do estudo dos textos contemporâneos e os da sabedoria perene, visando uma permanente atualização; V. Gratuidade: prática diária da gratuidade, para o exercício da solidariedade, do serviço desapegado ao outro, à sociedade, ao universo; VI. Reciclagem: anualmente, dedicar um tempo-espaço de recolhimento para uma revisão, reflexiva e meditativa, do processo de individuação. Recomendação: uma semana para retiro de silêncio; VII. Reconhecimento: necessidade de ser acompanhado por uma escuta terapêutica, zelando pelo processo individual, evitando o risco da inflação egóica do julgar-se pronto, estancando o processo contínuo de aprendizagem e aperfeiçoamento; VIII. Anamnese Essencial: registros sistemáticos das vivências, no estado de vigília e no onírico, que evidenciam a presença numinosa do Ser, na existência cotidiana; IX. Evocação da Presença: lembrar o que realmente somos, o Ser que nos funda e informa, através da respiração, da invocação, ou da atenção plena ao instante; X. Fraternidade: encontros para a sinergia, estudo partilhado ou comunhão meditativa. Os terapeutas partilham voluntariamente o seu tempo e estado de silêncio. Estes três documentos foram selecionados pela complementariedade entre si e as suas atribuições foram classificadas em três categorias, compreendendo que cada uma delas atende a finalidades distintas e que visam a conduta ética do profissional na PT (Tabela 3). Tabela 3 - Categorias de parâmetros para a conduta ética na PT Documentos Atribuições Código de Ética de Psicologia e Coaching Transpessoal Estabelece um conjunto de normas quanto aso deveres e impedimentos (veto) na prática profissional, na realização de estudos, produção de conhecimento, relacionamento com outros profissionais e sobre os valores cobrados pelos sérvios e sua publicidade. Código Ético da Escola de Desenvolvimento Transpessoal Esclarece, orienta e estabelece parâmetros para a atuação ética do profissional quanto ao campo de atividade, autorresponsabilidade, postura, relacionamento, confidencialidade e autoavaliação. Orientações do Colégio Internacional dos Terapeutas Apresenta três categorias profissionais: terapeuta clínico, educacional e ambientar; norteia a prática de dez orientações que sintetizam os parâmetros de conduta no estudo e prática transpessoal. Fonte: elaborado pela autora (2024) As atribuições destes três documentos oferecem subsídios suficientes ao profissional, que atua com a PT, para que este, possa se pautar, a fim de consagrar uma postura ética em p. 41 Instituto de ASA | Psicologia Transpessoal www.asapsicologiatranspessoal.com.br suas práticas, independentemente de sua graduação ou campo de atuação, o que não exclui a obrigatoriedade do cumprimento das normas de condutas prescritas no Código de Ética de sua profissão, advinda do campo da graduação. Observa-se também, que estes três documentos oferecem contribuições significativas para atender aos princípios da ética profissional (Rosales, 2007), da ética espontânea (Weil, 1993), da ética psicológica (CFP, 2005), do paradigma transdisciplinar (Nicolescu, 1999) e dos valores edificantes do ser (Maslow, 1982; Weil, 1993; Lindsay, 2009; Antônio, 2010). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Embora a PT seja uma disciplina, atualmente, inserida no campo da especialização, sua atuação tem se mostrado pujante nas últimas décadas no campo da aplicação clínica, educacional e organizacional, por trazer atualizações e ampliações importantes no campo da Psicologia, especialmente, por redimensionar a visão antropológica de homem ao considerar a sua multidimensionalidade, incluindo a dimensão da espiritualidade na compreensão dos processos humanos, na relação consigo mesmo, com os outros e com o ambiente, assim como, nas práticas de cuidado, contemplando uma abordagem sistêmica e integrativa. Além disso, destaca-se a relevância da dimensão transdisciplinar na PT, pois ao integrar saberes de diversas disciplinas e entregar saberes para profissionais de áreas distintas, consagra em seus pressupostos teóricos e arcabouço de práticas um caráter não hegemônico. Assim, torna-se necessário referenciais consistentes para orientar a conduta ética dos profissionais, visando garantir a excelência dos serviços prestados Buscando colaborar com este campo e suprir esta demanda, o objetivo deste trabalho foi apresentar parâmetros da ética para a conduta do profissional que atua com a PT. A revisão da literatura mostrou-se profícua por propiciar a identificação de material pertinente e classificá-lo por meio da análise qualitativa, de forma a produzir conteúdo relevante sobre valores, e, diretrizes norteadores da conduta ética na prática transpessoal. Entre os valores orientadores da ética na prática transpessoal foram identificadas categorias que contemplam seis aspectos: afetividade (bondade, confiança e vitalidade), conhecimento (competência, concretude positiva para a vida, facilidade, necessidade e sabedoria), humanismo (altruísmo, integridade, justiça, respeito e responsabilidade), racionalidade (disciplina, hierarquia, ordem, simplicidade e verdade), relacionamento (comunicação, cuidado, empatia, escuta, integração, relacionamento interpessoal, e intrapessoal e união) e transcendência (autossuficiência, beleza, conexão com a vida, com o outro para existir e com o Self, criatividade, culminância, diversão, espiritualidade, interconectividade e perfeição). Enquanto que nos parâmetros de conduta ética foram identificadas atribuições que estabelecem normas quanto aos deveres e impedimentos (veto) na prática profissional, na realização de estudos, produção de conhecimento, relacionamento com outros profissionais e sobre os honorários e publicidade; esclarece, orienta e estabelece parâmetros para a atuação ética do profissional quanto ao campo de atividade, autorresponsabilidade, postura, relacionamento, confidencialidade e autovalorização, apresentando três categorias profissionais (terapeuta clínico, educacional e ambiental) e a recomendação da prática de dez orientações que sintetizam os parâmetros de conduta no estudo e prática profissional. Pois, a p. 42 Instituto de ASA | Psicologia Transpessoal www.asapsicologiatranspessoal.com.br ética na abordagem transpessoal é essencial no processo de desenvolvimento das habilidades p. 43 e competências necessárias ao crescimento profissional. Este artigo mostra a relevância, para o profissional que pretende se especializar e atuar no campo da PT, buscar uma instituição que lhe proporcione boa qualificação e que lhe apresente os parâmetros da ética para a conduta profissional. Neste sentido, é fundamental o investimento em uma formação consistente e efetiva, que verdadeiramente capacite, não apenas no nível da teoria e da técnica, mas que promova o desenvolvimento do ser integral para emergir os valores do supraconsciente e uma ética genuinamente humana, espontânea, atemporal, não dogmática e espiritualizada. As limitações deste estudo se concentram no fato de apresentar as informações já publicadas em trabalhos anteriores e não ser fruto de um debate amplo e democrático. Creio ser este, um caminho possível para a PT no futuro. Contudo, permitiu apresentar parâmetros substanciais e suficientes para orientar a conduta ética do profissional que atua com a PT, para que este, possa prestar serviços de excelência teórica e prática, a partir da aplicação dos parâmetros da abordagem transpessoal, com respeito à dignidade humana em benefício do desenvolvimento saudável de pessoas e da sociedade. REFERÊNCIAS Acciari, A. S. (2014). Influência da psicoterapia breve transpessoal em pacientes com doença de Crohn. (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas. Campinas (FCM-UNICAP). Recuperado de: https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/CAMP_5f07a13976ee974778076c2e8efbe5a7. Antônio, S. (2001). A irmandade de todas as coisas: diálogo sobre ética e educação. [Lorena]: Editora Diálogos do Ser. Assagioli, R. (2013). Psiossíntese: as bases da psicologia moderna e transpessoal. [São Paulo]: Editora Cultrix. Berni, L. E. V. (2019). Código de ética em psicologia e coaching transpessoal. 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O exemplar completo em pdf está disponível em https://editoraarquetipos.com.br/produto/persp ectivas-em-psicologia-transpessoal/